sábado, 4 de fevereiro de 2012

GREVE DA PM NA BAHIA: Organizações Globo jogam o povo contra a Polícia Militar e tentam proteger o governador

Capa do Globo Online

CAOS NA BAHIA: Após o quarto dia de greve, jornal O GLOBO finalmente noticia o movimento


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VAI DAR M#%RDA: Estado do Rio também pode ter greve na segurança pública. E aí, Sérgio Cabral?

Policiais civis, militares e bombeiros podem cruzar os braços na próxima semana

Manifestação de bombeiros e policiais na praia de Copacabana no último domingo
RIO - O reajuste salarial antecipado pelo governador Sérgio Cabral para fevereiro não afastou a ameaça de greve entre policiais militares, civis, bombeiros e agentespenitenciários do Estado do Rio. Nesta sexta-feira (3), o Sindicato dos Policiais Civis informou ter enviado um ofício para diversos órgãos alertando sobre a possibilidade de uma greve geral a partir do dia 10.

Na Bahia, policiais militares cruzaram os braços e anunciaram uma greve por tempo indeterminado na quarta-feira (1º). Cerca de 150 homens da Força Nacional de Segurança foram enviados ao estado para tentar conter uma onda de saques e homicídios.

No Rio, foi marcada uma assembléia geral conjunta com PMs e bombeiros no dia 9 de fevereiro. Nesta sexta, mulheres de policiais se reuniram no Largo do Machado e seguiram em caminhada para o Palácio Guanabara, sede do governo estadual, onde fizeram um panelaço.

De acordo com o Sinpol, uma assembléia realizada no dia 24 de janeiro, aprovou a pauta de reivindicações, entre elas, a vinculação salarial com o delegado de 1ª classe e a paralisação por tempo indeterminado no próximo dia 10, caso o governo não negocie com representantes das três forças de segurança até o dia 8 de fevereiro.

Em uma tentativa de conter a ameaça de greve, Cabral enviou uma mensagem na abertura dos trabalho na Assembleia Legislativa do Estado do Rio alterando as regras dos reajustes previstos para a categoria. Segundo o novo modelo, emfevereiro será concedido 10,15% de aumento e reajustes escalonados em janeiro(0,915%), fevereiro (10,15%) e outubro de 2013 (13,84%).

Matéria originalmente publicada no R7.com

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

DESCASO: Hospital Estadual Rocha Faria vira depósito de pacientes. E aí, Sérgio Cabral?

Pessoas com doenças contagiosas e recém-operadas estão em corredores. Esquecidas, algumas nem são medicadas

Cleyton foi deixado em maca colada ao quadro de energia
RIO - Um depósito de pacientes. Foi isso que se tornou o Hospital Estadual Rocha Faria, em Campo Grande, gerido pela Secretaria Estadual de Saúde. O DIA esteve ontem na unidade e flagrou um cenário de horror: pelo menos 30 doentes se aglomeravam em macas nos corredores do hospital, à espera de socorro — ou de um milagre. Alguns com doenças contagiosas, como tuberculose, e outros encostados em porta que leva ao quadro de energia. Uma situação de perigo para quem depende da rede pública de saúde para sobreviver.

Segundo um funcionário da unidade que não quis se identificar, alguns pacientes já estão “internados” há mais de uma semana nos corredores da Emergência e até do Centro de Imagens — por onde só deveriam circular para serem submetidos a exames. Sem tomar banho, eles dividem espaço com lixeiras e extintores de incêndio. E muitas vezes não são medicados.

É o caso de Artur Garcia, 47 anos. Ele deu entrada no Rocha Faria sexta-feira, após cair de um telhado. Fraturou o cotovelo e precisou ser operado às pressas. O tratamento parou por aí: desde que saiu da sala de cirurgia, Artur está no corredor do Centro de Imagens. Ontem, nem remédios recebeu. “Fui esquecido. Me largaram aqui e já não sei a quem recorrer. Estou com muitas dores e não me deram os remédios”, lamentou.

Artur não está enganado. “É muito paciente para pouco funcionário. Os médicos têm que gritar, como se fosse uma lista de chamada, de tão cheio que está o hospital. E se o paciente não estiver atento para responder, é esquecido. Não há como atender a todos”, relatou um funcionário.

