sábado, 29 de outubro de 2011

VERGONHA: Maracanã será privatizado até fevereiro de 2013
Eike Batista é um dos interessados. Para o secretário da Casa Civil seria uma 'temeridade' deixar a gestão com o estado

O Dia Online

RIO - O governo do Rio espera entregar o novo Maracanã para o futuro concessionário privado já em fevereiro de 2013, na inauguração das obras para a Copa do Mundo de 2014. Um dos interessados no negócio é o bilionário Eike Batista, oitavo homem mais rico do mundo, conforme antecipou nesta quinta-feira os jornais O DIA e ‘Brasil Econômico’.

O Maracanã ficará bem diferente: toda a marquise já foi arrancada
O secretário estadual da Casa Civil, Régis Fichtner, admite que, apesar de desonerar o orçamento estadual, a concessão — ou outorga — do estádio não reembolsará os R$ 860 milhões investidos pelo governo nas obras iniciadas em 2010. Para cumprir o cronograma de privatização, o secretário confirma a intenção de licitar o complexo esportivo já no próximo ano.

“Esse investimento (na remodelagem do estádio) não se paga”, admitiu Fichtner, em entrevista ao ‘Brasil Econômico’, quando lembrou do custo da gestão do Maracanã. “Mas trará benefícios para o estado, com a desoneração do orçamento, e para toda a população, que terá à sua disposição um estádio com o que há de mais moderno”.

Interessados

Fichtner admitiu já ter sido procurado por grandes grupos, nacionais e estrangeiros, interessados no negócio. “Quero, sim, participar da privatização do Maracanã”, enfatizou o bilionário brasileiro, que concorrerá através da IMX, sua empresa em sociedade com a americana IMG Worldwide, especializada na gestão de arenas esportivas.

Mais moderno que Wembley

A ideia do governo, de acordo com Fichtner, é fazer do Maracanã o mais moderno estádio do mundo, com padrão superior até mesmo a Wembley, em Londres, um dos mais tradicionais da Europa.

Até por isso, justificou, a intenção é transferi-lo para os novos gestores o mais rapidamente possível. Para o secretário, “seria uma temeridade” manter a gestão do novo equipamento esportivo com o estado. Altamente tecnológico, o novo Maracanã demandará gestão especializada.

Seja qual for o modelo adotado na privatização, o estado receberá por isso. O pagamento poderá ser de um vez só ou parcelado.
PM faz operação para reprimir roubo a pedestres na Zona Sul do Rio
Segundo a polícia, ação ocorre em Botafogo e vai até meia noite. Mais cedo, um homem foi preso, quando tentava roubar um casal.

G1.com

RIO - Policiais do 2º BPM (Botafogo) fazem uma operação na área da Praia de Botafogo, na Zona Sul do Rio, na noite desta sexta-feira (28), para reprimir roubo a pedestres. Segundo informações do tenente-coronel Reynaldo Salvador Lemos, comandante do batalhão da área, a ação começou às 18h e terminará meia-noite.

"Recebemos várias informações sobre assaltos naquela região e decidimos reprimir este tipo de crime. Os meliantes costumam praticar esses assaltos durante a noite e por isso vamos coibir e fazer a repressão. Os agentes estão patrulhando o local e também revistando pessoas em atitude suspeita", explicou o comandante.

A operação conta com 15 policiais, três viaturas e motocicletas.

Homem preso em Botafogo
Também nesta sexta-feira (28), um homem foi preso, quando tentava roubar a motocicleta de um casal, na Rua Real Grandeza, em Botafogo. Segundo informações do 2º BPM (Botafogo), agentes do batalhão passavam pelo local, quando perceberam a ação. Com ele, foi apreendida uma pistola.

De acordo com a polícia, um outro homem que estava dando cobertura para o assalto, fugiu. O preso foi levado para a 12ª DP (Copacabana), onde o caso foi registrado.
+ DESCASO NA SAÚDE: Homem espera 36 horas por cirurgia em hospital no RJ, afirma família
Filha diz que família foi informada que o paciente teve morte cerebral. Hospital não confirma e explica que ele passa por exames no CTI.

G1.com

Um homem de 53 anos, que teve um acidente vascular cerebral, ficou à espera de uma cirurgia no Hospital Geral de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, por 36 horas depois de ter chegado passando mal. Segundo sua filha, ele teve declarada a morte encefálica.

O hospital, no entanto, informou que foi aberto um protocolo de morte encefálica do paciente na terça-feira (25), mas o diagnóstico ainda não foi confirmado. Ainda de acordo com o hospital, ele passa por exames no CTI.

A família contou que o paciente esperou 21 horas numa maca no corredor da emergência até ser atendido por um médico. Sobre o fato de o paciente ter ficado no corredor, o hospital informou que "convive com a superlotação e que apesar de o setor só ter 52 leitos, por dia 130 pessoas são internadas ali".

O hospital explicou que no dia que o homem chegou ao hospital, um sábado, não havia neurologista de plantão, mas que ele foi medicado por um clínico.

Francisco Antônio de Souza teve um acidente vascular cerebral no último dia 9 e foi levado para o Hospital Geral de Nova Iguaçu, onde ficou internado até dia 22, quando teve alta. Mas sua filha Priscila, quando levou o pai para casa, percebeu que ele não estava bem.

“Nós chegamos aqui para pegar ele e ele já estava se queixando de dor na cabeça”, disse ela.

Menos de duas horas depois de ter tido alta, Francisco estava de volta ao hospital. Segundo a família, foi quando começou o drama da espera pelo atendimento.

Francisco chegou ao hospital por volta da 13h do sábado (22), informou a família. Como não havia espaço na emergência, ficou numa cadeira e só mais tarde foi colocado numa maca no corredor. Ainda segundo a família, não havia médico no plantão e o paciente só foi visto por um médico às 10h de domingo (23), 21 horas depois de ter chegado no hospital.

"Meu marido gritava socorro, até batia na gente de tanta dor e não tinha um médico para dar socorro, não tinha", disse a mulher de Francisco.

Imagens de celular
Com um telefone celular, a família de Francisco gravou imagens do setor de emergência. Os corredores foram transformados em enfermarias e não havia espaço entre uma maca e outra.

A família contou que foi nessas condições que o paciente esperou durante 36 horas, até ser operado. Na terça-feira (25), a família disse ter recebido a notícia de que não havia mais nada a fazer.

“Nós viemos na visita e o médico disse que ele já tinha tido a morte encefálica", contou a filha Priscila.

