sábado, 5 de novembro de 2011

EM CRISE: Após vaias durante inauguração de UPP, Sérgio Cabral diz que seu governo agora está sendo alvo de uma conspiração política
Garotinho, segundo as investigações, seria o líder do
grupo interessado em produzir notícias contra Beltrame
Um relatório reservado da Agência Central de Inteligência da polícia do Rio de Janeiro informa que no Estado há um grupo formado por políticos e delegados interessado em boicotar o projeto das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). No documento que contém o carimbo de “urgentíssimo” e recebe o número 463/11-0007/S12, os agentes da Central de Inteligência relatam que o principal objetivo do grupo seria desgastar publicamente a imagem do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, e provocar a exoneração de toda a cúpula da Secretaria de Segurança Pública para colocar nos cargos disponíveis pessoas que possam “vir a atender interesses escusos e particulares de seus membros”. Assinado em 28 de setembro, o relatório é parte de uma investigação ainda em curso, mas que já detectou como membros do grupo o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), ex-governador e ex-secretário de Segurança; e os antigos chefes da Polícia Civil Álvaro lins e Ricardo Hallak. Segundo as investigações, o grupo força a divulgação de notícias negativas e chega a fabricar fatos para provocar um noticiário contra o secretário e seus principais auxiliares.

Para chegar às conclusões apresentadas no relatório preliminar, os agentes da Central de Inteligência acompanharam as investigações e a divulgação de diversos casos policiais e até processos judiciais. Um dos primeiros movimentos a des­pertar a atenção dos policiais foi a greve dos bombeiros de junho último. De acordo com as informações do serviço reservado da Polícia Militar, o movimento salarial foi apenas o pano de fundo para uma operação política liderada pelo cabo Daciolo, ligado ao ex-governador Garotinho, e que levou os bombeiros a uma mobilização contra o governo estadual. Na ocasião, a população manifestou apoio aos grevistas, mas o movimento perdeu credibilidade quando coordenou a distribuição de adesivos na zona sul do Rio com os dizeres “Fora Ca­bral”, numa alusão ao governador Sérgio Cabral.

Um dos processos judiciais analisados pela Central de Inteligência diz respeito ao salário de Beltrame. Mensalmente, ele recebe R$ 12,9 mil como secretário e mais R$ 24,4 mil como delegado da PF, o que soma um valor superior ao teto do funcionalismo fixado em R$ 26,7 mil. Documentos anexados ao processo, no entanto, mostram que antes de assumir o cargo, o secretário consultou a Procuradoria-Geral do Estado, que lhe deu parecer apontando a situação como regular. De acordo com os procuradores, o teto salarial deve ser aplicado a cada salário e não à soma deles, ainda mais quando se trata de diferentes fontes pagadoras, no caso o governo estadual e o governo federal. Apesar do posicionamento da Procuradoria-Geral, foi dada entrada em uma ação popular na Justiça contra o secretário. Segundo os relatos da Central de Inteligência, o objetivo real do processo não é a condenação de Beltrame, mas o noticiário negativo que ele provoca. O autor do processo é o advogado Carlos Fernando dos Santos Azeredo, um policial civil aposentado ligado ao grupo político de Garotinho. Ele também é advogado de Álvaro Lins e de Ricardo Hallak em diversos processos. Azeredo nega o interesse político na ação, mas admite que só entrou com o processo depois de ler sobre o salário de Beltrame no blog de Garotinho. “Isso (a investigação da Central de Inteligência) é delírio ou uma tentativa do secretário Beltrame de desviar a atenção da opinião pública de um caso que está na iminência de explodir”, disse o deputado Garotinho na quinta-feira 3.

O grupo que conspira contra o secretário também teria atuado na investigação sobre o sequestro e assassinato de Israel Ferreira de Miranda, em 16 de agosto do ano passado. Em 17 de maio último, a ex-companheira de Israel, Eliane Crisostomo Costa, foi à Comissão de Assuntos de Polícia da Assembleia Legislativa e prestou um depoimento bombástico. Disse que Israel era informante da polícia e que sua função seria a de “descobrir possíveis crimes e criminosos para serem extorquidos pelos policiais”. Ela ainda afirmou que Israel participava das extorsões com agentes e delegados da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e citou o nome dos policiais Correa, Fraga e Guehard, que seriam ligados ao secretário Beltrame. Para provar o que dizia, entregou uma cópia de uma escritura de cessão de direitos sobre um apartamento na Barra da Tijuca em favor de Israel. O apartamento, segundo Eliana, seria um pagamento de propina a seu ex-companheiro e a policiais da Draco. No mesmo depoimento, ela disse que pedia “socorro” aos deputados “por convicção pessoal de que policiais civis têm motivos para me matar e que a Draco está diretamente ligada ao secretário Beltrame, que protege os policiais que estariam envolvidos na morte de Israel”.

