sábado, 12 de novembro de 2011

CORRUPTOS: Mil policiais são investigados no Rio
Corregedoria quer ouvir o traficante Nem. Atualmente, há 445 procedimentos na CGU
O Dia Online

Presos sendo transferidos para Bangu. Entre eles, policiais civis e e um militar
RIO - Mil policiais civis e militares são alvos de investigação em 445 procedimentos na Corregedoria Geral Unificada (CGU). Essas apurações podem ter novo capítulo quando, semana que vem, agentes da unidade ouvirem o traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, preso na madrugada de quinta-feira.

Nos últimos quatro anos, 896 PMs foram expulsos e 150 policiais civis, demitidos, com a atuação da CGU e corregedorias da Civil e Militar .

Para o corregedor-geral da CGU, Giuseppe Vitagliano, a faxina nas polícias pode representar queda em mais de 50% nos índices de criminalidade, com o fim das milícias, comandando por policiais civis e militares. “A maioria é honesto, mas os maus policiais precisam ser defenestrados”, disse.

Casos de homicídios e corrupção relacionados a policiais não faltam. Onze PMs são acusados de matar a juíza Patrícia Acioli, entre eles um tenente-coronel. Ao ser preso, Nem também disse informalmente que boa parte de seus lucros com a venda de drogas era para pagar agentes corruptos.

“Na Operação Faraó, os policiais que tinham as chaves da cadeia davam para os presos, mas eles também foram parar na cadeia”, lembra. Nove policiais civis, entre eles, o coordenador do Núcleo de Controle de Presos da Polinter, delegado Renato Soares, foram presos em esquema de corrupção com internos.
MUITO ESTRANHO: Captura de chefe do tráfico deixa de fora 'tropa de elite' da PM
Com integrantes suspeitos de vazar informações, Bope é excluído de operação na favela da Rocinha


O traficante mais procurado do Rio, Antônio Bonfim Lopes, o Nem, foi preso na madrugada de ontem sem a participação do Bope (Batalhão de Operações Especiais).

A prisão do traficante, chefe da facção criminosa ADA (Amigo dos Amigos), foi resultado de uma operação de inteligência com a participação da Polícia Federal.

A chamada tropa de elite da PM fluminense foi afastada da ação que capturou Nem após reuniões das cúpulas da Secretaria de Segurança e polícias Civil, Militar e Federal.

A estratégia foi motivada por um relatório da PF que narra um episódio no qual um major do Bope vende um fuzil para o traficante, conforme a Folha revelou em 4 de novembro. O major foi expulso, mas não foi aberto inquérito. No relatório também consta que homens do Bope "vazariam" dados sobre operações à quadrilha de Nem. Até agora, nada foi provado, mas as autoridades não quiseram correr risco na ação na Rocinha.

Nem foi preso por agentes do Batalhão de Choque da PM, que pararam um Toyota Corolla na saída da Rocinha. O motorista se identificou como cônsul honorário da República Democrática do Congo - o país não tem funcionários diplomáticos no Rio de Janeiro- e alegou imunidade para evitar a revista.

Os policias decidiram encaminhá-los para a delegacia da Gávea. No caminho, os três homens tentaram subornar os policiais. A Polícia Federal foi chamada e, ao abrir o porta-malas, encontrou Nem. 

(OP): Além de ter excluído o BOPE, a operação da PF que culminiou na prisão do traficante Nem, aconteceu justamente no momento em que o Secretário de Segurança José Mariano Beltrame e a chefe de Polícia Civil do Rio, delegada Martha Rocha estavam fora do país. ISSO TUDO É MUITO ESTRANHO, TEM CAROÇO NESSE ANGU!!!
RIO "PACIFICADO": Tiroteio deixa dois baleados no Morro São Carlos

RIO - Uma troca de tiros entre policiais e um grupo no Morro São Carlos deixou dois homens baleados, na madrugada deste sábado. Segundo a 6ª DP (Cidade Nova), eles estavam num bar, na Travessa da Capela, quando começou o confronto entre policiais da UPP e o grupo. Um deles seria filho da dona do bar. Os feridos foram levados para o Hospital Souza Aguiar.

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CASO NEM: "Advogados" presos com traficante responderão por corrupção e formação de quadrilha

RIO - A tentativa de fuga do traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, é mais um capítulo de uma longa história de advogados cúmplices de seus clientes. Os três homens que abrigavam o traficante no porta-malas do Toyota Corolla preto na noite de quarta-feira têm registro na Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB-RJ). São eles: André Luis Soares Cruz, Demóstenes Armando Dantas Cruz e Luiz Carlos Cavalcanti Azenha.

André Luis Soares Cruz e Demóstenes Armando Dantas, que disseram ser, respectivamente, cônsul honorário da República do Congo e funcionário do consulado, têm o mesmo número comercial no arquivo da OAB. Trabalham no mesmo escritório. Eles transportavam Nem quando foram abordados por policiais militares que desconfiaram na traseira rebaixada do carro. Eles chegaram a oferecer um milhão aos PMs em troca da liberação do veículo. Os militares recusaram e, na presença da Polícia Federal, conforme o trio ocupante do Corolla solicitara, o carro foi vistoriado e Nem foi, enfim, encontrado.

Os defensores de Nem serão julgados pelo tribunal de ética e disciplina da OAB, responsável por processar advogados acusados de desvio de conduta. Após o julgamento, eles poderão ter como penalidade a exclusão da Ordem. “Se de fato no primeiro exame a ser feito configurar as condutas erradas, eles poderão vir a ser suspensos até o final da conclusão do processo”, disse o presidente da OAB-RJ, Wadih Damous.

