sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Em 4 anos, candidatos ficaram 1.100% mais ricos

Média de aumento foi de aproximadamente 95% no patrimônio líquido de quem disputa o governo do Estado em todo o Brasil. O patrimônio do senador Eunício Oliveira (PMDB), candidato ao governo do Ceará, foi o que mais cresceu: saiu de R$ 36 milhões em 2010 para R$ 99 milhões. (Último Segundo)

Imagem: Reprodução / Último Segundo

— Os inimigos reais da sociedade brasileira estão dentro do aparato do Estado. São os políticos, os partidos, os governantes e os setores que eles tomaram pra si. São os privilégios que têm e seus interesses preservados dentro do Estado pelas máfias político-partidárias, que tomaram este mesmo Estado, há décadas. Todos estão milionários, essas figuras, passaram a vida no setor público e construíram fortunas impressionantes. No Brasil inteiro temos exemplos assim.

O Estado brasileiro na visão dos políticos e dos partidos, aos quais estão filiados, não representa um instrumento para ajudar a sociedade a se organizar e trilhar um caminho de prosperidade, nunca foi. Para os partidos e para as máfias políticas, o Estado brasileiro representa apenas um duto de dinheiro. Eles não querem o poder porque o poder permite alterar a realidade e conduzir o Estado numa direção diferente, não. Eles nunca quiseram isso. Pergunto a você, ilustre contribuinte, o seguinte: Em que direção a canalhada política conduz o Estado brasileiro, independentemente, dos partidos que integrem? Em nenhuma. O jogo deles é a mera gestão do cotidiano. É a mesma porcaria.

É só olhar o que mudou nas últimas 20 eleições no Brasil. O que mudou? Diminuiu a corrupção e a violência? Melhorou a educação e a saúde? Claro, que não! O país viveu 10 anos de absoluta prosperidade na economia. O mundo viveu até 2008 uma década de abundância total. Em contrapartida, a população vive numa situação avassaladora de indigência e miséria. É só chover pra gente ver! É só entrar no hospital público pra gente ver! Cadê o médico? Cadê o remédio? Cadê a vaga na escola? Cadê o material escolar? É isso. O país não mudou como deveria ter mudado. Em 20,30 ou 40 anos melhoramos o quanto e o que? Está de bom tamanho? Claro, que não está!

A única forma de alterar essa realidade, no Brasil, não é depositando 100% das esperanças no voto que exercemos a cada 2 anos. Isto porque, as máfias político-partidárias se apropriaram do processo político-eleitoral no país, fazendo das eleições apenas momentos para legitimarem a sua sobrevivência e a sua permanência no poder. A única forma de alterarmos essa realidade, é com o crescimento, o adensamento e a radicalização do movimento popular nas ruas. Só ele os fará mudar. Notem, não se trata de um ataque à instituição, à democracia e ao princípio da representação parlamentar. Muito menos de um discurso anarquista. Trata-se de um discurso aplicado à realidade brasileira.

É preciso fazer uma quebra na lógica e no ritmo com que as coisas acontecem no Brasil. E essa ruptura só vai acontecer se o povo for às ruas como foi em junho e julho de 2013. O movimento popular precisa radicalizar, sim. E o seu alvo tem que ser o Estado e seus agentes. Por isso, defendo a invasão da Câmara de Vereadores, da Assembléia Legislativa e do Congresso Nacional. Enfim, defendo a tentativa de invasão ordeira de qualquer palácio pelo movimento popular, porque entendo que isso é legítimo e faz parte do jogo democrático.

Diagnóstico de câncer demora até 18 meses na rede pública de saúde

Mais de 70% dos casos de câncer de mama no Brasil são diagnosticados tardiamente, reduzindo as chances de cura de 95% para 30%. Quando descobriu um caroço na mama direita, Maria Neide Aquino, de 51 anos, procurou um posto de saúde montado por um candidato em ano de eleição, na Ilha do Governador. "O médico disse que eu estava arrumando ideia, que eu não tinha nada. Mas o caroço continuava crescendo e, em fevereiro de 2012, fui ao Posto do Zumbi. Não me atenderam, porque na área em que moro tem a Clínica da Família Assis Valente. Mas lá não tinha médico, conta Neide. (Extra Online)

Imagem: Reprodução / Extra Online

— É ou não é um Estado vândalo? É ou não é um Estado que mata? Esse é um caso emblemático do que é o Estado brasileiro no trato e na relação com a sociedade. Ele e os políticos são os grandes inimigos da população, sonegando a nós contribuintes saúde, educação, segurança e tantos outros itens que, no final das contas, produzem sofrimento, dor e muita morte. Notem, não procuro criticar, especificamente, um político que controle aquele órgão ou aquela área de poder. O que estou criticando, única e exclusivamente, é a ausência ou a má qualidade do serviço público prestado.

