quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

CAOS NO RIO: Eduardo Paes e o desgovernador parisiense Sérgio Cabral não se cansam de falar e fazer bobagens

O desgovernador parisiense não se cansa de falar e fazer bobagens. O alcaide carioca o segue religiosamente. O grau de irresponsabilidade e incompetência atingido pelas administrações estadual e municipal excedeu o limite máximo suportável no Estado e no município do Rio de Janeiro.

O parisiense finge ignorar os graves problemas das áreas de educação, saúde e segurança, que tanto atormentam os fluminenses. Os profissionais dos respectivos campos são pessimamente remunerados, trabalham em precárias condições e não possuem perspectiva de ascensão profissional.

Na saúde, estão sendo progressivamente chefiados e substituídos porterceirizados, que ganham o dobro, indicados por padrinhos políticos, quando não cooptados, trocando sua estabilidade por dinheiro, através da subordinação a fundações.

Na educação, os professores não têm mais condições de cumprir com sua antes respeitada missão. Mestres são agredidos por alunos ou pelos seus "(ir)responsáveis" . Quando tentam cobrar mais estudo de seus pupilos são até denunciados aos conselhos tutelares, por terem cometido "abusos". Passa a ser regra de sobrevivência o professor fingir que ensina e o aluno fingir que aprende. O importante é receber o diploma de aprovação, reforçar as estatísticas das autoridades e sair analfabeto funcional.

Na segurança, até greve de policiais civis e militares ocorre. O desgovernador age com mão de ferro, mandando prender mais de uma centena de policiais e bombeiros militares, preventivamente. A mídia amestrada age despudoradamente fazendo a sua blindagem e procurando jogar o povo contra os descontentes.

Acaba a greve, por enquanto, mas as sequelas permanecem. A população, que já foi desarmada, permanece indefesa, sem poder exercer seu legítimo direito de defesa própria, a mercê da misericórdia dos marginais. Se a polícia, normalmente, já não cumpre com eficácia sua missão, imagine em uma conjuntura como esta. Persiste o "jeitinho" tradicional, onde a polícia finge que garante a segurança e o povo finge que acredita, sendo obrigado a contratar segurança particular, paga a parte.

As obras suntuárias continuam a ser feitas, em nome do sucesso da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. O absurdo do "prolongamento" da já congestionada linha existente de metrô para a Barra é mantido. É óbvio que isto não vai dar certo. Ignoram o exemplo de metrópoles civilizadas como a Paris e Nova York, que eles tanto visitam e adoram, possuidoras de inúmeras linhas independentes de metrô.

Não são capazes de, ao menos, aproveitar as experiências positivas vivenciadas no exterior. Mas, quando o caos recrudescer, os atuais governantes estarão usufruindo seu rico patrimônio no exterior, enquanto seus atuais súditospermanecem no caos.

O alcaide repete os graves erros cometidos pelo seu mentor. Na área de saúde é só trocar as fundações pelas OS (organizações sociais). Possuem os mesmos propósitos. Na educação, a situação é agravada, pois a indevida interferência de pais irresponsáveis, com o equivocado apoio de alguns conselhos tutelares, afetaa relação professor-aluno.

Alguns absurdos são perpetrados, como, por exemplo, o caso de uma professora que aconselhou seus alunos a terem cuidado com sua alimentação, a fim de evitar sérios problemas de saúde, devido à obesidade, e foi denunciada pela mãe obesade um aluno também obeso por discriminação (bullying). É evidente que fica muito difícil para um educador cumprir seu dever nesta situação.

Na segurança, os guardas parecem perseguir metas de multa por infração e no combate a ambulantes, de modo irregular. Apreendem as mercadorias e ninguém sabe seu destino. Mas o alcaide se agiganta é no setor de transportes. Os equívocos são tão flagrantes que é impossível passarem despercebidos. Apersistência na tresloucada idéia de derrubar o viaduto da Perimetral, apesar do protesto unânime dos cidadãos, atinge as raias do absurdo. O alcaide possui a certeza da reeleição, pois apesar das eleições municipais deste ano, não liga para a repercussão negativa do verdadeiro atentado contra a população carioca.