No momento, no entanto, a perda da carteira da OAB deve ser a menor das preocupações dos três ocupantes do Corolla. Por sua conduta, eles podem vir a responder por formação de quadrilha, corrupção e outros crimes.

Damous afirma que a regulamentação da atividade do advogado é minuciosa, e quem faz a confusão entre a defesa do cliente e uma ajuda que extrapola a legalidade é, na verdade, um criminoso. “Aqueles que descumprem os preceitos da advocacia não cumprem a profissão. Estão exercendo um crime”, afirma o presidente da OAB-RJ.

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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Cabral pede agilidade da Justiça na transferência de Nem para presídio federal
O Dia Online

RIO – O governador Sérgio Cabral disse, nesta sexta-feira, esperar que a Justiça autorize rapidamente a transferência do traficante Antonio Bonfim Lopes, o Nem, e de outros criminosos que atuavam na Favela da Rocinha e que foram presas nos últimos dias para presídios de segurança máxima federais, localizados fora do Rio de Janeiro.

Cabral disse que a polícia precisa investigar o envolvimento de agentes da lei com a quadrilha que controla a venda de drogas na comunidade. Caso seja comprovada a participação desses policiais, o governador defendeu que eles sejam presos imediatamente e processados.

"Tudo tem que ser investigado. Se for comprovado isso, os responsáveis têm que ser presos imediatamente, e responder a processo disciplinar e processo penal. Um policial envolvido com o ilícito é duplamente marginal", destacou.

O governador também pediu ajuda à Justiça para garantir que agentes corruptos sejam condenados e não consigam voltar à polícia. “Expulsar um oficial corrupto, ou de má conduta, é uma dificuldade. O mesmo [ocorre] com um delegado. A Justiça tem que nos ajudar cada vez mais”, disse.
VAGABA: Cadê aquele sorrisão bonito pra foto, Nem?
Jornal MEIA HORA - Capa


ROYALTIES: PM confirma 150 mil pessoas no ato em defesa do Rio, na Cinelândia
Jornal O Dia - Capa

RIO - O número de manifestantes presentes no ato ‘Contra a Injustiça — em Defesa do Rio’ foi de 150 mil, segundo informações da Polícia Militar. A multidão se concentrou às 15h na Candelária e seguiu em caminhada até a Cinelândia. Além dos cidadãos, estavam presentes os 92 prefeitos do Estado, artistas, empresários, políticos e sindicalistas.

Imprensa internacional destaca prisão do traficante Nem
O Dia Online

RIO - A prisão do traficante Nem, líder do tráfico na favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio, na madrugada desta quinta-feira, ganhou destaque na imprensa internacional. O jornal espanhol El Pais destaca a ação do Batalhão de Choque da Polícia Militar, que interceptaram o veículo onde estava um dos bandidos mais procurados do Estado. Com a manchete "Detenido Nem, el narcotraficante más codiciado de Río de Janeiro", o periódico descreve o momento da prisão do traficante, encontrado na mala do Corola preto.

GREMLINS 2: PM captura na Zona Oeste filhote do capeta foragido da Rocinha

RIO - O cerco a traficantes da Rocinha já ultrapassa os acessos à comunidade. Na manhã desta sexta-feira, um homem suspeito de ser um dos chefes da segurança do traficante Antonio Bonfim Lopes, o Nem, foi preso durante uma operação da Polícia Militar na Favela Vila Vintém, na Zona Oeste do Rio. Outros nove suspeitos foram presos, sendo que seis confessaram que fugiram da Rocinha, segundo a PM. Dois suspeitos morreram na troca de tiros com homens do 14º BPM (Bangu).
Pela manhã, a delegada Márcia Julião, titular da 34ª DP (Bangu), mandou um recado para os bandidos da Rocinha que quiserem se refugiar na favela em Padre Miguel:
- Quem vier para a Vila Vintém procurando a sorte vai encontrar o azar - disse Márcia.
VERGONHA!!! Policial civil que escoltava bandidos e acabou preso já investigou Nem
Eu sô pu-li-ça. Pê-ú-éli-i-cêcidrilha-a, otoridade máuxima!!!

RIO - Até ser preso no final da tarde de quarta-feira escoltando traficantes da Rocinha, o policial civil Carlos Daniel Ferreira Dias, lotado desde agosto na Delegacia de Repressão a Crimes contra a Saúde Pública, era uma referência na polícia em assuntos ligados à investigações da quadrilha de Nem. Em 2006, quando era inspetor da 15ª DP (Gávea) — ele ficou cinco anos na distrital —, Daniel foi responsável por dezenas de investigações que resultaram em mandados de prisão de traficantes da Rocinha. Ninguém imaginava, no entanto, que ele também estava na folha de pagamento do bandido.

Em um inquérito instaurado pela 15ª DP, em janeiro de 2006, e que tramita na 33ª Vara Criminal, o inspetor Daniel é responsável pelo relatório de investigação que resultou em mandados de prisão para bandidos da quadrilha. No documento, Nem é citado como chefe do tráfico da favela, ao lado de João Rafael da Silva, o Joca, que está preso. Além deles, são citados ainda vários seguranças dos pontos de venda de drogas. Ainda há menções a seguranças, gerentes e abastecedores da Rocinha.

"O primeiro contato, em geral, é estabelecido com o traficante Antônio Lopes, o qual tem a função de receber visitantes (traficantes) de outras comunidades, determinar diretamente aos seus subordinados que realize estes ou aqueles atos direcionados a atividade de tráfico de entorpecentes", diz Daniel, em seu relatório sobre a Rocinha.