Não se trata apenas de não dar serviços na qualidade que deveria dar. Trata-se, também, da capacidade do Estado de sangrar a sociedade, pelo excesso de impostos cobrados, para sustentar suas mordomias, seus privilégios e prestar um serviço de quinta categoria à população. Vejam, não sou contra o Estado. Acho fundamental que se tenha um Estado forte, presente, dono de tudo e que cuide de tudo melhor do que qualquer outro gestor privado, porque ele é nosso representante e nos pertence. Seria ótimo que o Estado tivesse em suas mãos todas as escolas, os hospitais, as estradas, os transportes, a segurança, as refinarias, a exploração do petróleo etc e tal. Em tese, seria tudo mais barato, mais ágil e mais eficaz pra nós.

Mas você sabe porque isso não acontece? Porque tudo que vai pra mão do Estado passa a ser só dele. Deixa de ser algo da sociedade e se torna algo do esquema dele. Ou seja, vira moeda de troca no esquema do deputado, do vereador, do senador, do prefeito, do governador e do(a) presidente. É do aparato estatal que brotam, aos milhões, os recursos públicos que servem para alimentar essas máfias. No Brasil inteiro temos exemplos assim. 

O Estado brasileiro na visão dos políticos e dos partidos, aos quais estão filiados, não representa um instrumento para ajudar a sociedade a se organizar e trilhar um caminho de prosperidade, nunca foi. Para os partidos e para as máfias políticas, o Estado brasileiro representa apenas um duto de dinheiro. Eles não querem o poder porque o poder permite alterar a realidade e conduzir o Estado numa direção diferente, não. Eles nunca quiseram isso. Pergunto a você, ilustre contribuinte, o seguinte: Em que direção a canalhada política conduz o Estado brasileiro, independentemente, dos partidos que integrem? Em nenhuma. Eles querem apenas permanecer no poder através das eleições. O jogo deles é a mera gestão do cotidiano. É a mesma porcaria.

A única forma de alterar essa realidade, no Brasil, não é depositando 100% das esperanças no voto que exercemos a cada 2 anos. Isto porque, as máfias político-partidárias se apropriaram do processo político-eleitoral no país, fazendo das eleições apenas momentos para legitimarem a sua sobrevivência e a sua permanência no poder. A única forma de alterarmos essa realidade, é com o crescimento, o adensamento e a radicalização do movimento popular nas ruas. Só ele os fará mudar. Notem, não se trata de um ataque à instituição, à democracia e ao princípio da representação parlamentar. Trata-se de um discurso aplicado à realidade brasileira.

É preciso fazer uma quebra na lógica e no ritmo com que as coisas acontecem no Brasil. E essa ruptura só vai acontecer se o povo for às ruas como foi em junho e julho de 2013. A pressão sobre os governantes tem que aumentar, não tem que diminuir ou ser esvaziada. Para isso, é preciso isolar quem tem a violência como único método na ação política e, ao mesmo tempo, estimular a população para que aumente a pressão sobre os governantes. O movimento popular precisa radicalizar, sim. E o seu alvo tem que ser o Estado e seus agentes. Por isso, defendo a invasão da Câmara de Vereadores, da Assembléia Legislativa e do Congresso Nacional. Enfim, defendo a tentativa de invasão ordeira de qualquer palácio pelo movimento popular, porque entendo que isso é legítimo e faz parte do jogo democrático.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Candidatos ao governo de MS declaram ao TSE R$ 44,3 milhões em bens patrimoniais

Dos seis candidatos que disputam o governo de Mato Grosso do Sul, cinco já estão com a declaração de bens disponível no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para consulta. O patrimônio dos cinco candidatos soma R$ 44.325.716,93. O candidato do PSDB, Reinaldo Azambuja, declarou possuir bens no valor de R$ 37.850.615,73. (G1)

Imagem: Reprodução / Portal G1

— Salvo raríssimas exceções, podemos dizer como um todo que, a classe política brasileira é a escória da sociedade. Os políticos são os grandes inimigos da sociedade, eles constituem uma quadrilha, numerosíssima, que se apropriou do Estado para enriquecer às custas deste mesmo Estado. A média de qualidade ética, moral e comportamental dos políticos brasileiros é muito inferior à média moral da sociedade brasileira. É impressionante o que vossas excelências são capazes de fazer em benefício do seu grupo político , dos seus financiadores, dos seus sócios ocultos e por aí vai. Todos estão milionários, passaram a vida no setor público e construíram fortunas impressionantes. No Brasil inteiro temos exemplos assim. E mais, diria até que, quanto mais pobre é a região, mais rápido as fortunas se formam.