"Isso é uma fachada. A gente entra vivo e sai morto", disse a mulher de Francisco.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

SAÚDE ABANDONADA: Falta de equipamento faz criança ter perda auditiva
Há um ano, paciente do Hospital de Bonsucesso espera por implante de dispositivo para voltar a ouvir. Menina já está com mau desempenho escolar

O Dia Online

RIO - A pequena Isabella Samara Pinheiro de Souza, 6 anos, vive um drama. Paciente do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), há um ano ela aguarda por cirurgia para colocação de aparelho chamado tubo de ventilação — única forma de recuperar totalmente a audição. O hospital não forneceu o dispositivo quando a menina passou por outra operação.Este é mais um capítulo da crise que acomete o HFB, principalmente a partir de julho. O DIA vem denunciando os problemas desde o início de agosto: há falta rotineira de remédios, insumos e equipamentos, além da superlotação de pacientes. O Ministério da Saúde tem classificado esses problemas como ‘pontuais’.

Segundo Miriam Teixeira, 25, mãe de Isabella, a criança deu entrada na unidade em setembro de 2010, para tratamento de adenoide aguda — massa de tecido localizada na parte posterior das fossas nasais. Em casos como o de Isabella, a adenoide acentuada pode gerar problemas respiratórios e auditivos, sendo necessária colocação do tubo de ventilação para liberar a audição.

A criança foi encaminhada para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, em outubro de 2010, para retirar amígdalas e a adenoide — operação de porte simples, que não era realizada no HFB. Porém, a unidade federal deveria ter fornecido o tubo de ventilação ao Miguel Couto, na ocasião, o que não foi feito. A adenoide, com o tempo, voltou a crescer.

“Nos últimos três meses, a audição piorou muito. Está indo mal na escola e com transtornos de comportamento. O pior é que no HFB me informaram que não há previsão para resolver nada”, conta a mãe.

Paciente com trombose sem internação

Com diagnóstico de trombose, o torneiro mecânico Reinaldo Almeida, 55 anos, não conseguiu internação no Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, terça-feira. Ele procurou a unidade após orientado por um médico particular a se internar.

Em Saracuruna, ele foi dispensado com receita médica na qual havia remédios com custo em torno de R$ 150 por dia. Para o angiologista Ivanésio Merlo, o procedimento não foi o mais adequado: “O mais prudente seria que fosse medicado com anticoagulantes internado devido à gravidade e ao alto custo do medicamento”. A Secretaria estadual de Saúde afirma que ele foi avaliado e orientado a continuar tratamento no ambulatório.

Cirurgia finalmente marcada

Questionado por O DIA, o HFB informou ontem à tarde, em nota, que Isabella “já estava com a cirurgia ambulatorial para colocação do tubo de ventilação agendada para 4 de novembro”. De manhã, porém, Miriam levara a filha ao HFB para consulta com otorrino e não recebeu qualquer informação sobre a data. À noite, O DIA entrou em contato com ela, que continuava sem saber. Na nota, o hospital informou que irá apurar as causas da demora com o serviço de otorrino. E ressalta que a criança tem otite média secretora, que restringe a audição pelo acúmulo de secreções, sem risco de surdez.
Coluna Berenice Seara - DELEIXO NA POLÍCIA


Ficha limpa até quando?
Revista Carta Capital

RIO - “À mulher de Cesar não basta ser honesta; tem de parecer honesta”. A frase, bem conhecida, é de César, não o Maia, mas o Julio. Do Maia, ex-prefeito do Rio, certamente não se tem conhecimento de qualquer frase que entrará para a história dos grandes personagens da humanidade, como o Julio.

Mas o início deste texto está ligado ao sucessor de Cesar, o Maia: Eduardo, o Paes, atual prefeito do Rio de Janeiro, que acaba de editar o decreto, o 34629, publicado no Diário Oficial desta quinta-feira, dia 20, exigindo ficha limpa para todos os integrantes do seu governo.

Não só as mulheres, mas também os homens de Paes, enfim, todos seus assessores diretos, têm até o final do ano para comprovar que são “ficha limpa”. Do contrário, serão banidos.

Todos os assessores diretos do prefeito Eduardo Paes têm até o final do ano para comprovar que são “ficha limpa”. Do contrário, serão banidos. A iniciativa é positiva, mas será que impedirá que a Prefeitura do Rio fique imune a “maracutaias” (célebre expressão cunhada pelo ex-presidente Lula)?

Será que integrantes do primeiro escalão da Prefeitura carioca, acusados de circular em campanhas eleitorais com milicianos da Zona Oeste da cidade, serão afastados?

Será que os convênios olímpicos serão executados com lisura? Os cofres da Prefeitura do Rio nunca estiveram tão cheios…

Sejamos otimistas e esperemos que sim. A faxina contra os maus feitos, por todo Brasil, não pode ser mal feita.

De qualquer forma, sejamos otimistas e esperemos que sim. O problema é que Orlando Silva, o cantor das multidões, digo, o ex-Ministro do Esporte, tem ficha limpa. Pedro Novais, defenestrado da pasta do Turismo por irregularidades, tinha ficha limpa. Alfredo Nascimento, ex dos Transportes, ainda tem a ficha limpa. O ex-ministro Palocci também tem a ficha limpa. E aí, como fica?

“Sabemos que os integrantes do PCdoB, se não forem muito atentos, verão sua bandeira perder a foice e o martelo para dar lugar à marreta e ao pé de cabra. E todos os demais? O que esperar?”, se pergunta este raposão velho da política brasileira.

A chave talvez seja o segundo requisito exigido por Cesar, o Julio: “precisam parecer honestas.” Os personagens citados acima tinham boa reputação?

Dizem que não…
LAMENTÁVEL: Rio é a única região do país em que subiu a taxa de desemprego
Número de pessoas desempregadas no Brasil é o menor desde março de 2002

RIO - A taxa de desemprego do Rio de Janeiro cresceu de 5,1% em agosto para 5,7% em setembro de 2011, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A região metropolitana do Rio foi a única entre as áreas pesquisadas que registrou aumento do número de pessoas desempregadas.

No caso de Recife, comparando com setembro de 2010, houve queda de 2,4% no número de desempregados. Já nas outras regiões (Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, São Paulo) o índice ficou estável.

No Brasil, o resultado apontou que a taxa de desemprego ficou em 6% em setembro, mesmo resultado visto no mês de agosto. Segundo o IBGE, essa é a menor taxa estimada para setembro, desde março de 2002.