Por determinação do secretário, o caso está sob investigação da Corregedoria com acompanhamento da Agência Central de Inteligência. Durante as investigações, foi apurado que o documento do apartamento não tem valor legal e que o depoimento de Eliana na Assembleia era parte de uma trama conspiratória. Em 29 de agosto, na Comissão Permanente de Inquérito Administrativo, a mesma Eliana negou o que dissera anteriormente. Afirmou que Israel jamais fora informante e que desconhecia relações do ex-companheiro com policiais da Draco. Disse que mentiu porque ela e o filho foram ameaçados de morte por um tal de Aloísio. Esse mesmo Aloísio, segundo Eliana, é que lhe fornecera um roteiro com tudo o que deveria dizer e os nomes dos policiais mencionados.

As investigações ainda estão em andamento, mas os agentes da Inteligência já têm indícios de que Aloísio é um ex-policial ligado ao delegado Álvaro Lins. O relatório a que ISTOÉ teve acesso mostra que enquanto as UPPs avançam pelas comunidades carentes do Rio, um grupo de policiais e políticos estão de fato mais interessados em contrainformações. Os interesses certamente não são os mais nobres.


(OP): É bom deixar bem claro que não estou aqui defendendo o deputado Anthony Garotinho, e sim mostrar o quanto estou indignado com a publicação desta matéria pela revista ISTO É de conteúdo tão duvidoso.
TÁ TUDO DOMINADO: Milicianos controlam 47 ruas e dez estacionamentos em áreas públicas no Centro
O Globo

RIO - Em maio deste ano, Ricardo Cesar Ribeiro de Lemos, flanelinha que atua na área dos Arcos da Lapa e morador do Morro da Providência, no Centro, procurou a 5ª DP (Gomes Freire) para registrar uma ocorrência: por volta das 14h do dia 7, um sábado, quando trabalhava na Rua da Lapa, foi expulso do local e ameaçado por homens armados que se apresentaram como policiais. Não foi o único caso registrado naquela delegacia. Pelo menos dez guardadores relataram este ano ações semelhantes de homens armados, ocupando carros e motocicletas, em diferentes pontos do Centro.

Para a subprefeitura do Centro, que cobre 18 bairros, não há mais dúvidas: uma milícia formada por pelo menos 14 policiais civis e militares passou a agir na região explorando um novo filão: vagas de estacionamento. Já estaria sob o controle do bando 47 ruas, 70 flanelinhas e dez estacionamentos que funcionam em terrenos públicos (do município, do estado e da União) - áreas tomadas à força.

Um levantamento da subprefeitura, em poder do subprefeito Thiago Barcellos, revela que o grupo paramilitar tem um faturamento mensal estimado em mais de R$ 1 milhão. A quadrilha contaria com apoio em delegacias e batalhões da PM da região, além da própria prefeitura do Rio, onde funcionários estariam facilitando a ação do bando, fazendo vista grossa.
GUERRA NO RIO: Quatro presos e um morto após invasão de escola em Bangu
GUERRA NO RIO: Bandidos invadem escola em Bangu durante megaoperação da polícia em favelas

GUERRA NO RIO: Aluna da escola invadida por criminosos diz ter pensado no massacre de Realengo

Aulas são suspensas em escola invadida por bandidos na Zona Oeste
RIO "PACIFICADO": UPP do Fallet/Fogueteiro sofre ataque de bandidos
Cerca de 150 policiais vasculham a região em busca dos autores. Uma PM está desaparecida.
O Dia Online

RIO - Bandidos teriam atacado a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Fallet/Fogueteiro, em Santa Teresa, na Zona Sul do Rio. A informação foi confirmada pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) e pelo 5º BPM (Harmonia). A polícia vasculha a área atrás dos autores da ação.

Por volta de 22h um intenso tiroteio assustou os moradores da região. O Comando da Polícia Pacificadora confirmou que a ocorrência se tratava de um ataque a base da UPP.

Cerca de 150 policiais do 4º BPM (São Cristóvão), 5º BPM (Harmonia), Bope e do Batalhão de Choque se dirigiram para o local em busca de criminosos. Até o momento ninguém foi preso. Agentes relataram que os muros de várias residências foram pichados com a inscrição CV, em referência a facção criminosa Comando Vermelho.
RIO "PACIFICADO": Bandidos atacam policiais da UPP da Mangueira
Jornal do Brasil

RIO - Um grupo de criminosos armados atacou policiais militares lotados na recém-inaugurada Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Mangueira. O incidente ocorreu na madrugada deste sábado. Na ação, um traficante acabou preso.