Procura foi duplicada

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde admitiu a superlotação do Hospital Rocha Faria. No entanto, não ofereceu nenhuma solução para os problemas e afirmou que todos os pacientes são medicados.

Segundo o órgão, o setor de emergência está operando 125% acima de sua capacidade e “os hospitais estaduais utilizam todos os espaços físicos possíveis para atender as demandas da população” — como os corredores. “O Rocha Faria opera acima de sua capacidade todos os dias”.

Além disso, a secretaria culpou o fechamento “ao menos parcial de atendimento de emergência de unidades de saúde de outros entes federativos”, mas não explicou quais seriam esses hospitais.

O órgão também justificou a superlotação pelo aumento na capacidade de atendimento do Samu — serviço de ambulância administrado pelo governo do estado. A nota informa que esse aumento “de 2006 para cá também impactou no aumento da demanda nos hospitais da rede”.

Matéria originalmente publicada no jornal O Dia Online

Band Rio troca Cidinha Livre, vitrine de Cabral, por ‘Power Rangers’


São Paulo - A Band demitiu a deputada estadual Cidinha Campos (PDT). A dispensa foi comunicada ontem, logo após a última exibição do programa ‘Cidinha Livre’, que era transmitido de segunda a sexta-feira, das 14h às 15h. Segundo a deputada, que tinha contrato até abril, a emissora alegou que a atração era “muito cara”. A assessoria de comunicação da Band informa que a decisão é “uma estratégia de programação da emissora, que vai alinhar o horário com a rede”. Hoje, no lugar será exibido o desenho animado ‘Power Rangers’. Com Cidinha, foram dispensadas outras 19 pessoas, de sua produção.

Fazendo o caminho inverso está o ex-deputado federal Fernando Gabeira (PV), que decidiu não se candidatar este ano justamente para se dedicar ao trabalho na Band, como declarou a O DIA domingo. Gabeira vai assinar contrato amanhã, em São Paulo. “Vou atuar em várias linhas”, diz. A Band nega que as medidas estejam relacionadas.

Matéria originalmente publicada no jornal O Dia Online

ÓTIMO: Deputada que fazia programa é demitida

Band Rio dispensa Cidinha Campos e tira da grade o "Cidinha Livre". Emissora alega que seu espaço dava prejuízo

Portal da Imprensa

Uma notícia pegou de surpresa, nesta terça-feira (31), os profissionais que faziam parte da equipe do programa “Cidinha Livre”, exibido pela Band Rio, e apresentado pela deputada estadual Cidinha Campos.

Após o fim da edição desta terça, a direção da emissora informou que todos os jornalistas, bem como a apresentadora, estavam demitidos e que atração sairia do ar. Segundo informa o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SJPMRJ), são cerca de vinte os profissionais desligados: três repórteres, cinco produtores, três editores, um assistente de câmera e três estagiários, entre outros profissionais.

A justificativa do canal aos demitidos foi que o espaço na grade de programação era deficitário e que daria mais despesas do que receita. “Disseram que o programa é muito caro, mas é o de maior audiência de produção carioca”, disse Cidinha Campos, em entrevista do SJPMRJ.

De toda a equipe que compunha o “Cidinha Livre”, somente três cinegrafistas foram mantidos na emissora. A grande queixa dos funcionários mantidos é que não foi dado nenhum aviso anterior, tanto que o programa foi ao ar nesta terça-feira normalmente.

Enquanto nenhuma outra atração ocupa o espaço deixado por Cidinha Campos, a Band Rio exibirá a programação de São Paulo.

A redação do Portal IMPRENSA ainda não conseguiu contato com a Band para comentar as demissões.

(OP): Lamento a demissão dos colegas jornalistas. A pergunta que não quer calar:  Por que a deputada Cidinha Campos, opositora ferrenha de Sérgio Cabral, passou a ser sua amiga e defensora número 1 da noite pro dia?
"Era a maior opositora e agora deveria até assumir a posição de líder do Governo", diz o deputado Paulo Ramos.
"A deputada Cidinha Campos defende o Governo com tal garra que alguém fica a pensar no que terá acontecido, qual terá sido o preço para uma mudança tão radical de posição? Dizem que há recursos do Estado financiando um programa de televisão."
No vídeo abaixo, o deputado Paulo Ramos "não entende" a estranha e repentina mudança de postura de Cidinha Campos com relação ao Governador Sérgio Cabral.