Em setembro do ano passado, a taxa de desempregados ficou em 6,2%. Essa população não apresentou variação, somando 1,5 milhão de pessoas. A população de pessoas com carteira de trabalho assinada somou mais de 10 milhões. Na comparação entre setembro desse ano com 2010, de acordo com o IBGE, o número apresentou crescimento de 6,7%.
ABANDONADO: Defensoria Pública vai cobrar explicações sobre conservação de hospital da UFRJ
Mães encontraram infestação de baratas, comida estragada e má conservação da estrutura
R7.com

RIO - A Defensoria Pública do Estado vai enviar um ofício para a direção do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), pedido esclarecimento sobre a conservação da unidade de saúde. Um grupo de mães denuncia as más condições de higiene da instituição.

A dona de casa Júlia Ingrid Ribeiro da Silva, de 21 anos, acompanha o filho, de apenas um ano e cinco meses, que está internado no instituto desde o dia 17 de junho com leucemia. Ela chegou a filmar uma infestação de baratas no refeitório. Além disso, ela conta que as crianças chegaram a receber comida mofada. Em um dos casos, até um elástico foi encontrado no macarrão. De acordo com ela, os banheiros também estão mal conservados.
Diante desta situação, Júlia decidiu procurar a Defensoria Pública para pedir mais verba para a unidade.

- Eu não quero entrar com uma ação indenizatória. Quero que o Governo Federal olhe para aquele hospital. Tem coisa que o médico não pode fazer, porque é obrigação do poder público.

O Titular do Ofício de Direitos Humanos e Tutela Coletiva da Defensoria Pública da União do Rio de Janeiro, André Ordagy, disse que recebeu o pedido nesta sexta-feira (28) e que, devido à gravidade do caso, vai encaminhar oficiar a direção do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira. A unidade de saúde terá cinco dias úteis para responder à Defensoria.

O R7 tentou entrar em contato com a direção do instituto, mas ninguém foi encontrado.
Mandados de "juíza sem juízo" caem e Exército não pode mais vasculhar casas no Alemão

ÓTIMO: Presa quadrilha de agiotas que atuava em 60 escritórios no Rio e em Minas Gerais
O Dia Online

RIO - A quadrilha de agiotas desarticulada pela Polícia Civil atuava com cerca de 60 escritórios. Em coletiva realizada nesta sexta-feira, o delegado-adjunto da 19ª DP (Tijuca), Leonardo Luís Macharet, afirmou que o lucro mensal do grupo, que agia há pelo menos cinco anos, seria superior a R$ 1 milhão por mês.

Acusados presos escondem os rostos. Grupo agia em oito municípios em todo o estado
"Com mais escritórios a arrecadação do bando era ainda maior", afirmou Leonardo, que apontou a quadrilha como a maior do Rio de Janeiro. O grupo agia principalmente no Rio, mas já se expandia para Minas Gerais.

A polícia apresentou R$ 1 milhão encontrado embaixo da cama do homem suspeito de chefiar o bando, Clenilson Gomes, na Barra da Tijuca. O número de R$ 3 milhões seria, segundo a polícia, a arrecadação total na operação. Ele usaria imóveis, estacionamentos e até uma escola no Nordeste para a lavagem de dinheiro.

Os agiotas contavam, inclusive, com uma espécie de ‘sala do pânico’, com paredes e teto revestidos de material especial para abafar o som dos gritos. Nesta quinta-feira, quinze pessoas foram presas, sendo dois policiais militares. Seis ainda estão foragidas. O grupo agia em oito municípios — entre capital, Baixada e região metropolitana — com mais de mil clientes e cobrando taxas de até 48% nos empréstimos.

Além do escritório remeter ao filme ‘Quarto do Pânico’ — no qual família ficou refém de bandidos —, o cinema serviu também de inspiração para o nome da operação, batizada de Shylock por causa do nome do personagem de um agiota no filme ‘O Mercador de Veneza’. Ao todo, foram expedidos 18 mandados de prisão e 12 foram cumpridos. Três pessoas foram presas em flagrante em casas e escritórios do esquema.

A ‘Sala do Medo’ ficava no Centro de Niterói. O imóvel não tinha janela nem muitos móveis, apenas um telefone, onde eram feitas as ameaças, muitas vezes, de morte. “Parecia um estúdio musical. A intenção era de que os vizinhos não escutassem os gritos”, revelou o delegado Marcos André Buss, adjunto da 19ª DP (Tijuca). Não foi detectado caso de homicídio envolvendo o grupo, mas as investigações vão continuar.

Cobradores dos agiotas iam a casas de clientes e levaram eletrodomésticos e bens pessoais como parte da dívida. Um deles fez até música com ameaças.

Mulher pegou R$ 290 e teve que pagar total de R$ 2.304

Foram mais de 8 meses de investigações, iniciadas na 19ª DP (Tijuca), bairro onde foi detectada a ação mais intensa do bando. As vítimas chegavam até os agiotas por panfletos entregues nas ruas. Após análise de crédito, elas recebiam o empréstimo e começava a pagar cada mês com juros mais altos.

“Se a vítima tentava quitar a dívida, os agiotas aumentavam os juros”, revelou o delegado titular da 19ªDP, Nilton Fabiano Lessa. Em um dos casos, uma senhora que pediu R$ 290 de empréstimo teve que pagar durante dois anos R$ 96 por mês, totalizando R$ 2.304.

“Ficamos impressionados com a alta movimentação financeira”, revelou a chefe da Polícia Civil, Martha Rocha. A quadrilha estava expandindo seus escritórios para Natal, no RioGrande do Norte, e já atuava também em Juiz de Fora, em Minas Gerais.

Os presos irão responder por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, crime contra a economia popular e extorsão. Policiais de 31 delegacias, entre especializadas e distritais, e duas equipes da Corregedoria Geral Unificada (CGU) participam da ação.

Na Rua Baltazar Pessoas, São Gonçalo, Saulo José dos Santos e Glícia de Almeida foram presos em casa duplex com piscina e churrasqueira. Picape blindada e Corolla foram encontrados no local. Dois carros, dois cofres, joias e documentos foram apreendidos.

Trechos de ameaças por telefone

Agiota: “Pegou tem que pagar senão o bonde brota. Seu tempo passou, ‘nós vai’ pedalar sua porta. Nunca confunda idiota com agiota.”
Agiota: “Fica de gracinha, pego seu filho e arrebento! Até sexta você arruma quanto?”
Devedor: “Como é que a gente pode fazer acordo pra pagar o dinheiro?”

Ricardo Noblat - A LENDA SOBRE AS ONGs


quinta-feira, 27 de outubro de 2011

"FORA CABRAL": Onde há fumaça tem fogo
Revista Carta Capital

RIO - No domingo passado, no calçadão de Copacabana, chamavam a atenção duas faixas, uma ao lado da outra. Cada uma era mantida esticada por duas moças vestindo camisetas vermelhas, cor dos bombeiros, muito populares nos últimos meses no Rio.