(OP): A crítica acima refere-se apenas aos maus policiais e não toda corporação.
BANDIDOS FARDADOS: Nem pagava royalties a policiais civis e militares. Quem são eles?
Quem são os tubarões de terno e gravata que protegiam o Nem?

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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

ÓTIMO: Preso em Bangu, Nem não terá direito a banho de sol e "Nem" receberá visitas
G1.com

RIO - Preso em uma penitenciária de Bangu, na Zona Oeste do Rio, o traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, apontado pela polícia como chefe do tráfico da Rocinha, na Zona Sul do Rio, não tem direito a receber visitas e nem a tomar banho de sol, por enquanto. A Secretaria de estado de Administração Penitenciária (Seap) informou, nesta quinta-feira (10), que o criminoso está preso em uma cela individual.

TÁ EM CANA VAGABUNDO!!!



PERDEU: Traficante Nem da Rocinha é preso pela polícia na Lagoa
Arquivo vivo. Tem muito político sem dormir com a prisão do vagabundo

Na Rocinha, Nem levava vida de luxo em mansão com piscina e academia particular

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

VERGONHA: Polícia investiga sumiço de armas, munição e granada no Batalhão Prisional da PM

DESCASO: Pacientes são atendidos ao lado de obras em posto de saúde na zona oeste
Salas com “paredes” de lençol viram consultórios médicos
R7.com

RIO - As obras do posto municipal de Saúde Professor Masao Goto, em Jardim Sulacap, na zona oeste do Rio de Janeiro, estão interferindo na qualidade do atendimento, segundo moradores da região.
Nas imagens é possível verificar até um “cercadinho de lençol” que foi montado para improvisar um consultório médico.
Um paciente que prefere não se identificar também denuncia que enquanto o atendimento é feito no corredor, paredes são lixadas, por exemplo.
- Se uma pessoa com asma é atendida, recebe toda aquela poeira de obra.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, as obras que estão sendo realizadas no posto de saúde Professor Masao Goto são para melhorias e adequações da unidade. A parte onde é feita a obra está isolada e o atendimento não está sendo prejudicado.

No corredor do posto, a poeira da obra estaria prejudicando alguns pacientes
ÓTIMO: Polícia Federal prende na Gávea policiais que escoltavam traficantes em fuga da Rocinha
O Globo

RIO - Dez pessoas, entre policiais e traficantes, foram presas no início da noite desta quarta-feira, durante operação da Polícia Federal, quando cinco agentes civis e militares escoltavam cinco traficantes que esteriam fugido da Favela da Rocinha. A comunidade deve receber uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no próximo domingo. De acordo as primeiras informações, o grupo estaria dividido em quatro carros que foram interceptados por agentes da PF em frente ao Shopping da Gávea e ao Jóquei, na Zona Sul do Rio. Um dos bandidos presos é o traficante Anderson Rosa Mendonça, conhecido como Coelho, braço-direito do traficante Nem e chefe do tráfico no Morro de São Carlos. Nos carros foram apreendidas armas, granadas e drogas. Todos foram levados para a sede da PF, na Praça da Bandeira.

Entre os presos, segundo a PF, estão três policiais civis, sendo deles da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) - Carlos Renato Rodrigues Tenório e Wagner de Souza Neves - e um da Delegacia de Repressão a Crimes contra a Saúde Pública (DRCCSP) - Carlos Daniel Ferreira Dias. O grupo também conta com dois ex-PMs, José Faustino Silva e Flávio Melo dos Santos, de acordo com nota enviada pela PF na noite desta quarta-feira. Os outros cinco são traficantes. Além de Coelho, outro dos principais chefes do tráfico no Morro de São Carlos, no Estácio, também estaria entre os presos na noite desta quarta-feira. Sandro Luiz de Paula Amorim, o Lindinho ou Peixe, foi procurar abrigo na Rocinha logo após seu reduto ser ocupado por uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Ele foi encarregado de assumir também o comandos das favelas de Macaé, após a morte do traficante Roupinol, ocorrida em 2010. Os outros três bandidos são Paulo Roberto Lima da Luz, conhecido como Paulinho; Varquia Garcia dos Santos, conhecido como "Carré"; e Sandro Oliveiro.

A colunista Lu Lacerda estava na Gávea e presenciou a cena. Conforme descrito em seu blog , a "Santos Dumont, de pracinha bucólica que é, transformou-se numa zona de guerra". Segundo ela, quatro carros com policiais à paisana tentavam interceptar um Honda Civic de placa de final 5036, em frente ao Jockey Club. Um policial recebeu a denúncia, que foi confirmada quando dois carros da Polícia Civil conseguiram interceptá-los, e com eles encontraram pistola, fuzil, maconha, carregador de arma e granada. Os bandidos, inclusive o policial, foram jogados no asfalto, algemados e presos ali, diante de pedestres chocados, de acordo com a colunista: "Sirenes soavam, o trânsito parou, algumas pessoas corriam, outras berravam, com muito, muito medo." Uma estudante da Pontifícia Universidade Católica, na Gávea, também contou os momentos de tensão que viveu durante a operação. Em vídeo postado no Twitter , ela revela que agentes do Bope entraram na universidade.

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OMISSÃO: Empresa TTrans diz que alertou governo Sérgio Cabral sobre riscos na operação dos bondes
O Globo

RIO - Acusado de desperdiçar R$ 9 milhões reformando sete bondes de Santa Teresa com peças de trem inadequadas em 2008 , o presidente da Empresa TTrans, Massimo Giavina, rebateu na terça-feira as afirmações do presidente da Central, Eduardo Macedo. Giavina alegou que as peças usadas pela empresa eram de última geração e informou que, a pedido do próprio secretário estadual de Transportes, Julio Lopes, a TTrans elaborou em maio passado uma relatório sobre a situação do serviço dos bondes. Segundo ele, no documento foi diagnosticado o risco de acidentes.