Matéria originalmente publicada no Portal da Imprensa

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Sérgio Cabral gasta com publicidade até na revista estrangeira ‘Foreign Affairs’!


Da Agência Estado:
O governo fluminense comprou quatro páginas coloridas de matéria paga na edição de janeiro/fevereiro de 2012 da Foreign Affairs, a mais prestigiada publicação sobre política internacional do mundo, para, segundo afirma, divulgar o Rio de Janeiro no exterior.

Em uma época de crise das economias centrais, onde faltam recursos e a estagnação econômica persiste, o Executivo fluminense foi a Nova York em busca de investimentos para o Estado. Custeou, a preço que não revela, um seminário promovido com a grife da revista no Council on Foreign Relations (o Rio de Janeiro Investiment Conference, em 30 de novembro), e a divulgação da “reportagem” sobre o Rio. O texto incluiu uma entrevista com o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), ilustrada com duas fotos dele, na qual o político elogia fortemente a sua própria administração.

Procurado pelo Estado de S. Paulo, o governo do Rio recusou-se a revelar quanto gastou com a revista. O Palácio Guanabara, sede da administração estadual, informou já ter promovido eventos com publicação de material no exterior em outras ocasiões - uma delas, no diário americano The Washington Post.

O objetivo da publicação na Foreign Affairs, segundo o Executivo, é a divulgação internacional do Estado, dentro de uma estratégia de marketing e publicidade mais ampla. A assessoria de Comunicação Social alegou não saber quanto custou a publicação nem poder levantar esse dado, porque o negócio foi fechado por meio de agência e por não poder revelar o preço da tabela de anúncios de publicações, por uma “questão publicitária de mercado”.

Na entrevista que ocupa, em parte, três páginas da Foreign Affairs, Cabral apresenta os principais outdoors da sua administração, as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Fala do saneamento financeiro do Estado e da obtenção, pelo Rio, do grau de investimento, concedido pela agência de classificação de risco Standard & Poor’’s. “Outro ponto importante é educação. Depois de décadas de negligência, nosso compromisso é melhorar o desempenho das escolas públicas do Rio de Janeiro no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb)”, diz o governador na entrevista. “Nosso objetivo é que até 2013 o Rio esteja entre os cinco melhores Estados (em educação).” Em 2011, o Rio de Janeiro ficou em penúltimo no Ideb entre 27 unidades da Federação, à frente apenas do Piauí.

A “reportagem” da Foreign Affairs também traz um texto falando da fase de crescimento vivida pelo Brasil e uma breve descrição da Rio de Janeiro Investment Conference, organizada em uma parceria da revista com a empresa Thinklink.

Por Reinaldo Azevedo

Blog da revista Veja

Desabamento no Rio: Por trás da tragédia, erros e negligência


Em O Globo: Negligência. Uma única palavra pode ser o ponto de partida para explicar a tragédia que se abateu sobre o Centro, na quarta-feira à noite, quando três prédios desabaram, matando seis pessoas e deixando seis feridos. Há ainda 20 desaparecidos que mobilizam equipes de resgate no coração da cidade. Mal começa a baixar, a cortina de poeira revela um cenário de destruição, mas também os primeiros indícios de que a lei foi, mais uma vez, ignorada. No Edifício Liberdade, no número 44 da Avenida Treze de Maio, que foi o primeiro a ruir, estavam sendo realizadas duas reformas de grande porte no terceiro e no nono andares, mas nenhuma delas tinha registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (Crea-RJ). A última obra de que se tem notícia por ali é de 2008. “São obras irregulares, com certeza”, disse o presidente da Comissão de Análise e Prevenção de Acidentes do Crea, o engenheiro Luiz Antonio Cosenza. “Já entramos em contato com a empresa para que informe quem eram os engenheiros responsáveis e que obras eram essas.”