As faixas chamavam a população para um encontro no Posto 12, Leblon, para o dia 30 de outubro, às 10hs. Em letras azuis, anunciavam: “Fora Governador Sergio Cabral”.

Não tinha aglomeração à volta. Apenas uns homens, também de camisetas vermelhas, distribuindo folhetos de convocação. Eram bombeiros. Indignados. Que conversavam com todos os pedestres, explicando que vão mostrar, no dia 30, a verdadeira face do governador. As pessoas guardavam seus folhetos e, com ar cúmplice seguiam seus caminhos.

Perguntando a um desses bombeiros se já não estava tudo em paz, depois que o governador os chamou de “vândalos” e toda a cidade, pessoas e carros andando com fitas vermelhas, bandeiras vermelhas nas janelas dos prédios em apoio aos homens do fogo, enfim, tudo o que obrigou Sergio Cabral vir a público pedir desculpas. Além do mais, a própria presidenta Dilma sancionou a anistia a todos os envolvidos no protesto que acabou provocando a invasão do Quartel General dos Bombeiros pela PM do Rio.

A resposta foi imediata: “o governador tinha que pedir desculpas. Ele se esqueceu que nossa corporação é vista como de heróis, homens que salvam e resgatam, está sempre disposta a estender a mão e, por isso, é bem vista e querida pelo povo”. E mais: “a presidente sancionou a anistia em evidente puxão de orelha ao malfeito que seu ‘amigo’, o governador fluminense, havia feito”.

O momento se tornou obrigatório para uma conversa informal com um líder dos bombeiros. Longe de frases oficiais, comprometidas, mas transparentes.

Convidei um oficial do alto escalão para analisar, francamente, a atual situação dos bombeiros, suas reivindicações e causas de tanta insatisfação dos militares do fogo.

Num restaurante a quilo, sem que alguém notasse quem éramos, entendi as causas da movimentação do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro.

O oficial, orgulhoso de sua corporação, conta que ela foi fundada por D. Pedro I, em 1856. Os primeiros homens saíram da Polícia Militar criada por D. João VI e, com glamour, sempre foram prestigiados pelo governo federal, ao qual foram ligados até que a capital do Brasil se mudou para Brasília. Desde então, a corporação se tornou estadual.

O logotipo da corporação
A partir do governo Brizola – 1982/1990 – os bombeiros passaram também a atender a chamadas médicas. Tinha uma espécie de UTI móvel que, no próprio local do atendimento, servia como sala cirúrgica com todos os equipamentos de um hospital. Essa situação foi mantida até o governo Cabral – a partir de 2006, reeleito em 2010.

Com o desgaste provocado pelo péssimo serviço de Saúde no Estado, o governador resolveu subordinar a Defesa Civil à Secretaria de Saúde. O secretário de Saúde, então, delegou os programas do Samu, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, com dinheiro repassado pela União, aos bombeiros que, bem vistos e bem quistos pela população, poderiam camuflar imagem de incompetência da Saúde no Rio. E o mesmo aconteceu com as UPAs, Unidades de Pronto Atendimento, onde médicos e atendentes são bombeiros, no que o oficial define como “desvio de função”.

É claro que os veículos trazidos da Alemanha para pronto atendimento, depois de 30 anos, não existem mais. Mas as necessidades da população aumentaram e o atendimento dos telefones 192 (bombeiros) e 193 (Samu) continuava a serem feitos feito com ambulâncias comuns. Ele mesmo lembra que seria impossível a Secretaria de Saúde pagar R$ 6 mil por um pneu de caminhão com escada Magirus, se não tem como comprar bisturis.

Depois do protesto dos bombeiros e suas famílias, com a população apoiando as reivindicações dos bombeiros, a corporação voltou para a Secretaria de Defesa Civil, outra vez com o mesmo status da Saúde.

“A invasão do Quartel General dos Bombeiros foi feita com constrangimento dos soldados da PM, lutando com seus parceiros que faziam reivindicações idênticas às suas”. Ele lembra que, em São Paulo, por exemplo, essa ação seria praticamente impossível, uma vez que a formação de PMs e Bombeiros é feita numa escola única. A opção é feita pelo próprio soldado, quando deixa a escola. E conclui: “em São Paulo, os bombeiros são o freio moral da própria PM.”.

Retornando à Defesa Civil, o 192 volta a ser o número de socorro específico dos Bombeiros. Mas os equipamentos continuam obsoletos. Nem os guarda-vidas que ficam nos postos de socorro das praias têm sequer protetor solar para se proteger ou pé de pato para casos de salvamento.

Além disso, os soldados, que ganham entre R$ 800 e R$ 1.200 no Rio, não têm aumento de vencimentos há anos. E pedem gratificações por tempo de serviço, especialização, insalubridade, periculosidade ou trabalhos específicos – como o de exposição a produtos químicos, por exemplo.

O governador não tem tocado mais no problema dos bombeiros. Se o protesto marcado para o dia 30 de outubro, no Leblon, for bem sucedido, Sergio Cabral não poderá continuar inerte: a população ama os bombeiros.

O povo pode assimilar a indignação dos militares num momento em que, fora as sirenes que soarão nos locais de perigo de deslizamentos de encostas, nada está sendo feito desde a última tragédia do verão passado. E, na área da Saúde, especialistas esperam uma epidemia de dengue no Rio, sem que a Saúde esteja preparada para enfrentá-la. Seja o que Deus quiser…

Ah, o almoço no restaurante a quilo foi bem caseiro. A conversa amena e esclarecedora com o oficial, também.
MALUCO: Cabral diz que batalhões da PM devem ser extintos até 2014
R7.com

Durante a formatura de 499 policiais que vão trabalhar nas UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), no Cfap (Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças), em Sulacap, na zona oeste do Rio, o governador Sérgio Cabral disse que pretende acabar com os quartéis (batalhões) da PM, da forma como eles funcionam atualmente, até 2014.

- Com exceção das tropas especiais, como Bope e Batalhão de Choque, o chamado quartel regular, do batalhão do bairro, está com o conceito absolutamente equivocado. Na polícia de Londres, de Nova York, de Miami, de Paris, de Madri não é assim. Não tem cabimento mais isso. O quartel é um conceito do Exército, da Marinha e da Aeronáutica porque são forças militares aquarteladas. A nossa polícia é uma polícia ostensiva. Então nós estamos revendo isso.

