sábado, 24 de março de 2012

Prefeito Eduardo Paes faz propaganda enganosa em Madureira


RIO - Alguns podem até dizer que o flagrante do leitor Luciano Silva tem cara de piada pronta. No entanto, se piada fosse, seria de mau gosto. Sob um outdoor em que o município anuncia a construção do Parque Madureira e divulga a frase “A Prefeitura do Rio valorizando seu bairro”, uma grande quantidade de lixo se acumula, quase fazendo desaparecer o pedaço de calçada da esquina da Estrada João Paulo com a Avenida Brasil, em Barros Filho, na Zona Norte do Rio.

“Aí vai uma foto que fiz questão de registrar. Chega a ser irônico o descaso dos governantes para com a cidade, e ainda gastam dinheiro público com uma propaganda enganosa. O lixo e a falta de calçamento no local obrigam os pedestres a passar pela rua. Seria mais importante, útil e econômica a recuperação do local do que a colocação do outdoor”, sugere Silva ao Eu-Repórter.

Matéria originalmente publicada no Globo Online

Mesmo descrente, deputada Janira Rocha quer 'Ficha Limpa' para licitações no Rio

RABO PRESO: Aliados do governo não têm interesse em investigar empresas suspeitas. Por que será?

Jornal do Brasil

RIO - A deputada estadual Janira Rocha (PSOL-RJ) propôs, na última quarta-feira (21/03), um projeto de lei que proíbe empresas que respondam a processos criminais de participarem de licitações no Rio de Janeiro. A proposta é fruto das denúncias do último domingo, quando a "Rede Globo" exibiu um vídeo no qual donos de empresas contratadas pelo governo do estado revelavam esquemas de propina para garantir a vitória nas licitações.

No entanto, a própria parlamentar não crê que o projeto será aprovado. Com ampla maioria governista, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) dificilmente compraria uma briga que poderia respingar na gestão do governador Sérgio Cabral (PMDB). A CPI para investigar o escândalo nas licitações, pedida pelo deputado Paulo Ramos (PDT), também não deve vingar.

"Esse projeto de lei é um teste para a Assembleia e vai mostrar o que todos já sabem: que a Casa não tem interesse em matérias que possam prejudicar o governo, que ela não é independente. Isso só acontece quando há uma enorme pressão popular, como foi no caso dos bombeiros, no ano passado", lembra a parlamentar, que teve vários de seus projetos perdidos no limbo das comissões permanentes da Alerj. "Nunca aprovaram nada a favor dos bombeiros. A população protestou, cobrou e veio na porta da Alerj e todos passaram a apoiá-los. É assim que funciona".

Se aprovado, o projeto de lei impediria que Locanty, Toesa e Rufolo participassem de licitações, já que todas têm "Ficha Suja".

"A Rufolo é acusada pelo TCU de superfaturar um contrato de lavagem de roupas de hospital. Enfim, um verdadeiro absurdo! O que eu quero dizer é que não é novidade nem pra Eduardo Paes nem pro Cabral que essas empresas são criminosas", atacou a deputada Clarissa Garotinho (PR), em discurso.

A Locanty, por exemplo, já poderia ter sido excluída do cadastro de licitações. No ano passado, 19 funcionários da empresa foram presos acusados de participar de uma fraude na liberação de carros rebocados em depósitos da prefeitura.

Já a Toesa foi denunciada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por conta da deficiência na prestação de serviços para a rede municipal de saúde. A empresa também é acusada de ter fraudado uma licitação para seguir na manutenção dos veículos de combate à dengue.

"É algo que todos nós já sabíamos. Estou na Alerj há poucos mais de um ano e já tinha escutado denúncias contra todas essas empresas. A "Rede Globo" apenas requentou o que todos sabiam, mas ganhou grande repercussão por aparecer no horário nobre", lembrou Janira, que é contra a participação da iniciativa privada em algumas áreas da administração pública. "A iniciativa privada deveria ser apenas um complemento. Hoje, na saúde pública, as empresas até administram hospitais. E é a partir delas que surgem as fraudes".

Matéria originalmente publicada no Jornal do Brasil

Deputada Janira Rocha diz que Sérgio Cabral não é 'macho' no combate à corrupção


Extra Online - Coluna Berenice Seara

A FARSA DA PACIFICAÇÃO: Traficantes do Comando Vermelho invadem parte da Rocinha

A imprensa do Rio de Janeiro está sendo conivente com o governo Sérgio Cabral, está vendida e escondendo a verdade. Isso é um absurdo, para saber o que acontece aqui é preciso ler um jornal de outro Estado. 


Matéria originalmente publicada na Folha de São Paulo

Secretário ALMOFADINHA Julio Lopes anda de trem só para tirar fotos

O secretário de Transportes Julio Lopes viveu uma experiência inédita para milhares de passageiros da SuperVia: andou num trem limpo, seguro e confortável. Era a inauguração da primeira composição importada da China. 


Capa do jornal Extra

Deputados do Rio querem anistiar policiais militares e bombeiros expulsos ilegalmente por Sérgio Cabral


RIO - Um grupo de deputados estaduais do Rio de Janeiro vai apresentar um projeto de lei para anistiar os policias militares e bombeiros expulsos após participarem do movimento reivindicatório do último mês de fevereiro.