Os dois andares em questão eram ocupados pela empresa TO Tecnologia Organizacional. Sem o conhecimento de órgãos técnicos, a empresa só poderia fazer discretas intervenções. Não é o que estaria acontecendo. Há relatos de que quase todas as paredes de um dos andares haviam sido retiradas, o que pode ter sido crucial para o abalo estrutural. Porém, o advogado da TO, Jorge Willians Soares, garante que os serviços executados se limitavam à troca de carpetes antigos e à pintura de paredes. Ele prometeu entregar documentos comprovando sua versão na 5ª DP (Gomes Freire), onde já foi aberto um inquérito. O delegado Alcides Alves de Moura já ouviu o depoimento de seis pessoas, entre testemunhas e donos de imóveis no Edifício Liberdade.

Se o Plano Diretor da Cidade tivesse sido cumprido, a obra no Edifício Liberdade deveria ter sido licenciada pela Secretaria municipal de Urbanismo. Por meio de nota, o município alegou que o artigo 57 do Plano Diretor dispensa a licença prévia quando as reformas não envolvem aumento da área construída. Mas o mesmo artigo da lei prevê exceções: o licenciamento é obrigatório se a obra estiver no entorno de um bem tombado.

O Edifício Liberdade ficava ao lado do Teatro Municipal, tombado pelo Iphan desde 1973. Tão próximo que teve sua bilheteria, num prédio anexo, atingida por destroços. Não bastasse o vizinho mais próximo, ainda ficam nos arredores, que integram o Corredor Cultural do Centro, imóveis igualmente ilustres, como o Palácio Pedro Ernesto, sede da Câmara de Vereadores, o Museu de Belas Artes e a Biblioteca Nacional.

O subsecretário de Patrimônio Cultural, Intervenção Urbana, Arquitetura e Design, Washington Fajardo, tem outro entendimento da legislação. Segundo ele, a lei não pode ser aplicada de forma genérica. “Esse item diz respeito apenas à ambiência no entorno dos prédios, mas não às partes internas de imóveis. Essa sempre foi a regra adotada pela prefeitura. Uma agência bancária que funcionava num dos prédios alterou a fachada e por isso precisou de licença prévia do Patrimônio. Se alguém quiser instalar um letreiro, isso interfere na observação do imóvel tombado e por isso terá que ser analisado”, argumentou Fajardo.

O Iphan preferiu não se manifestar por ser um órgão federal e as licenças de obras serem da alçada da prefeitura. Para o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio, Sidney Menezes, o grande problema está na própria legislação urbanística. “As regras são confusas e dão margem a interpretações distintas. Realmente há décadas a prefeitura dispensou licenças para reformas. Mas, se existe uma outra interpretação, isso nem é uma questão para os arquitetos. Tem que ser resolvida pelos juristas”, opinou.

Foi decretado luto oficial na cidade do Rio por três dias. Se o pior se confirmar - e não forem encontrados sobreviventes sob os escombros - , terá sido um desabamento tão trágico quanto o pior deles já registrado no Rio. Em 1971, uma falha estrutural levou ao chão 122 metros do Elevado Paulo de Frontin. Na época, 26 pessoas morreram.

(…)Por Reinaldo Azevedo

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Crea-RJ: Prefeito Eduardo Paes não pode mais ser omisso. Tem que fiscalizar os prédios

Desabamento de três prédios no Centro do Rio deixou 17 mortos e cinco desaparecidos

RIO - Não bastasse o jogo de empurra entre o síndico do Edifício Liberdade e a empresa Tecnologia Organizacional (TO) sobre as responsabilidades da execução de obras irregulares no prédio que desabou sobre outros dois, na Avenida Treze de Maio, na última quarta-feira (25), a Prefeitura também nega as responsabilidades de fiscalizar as modificações feitas no condomínio. De acordo com a Secretaria Municipal de Urbanismo, a Prefeitura deve fiscalizar apenas as intervenções externas, que tenham acréscimo de área, e alega que este não teria sido o caso do Edifício Liberdade.

Para o engenheiro civil do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (Crea-RJ), o argumento da Prefeitura de que a responsabilidade de fiscalização é apenas de obras externas pode ser facilmente refutado. O motivo, segundo ele, é que muitas modificações externas também foram feitas como a abertura de janelas e o aumento de área da cobertura. Em nenhumas destas mudanças a Prefeitura interveio, tampouco notificou o condomínio.