Cabral adiantou que o quartel-general, no centro, vai virar um diretório administrativo, enxugando o número de pessoas, dando racionalidade e saindo daquele local. As outras prioridades são os quartéis de Botafogo e da Tijuca, cujos projetos já estão sendo tocados pela Casa Civil e Secretaria de Segurança.

O governador não informou, no entanto, quais serão as alternativas para os imóveis onde são instalados os batalhões da PM.

QUADRILHA: Vereadores se reunem para votar cassação definitiva de prefeito Jorge Mario
O Globo Online

RIO - Vereadores de Teresópolis estão reunidos neste momento na Câmara municipal para votarem relatório da comissão processante que pede a cassação definitiva do prefeito Jorge Mário. Em agosto, os vereadores já haviam decidido afastar o prefeito do cargo por 90 dias. Se os vereadores votarem favorável ao relatório, será marcada uma nova reunião na Câmara na terça-feira, quando será decidido o afastamento ou não do prefeito.

Jorge Mário, ex-PT e hoje sem partido, é suspeito de envolvimento num esquema de corrupção e pagamento de propina que operava na prefeitura de Teresópolis para desviar dinheiro público enviado à cidade para ajudar na recuperação do município depois dos estragos provocados pela chuvas de janeiro. O esquema foi revelado pelo GLOBO numa série de reportagens.

O prefeito nega todas as acusações.

Segundo um empresário contou em depoimento ao Ministério Público federal, na semana da tragédia uma reunião na prefeitura entre empresários e secretários municipais acertou o reajuste da propina. Normalmente de 10%, ela pulou para 50%. Diante de tantas irregularidades, a Controladoria Geral da União (CGU) determinou o bloqueio da conta da prefeitura de Teresópolis abastecida pela União. A CGU também passou a exigir o ressarcimento de todo o dinheiro transferido para a cidade.
POLICIAIS OU BANDIDOS: Exame de DNA confirma que corpo exumado é do menino Juan
O Dia Online

RIO - A Defensoria Pública confirmou, através de nota, que, após a conclusão de todos os exames complementares, foi confirmada a identificação do cadáver exumado no dia 17 de agosto, no Cemitério de Nova Iguaçu, como sendo do menino Juan Moraes Neves. A informação foi antecipada pelo Informe do Dia na última segunda-feira.

Foram realizados novos exames de tipagem genética por DNA, cadavérico e antropológico, a pedido do defensor público Antonio Carlos Oliveira, que representa o PM Edilberto Barros do Nascimento, um dos quatro policiais militares presos suspeitos da morte do menor.

A instituição informa ainda que novas perícias feitas foram fundamentais para o esclarecimento de outras questões técnicas diversas sobre a identificação do cadáver. Os novos exames confirmaram graves contradições técnicas periciais e distorções ocorridas durante o inquérito policial, que serão questionadas judicialmente a partir da próxima semana.

Ainda segundo a Defensoria, é possível concluir que não há mais necessidade de permanência do cadáver de Juan Moraes Neves na sede do IML do Rio, podendo ser providenciado o novo sepultamento.

Sequência de falhas no caso que chocou o Rio

Operação
Dia 20 de junho, policiais do 20º BPM (Mesquita) vão à comunidade Danon checar informação sobre traficantes. Na ação, Juan desaparece, um rapaz é morto e dois são baleados, entre eles um irmão do menino.

Auto de resistência
Logo após a ação, PMs registram o caso como auto de resistência na 56ª DP (Comendador Soares). Apresentam armas e drogas e não falam sobre Juan.

Demora
O sumiço do menino só vem à tona no dia seguinte após denúncia da família de que ele fora baleado. Uma série de falhas na investigação da 56ª DP, entre elas a demora em pedir perícia para o local, faz o caso ser transferido, uma semana depois, para a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense.

Afastamento
Afastados da rua cinco dias após a operação, os PMs vão para serviços internos no mesmo batalhão. Só ontem eles foram transferidos para a ‘geladeira’ da corporação.

Perícia
A primeira perícia no local só ocorreu oito dias após o sumiço, dia 28. O chinelo que o menino usava no dia 20 foi encontrado. Só então começaram as buscas pelo corpo.

Testemunha
W., baleado no confronto, foi apontado como traficante e ficou cinco dias algemado no hospital. A família comprovou que o rapaz trabalha e ele é incluído no Programa deProteção à Testemunha só duas semanas após o confronto.

Ossada
Dez dias após o sumiço, dia 30, foi achada a ossada que a perita atestou ser de uma menina. As buscas a Juan continuaram por 4 dias. Muito tempo depois, após dois exames de DNA, a Polícia Civil admitiu o erro.


Ricardo Noblat - No Brasil, 57% das estradas têm problemas




Ricardo Noblat - CORRUPÇÃO NO BRASIL

UH! UH! NOVA IGUAÇU: Ex-prefeito Lindbergh Farias é réu
Jornal Extra - Capa


quarta-feira, 26 de outubro de 2011

CÚMPLICE: Em 2009, Eduardo Paes se reuniu com supostos chefes da "máfia das vans"

Jornal do Brasil

RIO - Neste domingo, a Rede Globo denunciou mais detalhes da máfia das vans na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Controladas por grupos de milicianos, eles mantêm, de acordo com a reportagem, um complexo sistema de propinas e extorsões que envolve policiais militares, políticos e motoristas. Mesmo circulando de maneira irregular, as vans são ignoradas pelas autoridades e circulam graças ao "arrego" pago semanalmente a policiais. O mais chocante é que esses mesmos líderes milicianos se reuniram em 2009 com o então prefeiro recém-eleito Eduardo Paes para, em tese, garantir a vitória de seus grupos na licitação das linhas de vans. 

Reunião em 2009 mostra Eduardo Paes negociando cooperativas com líderes milicianos
CPI das Milícias

Na ocasião, Eduardo Paes garantiu aos líderes das cooperativas denunciadas na "máfia das vans" que elas teriam preferência no processo licitatório das linhas de cada região. A intenção era manter as linhas nas organizações de trabalhadores, ignorando o fato de que elas mantinham laços estreitos com milicianos. Anterior ao encontro, a CPI das Milícias já denunciava algumas das pessoas que aparecem reunidas com Paes e com o vereador Adílson Pires (PT-RJ).

Histórico

Na foto acima, é possível ver César Moraes Gouveia, conhecido como "César Cabeção". De preto e próximo da porta, ele é o presidente da Rio da Prata, cooperativa vencedora da licitação de 10 linhas na Zona Oeste e citada na matéria da Rede Globo como responsável por uma grande rede de propinas a policiais militares. Ele também foi citado na CPI das Milícias como um dos líderes da máfia de transportes da Zona Oeste.