De acordo com informações da Polícia Militar, os bandidos tentavam fugir do Morro do Tuiti, em São Cristóvão, dentro de um carro roubado. O local faz parte da área da nova UPP e estava ocupado pelo Batalhão de Operações Especiais desde junho.

Ao se depararem com uma viatura da PM, na Rua São Luís Gonzaga, eles dispararam contra os agentes, que revidaram. Houve uma perseguição e um traficante acabou sendo baleado e, posteriormente, preso. Um policial também acabou ferido e foi levado para o Hospital Central da Polícia Militar (HGPM), no Estácio. Era o primeiro plantão do agente na UPP.
Milícias cariocas já são maiores que traficantes, alerta Anistia Internacional
Jornal do Brasil

RIO - Os grupos milicianos do Rio de Janeiro ganharam fôlego nos últimos anos e já são a maior forma de crime organizado carioca, afirma o pesquisador da Anistia Internacional Tim Cahill. Responsável por levantar dados no Brasil, ele adianta que uma pesquisa em andamento conclui que os policiais corruptos têm o controle de 45% das favelas do Rio.

À Terra Magazine, Cahill explicou os motivos do convite da Anistia Internacional e da ONG Front Line Defenders ao deputado estadual Marcelo Freixo (Psol-RJ), que viajou para a Europa.

"Freixo recebeu sete novas ameaças recentemente, nós reconhecemos que ele tem proteção no Brasil, mas a visita será um momento de alívio. Além disso, queremos reforçar a necessidade de a comunidade internacional combater estes grupos milicianos".

O pesquisador diz que a viagem de Freixo é uma forma de pressionar o governo do Rio a implementar as recomendações da CPI das Milícias, presidida por Freixo em 2008.

"Na época, ficou clara a importância de se quebrar o braço financeiro dessas organizações, as suas fontes de renda, mas essas medidas não foram seguidas", esclarece.

Segundo a Anistia, a principal fonte de renda dos milicianos atualmente é o transporte ilegal: a chamada "máfia das vans", como já vem sendo veiculado pela mídia carioca. Denúncias recentes mostram que cooperativas de motoristas eram obrigadas a pagar propina para as milícias.

Outros negócios das milícias incluem a venda de gás, TV a cabo irregular e um esquema de cobrar dos moradores por serviços de segurança.

"Outro risco é a força política crescente desses grupos, que patrocinam deputados e vereadores.

A Anistia, que é sediada em Londres, acredita que a ausência de Freixo não será por muito tempo. Ele deverá participar de palestras sobre crime organizado junto com organizações europeias e retornar ao país em algumas semanas.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

CAINDO AOS PEDAÇOS: Quase R$ 1,3 bi gastos em obras do PAC que já dão problemas
Estado diz que viga instalada para aparar escada descolando é para ‘acalmar’ moradores
O Dia Online

RIO - Construtoras responsáveis pela urbanização do PAC de Manguinhos e Complexo do Alemão, que apresenta coleção de problemas estruturais, levaram quase R$ 1,295 bilhão pelas obras. Mas o alto investimento não assegurou moradia livre de defeitos aos condôminos dos conjuntos habitacionais inaugurados há menos de 2 anos: atualmente, alguns moradores convivem com vazamentos e rachaduras por toda parte.

Foto: Carlos Moraes / Agência O Dia
Escada descolada é sustentada por macaco hidráulico
Nesta quinta-feira, técnicos da Empresa de Obras Públicas do Estado (Emop) vistoriaram os condomínios Nova Geração e Poesi, no Alemão, erguidos pelo consórcio Rio Melhor (Odebrecht, OAS e Delta), e o João Nogueira, em Manguinhos, construído pelo consórcio Manguinhos (Andrade Gutierrez, EIT e Camter Construções). Agentes fotografaram os problemas, mas não deram prazo para os reparos. Limitaram-se a dizer que “voltarão a fazer contato”.

No Nova Geração, falta água há 2 meses. A Cedae esteve lá ontem e não identificou a origem do problema. A empresa crê que vazamento encoberto pode ter deixado as torneiras secas. Mesmo sem saber o motivo da falta d’água, a Cedae garantiu que iria saná-la.


Operadores do Rio Melhor colocaram vigas de sustentação e cola de silicone na escada de concreto do bloco 6, que, segundo os condôminos, balança. A Emop alega que a escada está em boas condições e que a viga foi posta para acalmar moradores. Indignada com vazamento no banheiro, Maria Dionizia, 57, moradora do Poesi, abriu novo ralo para escoar a água empoçada: “Gastei meu dinheiro para consertar o erro deles”.