"A Prefeitura não fiscaliza os prédios do Rio de Janeiro porque não tem interesse. Não tem competência, por falta de profissionais especializados: temos uma secretaria de Urbanismo cheia de arquitetos e com pouquíssimos engenheiros especializados em estrutura", afirmou Eulálio.

Para ele, a causa da tragédia no Centro do Rio não foi apenas a empresa TO não ter apresentado laudos para obras no 3º e 9º andares, mas também o fato da Prefeitura não notificar nenhum prédio que cometa irregularidades. "Não dá para a Prefeitura continuar sendo omissa. Ela tem que assumir a tarefa de fiscalizar os prédios da cidade. É uma tarefa que lhe cabe", acusou o especialista.

Eulálio explicou ainda que no caso de realização de uma obra em quaisquer residências, o procedimento correto consiste em o proprietário contratar um engenheiro responsável para fazer o documento conhecido como Anotação de Responsabilidade Técnica e encaminhá-lo ao Crea. Depois, o proprietário deve procurar a Prefeitura, que emitirá o alvará da obra.

Advogado de síndico culpa empresa

De acordo com o advogado do síndico Paulo Renha, Geraldo Beire Simões, as obras aconteciam irregularmente desde novembro do ano passado. "No dia 4 de novembro houve uma notificação formal do condomínio à empresa TO. No dia 30 do mesmo mês a empresa apresentou um laudo alegando que o peso dos materiais de construção não representavam riscos ao prédio, mas não apresentaram ART. As irregularidades nos dois andares de obras - 0 3º e o 9º", explicou.

Matéria originalmente publicada no Jornal do Brasil

Charge - Aroeira

Por que Sérgio Cabral viaja tanto ao exterior? E por que a maioria de suas viagens quase sempre é cercada de mistério?

Blog do jornal O Globo

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

DESCASO: PMs denunciam péssimas condições de trabalho em UPPs e garantem greve

Paralisação inclui policiais civis e bombeiros. Corporação diz que a greve é inevitável

RIO - Enquanto aguarda um posicionamento do governo e da corporação sobre o movimento grevista, integrantes da Polícia Militar do Rio de Janeiro dão claros indícios de que a greve no começo de fevereiro é inevitável. Ao Jornal do Brasil, um grupo de policiais militares lotados em Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) denunciou uma série de irregularidades que afligem o carro-chefe da política fluminense no quesito segurança pública (confira vídeo abaixo).


Baixos salários, escalas de trabalho que superam 70 horas semanais, agentes de outros municípios forçados a viver nas UPPs em função do sistema deficitário de vale-transporte oferecido pelo governo do estado, gratificações incompatíveis com determinadas funções, problemas no "bico legalizado" do Proes. Estas são apenas algumas das razões pelas quais, segundo os integrantes do movimento grevista, foi escolhido o dia 8 de fevereiro como data limite para receber algum posicionamento das autoridades.

Do contrário, o Rio de Janeiro corre o risco de ficar sem o policiamento rotineiro a partir do dia 10 de fevereiro. A Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros também dão sinais de que podem aderir ao movimento, o que instalaria o verdadeiro caos no estado.

"O perfil dos nossos governantes é o daquela pessoa que paga para ver. Eles vão esperar o problema estourar para depois vir tentar remediar. Desde a nossa reunião com o comandante-geral Erir Ribeiro (no dia 12 de janeiro), não tivemos posicionamento algum das autoridades", revela o cabo João Carlos Soares Gurgel, um dos líderes do movimento grevista. "O escudo deles é o nosso regulamento covarde e inconstitucional, que pode mandar nos prender em caso de rebeldia. Hoje, vivemos em condições análogas à escravidão".

Caso a greve se confirme, a tendência é que o Batalhão de Choque e o Batalhão de Operações Especiais (Bope) sejam acionados emergencialmente, já que a greve não é unânime entre eles. Isso acontece porque os dois são os batalhões que recebem as melhores gratificações da corporação.

"Como o Bope tem uma boa visão na sociedade, a ideia de governo é colocá-los para reprimir qualquer movimentação, como fizeram com os bombeiros. Também temos o apoio de alguns membros do Bope. Na passeata de domingo, onde reunimos 25 mil pessoas, eles também compareceram", aponta o cabo Gurgel. "Eles sabem que recebem uma boa gratificação mas, se forem baleados numa operação e colocados fora de combate, voltam a ganhar o mesmo que qualquer policial militar. A nossa luta é pela incorporação dessas gratificações.