- O relatório foi apresentado para o Julio Lopes em 1º de agosto. Ele foi enviado também para a Central, ainda no mês de junho, muito antes do acidente que matou seis pessoas (em 27 de agosto). O estudo tinha fotos mostrando vários desníveis nos trilhos, apontava a falta de treinamento dos condutores e exigia limite de velocidade e mais sinalização para os bondes. Tudo foi ignorado - afirmou.

Outro ponto levantado pelo presidente da TTrans é a existência de um relatório feito pela Central em 2002 e enviado à secretaria, apontando a falha no sistema de freio dos bondes antigos, problema que causou o grave acidente de agosto.

- A conclusão do estudo é que o sistema de freios dos bondes antigos era obsoleto. Qualquer manobra para manutenção não garantiria a segurança dos usuários - disse Giavina.

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DESCASO NA SAÚDE: Hospital Cardoso Fontes entra em greve novamente
Jornal Destak

Os funcionários do Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, entraram novamente em greve ontem. Eles reclamam da falta de profissionais e afirmam que o Governo Federal não convocou concursados que passaram para, pelo menos, 200 vagas. Em 24 de outubro, a primeira greve fez com que 16 vagas fossem ocupadas.
TERROR NO RIO: Guerra do tráfico fecha mais quatro escolas na Zona Oeste
Jornal Destak

Quatro escolas próximas à favela da Coreia, em Senador Camará (zona oeste) ficaram de portas fechadas e não tiveram aula ontem com medo de novos tiroteios devido à guerra entre facções criminosas que vem desde o ano passado.

Três escolas municipais e o Ciep estadual Rubem Braga não funcionaram ontem.

Na sexta, o colégio estadual Daltro Santos, no bairro vizinho de Bangu, foi invadido por bandidos que fugiam da polícia.

Os homicídios saltaram de 81 de janeiro e julho de 2010 para 154, no mesmo período deste ano na área do 34º BPM (Bangu), segundo o Instituto de Segurança Pública.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Prefeito Eduardo 'Paespalhão' compara transtorno de obras com marido que espera mulher se arrumar

O Globo

RIO - O prefeito Eduardo Paes minimizou, nesta terça-feira, os transtornos provocados pelos canteiros de obras espalhados pela cidade. Lembrando a declaração feita por um operário à Revista do GLOBO, no último domingo, o prefeito comparou as intervenções com a espera de um homem por sua companheira se aprontando para sair.

- Esse negócio de obra é igual à mulher bonita. Ela fica lá dentro se aprontando, arrumando os cabelos e você fica esperando, esperando. Quando você a vê pronta, fica em êxtase é uma catarse. As obras, com o tempo vão gerar benefícios para a cidade - disse Paes.
Segundo o prefeito, o município tem evitado abrir canteiros de obras adicionais para evitar mais transtornos ao trânsito.

Matéria originalmente publicada no Globo Online
VERGONHA FEDERAL: Orçamento superfaturado, pressa e economia prejudicaram as obras do PAC
Crea vistoria prédios do Alemão e constata até falta de ralos e canos curtos demais
O Dia Online

RIO - Pressa na entrega dos imóveis e economia durante as obras. Essas são as principais causas dos problemas nos prédios do PAC do Alemão, constatadas ontem em vistoria realizada pelo engenheiro Antônio Eulálio, do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea).

Eulálio visitou os condomínios Nova Geração e Poesi, onde há rachaduras e escada descolada da parede. Os problemas deixam evidentes as falhas na construção. O relatório será encaminhado ao Ministério Público estadual, com destaque para a necessidade de reparo por parte das empreiteiras contratadas. Moradores do condomínio do PAC em Manguinhos sofrem com problemas iguais. Engenheiro do Crea também deve vistoriar o local.

Sem risco de desabamento

Para Eulálio, as rachaduras nas escadas e nos imóveis poderiam ter sido evitadas caso as juntas com as paredes fossem vedadas: “A pressa é inimiga da perfeição. Não há riscos de desabamento, mas há falhas do projeto à construção, que podem ter sido provocadas por economia. Também faltou suporte técnico”.

O conselheiro detectou falta de ralos para escoamento da água de chuva no entorno de alguns prédios, o que provoca lamaçal; calhas curtas demais, que levam a infiltrações; tubos para escoamento de água das varandas mal instalados, o que molha os apartamentos de baixo; erros de acabamento e falta de mangueiras nos hidrômetros.

“Já reclamamos com as empreiteiras, mas até agora não instalaram as mangueiras. Dizem que falta uma peça. Quero ver quando tiver um incêndio”, preocupa-se o síndico do Bloco 22, Sérgio Roberto Ferreira, 32. Os moradores queixam-se por não terem a planta dos imóveis. “Isso é importante para que possam fazer alguma obra em segurança”, enfatizou Eulálio. O consórcio de empreiteiras Rio Melhor (Odebrecht, Delta e OAS) recebeu R$ 721 milhões pela construção dos condomínios e obras de infraestrutura.

Engenheiro: culpa não é de moradores

Para o conselheiro, os problemas analisados nos imóveis, inaugurados há menos de 2 anos,não podem ser atrelados à má utilização pelos moradores, conforme havia informado a Emop. “São falhas construtivas e em nada podemos culpar as moradores”, concluiu Eulálio, destacando a necessidade de monitoramento constante das fissuras.