E não é somente esta loucura. A implantação do BRS (Bus Rapid Sytstem) atende aos interesses dos empresários de ônibus, mas não aos da população. O caos foi definitivamente instalado no município do Rio de Janeiro. Os engarrafamentos acontecem em qualquer local, em qualquer horário. As vias estão em péssimas condições, coalhadas de buracos. As calçadas, idem. A "indústria de multas" funciona a pleno vapor. As ruas estão cheias de mendigos, pedintes e "descuidistas".

Confia na incompetência da "oposição", incapaz de se organizar e se unir para lançar candidato competitivo, capaz de derrotar nas urnas o atual alcaide. Torçamos para que um milagre aconteça e não passemos por mais quatro anos de incúria.

Marcos Coimbra

Membro do Conselho Diretor do Cebres, titular da Academia Brasileira de Defesa e da Academia Nacional de Economia e autor do livro Brasil Soberano.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

LAMENTÁVEL: Prefeito Eduardo Paespalhão elitiza o Carnaval do Rio

Jornal do Brasil - Coluna Informe JB

RIO - O prefeito Eduardo Paes transferiu os bailes de Carnaval organizados pela prefeitura para o Jockey Club Brasileiro, na Gávea, Zona Sul da cidade. No ano passado, as festividades foram no Cais do Porto, na Zona Portuária.

Deu medo

A retomada dos bailes, em 2011, trouxe outro medo aos organizadores: como garantir a segurança de centenas de turistas numa das regiões mais perigosas e abandonadas do Rio?

Deu medo II

Entre reforçar a segurança e a infra-estrutura na Zona Portuária, foi mais fácil levar os bailes para um dos locais mais elitizados da cidade.

A verdade sobre o governo Sérgio Cabral no qual a Rede Globo é conivente

Policiais e bombeiros suspendem a greve no Rio

Lideranças decidem deixar para depois do Carnaval a tentativa de negociação salarial. Prioridade agora é a libertação dos presos

Veja.com

RIO - Em assembleia conjunta realizada nesta segunda-feira, bombeiros, policiais civis e PMs do Rio de Janeiro decidiram suspender a greve iniciada na última quinta-feira. No início da tarde, o Sinpol e outras entidades representativas dos policiais civis já haviam decidido interromper a paralisação durante o Carnaval, em medida oficializada junto ao governo do estado.

Fernando Bandeira, presidente no Sinpol, disse que a decisão foi tomada "em respeito à população e ao turismo do carnaval, que é mundialmente conhecido, e também aos nossos herois." Oficialmente, o trabalho será retomado nesta terça, mas na prática o movimento não chegou a ganhar adesão expressiva como aconteceu na greve dos bombeiros de 2010. Pesou contra os grevistas a reação imediata do governo estadual. Já na sexta-feira, o Diário Oficial do Rio de Janeiro publicou, em edição extra, a redução do prazo legal para julgamento de policiais militares e bombeiros. Com a instituição do rito sumário, o governo do estado emitiu um claro sinal de que os policiais e bombeiros que aderissem à greve poderiam ser rapidamente condenados e até expulsos de suas corporações.

A adesão à greve foi parcial, e não foram chamados os reforços das Forças Armadas (14 mil homens do Exército) e da Força Nacional de Segurança (300 homens).

Agora, a negociação passa a ser para conseguir a libertação dos 12 homens presos em Bangu 1. Ana Paula Matias, mulher do sargento Alexandre Matias, um dos presos, leu um manifesto em que os bombeiros afirmam que "a luta não é mais por dignidade salarial, mas pela dignidade humana".

À tarde, os presos receberam a visita de representantes da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e da Câmara dos Deputados.

Matéria originalmente publicada na Revista Veja Online

GREVE NO RIO: chega a 12 número de bombeiros presos em Bangu 1

Estadão.com

SÃO PAULO - O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro informou, em nota, que oito de 11 mandados de prisão emitidos para bombeiros que representam o movimento de greve já foram cumpridos.

Os militares presos que inicialmente tinham sido levados para o GrupamentoEspecial Prisional (GEP) foram encaminhados para o Presídio de Segurança Máxima Bangu 1, onde também está preso, desde a noite da última quarta-feira, 8, o cabo Benevenuto Daciolo.