Consórcios reconhecem necessidade de reparos

Em nota, o consórcio de construtoras Rio Melhor, que levou R$ 721 milhões pelas obras de dois conjuntos habitacionais no Alemão, além do teleférico e de espaços comunitários, admite a necessidade dos reparos e informa que a estrutura dos prédios não oferece riscos.

Já em Manguinhos, o consórcio de mesmo nome afirma que os engenheiros realizam visitas frequentes ao conjunto, e os reparos para as rachaduras são providenciadas rapidamente. Os dois consórcios, no entanto, nada responderam sobre a razão de tantos problemas em obras inauguradas há menos de 2 anos.

O Ministério das Cidades argumenta que apenas faz o repasse dos recursos e não é responsável pelas obras. A Defensoria Pública do Rio de Janeiro disponibiliza o número 129 para atender moradores que se sintam prejudicados.
UPP: Bope e Batalhão de Choque devem tomar a Rocinha e o Vidigal no dia 13

Coluna Berenice Seara - LAMENTÁVEL CIDINHA!!!

Coluna Berenice Seara - DESCASO NA EDUCAÇÃO


Coluna Berenice Seara - DESCASO NA SAÚDE


Ricardo Noblat - CHUVA QUE TRAZ CORRUPÇÃO

Policial civil teria tentado atrapalhar a PF na Maré
Informação consta em documento que será enviado à Corregedoria da instituição
O Dia Online

RIO - A Polícia Federal enviará nesta sexta-feira à Corregedoria da Polícia Civil relatório com informações sobre um inspetor desta instituição, morador do Parque União, no Complexo da Maré, que teria oferecido resistência às operações da PF que culminaram na morte do traficante Marcelo da Silva Leandro, o Marcelinho Niterói, terça-feira.

O inspetor — lotado na 18ª DP (Praça da Bandeira) — é primo de Gracielle Cândido dos Santos, namorada do traficante, e, segundo a PF, estava a poucos metros de onde o bandido se escondia.

Em abril, a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da PF havia enviado informações à Civil sobre o mesmo inspetor. Segundo documento interno datado de 27 de abril, ele teria tentado impedir o cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa de traficantes, em 9 de abril.

Na terça, a PF, com auxílio do Batalhão de Operações Especiais (Bope), foi à casa e à lanchonete de Maria da Soledad dos Santos, que era sogra de Marcelinho e tia do inspetor. Foi na porta desta lanchonete, chamada Sula Lanches e localizada na Rua Larga 43, que Marcelinho foi atingido por dois tiros e morto.

Em abril, na véspera da primeira operação na Sula Lanches, a PF havia prendido o traficante conhecido como Vágner Negão, comparsa de Marcelinho, que agia em Duque de Caxias, na Baixada.


Mãe diz que filho era ‘homem bom’

Pelo menos 12 policiais do 15º BPM (Duque de Caxias) acompanharam o enterro do corpo de Marcelinho Niterói, nesta quinta-feira, no cemitério Nossa Senhora das Graças, em Duque de Caxias, que contou com cerca de 100 pessoas.

Muito emocionada, a mãe de Marcelinho comentou com familiares que seu filho era ‘um homem bom’.“Até os policiais gostavam dele”, disse.

Refúgio em bares da favela

Nos cinco meses em que investigou Marcelinho Niterói, o bandido não saiu do Complexo da Maré. Nos últimos 15 dias, com a presença do Bope no Complexo da Maré, Marcelinho passava o dia e a noite em dois bares na rua Larga, o Bar do Experimento e o Bar do Gil. Suas companhias, além da mulher Gracielle, eram o traficante Jorge Luiz Moura, o Alvarenga, e o traficante Eduardo Herculano da Silva, o Avião.
Charge do MILLÔR - Esta semana


Amarildo


Coluna Ancelmo Gois


quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Ricardo Noblat - CABRAL E SUAS VIAGENS

Mesmo preso, Fernandinho Beira-Mar enviou coroa de flores para enterro de Marcelinho Niterói Marcelinho Niterói negociava acordo com milicianos, a mando de Beira-Mar
POR QUE NÃO FEZ ANTES? Polícia Civil matou Marcelinho Niterói em 40 segundos

Traficante braço direito de Fernandinho Beira-Mar é morto pela polícia
Tráfico recruta menores de idade para manter lucro em comunidades "pacificadas" pelas UPPs
Estratégia é usar adolescentes para driblar penas por tráfico, que vão até 15 anos de prisão
R7.com

RIO - Mesmo sem armamento ostensivo, o tráfico de drogas encontrou uma maneira de sobreviver, e ainda manter os lucros, em favelas do Rio de Janeiro que já receberam UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora). A estratégia dos criminosos é driblar condenações por tráfico de drogas recrutando menores de idade para fazer a venda direta ao usuário, uma vez que os adolescentes não cumprem penas, mas medidas sócioeducativas.