O Estado brasileiro na visão dos políticos e dos partidos, aos quais estão filiados, não representa um instrumento para ajudar a sociedade a se organizar e trilhar um caminho de prosperidade, nunca foi. Para os partidos e para as máfias políticas, o Estado brasileiro representa apenas um duto de dinheiro. Eles não querem o poder porque o poder permite alterar a realidade e conduzir o Estado numa direção diferente, não. Eles nunca quiseram isso. Pergunto a você, ilustre contribuinte, o seguinte: Em que direção a canalhada política conduz o Estado brasileiro, independentemente, dos partidos que integrem? Em nenhuma. O jogo deles é a mera gestão do cotidiano. É a mesma porcaria.

Os políticos fazem com o Estado brasileiro aquilo que fazem com as prostitutas que, eventualmente, levam em suas viagens oficiais camufladamente. O Estado serve pra eles como coito cotidiano. Os enriquece, enriquece seus sócios, seus parceiros, seus parentes, seus genros, seus filhos, suas amantes e por aí vai. A política no Brasil é o sorvedor da escória nacional. É claro que, em meio a esse antro, temos figuras probas, temos exceções. Mas as exceções não são exceções, são álibis. Isto porque, sendo uma minoria, legitimam a maioria caracterizada pelos desvios de conduta.

A única forma de alterar essa realidade, no Brasil, não é depositando 100% das esperanças no voto que exercemos a cada 2 anos. Isto porque, as máfias político-partidárias se apropriaram do processo político-eleitoral no país, fazendo das eleições apenas momentos para legitimarem a sua sobrevivência e a sua permanência no poder. A única forma de alterarmos essa realidade, é com o crescimento, o adensamento e a radicalização do movimento popular nas ruas. Só ele os fará mudar. Notem, não se trata de um ataque à instituição, à democracia e ao princípio da representação parlamentar. Trata-se de um discurso aplicado à realidade brasileira.

É preciso fazer uma quebra na lógica e no ritmo com que as coisas acontecem no Brasil. E essa ruptura só vai acontecer se o povo for às ruas como foi em junho e julho de 2013. O movimento popular precisa radicalizar, sim. E o seu alvo tem que ser o Estado e seus agentes. Por isso, defendo a invasão da Câmara de Vereadores, da Assembléia Legislativa e do Congresso Nacional. Enfim, defendo a tentativa de invasão ordeira de qualquer palácio pelo movimento popular, porque entendo que isso é legítimo e faz parte do jogo democrático.

Paciente fica 40 dias em corredor de hospital público da BA aguardando cirurgia

Ele foi internado na unidade de saúde depois que quebrou a perna durante um acidente de trânsito. "Fiquei lá esperando pela cirurgia no fêmur por um mês e dez dias", contou o pintor José Henrique Oliveira, 18. (UOL Notícias)

Imagem: Reprodução / UOL Notícias

— Esse é o retrato típico da moral que predomina na relação do Estado brasileiro com a sociedade. Ele tem sonegado à população saúde, educação, segurança e tantos outros itens que, no final das contas, produzem sofrimento, dor e muita morte. Esse Estado brasileiro é o maior inimigo da sociedade. Não procuro criticar, especificamente, um político que controle aquele órgão ou aquela área de poder. O que estou criticando, única e exclusivamente, é a ausência ou a má qualidade do serviço público prestado.

Não se trata apenas de não dar serviços na qualidade que deveria dar. Trata-se, também, da capacidade do Estado de sangrar a sociedade, pelo excesso de impostos cobrados, para sustentar suas mordomias, seus privilégios e prestar um serviço de quinta categoria à população. Notem, não sou contra o Estado. Acho fundamental que se tenha um Estado forte, presente, dono de tudo e que cuide de tudo melhor do que qualquer outro gestor privado, porque ele é nosso representante e nos pertence. Seria ótimo que o Estado tivesse em suas mãos todas as escolas, os hospitais, as estradas, os transportes, a segurança, as refinarias, a exploração do petróleo etc e tal. Em tese, seria tudo mais barato, mais ágil e mais eficaz pra nós.

Mas você sabe porque isso não acontece? Porque tudo que vai pra mão do Estado passa a ser só dele. Deixa de ser algo da sociedade e se torna algo do esquema dele. Ou seja, vira moeda de troca no esquema do deputado, do vereador, do senador, do prefeito, do governador e do(a) presidente.