Ao todo, já foram expulsos 12 policiais militares e 13 bombeiros.

Expulsão seria ilegal


De acordo com o deputado Paulo Ramos (PDT-RJ), autor da proposta, a expulsão dos agentes de segurança só poderia ser decidida na Justiça:

"O Regimento Interno da Polícia Militar prevê que policias só podem ser expulsos por decisão judicial, e não por atos administrativos, como ocorreu", explica o parlamentar, que também foi major da Polícia Militar.

Ainda segundo Ramos, a atitude foi uma determinação direta do governador, apenas cumprida pelas corporações:

"Os comandantes da PM e dos Bombeiros agiram sob o comando do governador Sergio Cabral. E eu me sinto na obrigação de entrar com um projeto para anistiaresse profissionais. Eu sempre me posiciono contra a exclusão dos PMs e Bombeiros que participam de movimentos reivindicatórios", acrescenta.

O também deputado Luiz Paulo (PSDB-RJ) afirma que havia solicitado uma postura diferente do governo do estado:

"Eu já tinha pedido à presidência da Câmara que levasse ao governador SergioCabral um apelo para perdoar esses profissionais, seria um grande gesto da parte dele. Como não tivemos nenhuma resposta, está claro que está na hora de apresentar um projeto nesse sentido", lembra.

Governista também é contra a expulsão

O presidente da Comissão de Segurança Pública da Alerj, Zaqueu Teixeira (PT-RJ), membro da base governista, é mais um a fazer coro pela anistia dos agentes de segurança.

"O regulamento da PM e dos Bombeiros tem vários tipos de punição pro que aconteceu. A gente pede ao governador que reveja essa punição e readmita os policiais e bombeiros".

Coluna do jornal do Brasil

24 HORAS: Governo Sérgio Cabral oficializa o "bico Jack Bauer" para 300 policiais militares

Em vez de pagar um salário digno aos PMs, governador do Rio obriga o servidor a trabalhar 24 horas sem direito a folga se quiser ganhar um pouco mais.


RIO - A partir de abril, 300 policiais militares passarão a trabalhar, no horário de folga, na SuperVia, concessionária que administra a malha ferroivária do Rio, através do Programa Estadual de Integração da Segurança (Proeis). Os PMs vão atuar em 700 turnos mensais. O policial inserido no programa pode ganhar até R$ 2.100 a mais, caso trabalhe os 12 turnos de oito horas mensais permitidos. Convênios com o Metrô Rio, Cedae, Inea (Instituto Estadual do Ambiente), Light e prefeitura de Macaé também serão implantados.

Atualmente, 1.220 PMs trabalham na segurança da prefeitura do Rio de Janeiro e mais 494 atuam na prefeitura de Queimados, na baixada Fluminense. O policial que entra para o Proeis trabalha em seus dias de folga, com direitos garantidos e carga horária que não compromete o trabalho no batalhão onde é lotado.

Para o gestor do Proeis, coronel Odair de Almeida Lopes Júnior, a inclusão de policiais em ações de ordem pública, por exemplo, é um meio eficaz de redução da criminalidade e de aumento da sensação de segurança.– O PM de folga estará em uma atividade legal e com uma gratificação melhor do que em serviços não autorizados. A população verá um policial fardado e equipado pela corporação para atuar ali – explicou.


Policial deve atender a requisitos para ingressar no programa

Para integrar o Proeis, o PM tem que ter sido submetido e aprovado, para o respectivo período, no TAM (Teste de Avaliação Médica) e no TAF (Teste de Aptidão Física), conforme as normas em vigor na corporação. Ele também deve ter concluído o curso de formação ou aperfeiçoamento exigível para o exercício das funções relacionadas aos seus círculos hierárquicos; estar lotado e emefetivo exercício na PM; se for praça, ter, no mínimo, a chancela de "bom comportamento" em sua ficha; não estar respondendo a processos ou sindicâncias administrativas e estar na condição de “apto categoria A”.


A DITADURA CABRAL: Governo Sérgio Cabral expulsa 11 Policiais Militares que participaram da greve

Mesmo recebendo o pior salário do Brasil, servidores públicos do Rio de Janeiro foram expulsos por reivindicar remunerações mais justas.


Matéria originalmente publicada na Folha de São Paulo

DEBOCHE: Senador Ivo Cassol diz que ganha pouco, e 15º salário não é irregular

Com salário de R$ 26,7 mil mensais, senadores brasileiros ganham mais do que britânicos, canadenses e recebem quase o dobro dos argentinos. Além do salário equivalente a mais de 42 salários mínimos, recebem outros benefícios, como auxílio moradia de 3,8 mil reais mensais, auxilio médico sem limite de valor anual, auxílio psicológico e odontológico de até 25,9 mil reais anuais.


Matéria originalmente publicada na Folha de São Paulo

sexta-feira, 23 de março de 2012

Empresa corrupta Rufollo acusada de fraudar licitações afasta funcionários, mas e o dono que também foi flagrado?

O Brasil não é um país sério. Isso mostra que não adianta nada afastar peixe pequeno (pau mandado), a ROUBALHEIRA está no DNA dos empresários picaretas, os tubarões. Vale ressaltar que os gestores públicos que se deixam corromper também são igualmente BANDIDOS!!!