Atrás de César Cabeção, de braços cruzados, está Dalcemir Barbosa, acusado pela mesma CPI de ser um dos líderes da milícia que domina Rio das Pedras. À direita do prefeito ainda é possível ver Hélio Ricardo, mais conhecido como "Gringo". Responsável por uma violenta guerra de cooperativas na região, Hélio está preso na Polinter do Grajaú acusado de envolvimento com a milícia. Getúlio Rodrigues, também apontado como líder miliciano, estava presente na reunião e seria executado no ano seguinte.

Justificativa

Procurada pelo Jornal do Brasil, a Secretaria Municipal de Transportes esclareceu que todos os participantes do processo licitatório que concedeu às cooperativas o direito de circular na Zona Oeste estavam de acordo da lei. Apesar de terem sido citados na CPI das Milícias, eles ainda não tinham sido condenados por qualquer crime e atendiam aos requisitos previstos pela Justiça. A secretaria, no entanto, garantiu que, caso as irregularidades sejam comprovadas, as licitações serão suspensas. 

Eduardo Paes à direita
"Por mais que eles ainda não tivessem contra si qualquer crime na Justiça, essas pessoas foram citadas na CPI das Milícias e mereciam atenção especial. Não é por menos que, entre as pessoas com as quais a Prefeitura negociou, há pessoas presas e foragidas", criticou o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ), responsável pela investigação.

Modelo perigoso

Em nota, o Sindvans-Rio criticou o modelo de licitações adotado pela Secretaria de Transportes, no qual cooperativas ou empresas podem concorrer pelas linhas de cada região. Para o sindicato, a licitação deveria ser aberta aos trabalhadores autônomos, que são vítimas dos esquemas de extorsão das cooperativas.

"Os trabalhadores autônomos legalizados são vítimas e reféns desse sistema que o crime organizado, há mais de uma década, explora com mão de ferro", criticou o Sindvans, que pressiona Eduardo Paes para rever as licitações que deram poder às cooperativas lideradas por milicianos.

A Secretaria de Transportes explicou que o modelo proposto pelo sindicato não é aplicável, já que não permitiria ao poder público controlar o número de veículos destinados a cada região e os itinerários adotados pelos motoristas.

Jornal do Basil - Coluna Informe JB
DESCASO NA POLÍCIA: Falta de peritos influencia aumento de mortes sem explicação no Rio
R7.com

RIO - Os 3.165 homicídios "sem a causa da morte determinada" no Rio de Janeiro podem ser explicados pela carência de peritos. Atualmente, o Estado tem 30% menos profissionais na área, o que prejudica a carga horária e deixa um alto número de óbitos sem solução. A afirmação é feita pelos próprios peritos e confirmada por especialistas em segurança. Ou seja, nem o legista e nem a polícia determinaram se a morte foi um acidente, um homicídio ou um suicídio.

O estudo Mortes Violentas Não Esclarecidas e Impunidade no Rio de Janeiro, do pesquisador do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) Daniel Cerqueira, mostrou que o Rio registra 27% do total das mortes violentas no país cuja intenção não foi determinada, em 2009. Cerqueira comparou os dados de 2006 com estatísticas de 2007 a 2009, após o início do governo de Sérgio Cabral (PMDB). Ele utilizou as informações do SIM (Sistema de Informação sobre a Mortalidade), do Ministério da Saúde.

O pesquisador aponta um efetivo especializado pequeno para lidar com os casos, além dos diversos problemas na estrutura da segurança pública do Estado. De acordo com a Aperj (Associação de Peritos do Estado do Rio de Janeiro), a lei assegura um número de 500 cargos de peritos legistas (que trabalham com as evidências do corpo), mas apenas 378 estavam ocupados até agosto passado. Para peritos criminais (responsáveis pelas evidências do local do crime), foram preenchidas 334 vagas das 535 estabelecidas.

O inspetor da Polícia Civil e especialista em segurança pública e justiça criminal, Francisco Chao, explica que a falta de um quadro completo de peritos é justificada pelo baixo salário, que provoca a evasão de profissionais. O salário inicial bruto de um perito é R$ 3.052,34.

- Os peritos são capacitados, mas muitos veem a Polícia Civil apenas como um lugar de passagem para a Polícia Federal, por exemplo. O baixo salário também afeta a dedicação exclusiva à investigação. Muitos peritos e policiais trabalham em mais de um emprego para poder pagar as contas no fim do mês.

Em relação ao elevado número de mortes sem explicação, Chao afirma que isso afeta a imagem da Polícia Civil.

- Ao longo do tempo, a população vai construindo uma imagem de que a perícia não consegue resolver os casos. Mas a perícia é capaz sim, como foi no caso da juíza Patrícia Acioli. A diferença é o esforço voltado para cada situação.

Diretor da Aperj, Erlon Reis lembra que um relatório de abril do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Rio de Janeiro) apontou falta de pessoal e de equipamentos e a utilização inadequada de recursos públicos como as causas para um crescente acúmulo de laudos não emitidos. As irregularidades, de acordo com o TCE-RJ, estariam contribuindo para a resolução de somente 11% dos homicídios no Estado.

- Não vi nenhuma mudança na estrutura da perícia do Rio desde o relatório do início do ano. Uma comissão até chegou a ser organizada, mas nada foi concretizado.

Em 2006, o número de mortes indeterminadas era de dez para cada 100 mil habitantes. Em 2009, a estatística passou para 22, o que significa que 3.587 mortes aconteceram sem que se conseguisse esclarecer a intenção. O pesquisador Cerqueira afirma que uma falha crucial para desvendar a causa da morte é a não preservação do local do crime.

- Na maioria das vezes, a própria polícia não mantém o local do crime com as evidências que colaborariam com as investigações. Corpos são levados para hospitais com a desculpa de tentar salvá-los quando já não há mais chance.

Ainda para Cerqueira, a impunidade é a pior consequência da mudança das estatísticas.

- Não sei se a perda da qualidade do trabalho da perícia foi uma questão de inoperância da polícia ou fraude para baixar os números de homicídios. De qualquer maneira, os números altos de mortes “indeterminadas” refletem um problema grave, como 2.797 óbitos, em 2009, em que não se sabe quem morreu de que e com que arma.

O outro lado

Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança afirmou que a pesquisa contém erros e que não haveriahomicídios ocultos nas estatísticas de mortes “indeterminadas”.

- Não há manipulação dos dados. Não há falência. O que existe são dois bancos de dados distintos com finalidade diferente. A pesquisa do senhor Daniel Cerqueira tem erros básicos.