Na manhã de ontem, 39 guarda-vidas foram detidos por falta ao serviço noGrupamento Marítimo (GMar) da Barra da Tijuca. Na sexta-feira, 10, 123 guarda-vidas foram indiciados por falta ao serviço e presos administrativamente.

Com as novas prisões, sobe para 12 o número de bombeiros militares presos emBangu 1 e 162 guarda-vidas, em quartéis, cumprindo medida disciplinar.

Mesmo com as prisões, o comando da corporação reforçou que as 110 unidades operacionais estão funcionando normalmente, incluindo os postos de salvamento na orla da Barra da Tijuca, onde foram acionadas equipes de reserva.

Matéria originalmente publicada no Estado de São Paulo Online

Equipe da Rede Globo é expulsa durante manifestação de policiais e bombeiros em Copacabana

Servidores públicos do Rio de Janeiro que reivindicavam melhores salários acusam emissora de fazer cobertura jornalística tendenciosa dos fatos a favor do governo Sérgio Cabral. O representante da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, André Borges, defendeu a atitude dos manifestantes, que quase agrediram a equipe da TV Globo. "Eles têm o direito a se manifestar contra a mídia. A mídia mente sobre as manifestações. Ela também precisa fazer uma autocrítica, a revolta é contra o sistema", afirmou. "Eles não podem agredir, mas podem expulsar, sim", acrescentou.

ASSISTA AO VÍDEO

— A imagem da Rede Globo é uma imagem antipatizada pela população. E não é porque a população é perversa, é inconsciente, é mal informada etc e tal. É uma bobagem a gente achar isso. A população tem a imagem da Rede Globo que foi construída pela própria Rede Globo, ao fazer coberturas jornalísticas tendenciosas a favor do governo e contra os interesses da população. É isso o que acontece com uma emissora que mais apoia do que critica o Estado e seus governantes, não só no Rio de Janeiro, mas em todo país.

GLOBO, capacho do governo, diz manifestante em cartaz
Aos gritos de 'FORA, GLOBO', grevistas expulsaram equipe da emissora prateada 

GREVE NO RIO: OAB pede a Beltrame informações sobre militares presos ilegalmente

Bombeiros e policiais foram detidos com mandados sem assinatura e até sem mandatos

Pernambuco.com

RIO - O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, no Rio, Wadih Damous, e a presidente da Comissão de Direitos Humanos da entidade, MargaridaPressburger, estão encaminhando um ofício ao secretário de Segurança do estado, José Mariano Beltrame, para que informe quem são e onde estão os militares presos pela greve da Segurança do Rio. O pedido para que a entidade intervenha na questão foi feito em reunião pela manhã, na OAB, por uma comissão de familiares de grevistas que estão desaparecidos e pelos deputados Paulo Ramos (PDT) e Janira Rocha (PSOL). Segundo Margarida Pressburger, a maioria das famílias não tem notícias de seus filhos e maridos.

— Estamos oficiando o secretário Beltrame para que informe quantos são, quem são e onde estão. Essa agora é nossa prioridade. Eles estão presosadministrativamente, não podem ser recolhidos em presídios de segurança porque não foram condenados — afirmou Margarida, acrescentando que a OAB-RJ iráatuar junto à Defensoria Pública para conseguir a transferência dos presos que por ventura estiverem em Bangu 1 ou em qualquer outro presídio, para que cumpram a prisão em quartéis.

— Uma senhora tentou visitar o marido em Bangu 1 e disseram a ela que teria que tirar a carteirinha de familiar de preso. Isto é para condenados. Além disso, são policiais e muitos já prenderam presos que hoje cumprem pena em Bangu. Imagine o risco para a segurança deles em caso de rebelião — afirmou a advogada.

Desde que a greve foi decretada, 17 PMs (dez considerados líderes da greve) foram presos.

Matéria originalmente publicada no Diário de Pernambuco

Ex-presidente Lula diz que salário de policiais e bombeiros depende da condição econômica de cada Estado

Então Sérgio Cabral, como o Rio de Janeiro pode ser o segundo Estado da Federação que mais arrecada impostos e pagar o pior salário do Brasil aos bombeiros e policiais. Para onde vai todo esse dinheiro governador?