RIO - O grupo Rufollo, uma das quatro empresas acusadas de participar de um esquema de fraude de licitações no Rio, afirmou nesta quarta-feira que já afastou os funcionários que apareceram na reportagem do “Fantástico”, da TV Globo, oferecendo propinas para obter contratos com o hospital infantil da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em nota, a Rufollo afirma que a medida foi tomada até que "todos os fatos sejam completamente esclarecidos".

"A empresa aproveita para afirmar que desconhece as circunstâncias das reuniões convocadas com a ajuda diretor do hospital de pediatria da UFRJ, mostradas na matéria. Ressalta, ainda, que, em seus 40 anos de atividade, sempre zelou pela absoluta transparência e lisura de todos os processos e concorrências das quais participou", diz trecho da nota.

Embora a nota oficial não cite nomes, a funcionária da empresa que aparece na gravação é Renata Cavas. Além dela, também está nas gravações o dono do grupo, Rufolo Villar.

Matéria originalmente publicada no Globo Online

COVIL DE BANDIDOS: Deputados Estaduais do Rio deram medalha para empresa corrupta Toesa

Cadê o Ministério Público?


RIO - O empresário David Gomes da Silva, um dos sócios da Toesa Service,recebeu duas homenagens na Alerj. Mas essa situação pode mudar. Ele aparece nas gravações do "Fantástico" explicando as delicadas relações de proteção entre quem dá e quem recebe a propina:

— Uma das coisas que eu passo pros (sic) meus filhos: eu protejo meu contratante, e o contratante me protege.

Matéria originalmente publicada no Globo Online

ANTRO DE LADRÕES: Câmara de Vereadores do Rio firmou dois contratos de limpeza com empresa corrupta Locanty


RIO - A Locanty, responsável pela limpeza da Câmara de Vereadores, pode ter recebido duas vezes pelo mesmo serviço. Ao pedir informações sobre a concorrência que escolheu a empresa, a vereadora Teresa Bergher (PSDB) descobriu que a Locanty ganhou a licitação de quase R$ 4,7 milhões, ocorrida em 2007, e que ainda está em vigor. Mas, como uma pendência judicial impedia a assinatura imediata do contrato, a Câmara contratou a Locanty emergencialmente entre os meses de junho e dezembro de 2007, por R$ 2,9 milhões. Em outubro do mesmo ano, porém, ela assinou o contrato da licitação. Ou seja, nos meses de outubro, novembro e dezembro daquele ano, a Locanty, pode ter recebido duas vezes, em contratos diferentes, para realizar a limpeza da Casa.

No requerimento de informações, a vereadora não identificou o cancelamento do contrato emergencial. Por desconfiar que pode ter havido sobreposição dos contratos, ela vai pedir mais esclarecimentos à Mesa Diretora.

Teresa também questiona o valor do contrato emergencial. Por seis meses, a Locanty recebeu R$ 2,9 milhões, o que dá R$ 483 mil mensais. Pela licitação, o valor mensal era de R$ 398 mil.

— A Câmara ainda tem contrato com a Locanty, que vence no fim do mês. O presidente Jorge Felippe anunciou que não vai renová-lo. Mas vai fazer o quê? Outro contrato de emergência? Está provado que eles têm valores muito mais altos — diz Teresa.

Matéria originalmente publicada no Globo Online

quinta-feira, 22 de março de 2012

Empresa corrupta denunciada pelo "Fantástico" presta serviço à Globo

E aí, Organizações Globo!? Foram 10, 15 ou 20 na ética de mercado de vocês?!?


Coluna F5 da Folha.com

PERSEGUIÇÃO POLÍTICA: Deputada Cidinha Campos, puxa-saco de Sérgio Cabral, pede cassação de Janira Rocha

Isso é muito sério, na Alerj quem faz oposição ao governo do Rio está sendo exterminado 


Jornal Extra - Coluna Berenice Seara

MÁFIA: ALERJ realiza operação ABAFA e não investigará escândalo de corrupção na saúde em hospital federal

RABO PRESO: O PMDB, partido do governador Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes, recebeu R$ 1,7 milhão da Locanty


Jornal Extra - Coluna Berenice Seara

quarta-feira, 21 de março de 2012

MÁFIA: Relação entre a Locanty, Sérgio Cabral e Eduardo Paes pode dificultar abertura de CPI

Empresa Locanty doou R$ 3,420 milhões para vários políticos nas eleições de 2010 


O pedido de CPI feito pelo deputado Paulo Ramos (PDT-RJ) para apurar as fraudes nas licitações reveladas pela Rede Globo no último domingo tem um adversário de peso: o PMDB. O partido do governador Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes recebeu R$ 1,7 milhão da Locanty, uma das empresas denunciadas no esquema de propina que envolve a licitação de contratos públicos.

Velha conhecida

No total, a Locanty doou R$ 3,420 milhões para vários partidos nas eleições de 2010. O PSB (R$ 350 mil), o PSC (R$ 250 mil), o PCdoB (R$ 120 mil), o PPS (R$ 50 mil) e o PSDB (R$ 50 mil) também foram beneficiados pela empresa, que tem longo histórico de irregularidades.