Uma nota de segunda-feira (21) informava que “os dados do ISP levam em conta todo o procedimento policial e não apenas as declarações de óbito, uma vez que estas podem, inicialmente, serem inconclusivas. Em outras palavras, uma declaração de óbito não indica se a morte foi provocada por crime, o que exige exames complementares periciais”.

O secretário José Mariano Beltrame se reuniu nesta terça-feira (24) com representantes da Secretaria de Saúde, Instituto de Segurança Pública e Departamento de Polícia Técnica do Rio de Janeiro para abrir todos os dados, comparar metodologias e avaliar os números apresentados na pesquisa.
DESCASO NA SAÚDE: Mais dor de cabeça para quem já sofre de doença crônica
O Dia Online

RIO - Promessa de facilidade virou garantia de dor de cabeça para quem sofre de doenças crônicas ou agudas na Região Metropolitana do Rio. ‘Blitz do DIA’ constatou que 17 medicamentos de lista com 53 que deveriam ser oferecidos a R$ 1 em Farmácias Populares, programa do governo estadual, estão em falta em pelo menos quatro unidades. São remédios para doenças cardíacas, pressão alta, colesterol, infecção, inflamação, osteoporose, entre outras enfermidades.

Lourdes perdeu a viagem ao Méier pela segunda vez em busca de sinvastatina, em falta
Equipe do jornal percorreu farmácias populares da Pavuna e do Méier, na Z. Norte do Rio, e de São João de Meriti e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e acompanhou o drama enfrentado por usuários do serviço.Após peregrinar por três unidades — Nova Iguaçu, Meriti e Caxias — o aposentado Álvaro Gomes da Silva, 77 anos, que sofre com inflamação no abdômen, não encontrou seu principal remédio: a ranitidina. De seu salário mínimo mensal, ele gasta por mês quase R$ 400 em remédios, e a ranitidina seria a única economia oferecida pelo programa Farmácia Popular. Por cinco caixas de 20 comprimidos, ele pagaria R$ 5, mas tem precisado gastar R$ 65 por mês nas drogarias comuns. “Está em falta há quase 15 dias na popular”, reclama a filha, Maria da Conceição.

Em nenhuma das unidades fiscalizadas pela ‘Blitz do DIA’, havia fraldas geriátricas tamanho G. Com só R$ 8 no bolso para comprar 8 pacotes de fralda para o irmão, a aposentada Neuza Rocha dos Santos, 77, saiu de casa, em Cordovil, para a farmácia do Méier. Lá, só havia o tamanho M, que tem capacidade para usuários de 40 kg a 70 kg. “Mesmo assim vou levar e colocar um esparadrapo para fechar. Não tenho mais dinheiro e ele precisa”, argumenta.

Falhas se arrastam e atingem a central de teleatendimento

Os problemas do programa estadual atingem também o teleatendimento. A pensionista Lourdes Fernandes, 78 anos, que é diabética e tem colesterol alto, antes de ir à Farmácia Popular, liga para a central e checa se há remédio no estoque. Segunda-feira, pela segunda vez, ela perdeu a viagem. “Há um mês liguei para saber onde tinha sinvastatina, a telefonista disse que teria no Méier. Cheguei lá e não tinha. Hoje (segunda), foi a mesma coisa: por telefone, disseram que o Méier teria, mas a atendente falou que está em falta há 10 dias”.

De lá, ela foi a uma drogaria e gastou R$ 20 com a caixa de 15 comprimidos que, na Farmácia Popular, custaria R$ 1. “Uso dois remédios para diabetes e gasto R$ 150 por mês. Com a sinvastatina, vão mais R$ 20”.

A falta de medicamentos e fraldas nas farmácias populares não é de hoje. Há dois meses,O DIA foi às unidades de São João de Meriti, Pavuna, Campo Grande, Bangu e Méier, onde o cenário já era precário.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde informa que os principais remédios, como a sinvastatina (para reduzir colesterol), serão repostos esta semana. As fraldas também serão entregues neste prazo e novo processo de compra será aberta no mês que vem. O pregão feito em fevereiro será suspenso antes do fim do contrato, que iria até o ano que vem.

Leia mais...

SAÚDE PÚBLICA ABANDONADA: Mães denunciam más condições de higiene em hospital da UFRJ
Mulheres filmaram infestação de baratas no refeitório e relatam que crianças receberam refeições mofadas

Estadão.com

RIO - Um grupo de mães, cujos filhos são tratados de câncer no Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), encaminhará ao Ministério Público Federal denúncias das más condições de higiene da instituição. Elas filmaram infestação de baratas no refeitório e relatam que crianças receberam refeições mofadas e com objetos estranhos. Os banheiros também estão mal conservados.

Julia Ingrid Ribeiro e o filho Pedro, de um ano e cinco meses, que tem leucemia
Os episódios começaram a ser registrados na semana passada. A dona de casa Júlia Ribeiro, de 21 anos, percebeu que a gelatina do filho, Pedro, de 1 ano e 5 meses, internado no local para fazer quimioterapia, estava mofada. À noite, a mãe conta ter encontrado um bolo de cabelos na refeição do filho. Ao descer para reclamar, deparou-se com a infestação de baratas no refeitório.

"Eram mais de 200. Elas saíam de uma tampa de bueiro que tem dentro do refeitório", conta. "Uma comida estragada não vai provocar apenas indisposição. Meu filho vai ter de tomar antibiótico. É a vida dele que é colocada em risco." Mas ela ressalta que o filho vem sendo bem atendido. "Eu não sabia que no SUS tinha médico que dava o telefone para o paciente, como se a gente estivesse pagando."

Dois dias depois do caso de Pedro, Priscila Marinho, de 26 anos, encontrou um elástico no macarrão de Maria Clara, de 1 ano e 6 meses, internada para o tratamento de leucemia. "É um absurdo o descaso com as crianças", afirmou. Ela relatou que, apesar de as crianças com leucemia ficarem isoladas, por causa do risco de infecção oportunista, todos os pacientes se banham no mesmo local. "A água do banho de uma criança internada com pneumonia escorre e fica sob os pés dos nossos filhos, que são imunossuprimidos e podem adoecer".

O diretor da instituição, Edmilson Migowski, afirmou que o hospital está em obras, o que pode ter provocado a infestação. Ele apresentou à reportagem documentos que comprovam dedetização recente - a última foi em julho. A reportagem também encontrou baratas no refeitório e numa área da cozinha que não está em uso, além de irregularidades como telas rompidas e saídas de esgoto na cozinha e refeitório.