Preso ilegalmente em Bangu I por greve no Rio, bombeiro Daciolo recebe visita da mulher com roupa de presidiário

Advogados pedem à Justiça que o cabo seja transferido para o quartel dos bombeiros

Folha.com

RIO - A mulher do cabo do Corpo de Bombeiros Benevenuto Daciolo, preso desde quarta-feira (8), visitou o marido pela primeira vez na tarde de ontem. Segundo ela, o bombeiro está muito debilitado e passa 22h por dia trancado sozinho em uma cela de 2m².

Daciolo está no presídio de segurança máxima de Bangu 1, na zona oeste do Rio. Ele é apontado como responsável por incitar a greve no Rio e em outros Estados.

"É constrangedor vê-lo preso em um presídio de segurança máxima como se fosse um bandido" disse Cristiane, que teve direito a uma visita assistida de 15 minutos.

"Ele está muito entristecido, pedia das crianças, preferi nem falar da greve e focar na família".

DETIDOS

Ontem à noite, a Polícia Militar do Rio de Janeiro prendeu mais um policial do movimento grevista no Estado. Com isso, sobe para 17 o número de detidos. Dentre os presos, dez foram detidos por liderar a greve. Desses, oito estão no presídio de Bangu 1. Ainda não há definição de onde ficará presa a única mulher do grupo.

Os outros sete PMs estão presos administrativamente por protestar e se recusar a patrulhar as ruas. Desses, seis são do 28º Batalhão, de Volta Redonda, e um é do 6º Batalhão, da Tijuca.
Inicialmente havia sido informado que 59 pessoas estavam detidas. As informações foram corrigidas pelo porta-voz da corporação, Frederico Caldas.

Além dos policiais presos, 129 PMs foram indiciados por se recusar a fazer patrulhas ou deixar o batalhão. Vinte e oito deles são do batalhão de Volta Redonda. Para reforçar a segurança na região, a polícia enviou uma equipe da tropa de choque e policiais recém-formados.

O comando da PM do Rio resolveu jogar duro com os policiais que resolveram aderir ao movimento. Um boletim interno da corporação divulgado na sexta-feira (10) traz novas normas para levar o policial grevista de forma mais rápida ao Conselho de Disciplina e a uma consequente expulsão da PM.

Na manhã de sexta-feira (10), delegacias de Volta Redonda e de Barra do Piraí ficaram fechadas, mas voltaram a funcionar por volta das 11h. As patrulhas que resolvem aderir à greve estão decidindo não ir às ruas ou então, saem e se reúnem em um ponto específico.

Os batalhões da região sul do Estado também aderiram ao movimento. Policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais) foram enviados à região para garantir a segurança nas cidades. Outra equipe do Batalhão de Choque foi enviada a Campos, no norte fluminense.

Matéria originalmente publicada na Folha de São Paulo Online

Sérgio Cabral transfere ilegalmente para Bangu I bombeiro preso por negociar greve

Segundo a lei, nenhum militar pode ser detido em presídio comum. O mandado de prisão deve ser cumprido em quartéis ou prisões militares. E aí, governador?

Terra Notícias

RIO - O cabo do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro Benevenuto Daciolo, que aparece em gravações telefônicas divulgadas pelo Jornal Nacional articulando greve das polícias do Rio, foi levado para o presídio de segurança máxima de Bangu I. Daciolo foi preso durante a madrugada desta quinta-feira no Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim, quando retornava de Salvador. O comando dos bombeiros decretou sua prisão depois da divulgação das gravações em que o cabo negocia uma possível votação da PEC 300, a emenda constitucional que garantiria um piso salarial único para bombeiros e policiais de todo o Brasil.

Daciolo foi levado no início da manhã do quartel general dos bombeiros para Bangu I por ordem do comandante Sérgio Simões. A iniciativa visa evitar uma invasão do quartel como ocorreu no ano passado durante a greve da classe, que acabou com atuação violenta do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da polícia do Rio. O cabo fica em Bangu por pelo menos 72 horas, até a Justiça definir se decreta sua prisão temporária. Segundo Simões, ele será indiciado por crimes militares como incitamento e aliciamento de motim.