Com isso, adolescentes já envolvidos com o crime subiram de posto na hierarquia do tráfico, deixando de ser fogueteiros (aqueles que sinalizam a entrada da polícia no morro), por exemplo, para vender entorpecentes. Motivados pela oportunidade de ganhar dinheiro, adolescentes que, até então não integravam o tráfico, também foram atraídos pelos traficantes.

A Cidade de Deus, na zona oeste do Rio, é uma das comunidades em que o tráfico é mantido por adolescentes. Em três dias, cada um dos menores de idade deve vender R$ 500 em cocaína e maconha, dos quais R$ 450 são repassados aos chefes. O adolescente fica com R$ 50, segundo o delegado-assistente Maurício Mendonça, da Delegacia da Taquara (32ª DP).

- Entrevistei um desses jovens e ele contou que conhece cerca de 30 outros na mesma situação que a dele. Estou percebendo que há um recrutamento específico pela questão da idade.

Comandante da UPP da chamada CDD, o major Felipe Romeu confirma que, após a pacificação, os traficantes dessa comunidade são quase todos menores de idade, “pois ficam menos tempo presos”.

- Fazemos ronda escolar para combater a presença deles nas portas de colégios. Além disso, a presença significativa de policiais da UPP inibe a permanência de traficantes conhecidos que podem ser presos.

Segundo o advogado Henrique Baptista, do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) determina que medida mais severa aplicada a adolescentes em conflito com a lei é a internação de até três anos, isso em caso de crimes cometidos com violência ou ameaça.

- Há outras [medidas] mais brandas, como a advertência e obrigação de reparar o dano. No caso do tráfico de drogas, o menor só é internado se for uma segunda ocorrência. Na primeira vez em que o menor é apreendido, ele é advertido.

Por outro lado, a pena por tráfico de drogas daqueles com mais de 18 anos pode ir até 15 anos – o juiz arbitra a pena conforme o volume de drogas apreendidas com o acusado.

Um policial, que prefere não se identificar e trabalha na UPP do São João, na zona norte, diz que os menores levam pouca quantidade de droga para que, caso seja pego, se passe por usuário.

- Sempre houve o ‘estica’ [pessoa que leva a droga onde o consumidor estiver], mas vi um acréscimo do número de adolescentes envolvidos com o tráfico.

Os adolescentes começam a ser recrutados com 13 anos para transportar as drogas, segundo o presidente do Ibiss (Instituto Brasileiro de Inovações em Saúde Social), Nanko Buuren, que realiza ações para retirar jovens do tráfico em comunidades na região metropolitana do Rio.

- Percebi essa mudança de função do menor de idade desde a pacificação no morro Dona Marta. A estratégia é diferente onde há os soldados do Exército. Lá, maiores de 18 anos que ainda não têm mandado de prisão contra eles continuam encarregados da venda. As UPPs tiraram as armas, mas não o tráfico. Ele ainda existe e vai usar o jovem para permanecer.

Drive-through e uniformes escolares

A venda de drogas precisou se tornar mais ágil para fugir do patrulhamento da UPP e, para isso, criou-se até o chamado drive-through da droga, segundo Buuren.

- Na Cidade de Deus, por exemplo, o usuário dá o dinheiro para o traficante sem sair do carro e, duas ruas depois, pega a droga com outra pessoa, que foi avisada pelo rádio sobre a quantidade vendida.

O delegado Mendonça confirma que os menores de idade não fazem a venda de drogas em becos e lugares escondidos.

- Esses jovens vendem entorpecentes em pontos mais avançados, próximos do asfalto. Eles ficam mais expostos.

Outra situação descrita por Buuren é o uso de uniformes de colégio para não chamar a atenção da polícia.

- A preferência pelo menor de idade para realizar a venda e o transporte não é só pela questão de menor punição, mas, principalmente, por evitar a revista policial e a perda da mercadoria.

O comandante da Polícia Pacificadora, coronel Rogério Seabra, confirma essa nova função de menores de idade e mulheres no tráfico de drogas em comunidades pacificadas.