"Esse é um prédio de 1953. Estamos fazendo obra na fachada, na rede de esgoto, entregamos no início do ano a reforma da emergência e do hospital-dia. Estamos licitando a reforma dos banheiros. Mas temos limite orçamentário", explicou.

Ele informou que estuda reformar o refeitório, com o restaurante explorado pela iniciativa privada. E diz que determinou mudança na etiquetagem dos alimentos, que seguirá com a data de fabricação para os pacientes. Mas refutou a contaminação da comida com cabelos e elástico. "A contaminação pode ter ocorrido no quarto."

CLIQUE AQUI E ASSISTA AO VÍDEO FEITO PELAS MÃES NO HOSPITAL

Coluna Berenice Seara - ESCOLAS ABANDONADAS


Coluna Berenice Seara - EDUCAÇÃO ABANDONADA


Ricardo Noblat - BASTA PARAREM DE ROUBAR


MILÍCIAS: Freixo afirma que recebeu informações de atentado contra ele e Beltrame
O Globo Online

RIO - O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) afirmou, ontem à noite, que o Disque-Denúncia recebeu uma informação de que uma milícia de Campo Grande está planejando um atentado contra ele e o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame. A ação ocorreria ainda esta semana. A assessoria de imprensa da secretaria disse desconhecer a denúncia.

De acordo com Freixo, o Disque-Denúncia repassou as informações para o coronel responsável pela segurança da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), que o procurou imediatamente. O deputado disse que não vai deixar de trabalhar, mas deve alterar parte de sua agenda. Entre os compromissos que serão desmarcados, está um debate, hoje, na Uerj:

- Depois do que fizeram com a juíza Patrícia Acioli (assassinada em 11 de agosto), não podemos desconsiderar denúncias. A questão é que essas informações chegam, mas não são acompanhadas de providências.

No início do mês, um documento reservado da Inteligência da Secretaria de Segurança Pública apontou que o ex-cabo da Polícia Militar Carlos Ary Ribeiro, o Carlão, ligado a um grupo paramilitar de Campo Grande, receberia R$ 400 mil para executar o deputado. Segundo o documento, o ex-PM já teria feito levantamento da rotina do político, inclusive dos horários em que ele dispensa a segurança da Assembleia Legislativa do Rio. Freixo teve, então, aumentada a sua segurança. O parlamentar presidiu a CPI das Milícias, que indiciou 225 pessoas, entre políticos, bombeiros e policiais civis, em novembro de 2008.
UH! UH! NOVA IGUAÇU: MP acusa governo Lindbergh de fazer contratos com empreiteira de fachada

Alerta do Exército soa como toque de recolher

terça-feira, 25 de outubro de 2011

DESCASO: Família de idosa que morreu após percorrer cinco hospitais processará o poder público
O Globo Online

RIO - A família da pensionista Eda do Nascimento, de 75 anos, disse que vai entrar na Justiça contra o poder público pelo descaso na morte da idosa, na segunda-feira, no Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea . A idosa enfrentou uma peregrinação por cinco unidades de saúde e chegou a ser internada, na terça-feira passada, na Santa Casa da Misericórdia, no Centro, mas não teve o atendimento necessário.

Na terceira tentativa, parentes conseguiram no plantão judiciário, no domingo, uma decisão que ameaçava de prisão, por desobediência, os secretários do município, Hans Dohmann, e do estado, Sérgio Côrtes, caso não houvesse a transferência da pensionista para uma UTI. Eda, que iria para o Lourenço Jorge, na Barra, foi operada às pressas no Miguel Couto, mas não resistiu.

- Minha mãe está morta por causa do descaso do governo. Vamos continuar lutando. Ela não merecia passar pelo que passou - afirmou o filho Aldeci Nascimento.

Paciente ficou na sala de ventilação do hospital

A assessoria da Santa Casa da Misericórdia informou que a paciente foi diagnosticada, na sexta-feira, com perfuração intestinal e insuficiência renal aguda, com indicação cirúrgica. A instituição explicou que os leitos da UTI e do centro cirúrgico estavam ocupados, e que solicitou a transferência da paciente para outra unidade.
No entanto, mesmo já internada no Miguel Couto, Aldeci denuncia que sua mãe ficou na sala de ventilação da unidade, depois de uma cirurgia de três horas.

- Quando ela entrou no hospital, estava viva, lúcida, apesar de muito fraquinha. Ela teve a operação, só não teve a UTI. O médico alegou que não tinha vaga. Para piorar, minha mãe morreu às 6h de hoje (segunda-feira), mas só recebemos a notícia cinco horas depois - contou Aldeci.

Em nota, a Secretaria municipal de Saúde disse que a paciente já chegou ao hospital em estado grave, com uma úlcera gástrica perfurada. A Santa Casa ressaltou que, apesar de não atender a emergências, a instituição acolheu a paciente após identificar que ela não havia conseguido internação em outros hospitais da cidade.
CAMPO MINADO: Passa de 187 o número de bueiros com alto risco de explosão no Rio
R7.com

RIO - Prefeitura identificou mais 16 no fim de semana no centro e na TijucaAgentes da Prefeitura do Rio identificaram mais 16 bueiros com alto risco de explosão no sábado (22) e domingo (23). Foram monitorados 153 tampões no centro, Copacabana, Ipanema, Flamengo e Tijuca.

Os bueiros com risco foram identificados nas ruas Uruguaiana (1), Rosário (1), São José (1), México (1), Teófilo Otoni (1), Relação (1), Visconde do Rio Branco (1), Primeiro de Março (1), Visconde de Inhaúma (1), nas avenidas Graça Aranha (2) e Presidente Antonio Carlos (1), no Centro; ruas Conde de Bonfim (1), Haddock Lobo (1), São Francisco Xavier (2), na Tijuca, zona norte.

Até o momento, a prefeitura já identificou 187 bueiros com alto risco de explosão. Segundo a assessoria da Secretaria de Conservação e Serviços Públicos, em todos os casos o protocolo de emergência foi acionado, com a comunicação imediata ao Centro de Operações Rio e às concessionárias de luz (Light) e gás (CEG). Os bueiros foram isolados e sinalizados para reparo.
Desde o inicio da operação, em 11 de agosto, foram vistoriados 13.597 bueiros na cidade.
Tenente do BEP pode ser expulso por autorizar cervejas em presídio da polícia no Rio

Ministério Público Eleitoral pediu a cassação e a inegibilidade de Eduardo Paes e Sérgio Cabral por oito anos

           

MP quer multar prefeito de Friburgo por omissão


Coluna Ancelmo Gois