Gravações
De acordo com o Jornal Nacional, uma das gravações mostra Daciolo conversando com um homem chamado de "importantíssimo" sobre uma possível votação da PEC 300. "Eu estou com uma assembleia geral amanhã no Rio de Janeiro, com a abertura de uma greve geral no Rio também, com probabilidade de não ter Carnaval nem na Bahia nem no Rio esse ano. E São Paulo acho que está para dar uma resposta agora e os outros Estados também", diz ele.

Em outro trecho, Daciolo recebe de uma mulher o conselho para tentar atrasar a paralisação na Bahia. "Daciolo, Daciolo, presta atenção. Está errado fechar a negociação antes da greve do Rio", afirma ela, que pede que ele volte ao Rio de Janeiro e ajude a deflagrar a greve no Estado. "Se vocês garantirem a greve aqui, a mobilização aqui, vocês vão ajudar eles a liberar o Prisco, a ter uma negociação."

Matéria originalmente publicada no Terra Notícias

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Sérgio Cabral viola a lei e transfere PMs presos por adesão à greve para Bangu 1

De acordo com a lei, nenhum militar pode ser detido em presídio comum. Detalhe, em nenhum trecho da matéria, o jornal O Globo fez menção a atitude ilegal do governador de transferir policiais grevistas para Bangu 1, mas sim enfatizar de forma errônea que os PMs presos por reivindicar melhores salários estavam errados. Ou seja, um jornalismo tendencioso.


RIO, CAMPOS E VOLTA REDONDA - Os policiais militares presos por conclamar e incitar a greve foram transferidos na tarde desta sexta-feira para o presídio de segurança máxima Bangu 1, de acordo com informações divulgadas pela PM. Ainda segundo a corporação, dos onze mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça, dez foram cumpridos. Foram presos: coronel Paulo Ricardo Paul (da reserva), major Helio Silva de Oliveira (da reserva), sargento Carlos Antonio de Oliveira Aquino, cabo João Carlos Soares Gurgel, cabo Wagner Jardim Hamude, cabo Nilton Alves Neto, cabo Vivian Sanchez Gonçalves, cabo Wagner Luiz da Fonseca e Silva, cabo Pablo Rafael Marques dos Santos e o coronel Adalberto deSouza Rabello (da reserva). Ainda continua foragido o cabo Alonsimar de Oliveira Pessanha.

Matéria originalmente publicada no O Globo Online

Charge - Aroeira


GREVE DA PM NO RIO: Sérgio Cabral exonera comandante do GMAR e manda prender 123 salva-vidas

UOL Notícias

RIO - O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro divulgou nota afirmando que, até a tarde desta sexta-feira (10), 123 salva-vidas foram indiciados por falta ao serviço. Todos serão presos administrativamente, segundo o comando do órgão, e o comandante do 2º Grupamento Marítimo (GMar) da Barra da Tijuca, tenente coronel Ronaldo Barros, foi exonerado do cargo.

Os bombeiros, a Polícia Militar, a Polícia Civil e os agentes penitenciários do Rio entraram em greve oficialmente às 23h30 de quinta-feira (9). A orientação do comando de greve é que nenhum PM ou bombeiro saia para ocorrência alguma. A Polícia Civil só atenderá ocorrências emergenciais, como violência grave, furto de veículo e as relativas à Lei Maria da Penha.

Mais cedo, a Polícia Militar do Rio decretou a prisão administrativa de mais de 50 policiais militares que se negaram a deixar os quartéis em função da greve da categoria, segundo o chefe do Estado Maior Administrativo da PM, coronel Robson Rodrigues da Silva. Com autorização da Justiça, a Corregedoria Interna da PM também deteve nesta manhã nove líderes do movimento.

Matéria originalmente publicada no UOL Notícias

Sérgio Cabral articulou prisões de líderes no dia anterior à greve das forças policiais

Leonardo Boff: "A responsabilidade pela greve dos policiais militares deve ser tributada ao poder público"

O governo do Estado do Rio de Janeiro começou a articular a prisão dos principais líderes da greve das entidades de classe da segurança pública fluminense na última quarta-feira (8), portanto, um dia antes de a greve ser oficialmente deflagrada. Em reuniões fechadas no Palácio Guanabara, o governador Sérgio Cabral (PMDB), a chefe de Polícia Civil do Rio, Martha Rocha, o presidente da Alerj (Assembleia Legislativa), Paulo Melo (PMDB), entre outros representantes do governo, listaram os principais personagens do movimento.