Ficha corrida

Em 2011, a Polícia Civil prendeu uma quadrilha da Locanty que fraudava a liberação de carros rebocados em depósitos da Prefeitura do Rio adminstrados pela empresa. Na ocasião, 19 funcionários foram presos e o contrato foi cancelado. Em Duque de Caxias e em Belford Roxo, a empresa também se envolveu em irregularidades.

Coluna do Jornal do Brasil

CARTAS MARCADAS: Denúncia de corrupção em hospital federal livra a cara de Sérgio Cabral e Eduardo Paes

Deu certo, plin-plin. Governantes hipócritas do Rio saem ilesos de escândalo e cancelam contratos de empresas picaretas como se não soubessem de nada. As empresas Locanty e Toesa já possuíam histórico de ROUBALHEIRAS tanto na gestão estadual quanto na municipal.


RIO - Depois das denúncias do "Fantástico", o governo estadual e a prefeitura anunciaram na segunda-feira a suspensão dos contratos com as quatro empresas que apareceram numa reportagem do "Fantástico", da Rede Globo, oferecendo propina para ganhar supostos contratos com um hospital da UFRJ. A Locanty Soluções, a Toesa Service, a Bella Vista Refeições Industriais e a Rufolo Serviços Técnicos e Construções, nos últimos anos, figuraram com frequência nas licitações de ambos os governos, nas mais diferentes secretarias. Só o estado, de 2008 a 2012, pagou R$ 283 milhões às quatro. E a prefeitura, outros R$ 62,5 milhões, de 2008 até o ano passado.

Na segunda-feira, o governo do estado não revelou quantos contratos tem em vigor com as empresas, nem seus valores. O secretário da Casa Civil, Régis Fichtner, pediu aos secretários e presidentes de instituições estaduais que verificassem a existência de contratos com essas firmas. Em caso positivo, eles devem dar essa informação à Casa Civil.


Segundo a mensagem do secretário, a continuidade dos serviços essenciais oferecidos pelas empresas será decidida caso a caso, em comum acordo com a Secretaria da Casa Civil e a Procuradoria Geral do Estado.

No estado, só a Locanty — que na campanha eleitoral de 2010 doou mais de R$ 3,3 milhões a comitês de sete partidos políticos, a maior parte ao PMDB — recebeu R$ 181,3 milhões nos últimos cinco anos, em contratos com secretarias como as de Saúde, Segurança, Ciência e Tecnologia, Obras e Ambiente, além de instituições como o Tribunal de Justiça. Já a Bella Vista, fornecedora de alimentos, levou R$ 53,2 milhões do estado. Só da Secretaria de Administração Penitenciária(Seap) foram R$ 7,3 milhões no ano passado. Já a Toesa, entre 2008 e 2012, recebeu R$ 27,9 milhões. E a Rufolo, R$ 20,5 milhões.

— É inadmissível o que foi visto ontem na matéria (do "Fantástico"). É revoltante, é repugnante — disse o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes.

Já a prefeitura, após determinar o cancelamento imediato dos contratos, afirmou que analisará com a Procuradoria Geral do Município a melhor solução para substituí-los. Em nota, o município diz não ter mais contratos em vigor com aToesa e a Rufolo. Mas mantinha contratos em andamento com a Locanty (de R$ 6,1 milhões) e com a Bella Vista (de R$ 14,5 milhões).

No município, de 2008 a 2011, a Toesa recebeu os valores mais altos: R$ 34,9 milhões, de órgãos como CET-Rio, Riotur e Secretaria de Saúde e Defesa Civil. Já a Bella Vista recebeu da prefeitura, no mesmo período, R$ 16 milhões; a Locanty, R$ 11 milhões; e a Rufolo, R$ 163 mil.

O Tribunal de Contas do Município (TCM) vai realizar inspeções extraordinárias em todas as empresas, analisando novamente os contratos e verificando se eles estão sendo cumpridos adequadamente. Graças a uma recomendação do órgão, a prefeitura rescindiu, em 2008, um contrato com a Toesa, que, segundo o TCM, mandava ambulâncias com características diferentes das contratadas, e em menor número, a hospitais do município.

A Secretaria de Ordem Pública, que fez um contrato de R$ 36 milhões com aLocanty para aluguel de reboques, precisou suspendê-lo em 2010, após denúncia de que funcionários cobravam pela liberação de carros em depósitos da prefeitura. Contratos da Bella Vista, desde 2006, ainda estão em aberto, porque o TCMencontrou impropriedades que não foram esclarecidas.

As empresas também têm contratos com prefeituras do interior e da Baixada Fluminense.

Matéria originalmente publicada no Globo Online

LADRÕES: Empresários corruptos são flagrados fraudando licitações públicas em hospital federal no Rio

Denúncia de ROUBALHEIRA na área da saúde feita pelas empresas Toesa, Locanty, Bella Vista e Rufolo. Antes de mais nada, vale ressaltar o excelente trabalho realizado pela equipe do Fantástico. Todos nós sabemos que é notória a presença da corrupção nas esferas federal, estadual e municipal. Mas, por que a Rede Globo não fez essa reportagem em um hospital estadual ou municipal? Ficou com receio de perder o cascalho de Sérgio Cabral e Eduardo Paes? 