- Sem armas, os traficantes tiveram que difundir o poder com mulheres e crianças. Temos que estar preparados para lidar com isso.
Rio convoca a população para ato em defesa dos royalites no dia 10 na Cinelândia
O Globo Online

Prédio da Prefeitura exibe faixa convocando a população em defesa dos royalties do petróleo
RIO - O Centro Administrativo do Rio, na Avenida Presidente Vargas, na Cidade Nova, amanheceu na manhã desta quinta-feira com uma faixa gigantesca, que cobre quase toda a fachada do prédio da prefeitura, convocando a população para a manifestação que será realizada dia 10, na Cinelândia, em defesa do Estado do Rio e contra as mudanças nas regras de distribuição dos royalties do petróleo. Na faixa, está escrito: "Contra a injustiça. Em defesa do Rio".

Organizada pelo governo do estado e pelas prefeituras, inclusive a do Rio, o ato promete reunir milhares de pessoas da capital e do interior contra o que o governador Sérgio Cabral chama de covardia contra o povo fluminense. Haverá concentração em frente à Igreja da Candelária, a partir das 15h, e depois, uma passeata pelas ruas do centro histórico do Rio.

Presidente da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), o prefeito de Macaé, Riverton Mussi, disse que todos os municípios do interior, sobretudo os produtores de petróleo e limítrofes, estão formando comissões para organizar grandes caravanas que vão invadir o Rio no dia 10.

O deputado federal Fernando Jordão (PMDB-RJ), relator da questão dos royalites na Comissão de Minas e Energia do Congresso Nacional, informou que toda a bancada fluminense estará presente, assim como os senadores. O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, organizou uma comissão Pró-royalties para decidir as estratégias para a mobilização do dia 10 no Rio.

- É uma manifestação em defesa do estado e o ato independe de partidos e opiniões. Esta é uma causa do Estado do Rio pautada na união de todos e contra a mudança de normas previstas na Constituição Federal - disse o presidente da Ompetro.

Riverton Mussi lembrou que o substitutivo do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), aprovado no Senado e que redivide todas as receitas da exploração do petróleo, incluindo aquelas nas áreas já licitadas, fará os municípios produtores passarem da fatia de 26,25% no bolo dos royalties para 17% em 2012, chegando gradativamente a 4% em 2020.
Sérgio Cabral é vaiado durante inauguração da UPP na Mangueira
Governador saiu pela tangente dizendo que favela vaiou crianças de “comunidades rivais”
R7.com 

RIO - Com a inauguração da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), a Mangueira, comunidade da zona norte do Rio de Janeiro, está preparada para receber R$ 100 milhões em obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), como anunciou nesta quinta-feira (3) o governador Sérgio Cabral (PMDB). A cerimônia de abertura da unidade foi marcada por euforia, pelo anúncio do governo, mas também por vaias, pela presença de pessoas de outras favelas. 

Mangueira
- O PAC vem aí! Serão R$ 100 milhões em obras da Mangueira.

Cabral ficou surpreso com vaias da comunidade, que não foram para ele. O governador levou quatro crianças para a solenidade – duas do morro dos Macacos e duas do morro da Formiga – que conquistaram medalhas no Campeonato Sul-Americano de caratê. A ideia de Cabral era mostrar à população da Mangueira bons exemplos de outras comunidades também pacificadas. Contudo, o plano quase não deu certo porque a multidão vaiou as crianças, o que causou revolta no governador. 

- Vocês vão vaiar por que é dos Macacos? Agora não tem mais isso não. É o fim da cultura do medo e dessa rivalidade boba. Não tem mais comando verde, comando azul, quarto ou quinto comando. Agora só tem o comando da paz.

Depois da declaração de Cabral, todos aplaudiram as crianças atletas.
O secretário de Segurança Pública também esteve na inauguração da 18ª UPP da capital. Ele demonstrou satisfação com a conquista do território pelas forças da segurança.

- Não foi fácil tornar essa UPP realidade, mas hoje é algo concreto.

A UPP da Mangueira terá ainda outros três postos de apoio no Tuiuti, Telégrafo e Buraco Quente.

Para receber o governador nesta quinta, a comunidade recebeu um “banho de loja”: garis intensificaram a coleta de lixo e entulho, de capina de mato e varrição de ruas no entorno da Candelária. Funcionários da Secretaria de Conservação também atuaram nas imediações, pavimentando trechos esburacados e trocando lâmpadas.

Ex-comandante da UPP do Pavão Pavãozinho/Cantagalo, na zona sul, o capitão Leonardo Nogueira, de 32 anos, assumiu o comando da Mangueira, comunidade que ele admitiu não conhecer ainda.

Embora tenha ouvido relatos de policiais do Bope sobre a resistência dos moradores à presença da polícia, Nogueira parece encarar com serenidade o desafio de conquistar uma comunidade que têm em seu histórico uma relação bastante conflituosa com a PM.