Na manhã de hoje, passadas quase 12 horas do anúncio oficial da greve, a Justiça expediu 11 mandados de prisão contra os policiais que estavam à frente da paralisação, entre os quais dois coronéis e um major. No total, 17 policiais foram detidos, entre os quais dez lideranças --e mais de 130 PMs responderão asindicâncias e/ou inquéritos administrativos por insubordinação (se recusaram a sair do quartel).

O Executivo fluminense já esperava que o impasse não seria resolvido. Há dois dias, o deputado estadual Paulo Melo chamou o diretor-jurídico do Sindpol(Sindicato dos Policiais Civis), Francisco Chao, para conversar em seu gabinete, e exigiu que ele fosse sozinho. Durante o encontro, o parlamentar perguntou "O que vocês querem?".

O policial civil respondeu que todas as reivindicações da categoria já tinham sido "mais do que divulgadas desde 2007". Melo argumentou que a Polícia Civil seria "diferenciada" em relação a outras forças de segurança pública, em função do grau de instrução de seus membros, e ouviu de Chao que os policiais civis tinham assumido um compromisso moral com os companheiros da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.

O representante do Sindpol respondeu ainda que bastaria "equiparar [condições de trabalho] com a Polícia Federal" para resolver o problema, mas ressaltou que aPM entraria em greve. O presidente da Alerj respondeu que não se preocupava tanto com bombeiros e PMs, pois bastaria "prender as lideranças". Era a estratégia do governo para assustar os demais grevistas e esvaziar a mobilização. Cabral alimentava a esperança de convencer a Polícia Civil a não ingressar no movimento grevista.

Justamente naquela noite, durante a assembleia, o "Jornal Nacional" exibia uma reportagem baseada em gravações telefônicas autorizadas pela Justiça que revelaram conversas do cabo Benevenuto Daciolo, líder do movimento S.O.S Bombeiros, discutindo estratégias para fortalecer o movimento grevista no Rio. O bombeiro foi preso ao desembarcar no aeroporto Internacional do Galeão quando voltava de Salvador, na Bahia --Estado que também tem parte de PM em greve.

A tentativa derradeira de desvincular a Polícia Civil da inevitável greve dos militares se deu quando o governo aprovou, na noite de quarta, as mudanças noprojeto de lei que determina a antecipação de reajuste salarial para as categorias, o que melhorou substantivamente a proposta original --aumento de 39% em duas parcelas (fevereiro de 2012 e fevereiro de 2013). O PL 1.184/12 foi aprovado naAlerj no dia seguinte por 59 votos a um.

A última cartada de Cabral, porém, provocou gargalhadas dos policiais presentes na assembleia. Depois de ler a nota oficial do governo para os presentes, o presidente do Sindpol, Carlos Gadelha, afirmou: "Eu acho engraçado que o governo não chega para a gente para perguntar se a proposta está boa ou ruim. O que vocês acham? Eu continuo achando que a gente deve fazer greve". A massa apoiou.

O episódio marcou pontualmente o fim das negociações entre os líderes do movimento e a chefe de Polícia Civil do Rio, Martha Rocha, que falava em nome do governador. Durante a assembleia, Rocha fez de três a cinco ligações para Francisco Chao, considerado o principal interlocutor entre os policiais civis insatisfeitos com suas condições de trabalho e o poder público, e também entrou em contato com o presidente do sindicato, Carlos Gadelha.

Por volta das 21h15, Chao pediu a palavra e transmitiu a última mensagem da chefe da Polícia Civil: "Meu dever moral é passar essa mensagem para vocês. A chefe da Polícia Civil do Rio está pedindo para que a gente não entre em greve". Segundo ela, caso os agentes não "embarcassem" na paralisação capitaneada por policiais militares e bombeiros, o governo abriria uma "segunda rodada de negociações". A massa rejeitou em coro unânime. E um indicativo de greve foi aprovado ao fim da assembleia.