BURRO: Sérgio Cabral gastará R$ 40 milhões para revitalizar bondes de Santa Teresa após acidente
Por que não investiu antes da tragédia que matou seis e feriu mais de 50 pessoas?
Bondes ficarão prontos em 2013
RIO - O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, afirmou na última quarta-feira (2) que, com um investimento inicial de R$ 40 milhões, o governo do Estado entregará à população um moderno sistema de bondes em Santa Teresa até 2013. Ele assinou, com o presidente da empresa Carris – que administra os bondes de Lisboa –, José Manuel Silva Rodrigues, um termo de cooperação técnica para a recuperação do sistema de um dos principais cartões-postais da cidade.

– Nós passaremos o ano de 2012 inteiro nessa tarefa de renovação de trilhos, equipamentos e de compra de novos bondes. Temos separados, para começar, R$ 40 milhões para isso. Não vamos medir esforços. Em 2013, com certeza, entregaremos esse presente à cidade.

Os bondes de Santa Teresa estão parados desde um acidente em agosto, em que seis pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas. Em setembro, o presidente do Detro (Departamento de Transportes Rodoviários), Rogério Onofre, nomeado interventor, concluiu um relatório no qual documentava a total precariedade do sistema de bondes.

O acordo foi firmado duas semanas depois de técnicos de três segmentos da Carris – rede aérea, bondes e via terrestre (trilhos) – irem ao Rio analisar o sistema e coletar informações que ajudaram a direcionar os próximos passos do trabalho com os bondinhos, que inclusive já foram administrados pela companhia nos anos 40.

TERROR NO RIO: Governo Sérgio Cabral não quer investigar ameaças de morte, diz Marcelo Freixo
Temendo por sua vida, Freixo aceitou convite da Anistia Internacional e foi para a Europa
R7.com

Criminosos ofereceram R$ 400 mil pela vida de Freixo
RIO - O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), que deixou o país após receber várias ameaças de morte, acusou o governo do Rio de Janeiro de não querer investigar essas ameaças.

Ele afirmou ser "inadmissível que o governo não me dê qualquer satisfação, não me diz se as denúncias procedem ou não".

- No fundo é porque não querem investigar, como não investigaram as ameaças feitas à juíza [em referência a Patrícia Acioli, magistrada que expediu mandados de prisão contra milicianos e foi assassinada em agosto]. 

Em resposta às afirmações de Freixo, a Secretaria de Estado da Segurança do Rio afirma, por meio de nota, que existe um inquérito aberto desde dezembro de 2009 para apurar as denúncias anônimas de ameaças de morte ao deputado.

Criminosos ofereceram R$ 400 mil por Freixo

Desde 2008, quando presidiu a CPI na Assembleia Estadual que investigou as milícias no Rio, Freixo diz ter sido jurado de morte. Mas no mês passado, ele recebeu, em média, uma ameaça a cada quatro dias.

Por causa dessa situação e temendo por sua vida, resolveu aceitar um convite da ONG Anistia Internacional, e deixar o Rio, e o Brasil, por algumas semanas.

Freixo está agora na Europa, onde pretende ficar até o fim do mês. Ele justificou o curto tempo fora do país dizendo que não está disposto a abrir mão da sua vida pública e nem de viver no Rio. Mas que se viu sem alternativas.

- Se eu não saísse do Brasil para fazer essa denúncia (de sua situação), o governo estaria até hoje tratando essas ameaças como um problema particular meu. E não são. Eu sou ameaçado pela minha função pública.

O deputado afirma que não recebeu nenhum telefonema do governo do Rio sobre o andamento das investigações sobre as ameaças contra ele, nem mesmo quando deixou o país.

- É inadmissível que o governo não me dê qualquer satisfação, não me diga se as denúncias procedem ou não. No fundo é porque não querem investigar, como não investigaram as denúncias contra a juíza.

Para Freixo, seu caso pode ser comparado ao da juíza Patricia Acioli, apesar de ele contar constantemente com proteção oficial do Estado e ela, na época de sua morte, não. Isso porque as denúncias que ela recebia são semelhantes às dele.

- Não posso brincar com isso (as ameaças). Minha vida está em jogo. Se mataram uma juíza, são capazes de matar um deputado, todos sabem disso.

Milícias fortalecidas

Em sua opinião, o Estado está errado ao dizer que o problema foi resolvido após a prisão de 500 pessoas ligadas a esses grupos, que são formados principalmente por policiais e que controlam comunidades no Estado.

- A verdade é que as milícias estão cada vez mais fortes no Rio. Basta ver que três anos depois da CPI, eles mataram uma juíza, estão ameaçando um deputado e dominam uma área muito maior.

Para Freixo, as milícias são uma máfia que controlam o crime de dentro das cadeias e por isso não basta prender seus integrantes. É preciso tirar o braço econômico e territorial desses grupos.

Carro blindado

Para o deputado, cujo trabalho inspirou um dos personagens do filme Tropa de Elite 2, dar visibilidade ao debate sobre as milícias também é uma maneira de se proteger.

- Eu sei que proteção absoluta não existe, mas se acontecer alguma coisa comigo agora, será um escândalo internacional. Sei que isso não garante minha vida, mas é uma forma de proteção de lutar contra as milícias.

Esse período fora do país também servirá para ajustar segurança do deputado, que é fornecida pelo Estado. Segundo ele, já houve a troca do carro blindado e a mudança na equipe que o acompanha está a caminho.

O deputado conta que mesmo no dia que embarcou para a Europa (1º de novembro), recebeu uma ameaça de morte – desta vez por meio da inteligência da Polícia Militar. Na maioria dos casos, elas chegam pelo Disque Denúncia.