- O Bope tem nos informado que a relação inicial foi bem complicada. Ainda não conheço toda a comunidade, mas posso dizer que por onde andei tive uma receptividade muito boa.

O capitão explica que a estratégia inicial será a mesma das demais UPPs: a ocupação de todos os territórios em um primeiro momento para então iniciar o chamado policiamento comunitário e de “proximidade”.

- Primeiro faremos aquilo que é necessário, que é ocupar todos os espaços. Depois virão os projetos sociais de música e esporte. Vamos reproduzir tudo o que fizemos na zona sul.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Coluna Berenice Seara - DEPUTADOS QUEREM SER AMEAÇADOS TAMBÉM


Coluna Berenice Seara - SINAL DE INCOMPETÊNCIA


BURRICE: Batalhão da Tijuca será o primeiro quartel a ser demolido
O Dia Online

RIO - O prédio onde está sediado o 6º Batalhão de Polícia Militar, na Rua Barão de Mesquita, na Tijuca, Zona Norte, vai ser demolido. A unidade se tornará a primeira a ser remodelada para atender ao projeto cujo objetivo é acabar com o aquartelamento da tropa, diminuir a, no máximo, 20% o efetivo dedicado a serviços internos e instalar batalhões em sedes menores e mais modernas.

Em mau estado, prédio do 6º BPM será demolido
O anúncio foi feito pelo governador Sérgio Cabral Filho na semana passada. Também está prevista a construção de área de lazer e esportes na unidade, que ficará aberta ao público. A exemplo das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), os novos postos serão construídos em módulos de alvenaria com estrutura metálica de até dois andares e 300 metros quadrados, e serão comandados por um capitão.

Áreas vendidas

A Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) iniciou um levantamento das áreas, para avaliar quais serão reaproveitadas e quais serão vendidas. O projeto para substituir batalhões por prédios menores e modernos foi apresentado à Casa Civil pelo secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, no início do ano.

“O PM não deve ficar aquartelado, e sim na rua. Vamos nos desfazer desses terrenos e construir prédios modernos, ecológicos e dinâmicos com estrutura de empresa”, disse Beltrame na ocasião.

Capela vai separar prédios do QG

Num quarteirão que vai dos Arcos da Lapa a Cinelândia, o QG será reduzido a dois prédios separados pela capela. O templo é tombado pelo Patrimônio Histórico e será preservado.

Herança do Exército, a maioria dos 40 batalhões da Polícia Militar no Rio ocupa, em média, mais de um quarteirão. Alguns possuem até piscina e campo de futebol.

Projeto orçado em R$ 1 bilhão

O projeto é um dos quatro pilares que sustentam as 37 ações criadas pela Polícia Militar para a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016. Os trabalhos estão orçados em aproximadamente R$ 1 bilhão.

A demolição do 6º BPM ainda não tem data definida para ser realizada. O prédio está em mau estado e é localizado em uma área considerada estratégica — englobando o Maracanã e várias Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).
ESCULACHO: Novos policiais da PM pagam até pelo material de limpeza


"Para não deixar tudo sujo, a gente junta dinheiro e compra os materiais. Não é só desinfetante. Temos que comprar vassouras e escovas também. Cada aluno ajuda com R$ 1 ou R$ 2 — explica outro praça, acrescentando que havia alunos que não tinham dinheiro para ajudar na compra do material no começo do curso".
ABSURDO: Enquanto deputado deixa o país devido a ameaças, miliciano que pretendia matá-lo continua foragido

OUSADIA: Ladrões furtam R$ 46 mil de lanchonete no morro do Pão de Açúcar
Folha.com

RIO - Policiais civis da 10ª DP (Botafogo) investigam o furto de R$ 46 mil de dois cofres de uma lanchonete que fica no alto do morro do Pão de Açúcar, um dos pontos turísticos mais famosos do mundo, na Urca, zona sul do Rio. Segundo investigadores, o crime teria acontecido entre a noite de domingo e a manhã de segunda-feira (31).

No domingo, todos os visitantes e funcionários teriam sido retirados do local por volta das 21h, quando o bondinho para de funcionar. A polícia não informou, porém, se havia seguranças do ponto turístico no local.

O dono do estabelecimento disse em depoimento à polícia que deixou R$ 46 mil nos cofres, já que usaria parte da quantia para pagar fornecedores na segunda-feira. Além de notas, havia R$ 900 em moedas.

A subgerente da lanchonete afirma que um dos cofres estava arrombado e o outro aberto. A mulher e outro funcionário ouvido não apontaram suspeitos.

De acordo com a investigação, sem a ajuda dos teleféricos, o acesso ao local só seria possível se o intruso escalasse a encosta de quase 400 metros de altura. Por isso, a polícia investiga se o criminoso usou práticas de alpinismo para chegar ao local.