Matéria originalmente publicada no UOL Notícias

Greve da segurança pública no Rio põe imagem de Sérgio Cabral em questão

Leonardo Boff: "A responsabilidade pela greve deve ser tributada ao poder público"


RIO - O processo de implantação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em comunidades antes dominadas pelo tráfico de drogas é uma das grandes bandeiras do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. A antes inimaginável retomada do Complexo do Alemão e da Favela da Rocinha, bastiões do crime organizado no estado, ajudaram a impulsionar a popularidade de Cabral e a fortalecer sua influência no cenário nacional. Entretanto, apesar de suarepresentatividade, as forças de segurança pública não se mostram satisfeitas com o tratamento recebido do governo. A greve iniciada nesta sexta-feira por bombeiros, policiais civis e PMs é a segunda revolta em menos de um ano. Em 2011, bombeiros que lutavam por melhores condições de trabalho fizeram um movimento amplamente apoiado pela população. Diante deste cenário, fica a dúvida sobre até que ponto esta insatisfação pode provocar uma grave crise na administração pública fluminense.

O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), que recomendou o indiciamento de 235 pessoas ligadas a grupos paramilitares quando presidiu a CPI das Milícias na Alerj, considera justa a reivindicação dos grevistas, mas não concorda com a paralisação. De todo modo, em meio aos questionamentos sobre a legalidade ou não do movimento, ele afirma que Cabral também deve ser responsabilizado, em caso de eventuais transtornos.

"O Sérgio Cabral está mais preocupado com a própria imagem do que com a população em si. Ele deveria assumir o papel de chefe de Estado e parar para negociar. Se, em vez de tentar desqualificá-los, adotasse uma postura conciliadora, duvido que houvesse sequer ameaça de greve. E este não é o único problema. Apesar da precariedade do sistema de transportes, o secretário Júlio Lopes permanece no cargo. A situação da saúde e da educação também é péssima. Tudo isto depõe contra ele", critica.

Matéria originalmente publicada no Jornal do Brasil

DITADURA: Sérgio Cabral institui rito sumário para julgar policiais e bombeiros

Governador do Rio publica decreto que encurta prazos para julgamento de militares pelo conselho disciplinar. Texto endurece regras criadas em 1978

RIO - O governo do estado do Rio divulgou nota informando que foi alterada a legislação que estabelece prazos para julgamento de policiais militares e bombeiros. Com isso, encurta-se o prazo para julgar e punir todos os que cometem infrações. O alvo, obviamente, são os grevistas que desde a 0h desta sexta-feira fazem paralisações em batalhões e quartéis de bombeiros em todo o estado.

A adesão à greve é parcial, e não foram chamados os reforços das Forças Armadas (14 mil homens do Exército) e da Força Nacional de Segurança (300 homens). Com a medida, o governo do estado emite um sinal de que os policiais e bombeiros que aderirem à greve poderão ser rapidamente condenados e até expulsos de suas corporações.

A nota divulgada pelo estado informa que, em “edição extraordinária do Diário Oficial”, o decreto 43.462 modifica o decreto 2.155, de 13 de outubro de 1978. O decreto regula o Conselho de Disciplina da PM e dos bombeiros do Rio – órgão que julga infrações administrativamente e tem poder de exonerar os servidores.

O decreto de 1978 instituía prazo de 30 dias para conclusão dos trabalhos do conselho. O texto publicado hoje reduz este prazo à metade: 15 dias. O prazo para originalmente estabelecido para a decisão era de 20 dias e caiu para 5. Foram encurtados os tempos de recurso e seus julgamentos, de 20 para 7 dias.

Matéria originalmente publicada na revista Veja Online

DITADOR: Sérgio Cabral emite 11 mandados de prisão contra líderes da greve no Rio

Leonardo Boff: "A responsabilidade pela greve deve ser tributada ao poder público"

Terra Notícias

RIO - O porta-voz da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Frederico Caldas, informou nesta sexta-feira que já foram emitidos 11 mandados de prisão contra os líderes da greve da PM do Estado. Segundo ele, os responsáveis pelo movimento serão submetidos a conselhos de disciplina. "É inaceitável romper o julgamento que fizemos à sociedade. O pacto entre a população e a PM não deve ser rompido", disse Caldas.

Frederico Caldas informou a ocorrência de um ataque a uma viatura policial na Avenida Brasil. Segundo ele, o veículo foi atacado por cerca de 15 motociclistas, mas não houve feridos. "Não trabalhos com a hipótese de represália, mas estamos reforçando o policiamento nas vias especiais. O Bope e o Batalhão de Choque reforçam ainda mais o patrulhamento", acrescentou. O porta-voz informou ainda que policiais do Bope estão sendo enviados para o município de Campos, para reforçar o policiamento local.