Mais que a intensificação das denúncias, ele conta que o que mais assusta é a riqueza de detalhes de algumas delas, que partem principalmente de grupos da zona oeste do Rio.

BANDIDO: Delegado é preso em operação contra corrupção na Polinter
O Dia Online

RIO - Um delegado foi preso nesta terça-feira durante operação da Corregedoria Geral Unificada (CGU) e da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) nos municípios do Rio, Teresópolis, Friburgo, São Gonçalo, além da Baixada Fluminense. Batizada de "Faraó", a ação visa cumprir 16 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão.

Dez pessoas já foram presas. De acordo com as investigações, a quadrilha exigia propina para realizar transferências ou permanência dos presos nas carceragens. Dessa maneira, o bando direcionava para onde os presos seriam enviados. O grupo também é acusado de extorquir dinheiro de parentes e de presos para garantir mordomias nas carceragens.

As investigações duraram quase três meses e começaram na Polinter de Nova Friburgo, na Região Serrana. Segundo o delegado Marcelo Fernandes Rodrigues, da Corregedoria da Polícia Civil, familiares de presos e detentos pagavam R$ 2 mil por 15 dias de permanência nos presídios da Polinter

Além do delegado, identificado como Renato Soares Vieira, coordenador do Núcleo de Controle de Presos da Polinter (Nucop), outras seis pessoas já foram detidas. Segundo a polícia, Renato seria o responsável pelo esquema. 

Quatro homens com mandados de prisão já estavam detidos. Nove mandados de prisão são para policiais, sendo sete inspetores, um oficial de cartório e um delegado, já preso.

Agentes foram até a casa que seria do inspetor civil Antônio Carlos Ferreira, na Estrada Caneca Fina, em Guapimirim, na Baixada Fluminense, cumprir mandado de prisão e busca e apreensão. Contudo, ao chegar no local, policiais foram informados que o acusado não mora na residência. Nos fundos da casa foram encontrados móveis e calçados, que pertecem ao atual dono da casa, um comerciante da região.

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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

TRISTE REALIDADE: Prova mostra que mais de 40% dos alunos não sabem ler nem escrever
O Globo

RIO e SÃO PAULO - No primeiro semestre deste ano, a Prova ABC (Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização) realizada pela primeira vez, nas capitais de todo o país, por crianças que concluíram o 3º ano do ensino fundamental, apontou que 43,9% não aprenderam o que era esperado em Leitura para esse nível de ensino. Em relação à Escrita, 46,6% não atingiram o esperado.

Parceria do Todos Pela Educação com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a prova foi aplicada em escolas públicas e privadas, e mostrou que mesmo nas particulares nem todos os alunos atingem 100% de aproveitamento.

No Rio, 10.500 alunos estão sendo realfabetizados

Secretaria de Educação do município do Rio e conselheira do Todos pela Educação, Claudia Costin reconhece que a prova ABC retrata um problema grave.

- A pesquisa não surpreende em termos de Brasil. O país precisa investir muito forte na alfabetização. A escola é o espaço de oportunidades futuras, e a prova mostra que o índice é frágil mesmo nas particulares. Nas públicas, o resultado é pior, e se a gente já começa perdendo, o apartheid educacional cresce - diz Claudia, que ao assumir a secretaria se deparou com 28 mil analfabetos funcionais no 4º, 5º e 6º anos do fundamental. - Isso representava o seguinte: 14% das crianças desses anos sem ler e escrever. Começamos, então, a realfabetizar os alunos, e tivemos sucesso com 21 mil. No entanto, percebemos que a progressão automática sem reforço escolar e sem acompanhamento faz com que a criança se torne invisível. E aí o insucesso também fica invisível. É preciso definir um currículo claro, oferecer aulas de reforço, formar professores e fazer com que entendam que é fundamental alfabetizar no primeiro ano. Ainda assim, este ano, temos 10.500 alunos em processo de alfabetização nessas séries.

Mãe de um menino de 9 anos, que cursa o 4º ano do fundamental numa escola municipal da periferia de São Paulo, Vanessa Alves da Silva percebeu, durante uma ida ao mercado, que o filho Marcus Ricardo não sabia ler.

- Ele não conseguiu ver o preço dos produtos nem ler o que estava escrito nas embalagens. Eu tento incentivar, dou recortes de jornal para ele ler, mas ele gagueja e não consegue de jeito nenhum. Além disso, ele tem dificuldade para ler as coisas na cartilha. Na aula, é só cópia o tempo todo. O meu mais velho, de 10 anos, também tem problemas para ler - conta Vanessa, que acredita que a defasagem se acentue com o passar dos anos. - Agora, ele vai para o 5º ano sem saber ler.

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GUERRA: Cinegrafista é morto durante operação da polícia na Favela de Antares, Zona Oeste do Rio
O Globo

RIO - O cinegrafista da TV Bandeirantes Gelson Domingos, de 46 anos, foi morto neste domingo enquanto participava da cobertura de uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque na Favela de Antares, Zona Oeste do Rio. Ele foi atingido com um tiro de fuzil no peito e deixa três filhos e dois netos. Nove marginais foram presos, entre eles, o "gerente" do tráfico local, Renato José Soares, conhecido como "BBC", e seu braço-direito, Leandro Ferreira de Araújo, vulgo "China". Quatro traficantes foram mortos e ainda não foram identificados, de acordo com nota enviada pela Polícia Militar.