RIO - Empresários de quatro firmas ligadas ao setor da saúde foram flagrados oferecendo propina para ganhar contratos de um hospital público. A denúncia foi feita neste domingo pelo "Fantástico", exibido pela TV Globo. Com a ajuda do diretor do hospital de pediatria da UFRJ, o repórter Eduardo Faustini se passou pelo gestor de compras da instituição. Ao longo de dois meses, ele acompanhou negociações, contratações, licitações e compras de serviços.

O repórter convocou licitações em regime emergencial, fechadas ao público e feitas através de convites a quatro empresas que estão entre os maiores fornecedores da União: a locadora de veículos Toesa Service; a Locanty Soluções, que faz coleta de lixo; a Bella Vista Refeições Industriais; e a Rufolo Serviços Técnicos e Construções.

Empresas são investigadas por irregularidades

Três são investigadas pelo Ministério Público por diferentes irregularidades. Ainda assim, receberam juntas R$ 500 milhões em contratos feitos com verbas públicas.
— É a ética do mercado, entendeu? Se eu ganho um milhão e 300, eu dou 130 (mil). É o normal — diz Renata Cavas, gerente da Rufolo.

As negociações foram todas filmadas de três ângulos diferentes e levadas até o último momento antes da liberação do dinheiro. O "Fantástico" explicou ainda que nenhum negócio foi concretizado. De acordo com a reportagem, os representantes das empresas usam códigos no primeiro contato com o administrador, exigindo saber quem fez a recomendação dos serviços. Mas logo falam abertamente sobre a propina.
— Eu quero o serviço. Você escolhe o que quer. Faço meu preço, boto... Qual é o percentual? Dez? — pergunta Renata, antes de fechar em 20%.


Já o gerente da Locanty Soluções, Carlos Sarres, diz que até pode diminuir a margem de lucro para aumentar a propina:
— A gente abre o custo e a nossa margem, e joga o percentual que você desejar.

Propina é paga em caixas de uísque 

Sarres fala da forma como é paga a propina:
— Onde você marcar. E o troço é muito discreto. Nem parece que é dinheiro. Traz em caixa de uísque, caixa de vinho. Fica tranquilo.

O esquema é possível porque os valores das propostas são acertados previamente. E, no dia da abertura dos envelopes, as concorrentes chegam a ir ao local da apuração.
— A gente faz a mesma coisa para eles. Da mesma maneira que a gente vai pedir para eles formatarem uma proposta em cima da nossa, eles pedem para a gente fazer isso para eles — diz Sarres.

As empresas foram procuradas pelo "Fantástico". David Gomes, dono da Toesa, negou a fraude. Já os representantes das empresas Bella Vista e Rufolo não quiseram se pronunciar. A Locanty informou por e-mail que afastou temporariamente o gerente Carlos Sarres.

Matéria originalmente publicada no Globo Online

segunda-feira, 19 de março de 2012

ELEIÇÕES 2012: Depois das barcas, integração metrô-trem fica 17,85% mais cara

Capa do jornal Extra


RIO - O usuário que utiliza o metrô e o trem em passagens integradaspagará 17,85% a mais pelas duas conduções somadas a partir do próximo dia 19. Isso porque as concessionárias SuperVia e MetrôRiodecidiram suspender a "promoção" que mantinham, em conjunto, desde 2000. Não serão mais vendidos tíquetes integração. Em vez de R$ 4,20, o passageiro que usar os dois transportes seguidamente, em seus itinerários, pagará o valor cobrado no Bilhete Único estadual: R$ 4,95. Todos os dias, são vendidas 70 mil deslocamentos integrando as duas conduções.

Entre os motivos alegados pelo MetrôRio, está o fato de haver "vulnerabilidade" no sistema de venda de tíquetes de papel no modelo integração. A empresa não explicou que vulnerabilidade seria essa. Entretanto, a tarifa — atualmente de R$ 4,20 — do bilhete criado em 2000 para combater o crescimento dos ônibus na preferência dos usuários também vale em cartões magnéticos doRioCard. Já a SuperVia informou que a adoção do Bilhete Único vai facilitar a obtenção de informações sobre os hábitos dos clientes.

Para um passageiro que usa, duas vezes por dia, o bilhete integração, o custo a mais é considerável. Em 22 dias úteis, os gastos de um trabalhador autônomo com transporte aumentam R$ 33 mensalmente.

VAGABUNDOS: Vereadores do Rio levaram 30 dias para fazer a primeira sessão do ano

Capa do jornal Extra


RIO - No calendário normal, 2012 começou há exatos 76 dias. No Palácio Pedro Ernesto, apesar de suas excelências terem retornado ao trabalho no dia 15 de fevereiro, após 49 dias de férias, o ano só começou mesmo ontem. A gazeta foi noticiada ontem pela coluna "Extra, Extra!".

Depois de um mês sem votar um projeto, a maioria dos 51 vereadores, pela primeira vez este ano, deu o ar de sua graça no plenário e deliberou sobre 34 matérias. Nos últimos 30 dias, as sessões chegaram a ser abertas, mas as propostas não puderam ser votadas, porque nunca havia a quantidade mínima de 26 parlamentares presentes.