A única forma de alterar essa realidade, no Brasil, não é depositando 100% das esperanças no voto que exercemos a cada 2 anos. Isto porque, as máfias político-partidárias se apropriaram do processo político-eleitoral no país, fazendo das eleições apenas momentos para legitimarem a sua sobrevivência e a sua permanência no poder. O voto no Brasil só serve pra isso e nada mais. A única forma de alterarmos essa realidade, é com o crescimento do movimento popular nas ruas. Só ele os fará mudar.

Vejam, não se trata de um ataque à instituição, à democracia e ao princípio da representação parlamentar. Trata-se de entender que o Estado brasileiro está fora de controle. Isso não é um discurso anarquista, mas sim, um discurso aplicado à realidade brasileira. É só olhar o que mudou nas últimas 20 eleições no Brasil. O que mudou? Diminuiu a roubalheira e os desvios de conduta? Diminuiu a violência, as mordomias e os privilégios de vossas excelências? Claro, que não!

É por isso que defendo o crescimento, o adensamento e a radicalização do movimento popular. É preciso fazer uma quebra na lógica e no ritmo com que as coisas acontecem no Brasil. E essa ruptura só vai acontecer se o povo for às ruas como foi em junho e julho de 2013. O movimento popular precisa radicalizar, sim. E o seu alvo tem que ser o Estado e seus agentes. Por isso, defendo a invasão da Câmara de Vereadores, da Assembléia Legislativa e do Congresso Nacional. Enfim, defendo a tentativa de invasão ordeira de qualquer palácio pelo movimento popular, porque entendo que isso é legítimo e faz parte do jogo democrático.

domingo, 27 de julho de 2014

Deputado Luiz Moura (PT-SP) deixa a pobreza e junta R$ 5,1 milhões em 5 anos

Imerso no tema da reunião da qual participou com suspeitos de integrar o PCC (Primeiro Comando da Capital), o deputado estadual Luiz Moura (PT), em cinco anos, saiu de uma situação de pobreza para ser dono de um patrimônio de R$ 5,1 milhões. Sobre as condenações judiciais que sofreu no Paraná e em Santa Catarina por roubo, ele sustentou que não pode ser punido por crimes pelos quais já foi reabilitado
embora tenha sido condenado a 12 anos de cadeia, e só tenha cumprido um ano e meio, e depois fugido, a Justiça lhe concedeu a reabilitação criminal. (UOL Notícias)

Imagem: Reprodução / UOL Notícias

— Os políticos são os grandes inimigos da sociedade, eles constituem uma quadrilha, numerosíssima, que se apropriou do Estado para ficar nas tetas deste mesmo Estado. Ano após ano, essas figuras públicas ficam roubando, enriquecendo, afrontando e fingindo que são sérios. Todos estão milionários. Passaram a vida no setor público e construíram fortunas impressionantes. No Brasil inteiro temos exemplos assim. É incrível o que os políticos são capazes de fazer em benefício do seu grupo, dos seus sócios ocultos, dos seus financiadores e  por aí vai.

O Estado brasileiro na visão dos políticos e dos partidos, aos quais estão filiados, não representa um instrumento para mudar a realidade e ajudar a sociedade a se organizar. Nunca foi. Para os partidos e para as máfias políticas, o Estado representa apenas um duto de dinheiro. Eles não querem o poder para alterar a realidade do país, o que eles querem, através das eleições, é permanecer no poder. Porque é do aparato estatal que brotam, aos milhões, os recursos públicos que servem para alimentar essas máfias. 

É só olhar o que mudou nas últimas 20 eleições no Brasil. O que mudou? Diminuiu a corrupção e a violência? Melhorou a educação e a saúde? O país viveu 10 anos de absoluta prosperidade na economia. O mundo viveu até 2008 uma década de abundância total. Em contrapartida, a população vive numa situação avassaladora de indigência e miséria. É só chover pra gente ver! É só entrar no hospital público pra gente ver! Cadê o médico? Cadê o remédio? Cadê a vaga na escola? Cadê o material escolar? É isso. O país não mudou como deveria ter mudado. Em 20,30 ou 40 anos melhoramos o quanto e o que? Está de bom tamanho? Claro, que não está! 

A classe política brasileira é a escória da sociedade. A política no Brasil é o sorvedor da escória nacional. Supondo que toda sociedade tivesse a média moral e ética dos políticos brasileiros, ainda sim, ela não enriquece na proporção e na velocidade que os políticos enriquecem. Ou seja, nem isso serve de consolo. Portanto, é uma mentira dizer que a classe política é a representação da média moral da sociedade brasileira. O brasileiro não é como os políticos são, eles são a escória do país.