A ação começou por volta de 6h30m e terminou à noite, segundo a mensagem da PM. Oitenta policiais entraram na comunidade pela área de lazer da Comlurb, na Avenida Antares, e foram recebidos a tiros por traficantes. De acordo com a mensagem da PM, o objetivo da ação era checar informações da área de inteligência do Bope e do Choque de que líderes do tráfico fortemente armados se reuniam no local. O patrulhamento na região está reforçado nesta noite por PMs do 27º BPM (Santa Cruz), com o apoio do Batalhão de Choque do 9º BPM (Rocha Miranda) e do 40º BPM (Campo Grande).

Em nota, a direção da Rede Bandeirantes lamentou a morte do cinegrafista e disse que sempre toma todas as precauções para este tipo de cobertura, acrescentando que Gelson Domingos usava colete à prova de balas no momento em que foi atingido. Ainda segundo a nota, a direção diz que, infelizmente, o funcionário foi mais uma vítima da violência.


A Secretaria de Saúde informou que Gelson Domingos da Silva chegou à UPA de Santa Cruz às 7h40m já morto por perfuração de bala na região do tórax. Segundo a nota, o secretário Sérgio Côrtes foi à unidade de saúde para prestar todo apoio à família. O corpo do cinegrafista já foi transferido para o IML.

Também em nota, a Polícia Militar lamentou a morte de Gelson e afirmou que o objetivo da ação era checar informações da área de Inteligência do Bope e do Batalhão de Choque de que líderes do tráfico fortemente armados se reuniam no local. A PM informou que as operações na favela ocorrerão por tempo indeterminado.

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O Dia Online

RIO - Quando crescer, X., de 11 anos, quer ser astronauta. Mas está sem aulas de ciências — matéria básica para a profissão — desde 19 de setembro. O motivo é que a Escola Municipal Ayrton Senna da Silva, na Estrada do Taquaral, em Bangu, onda cursa o 5º ano, está em uma área que há oito meses sofre com a guerra entre duas facções criminosas: a Favela da Coreia. “Toda semana tem tiroteio. Faltam professores, a escola para. É um pesadelo”, se desespera a mãe, a dona de casa Z., 42.

Uma professora municipal diz que alunos já sabem como agir quando há tiroteio. “Eles saem da sala de forma ordeira e deitam no chão do corredor”, conta.

Uma diretora do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação), que prefere não se identificar, afirma que até profissionais da entidade têm medo ir às escolas naquela região.

São várias unidades que sofrem com o mesmo problema. Um aluno de 32 anos do supletivo da Escola Municipal Marechal Alcides Etchegoyen, na Vila Kennedy, afirma que há seis meses suas aulas são reduzidas em uma hora por dia, devido à violência.

“O horário é das 18h às 21h30, mas são encerradas às 20h30. Quem é louco de ficar na rua depois das 21h?”.

Embora as secretarias estadual e municipal de Educação não esclareçam a quantidade de dias sem aula — o Município alega que é por questões de segurança — ou o quanto isso afeta o conteúdo do ensino, alunos se sentem prejudicados. Uma estudante do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Jorge Zarur diz que não se sente preparada para o vestibular. “Não me inscrevi no Enem. Como vou entrar para a universidade, se não tenho aulas direito?”.

Escola invadida por bandidos
Na sexta-feira passada, a Escola Estadual Professor Daltro Santos foi invadida por bandidos em fuga durante as aulas e foi cercada pela polícia. Houve pânico entre alunos, professores e funcionários. Aulas foram suspensas e um bandido foi encontrado no banheiro da unidade. A disputa por território na região é entre as facções Terceiro Comando Puro e Comando Vermelho. “É importante que a população denuncie”, disse o coronel Rogério Leitão. Denúncias podem ser feitas através do telefone 3331-0202, do 2º CPA.

ÓTIMO: Moradores protestam durante simulado de Eduardo Paespalhão contra enchentes

G1.com

RIO - Cerca de 50 moradores e comerciantes da região da Praça da Bandeira, na Zona Norte do Rio de Janeiro, protestaram contra o simulado de emergência de enchentes, realizado no local e também na Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá, que liga a Zona Norte à Zona Oeste da cidade, na manhã deste domingo (6).

O grupo jogou balas durante a manifestação e entregou uma carta cobrando soluções para os casos de alagamento na região ao secretário municipal de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Roberto Osório, que estava no local para a realização do simulado.

Janete Joegger, moradora da região há 30 anos, era uma das integrantes do grupo. "Queremos saber quais são as razões para isso? É uma vergonha, um simulado de enchentes sem chuva. Quando chove, a Praça da Bandeira alaga e a água atinge até 2 metros. Este simulado é só para gastar dinheiro. Nós queremos uma solução de verdade e não uma de mentira como esta aqui", reclamou a protética de 52 anos.

Outro morador do local, João Barroso, de 42 anos, também reclamou da operação. "Eles mobilizaram policiais, guardas e garis à toa. Não há necessidade de fazer isso aqui. O que nós realmente queremos é uma solução rápida para a enchente que atinge nossas casas e lojas", queixou-se o contador, acrescentando que durante todo o ano, nenhuma autoridade foi até a Praça da Bandeira para saber quais providências deveriam ser tomadas.

De acordo com o secretário, no entanto, todos os moradores receberam panfletos informativos da subprefeitura da Tijuca, avisando sobre o simulado. "Informamos o que iria acontecer, quais seriam os horários e porque estávamos realizando este evento naquela área. Foi tudo muito bem explicado. Mas, mesmo assim, faremos uma outra comunicação com a população local para que eles possam entender o real motivo deste simulado. Queremos testar o funcionamento das equipes da prefeitura para quando ocorrer um temporal, termos certeza de que a mobilização de todos vai dar certo", explicou Osório.