O salário dos vereadores subiu de R$ 9.288 para R$ 15 mil em abril de 2011 — o reajuste de 61,8% é questionado na Justiça. Eles ainda recebem outros R$ 15 mil por ano do chamado auxílio-paletó. E têm direito a mil litros de combustível e quatro mil selos ao mês. Cada vereador custa R$ 6 milhões ao ano.

Mesmo assim, segundo o presidente da Casa, Jorge Felippe (PMDB), os parlamentares precisam de algo mais para ir ao plenário.

— Se a pauta não atrai o interesse do vereador, você tem dificuldade para despertar a atenção — resumiu.

Matéria originalmente publicada no Extra Online

SURURU NA ZONA: Alerj vai gastar R$ 2,9 milhões do povo em novos carros para deputados


RIO - O mais exclusivo da linha Fluence, com rodas de liga leve de 17 polegadas, piloto automático, motor 2.0, 16 válvulas, bancos de couro. É assim que a Renaultanuncia o modelo escolhido pelos deputados do Rio para substituir os "antigos" carros da Assembleia Legislativa (Alerj). A Mesa Diretora da Casa decidiu padronizar a frota e, com isso, saem de cena os Boras — comprados em 2007 — para entrar na garagem do Legislativo o Fluence Privilège, cujo preço oscila em torno de R$ 76 mil. Estima-se uma despesa de até R$ 2,9 milhões com a compra, que deve acontecer ainda no primeiro semestre deste ano, após licitação.

A notícia sobre a substituição dos veículos na Alerj foi revelada pela coluna de Ancelmo Gois no GLOBO. Nesta quinta-feira, novos detalhes sobre a aquisição foram esclarecidos. A presidência da Alerj explicou que uma análise técnica foi solicitada para que se encontrasse um veículo que estivesse no mesmo nível do Bora da Volkwagen, que saiu de linha, mas que não fosse tão caro quanto o Jetta, que chegou a ser cogitado pelos vereadores do Rio há um ano, mas acabou abandonado após uma polêmica sobre os gastos.

O estudo técnico para a padronização da frota que embasou a escolha do Fluence Privilège não foi divulgado. A responsabilidade foi entregue ao deputado Samuel Malafaia (PSD), da bancada evangélica, escolhido por ser engenheiro mecânico.Malafaia, que é da Assembleia de Deus, divulga em sua página que é formado pela Uerj, com especialização em tecnologias e sistemas de proteção ambiental. Ontem, ele não foi localizado e, segundo assessores, o estudo só poderia ser apresentado com a autorização dele. O presidente da Alerj, deputado Paulo Melo (PMDB), deu as informações, por meio de sua assessoria, mas não foi encontrado para falar sobre o assunto.

Já existe uma discussão sobre o que será feito com a antiga frota — que tanto podem ir a leilão quanto ser doada para prefeituras ou entidades de utilidade pública. Outra incógnita é sobre como será a distribuição dos veículos, já que o primeiro lote atende apenas à metade dos parlamentares. Nos bastidores já se fala que os carros novos vão deflagrar uma disputa entre os deputados. Assim como os veículos usados atualmente, eles não serão blindados.

De acordo com nota da Alerj, a escolha recaiu sobre o Fluence em razão da relação custo/benefício. Foram considerados itens como custo de manutenção, espaço interno, garantia e preço. Este último item, a propósito, pode variar para cima se os parlamentares optarem por exemplo por acessórios, como o "packpremium" ofertado pela concessionária. Ele prevê faróis de xénon e teto solarelétrico, com segurança extra: sistema anti-esganamento. Custa mais R$ 4.100. Se optarem pelo modelo sem esse pacote, a despesa, hoje, segundo os cálculos da própria Renault, ficariam em R$ 2,6 milhões. Já com "pack premium" chegaria a quase R$ 2,8 milhões, mais perto do valor total da concorrência.

ABSURDO: Sérgio Cabral cortará gratificação de policiais e bombeiros aposentados

Capa do jornal O DIA


Rio - Boa parte de 3 mil bombeiros aposentados e pensionistas que haviam conseguido receber na aposentadoria o limite do valor de gratificação que compensa o permanente desgaste físico e psíquico provocado pela elevada tensão emocional inerente à profissão (Gret) começa a sentir no bolso os efeitos de auditoria feita pelo Rio Previdência em seus vencimentos.

Eles terão os benefícios ajustados de acordo com a Lei 279/79, que trata a remuneração de policiais militares e bombeiros. Os próximos serão os PMs aposentados. A perda pode chegar a R$ 600.

ZONA TOTAL: Sérgio Cabral viola a lei e isenta Barcas S/A de pagar ICMS


A cumplicidade das Organizações Globo com o Governo do Rio é tão escancarada, que agora o jornalismo da emissora prateada (jornal O Globo, Globo.com, jornal Extra e Extra Online) resolveu explanar algumas das sujeiras escondidas para fazer média com a opinião pública e não sofrer mais represálias, como as de Copacabana que aconteceram durante a manifestação de bombeiros militares, onde a mesma foi hostilizada e expulsa aos gritos de: "FORA GLOBO". Clique aqui e assista ao vídeo.