A única forma de alterar essa realidade, no Brasil, não é depositando 100% das esperanças no voto que exercemos a cada 2 anos. Isto porque, as máfias político-partidárias se apropriaram do processo político-eleitoral no país, fazendo das eleições apenas momentos para legitimarem a sua sobrevivência e a sua permanência no poder. A única forma de alterarmos essa realidade, é com o crescimento, o adensamento e a radicalização do movimento popular nas ruas. Só ele os fará mudar. Notem, não se trata de um ataque à instituição, à democracia e ao princípio da representação parlamentar. Trata-se de um discurso aplicado à realidade brasileira. 

É preciso fazer uma quebra na lógica e no ritmo com que as coisas acontecem no Brasil. E essa ruptura só vai acontecer se o povo for às ruas como foi em junho e julho de 2013. O movimento popular precisa radicalizar, sim. E o seu alvo tem que ser o Estado e seus agentes. Por isso, defendo a invasão da Câmara de Vereadores, da Assembléia Legislativa e do Congresso Nacional. Enfim, defendo a tentativa de invasão ordeira de qualquer palácio pelo movimento popular, porque entendo que isso é legítimo e faz parte do jogo democrático.

Mulher morre na UPA de Madureira e testemunhas alegam omissão de socorro

Familiares e testemunhas acusam um médico da unidade de omissão de socorro, após Luiza da Penha Cabral Baptista sofrer um enfarto dentro de um ônibus. O grupo alega que o médico de plantão apenas observou a paciente e disse que ela não iria resistir. Segundo um dos bombeiros, eles entraram pelos fundos e se encaminharam para a sala de emergências graves. O bombeiro disse ainda que o médico não prestou socorro: "Ele disse que não adiantaria porque ela não iria resistir. Ele mesmo sequer calçou luvas", disse o bombeiro. (O Dia)

Imagem: Reprodução / O Dia Online

— O Estado brasileiro e seus agentes são os grandes inimigos da sociedade. Não estou procurando criticar, especificamente, um político que controle aquele órgão ou aquela área de poder. O que estou criticando, única e exclusivamente, é a ausência ou a má qualidade do serviço público prestado. Essa prática, essa forma de agir, esse menosprezo e essa covardia tomaram conta do tecido estatal de uma forma que, pra você se deparar com um gesto de atenção e cuidado é algo muito raro.

Não são só os grandes tubarões do Estado brasileiro que se tornaram nossos inimigos. Lamentavelmente, não. Não é só a canalhice do senador, do deputado, do vereador, do prefeito e do governador. Isso aí, é o tecido do serviço público que está impregnado por um tipo de comportamento e de conduta que precisamos combater e denunciar.

Notem, isso não tem nada a ver com falta de estrutura, não tem nada a ver com salário baixo, não tem nada a ver com o volume de corrupção e corporativismo no setor, não tem nada a ver com nada disso. Isso tem a ver com problema de caráter, tem a ver com problema de humanidade, tem a ver com o ato individual e pessoal de não agir como um ser humano. Não temos que ficar achando apenas que é um problema dos políticos o mau tratamento que recebemos dos servidores públicos. Isso é um problema do servidor e das repartições públicas também. Eles têm que nos enxergar como semelhantes e não como uma espécie dependente dos favores deles. Tem que nos enxergar como patrões e não como escória que eles atendem quando bem entendem, quando querem e da forma que querem.

— Ah, mas eu sou um bom servidor público!
— Não me refiro a um caso isolado. É claro que temos incontáveis exemplos de dedicação e vocação ao serviço público. Mas, não é esse o comportamento predominante na educação, na saúde, na segurança, na gestão da burocracia, na Receita Federal e por aí vai. O corpo funcional do setor público está, profundamente, impregnado de desvios de conduta, inapetência e aversão ao serviço público.

Imagem: Reprodução / O Dia Online

O médico que nega socorro a um ser humano, não está agindo de acordo com a insensibilidade do governante. Ele está agindo de acordo com a maior ofensa que se pode fazer à essência da profissão que abraçou, que é a de salvar vidas. Cadê o Conselho Regional de Medicina? Cadê o Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro? Cadê esse antro do Ministério da Saúde? Cadê a Associação Médica Brasileira? Cadê as ilustres entidades que ficam discutindo a ética, os direitos e os deveres? Cadê? Cadê as entidades médicas numa hora dessas? Cadê?

Os hospitais públicos no Brasil não foram transformados em lixo apenas por causa da politização, da partidarização, das indicações políticas e da corrupção. Foram transformados em lixo, também, porque o corpo profissional dessas instituições, de alguma maneira, tem parte de culpa nessa história com atitudes como essa, por exemplo.