A perícia da Polícia Civil afirma que a lanchonete não possuía grades de segurança ou outro tipo de proteção, apenas câmeras. Porém, os funcionários disseram que a cena do crime não foi registrada, já que por volta das 18h30 de domingo, o aparelho parou de funcionar por conta de uma queda de energia. Mesmo assim, a polícia informou que vai analisar as imagens do local.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

MILÍCIAS: Freixo diz que não houve investigação sobre ameaças e contraria Beltrame
Secretário divulgou documento onde diz ter dado garantias de vida ao deputado
Jornal do Brasil

RIO - O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL),que presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das milícias em 2008 e que atualmente preside a CPI das armas na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro reclamou de uma falta de investigação por parte da Secretaria de Segurança com relação às ameaças que tem sofrido. "Não houve nenhuma investigação e são sete ameaças. Nós sabemos que a juíza Patrícia Acioli também recebeu diversas ameaças e não teve retorno. Nós sabemos qual o efeito disso."
Veja porque:

Governador Sérgio Cabral e os milicianos Natalino Guimarães e Jerominho, somando forças!!!


ABSURDO: Obra no Aeroporto Tom Jobim prevê gasto desnecessário de R$ 17,4 milhões
O Globo Online

RIO - Para cada R$ 100 que a Infraero planejava gastar na primeira etapa da reforma do Terminal 2 do Aeroporto Internacional Tom Jobim (iniciada em 2009) R$ 23,66 apresentavam indícios de irregularidades, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU). Os auditores do TCU calcularam que R$ 17,4 milhões dos R$ 73,9 milhões, previstos inicialmente para a obra, seriam gastos desnecessariamente. De acordo com o relatório do ministro Valmir Campelo, o erro foi considerado grave e a ameaça de paralisação da obra por parte do tribunal só não foi à frente porque a Infraero fez alterações no contrato para corrigir parte do valor.

A ESTRUTURA que sustenta a claraboia do Terminal 2: para TCU, desperdício de dinheiro público equivale a quase 3 vezes de tudo o que Infraero já investiu no Tom Jobim
Os R$ 17,4 milhões que o TCU identificou como desperdício de dinheiro público equivale a quase três vezes (248,6%) de tudo o que a Infraero investiu no Tom Jobim, entre janeiro e agosto deste ano (R$ 7 milhões), segundo o Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi).

O TCU, porém, detectou que nem tudo ficou resolvido com as alterações (aditivos) feitas pela Infraero. Falta outra mudança no contrato, desta vez para abater as despesas com a "revisão de claraboias", orçadas em R$ 1,8 milhão. Auditores, em visita ao Terminal 2, constataram que parte dos vidros e dos suportes encomendados não foi usada na obra. Segundo eles, as claraboias antigas estão intactas, com boa manutenção, e não precisariam ser trocadas.Infraero tem prazo para corrigir gasto

Diante das constatações, o TCU deu 45 dias para que a estatal corrija o gasto desnecessário (sobrepreço), prazo que vence no próximo dia 5. O gerente de empreendimentos da Infraero, Sérgio Seixas, afirma que o aditivo, com a correção do valor, já está na mesa da gerência jurídica e deverá ser publicado esta semana. Assim que isso ocorrer, explica ele, a empresa responsável pela obra, a Paulo Octávio Incorporações, Construções e Vendas, terá que devolver o dinheiro que já recebeu pelas claraboias - cerca de R$ 1 milhão, de acordo com o relatório do TCU.

Acima do teto: Beltrame recebe quase R$ 40 mil
Veja Online - Blog Lauro Jardim


A Justiça do Rio de Janeiro acaba de ser informada sobre os salários que José Mariano Beltrame recebe, acumulando os rendimentos de secretário de Segurança de Sérgio Cabral e delegado da PF: 37247 reais mensais.

Houve meses em que ele recebeu ainda mais. Em novembro e dezembro passados sua remuneração chegou a 53 499 reais e 60 912 reais, respectivamente, muito acima do teto do STF.

O advogado Carlos Azevedo, que entrou na Justiça com uma ação popular contra a acumulação, pede a devolução de 212 440 reais aos cofres públicos.

Apesar de a Constituição proibir salários acima do teto do STF, o governo do Rio de Janeiro se defende baseado em um parecer da Procuradoria-Geral do Estado. Segundo a PGE, os servidores que recebem de duas fontes pagadoras autônomas sofrem a aplicação do teto sobre cada um dos contracheques.
Ricardo Noblat - CONTRA A CORRUPÇÃO

Ricardo Noblat - Consertar é possível