RIO - O Ministério Público quer o fim da isenção total do ICMS a concessionária Barcas S/A. A Ação Civil Pública, com pedido de liminar, ajuizada pelo órgão, pede a suspensão do decreto estadual que concedeu a isenção fiscal em março do ano passado. O MP quer apurar uma possível ilegalidade no benefício concedido. A concessionária teria feito o pedido em 2010, alegando que a medida “favoreceria a modicidade da tarifa” e possibilitaria “o reinvestimento do excedente econômicodisponível na melhoria do transporte aquaviário, em prol do interesse público”.

Segundo o MP, a procuradoria do Estado teria opinado pelo indeferimento do benefício por falta de respaldo legal, mas o governo teria concedido a isenção do mesmo jeito. Ainda segundo o órgão, houve violação à Lei de Responsabilidade Fiscal, além de violação ao contrato de concessão, pois o tributo cuja base de cálculo foi integralmente reduzida compõe a fórmula que dá origem ao valor da tarifa.

“Cabe acentuar que o benefício concedido pelo Estado contemplou um dos piores serviços prestados à população do Rio de Janeiro, um serviço marcado pelaineficiência e pela insegurança, não obstante o elevado custo da tarifa cobrada (R$ 4,50 atualmente). Em suma, não resta dúvida acerca da ilegalidade do benefício tributário concedido pelo Estado do Rio de Janeiro em favor da segunda demandada, o que deve ser corrigido prontamente pelo Poder Judiciário”, afirmou em nota o promotor Rogério Pacheco Alves, responsável pela ação.

Governador Sérgio Cabral comete genocídio contra policiais e bombeiros aposentados


Coluna do jornal O Dia

A DITADURA CABRAL: Cabo Daciolo e mais 12 bombeiros grevistas são expulsos da corporação

Gravações fornecidas pelo governo da Bahia com exclusividade à Rede Globo e editadas pelo Jornal Nacional são as únicas provas contra o líder do movimento grevista no Rio. As quais Daciolo não incita a violência como faz o líder grevista na Bahia, e sim tenta mobilizar bombeiros de outros Estados. Me parece que esta foi mais uma manipulação maquiavélica das Organizações Globo com o intuito de favorecer o governador do Rio, Sérgio Cabral. Por que este material público foi entregue apenas para a Vênus Prateada e só depois de ter sido veiculado foi distribuído para as demais emissoras? Que relação é essa entre o Estado e a Globo?

O Dia Online


RIO - Treze bombeiros que participaram do movimento grevista desde o ano passado, quando houve a invasão do quartel-general, no Centro, foram expulsos da corporação. No grupo, está o cabo Benevenuto Daciolo Fonseca dos Santos, considerado um dos líderes. Ele foi flagrado em escutas telefônicas articulando uma paralisação nacional dos servidores de segurança pública durante o Carnaval.

A decisão do Conselho de Disciplina ao qual eles foram submetidos foi publicada nesta segunda no Boletim Interno do o Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro.

Os militares foram considerados ‘culpados por articulação em manifestações decaráter político-partidário, nas quais incitaram ostensivamente a tropa à prática de ilícitos de natureza disciplinar e penal militar, além da adoção de conduta incompatível com a missão de bombeiro-militar’, diz a decisão.
Além de Daciolo, foram expulsos os cabos Alexandre Salvador de Azevedo, Paulo Roberto Noronha dos Santos Junior, Andrei Carlos Azevedo dos Santos eAdhemar de Queiroz Balthar Junior.

Os outros excluídos: terceiros-sargentos Heraldo Correia Vieira, Alexandre Gomes Matias, Wallace Rodrigues Chaves, Harrua Leal Ayres, André Manoel Pontes Matos; os segundo-sargentos Daniel Alves dos Santos, Paulo Edson de Campos do Nascimento, e o subtenente Valdelei Duarte. A defesa dos militares disse que vai recorrer.

“Incrivelmente, eu e a família do meu cliente fomos informados da decisão pela imprensa. Tomaremos as medidas necessárias e entraremos com recursos”, disse a advogada de Benevenuto Daciolo, Grace Martins."


Confira abaixo a lista dos bombeiros expulsos:

1 - CB BM Alexandre Salvador de Azevedo
2 - CB BM Paulo Roberto Noronha dos Santos Junior
3 - CB BM Andrei Carlos Azevedo dos Santos
4 - CB BM Adhemar de Queiroz Balthar Junior
5 – CB BM Benevenuto Daciolo Fonseca dos Santos
6 - 3º SGT BM Heraldo Correia Vieira
7 - 3º SGT BM Alexandre Gomes Matias
8 – 3o SGT BM Wallace Rodrigues Chaves
9 - 3º SGT BM Harrua Leal Ayres
10 - 3o SGT BM André Manoel Pontes Matos
11 - 2º SGT BM Daniel Alves dos Santos
12 - 2º SGT BM Paulo Edson de Campos do Nascimento
13 - Subtenente BM Valdelei Duarte

Matéria originalmente publicada no jornal O Dia Online

A DITADURA CABRAL: Depois da greve, "governador" do Rio faz um ano de transferências no Bope em um só dia


RIO - Em um único dia de transferências de policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) para outras unidades, a Polícia Militar atingiu a mesma quantidade de remanejamentos feitos durante todo o ano de 2011. As saídas em massa ocorreram em 6 de março, quando foram publicados no boletim interno da PM os nomes de 32 caveiras — 22 deles transferidos para batalhões no interior, a até 300 quilômetros da capital.