Denúncias

Ao JB, os policiais militares lotados em UPPs garantem que o movimento ganhou força nas comunidades pacificadas. A ideia deles é se aquartelar e cessar as atividades até que o governo responda às reivindicações.

"A situação nas comunidades com UPPs realmente vai ficar complicada. Elas ficarão fragilizadas", disse um dos policiais, que também denunciou uma suposta venda irregular de folgas entre os agentes. "Como os policiais que moram no interior não conseguem voltar para casa, já que recebem um vale-transporte de apenas R$ 90, eles acabam vendendo folgas para outros companheiros".

Procurada pela reportagem, a Polícia Militar informou que "o comando-geral da não considera a possibilidade de paralisação de atividades - que é, cabe ressaltar, vedada pela Constituição Federal a militares, tanto federais, quanto estaduais". A corporação também informou que mantém diálogo com os representantes do movimento de greve.

Sobre as denúncias de policiais forçados a viver nas UPPs, o comando-geral apontou que a solução do problema tem sido a transferência gradativa dos agentes para os seus municípios de origem, e que apenas 129 dos 3.932 policiais lotados em comunidades pacificadas estão nesta situação. A assessoria de imprensa também negou ordem de prontidão na véspera da data programada para a greve.

A Polícia Militar não comentou a possibilidade de usar o Bope para intervir nas comunidades pacificadas caso a greve aconteça.

Matéria originalmente publicada no Jornal do Brasil

IMPREN$A DO RIO: Protesto de policiais e bombeiros leva 20 mil para as ruas e jornal O GLOBO não divulga


domingo, 29 de janeiro de 2012

Policiais e bombeiros fazem protesto por melhores salários no Rio

Decisão de Sérgio Cabral de antecipar parcelas de reajuste até 2013 não freou a mobilização
Jornal do Brasil

RIO - Com viaturas de brinquedos, faixas na cabeça e muita disposição para reivindicar um reajuste salarial para os profissionais da segurança pública, cerca de 20 mil agentes - entre policiais militares, civis e bombeiros - transformaram o cenário nas imediações dos postos 2 e 3, na orla de Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro. Dois dias antes da aguardada manifestação, o governador do Estado, Sérgio Cabral, decidiu antecipar as parcelas de um reajuste previsto até 2013. A medida, no entanto, foi insuficiente para frear a briga da categoria por melhorias.

"Chega de ser a polícia militar com o pior salário do país inteiro. Chega de termos que trabalhar em até três serviços para termos que sustentar nossa família. Hoje o governo estadual não vê o policial militar como um trabalhador. Não recebemos adicional por insalubridade e trabalhamos até 72 horas por semana, quando o correto seriam 40 horas semanais. Trata-se de um total desrespeito ao trabalhador", acusou o cabo João Carlos Gurgel, que participou na manifestação na orla de Copacabana. Os praças reivindicam piso salarial de R$ 3 mil.

Hoje o salário de um soldado da Polícia Militar é de R$ 1.277,13, o de um cabo R$ 1.471,01, terceiro a primeiro sargento: de R$1.723,42 a 2.086,92. Já o de um oficial pode chegar a R$ 6.122,42. É o caso do posto de coronel.

Com a medida anunciada pelo governo do estado na última sexta-feira (27), policiais civis, militares, bombeiros e inspetores de administração penitenciária do estado do Rio terão um reajuste salarial de 38,81% entre 2012 e 2013. A mudança, no entanto, não é suficiente para os agentes.

"Com esta modificação no repasse do reajuste, é como se recebêssemos 10% de reajuste este ano, mais 10% em 2013 e o mesmo percentual em 2014. Descontando-se a inflação de 6% ao ano, é o mesmo que receber um reajuste de apenas 4% por ano", reclamou o cabo Gurgel, segundo quem a população está solidária à reivindicação.

"A população nos aplaudiu. Teve até quem pendurasse bandeiras nos prédios. Estão todos muito solidários à nossa causa. O apoio do povo é fundamental. É o reconhecimento do nosso trabalho", comemorou Gurgel.

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Matéria originalmente publicada no Jornal do Brasil

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 Coluna do jornal O Globo