Matéria originalmente publicada no G1.com
BABAQUICE: Prefeito Eduardo Paespalhão manda retirar grade da Praça Saens Peña, na Tijuca
O Globo

RIO - As grades que cercam a Praça Saens Peña, na Tijuca, Zona Norte do Rio, começam a ser retiradas nesta segunda-feira. O trabalho, coordenado pela Secretaria de Conservação e Serviços Públicos, deve durar dez dias. Além de remover os 400 metros que circulam a área, profissionais irão realocar bancos e banheiros públicos da praça. A Rioluz também fará revisão da iluminação do local.

O objetivo da ação, segundo a prefeitura, é liberar o espaço público para melhorar a integração com o ambiente urbano. A retirada da grade foi acertada em conjunto com a Associação Comercial da Tijuca.

A Praça Saens Peña é o principal pólo comercial da Tijuca. De acordo com a prefeitura, deverá ocorrer um aumento da circulação com a retirada da grade, beneficiando os freqüentadores e o comércio local.

(OP): A marginalidade agradece os serviços prestados pela "prefeitura" com o intuito de facilitar o trabalho da classe.   
Prefeito ladrão de Nova Friburgo é afastado do cargo por desvio de dinheiro público
O Globo

RIO - A Justiça Federal em Nova Friburgo afastou preventivamente nesta segunda-feira o prefeito em exercício do município, Dermeval Barboza Moreira Neto, e o secretário de governo, José Ricardo Carvalho de Lima, a pedido do Ministério Público Federal (MPF). A decisão também autoriza a quebra de sigilo bancário e de gastos com cartões de crédito dos acusados, além de bloquear os bens da dupla, do Secretário de Educação, Marcelo Verly de Lemos, e dos empresários Adão de Paula e Alan Cardeck Miranda de Paula.

O MPF entrou com ação administrativa contra os réus depois que investigou o desvio de recursos públicos, o pagamento por serviços não executados, superfaturamento e fraude na contratação da empresa Cheinara Dedetilar de Imunização, além de ilegalidades em dispensas de licitação. Durante a investigação, o MPF identificou que quase R$ 380 mil foram sacados em espécie pelos empresários envolvidos, em duas datas.

As ilegalidades praticadas pelo prefeito de Nova Friburgo e demais réus resultaram até agora em prejuízo de R$ 318 mil ao patrimônio público, cuja verba foi repassada ao município pela União depois da enxurrada que atingiu a Região Serrana em janeiro deste ano.

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domingo, 6 de novembro de 2011

ABSURDO: Alerj e Uerj firmam convênio para acabar com leis inúteis; grupo vai analisar 5.734 em vigor
O Globo

RIO - A legislação federal tornou rigorosas as regras para o registro e o porte de armas em todo o país, mas isso não impediu que a Assembleia Legislativa do Rio aprovasse uma lei para proibir - por aqui - a concessão de porte de arma a servidores públicos aposentados por doenças mentais. Entre as 5.734 leis em vigor que formam a legislação do Estado do Rio, há pérolas suficientes para uma nova edição do célebre "Febeapá - Festival de Besteiras que Assola o País", de Stanislaw Ponte Preta (personagem criado nos anos 60 pelo jornalista Sérgio Porto para satirizar a ditadura militar). No Rio, são tantas leis que é praticamente impossível cumpri-las. Só para cantar o Hino Nacional, por exemplo, existem oito.

Mas não há dificuldade que uma nova lei não possa sanar. Para consolidar a atual legislação estadual e expurgar os absurdos, a Mesa Diretora da Alerj fechou um convênio inédito com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Um grupo multidisciplinar - integrados por profissionais das áreas de Direito, Urbanismo, Administração Pública e Saúde, entre outras - começa a se reunir nas próximas semanas para analisar e propor a revogação, a consolidação e a reforma de leis.

E, no que depender do nosso parlamento, trabalho para esta equipe não vai faltar. A primeira reunião do grupo ainda não aconteceu, mas só a pauta de votação na Alerj da semana que passou tinha pelo menos 21 projetos de lei. Entre eles, há um que "dispõe sobre o livre exercício da crença religiosa" (direito garantido na Constituição de 1988) e um que autoriza a oferta serviço de transportes em hotéis (um serviço disponível há décadas). Outro prevê a proibição do uso de celulares, pagers, bips e até de walkman em concursos públicos. Até mesmo uma proposta para criar o dia estadual do blogueiro está em discussão na Alerj.
DESCASO NA EDUCAÇÃO: Alunos da região serrana de Nova Friburgo têm aulas em estufa
O Globo

Escola destruída pelas chuvas de janeiro
RIO - Alunos da escola municipal José Alves de Macedo, em Nova Friburgo, destruída com a queda de um barranco nas chuvas que devastaram a Região Serrana, em janeiro, estão tendo aulas em salas improvisadas dentro de uma estufa, no terreno de uma igreja local. Segundo relatos de colaboradores, dos alunos e até das professoras, as condições são precárias. Quando chove, entra água nas salas. Quando não chove, faz calor. E, com chuva ou com sol, as salas são todo o tempo invadidas pelo vento e pela poeira. Localizada em um pequeno lugarejo conhecido como Fazenda Rio Grande, na área rural do município, a escola atende 68 crianças com idade entre 3 e 13 anos, filhos de agricultores que moram nos arredores. Estes, por sua vez, temem que a escola não seja reconstruída e que as crianças tenham que frequentar aulas em unidades distantes. Enquanto isso, o dinheiro liberado pela União para a reconstrução desta e de outras escolas na região permanece inerte no caixa do governo estadual, desde o fim de julho.