O aumento sistemático de transferências ocorreu entre 14 de fevereiro e a última quinta-feira. Nesse intervalo, 69 policiais com cursos em ações de combate, tiro de precisão e resgate de reféns deixaram a tropa de elite para trabalhar em batalhões comuns.

As saídas se intensificaram cinco dias após a manifestação na Cinelândia, no Centro do Rio, que deu início à greve das polícias. Na ocasião, a equipe Bravo foi chamada pelo comando-geral da PM para reprimir a manifestação. Mas os caveiras se negaram a cumprir a ordem. De lá para cá, os policiais que estavam de plantão começaram a deixar o Bope.

Mudanças para longe

A equipe Bravo começou a ser dizimada. E os seus integrantes, mandados para batalhões distantes. É a chamada "punição geográfica", feita com transferências distantes como forma de penalizar servidores que participam de movimentos favoráveis a greves. Em 2011, todos os policiais que deixaram o Bope se dividiram entre batalhões na região metropolitana e unidades administrativas. Apenas dois foram para a Baixada.

Este ano, do total de transferidos após a greve, 38 foram obrigados a deixar o Rio. Dezesseis foram para batalhões na Baixada e dois foram para o 35º BPM (Itaboraí). No boletim de 6 de março, 22 policiais foram remanejados para batalhões distantes, como o 8º BPM (Campos dos Goytacazes) e o 32º BPM (Macaé). Sem a gratificação de R$ 1,5 mil paga a PMs do Bope, alguns transferidos foram obrigados a dividir os gastos com gasolina, para economizar em passagens de ônibus.

— Se não fizermos isso, vamos trabalhar apenas para pagar passagem — disse um policial, que não se identificou.

Com 69 transferências em apenas 30 dias, registradas até a última quinta-feira, foram mais de dois policiais do Bope remanejados por dia no período. Por dia, a média é mais de 25 vezes maior frente ao ano passado. As transferências repentinas deixaram um buraco na tropa, composta por cerca de 400 homens, de acordo com o site da PM. Com as transferências, o Bope perdeu 17,25% do efetivo.

Matéria originalmente publicada no Extra Online

A DITADURA CABRAL: “Caveiras” que pararam em greve são banidos do Bope até o fim da carreira


RIO - A PM afastou do Bope, até o fim da carreira, os 51 integrantes de sua Companhia Bravo, por terem se rebelado e se recusado a cumprir ordem de ir ao Quartel-General, aderindo à paralisação dos policiais militares, em 10 de fevereiro. A Bravo é uma das quatro companhias operacionais da unidade de elite da corporação, que atualmente tem cerca de 400 homens.

Foi considerada grave quebra de confiança, porque o policial do Bope não pode ser recusar a cumprir missão. Daí o castigo de nunca mais poder ser da unidade de Operações Especiais, considerado o pior possivel, aos olhos dos "caveiras".

Todos os policiais transferidos do Bope vão perder a gratificação da unidade, de R$ 1.500 e – o pior, na opinião dos “caveiras” – ficarão fora do Bope até o fim da carreira, como exemplo para a tropa. O afastamento eterno da unidade de operações especiais - uma espécie de "irmandade", com seus códigos próprios e camaradagem - é visto como um exílio dentro da corporação.

O Bope e o Choque são as tropas de reserva do Comando-Geral da PM e, portanto, consideradas unidades de confiança da chefia. A recusa à ordem de se apresentar ao QG, foi considerada pela PM um ato deinsubordinação, daí a punição dura.

Como o Bope é referência para os policiais, qualquer ação de seus membros tem grande repercussão sobre os colegas. A intenção é que a sanção sirva como exemplo para todos os policiais e para os oficiais jovens, a fim de desencorajar novas ações grevistas.

A determinação foi passada à equipe de plantão pelo comando da unidade, na noite em que PMs e bombeiros estavam reunidos na Cinelândia para declarar greve, que se iniciaria à meia-noite. A companhia se recusou a sair do quartel, em Laranjeiras.

De acordo com os policiais, eles não concordavam em reprimir os colegas de farda, pleiteando aumento salarial. Eles justificam que queriam evitar afrontar os outros PMs e parecer estar contra eles e provocar, talvez, confusão.

Duas horas de discussões em tom duro, gritos e ameaças de punição

Foram necessárias duas horas de discussões intensas no batalhão entre os oficiais do comando da unidade e a companhia Bravo, em tom duro, com gritos de lado a lado e ameaças de punição até que a equipe aceitasse sair e ir até o QG.

Perder uma equipe experiente, cortando na própria carne, está sendo traumático para o Bope. Os PMs afastados tinham anos de Bope e estiveram envolvidos em praticamente todas as grandes ações da unidade de elite. A ideia da PM é que “ninguém é insubstituível”.

Matéria originalmente publicada no Último Segundo