A greve no Rio

Policiais civis, militares e bombeiros do Rio de Janeiro confirmaram, no dia 9 de fevereiro, que entrariam em greve. A opção pela paralisação foi ratificada em assembleia na Cinelândia, no Centro, que reuniu pelo menos 2 mil pessoas.

A orientação do movimento é que apenas 30% dos policiais civis fiquem nas ruas durante a greve. Os militares foram orientados a permanecerem junto a suas famílias nos quartéis e não sair para nenhuma ocorrência, o que deve ficar a cargo do Exército e da Força Nacional, que já haviam definido preventivamente a cessão de 14,3 mil homens para atuarem no Rio em caso de greve.

Os bombeiros prometem uma espécie de operação padrão. Garantem que vão atender serviços essenciais à população, especialmente resgates que envolvam vidas em risco, além de incêndios e recolhimento de corpos. Os salva-vidas que trabalham nas praias devem trabalhar sem a farda, segundo o movimento grevista.

Policiais e bombeiros exigem piso salarial de R$ 3,5 mil. Atualmente, o salário base fica em torno de R$ 1,1 mil, fora as gratificações. O movimento grevista quer também a libertação do cabo bombeiro Benevenuto Daciolo, detido administrativamente na noite de quarta-feira e com prisão preventiva decretada, acusado de incitar atos violentos durante a greve de policiais na Bahia.

Matéria originalmente publicada no Terra Notícias

Policiais civis, militares e bombeiros decretam greve no Rio

Leonardo Boff: "A responsabilidade pela greve deve ser tributada ao poder público"

UOL Notícias

RIO - No mesmo dia em que grevistas desocuparam a Assembleia Legislativa da Bahia, bombeiros e policiais militares e civis do Rio decretaram greve. A decisão fluminense foi anunciada 18 horas após a prisão de líderes grevistas baianos, ao fim de uma vigília que reuniu 3 mil pessoas, segundo a PM. O secretário estadual de Defesa Civil e comandante dos bombeiros, Sérgio Simões, disse esperar que a adesão seja mínima. Caso contrário, já acertou a mobilização de até 14 mil homens do Exército para o carnaval.

"É greve geral e a culpa é do Cabral, estamos parados oficialmente a partir de agora", anunciou o cabo do 22.º Batalhão, Wellington Machado. "Agora não é hora de aceitar intimidação e ameaça. Se prender um de nós, vai ter que prender todo mundo. Aqui não tem covarde."

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Fernando Bandeira, afirmou que "no máximo" 30% da categoria será mantida nas delegacias para atender ocorrências em que houver violência ou grave ameaça. A princípio, a Delegacia de Homicídios funcionará normalmente.

No início da assembleia, representantes das categorias deram um ultimato ao governo do Estado. Decidiriam pela greve se, até a meia-noite de ontem, o governo não cumprisse cinco exigências: piso salarial de R$ 3.500, vale-transporte de R$ 350, tíquete-refeição de R$ 350, jornada de 40 horas semanais com pagamento de horas extras e libertação do cabo Benevenuto Daciolo, líder do movimento preso anteontem à noite, acusado de incitamento e aliciamento a motim. Em escutas divulgadas pelo Jornal Nacional anteontem, ele é flagrado conversando sobre a greve no Rio com a deputada estadual Janira Rocha (PSOL).

De manhã, gravações apresentadas pela TV Globo também causaram saída de 300 PMs baianos que estavam amotinados desde o dia 31 na Assembleia, em Salvador, ao enfraquecimento da paralisação na Bahia e à prisão de dois líderes do movimento - o principal deles, Marco Prisco, presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares (Aspra), e Antônio Paulo Angeline. Em novas escutas, divulgadas ontem, Prisco aparece envolvido no planejamento da invasão de um batalhão e até na queima de um ônibus escolar. Segundo o governo baiano, 90% dos policiais voltaram ao trabalho - o que os grevistas negam.

Matéria originalmente publicada no UOL Notícias

Para juiz federal, policiais militares têm direito à greve