quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Eleições 2014: Aécio Neves acusa Marina de plagiar programa de FH sobre direitos humanos

O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, acusou a candidata do PSB, Marina Silva, de copiar trecho do Plano Nacional de Direitos Humanos do governo de Fernando Henrique Cardoso, de 2002, para usar no programa de governo dela. "Me surpreendi ao perceber que o capítulo dos Direitos Humanos do programa de governo da candidata Marina é uma cópia fiel do PNDH feito no governo Fernando Henrique. Não se teve o cuidado sequer de alterar palavras", disse Aécio, que, já havia acusado Marina de plagiar pontos do programa na área econômica. (O Globo)

Imagem: Reprodução / O Globo

— E pra não ficar só na Dilma e na Marina, vou falar do Aécio Neves. O candidato do PSDB disse uma pérola surrealista sensacional, ele acusou a candidata Marina Silva (PSB) de plagiar o programa social do partido dele. Ora, deixa eu ver se entendi Aécio: Se você faz um programa social de governo e acha que isso é o melhor que o país merece e pode receber, porque você vai implementar quando for presidente. Qual é o problema de copiarem algo de bom que você fez?

Aécio, deixa eu ver se entendi melhor: Você fez algo que acha sensacional para o país, mas se alguém fizer igual, você fica zangado, xinga, ofende e diz que plagiou etc e tal. Agora, diz pra mim se isso não é um bando de espertalhões! Diz pra mim se os políticos brasileiros não são os inimigos da sociedade.

As eleições não são a oportunidade de mudar a realidade do país. Não é depositando 100% das esperanças no voto que exercemos a cada 2 anos, que vamos alterar essa realidade no Brasil. O voto obrigatório no Brasil só serve para o cidadão eleger, não serve para interferir, mudar ou atender as demandas da sociedade. Isto porque, as máfias político-partidárias se apropriaram do processo político-eleitoral no país, fazendo das eleições apenas momentos para legitimarem a sua sobrevivência e a sua permanência no poder. O voto no Brasil só serve pra isso e mais nada.

Esperar que eles mudem através do processo político-eleitoral é ridículo, porque eles não estão nem aí pra fazer essa mudança. Esperar que, votar nessa canalhada política signifique investir na mudança dessa relação do Estado com a sociedade é ridículo. Sabe por quê? Não é isso que eles querem. O que eles querem é permanecer no poder através das eleições, porque é do aparato estatal que brotam, aos borbotões, os recursos públicos que servem para alimentar essas máfias político-partidárias.

Nós não temos alternativa à política como meio de equilibrar nossas relações e evitar que nos devoremos, porque é a política que faz com que a gente organize o caminho coletivo. Mas, nós temos alternativa à essa política praticada no Brasil. Nós não temos, também, alternativa aos políticos como sociedade e aos partidos dos quais afloram. Mas, nós temos alternativa a esses políticos e a esses partidos que temos aqui.

Partidos que foram transformados em máfias que disputam, única e exclusivamente, o controle do Estado. Não para transformá-lo, direcioná-lo e torná-lo num instrumento cada vez mais eficaz de atendimento ao cidadão, não. Mas, para ser o lugar do qual eles tiram a grana, a corrupção, a propina do empreiteiro, o jatinho da FAB pra implantar cabelo. A boca pra nomear o ministro amigo, o genro ladrão, a amante pelancuda e por aí vai.

A única forma de alterar essa realidade, no Brasil, não é depositando 100% das esperanças no voto que exercemos a cada 2 anos. Isto porque, as máfias político-partidárias se apropriaram do processo político-eleitoral no país, fazendo das eleições apenas momentos para legitimarem a sua sobrevivência e a sua permanência no poder. A única forma de alterarmos essa realidade, é com o crescimento, o adensamento e a radicalização do movimento popular nas ruas. Só ele os fará mudar. Notem, não se trata de um ataque à instituição, à democracia e ao princípio da representação parlamentar. Trata-se de um discurso aplicado à realidade brasileira.

Eleições 2014: Senado aprova liberação de inibidor de apetite feito à base de anfetamina

O plenário do Senado aprovou um projeto para suspender a resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que proibiu a comercialização de inibidores de apetite feitos à base de anfetamina. A proposta, de autoria do deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), suspende a proibição imposta em 2011 pela Anvisa. A norma proibiu a venda no Brasil de medicamentos à base de anfepramona, femproporex e mazindol e impôs restrições à comercialização e ao registro da sibutramina, um dos remédios mais vendidos atualmente para redução do apetite. (G1)

Imagem: Reprodução / G1

— Envolver o Senado num esforço concentrado pra tomar uma decisão dessa natureza é pura picaretagem. É evidente que o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), candidato à vice-presidente na chapa de Marina Silva, está retribuindo algum tipo de favor ou apoio que recebeu, ou seja, grana. Grana pra campanha, grana pro partido, grana pro jatinho e por aí vai.

Então, apresentar um embrulho ético, da forma como Marina Silva está fazendo, é muito importante para o país, porque a sociedade quer uma nova ética na política. Mas, quem envereda por esse discurso, que eu apoio, precisa saber que ele só faz sentido se for impecável na prática. Esse discurso que ético na boca e flexível na prática é o mais execrável de todos, porque ele é muito parecido com o discurso do padre pedófilo, do pastor hipócrita que toma dinheiro e tantas outras figuras que têm em suas retóricas uma pregação rigorosa, uma crítica impecável, mas que, por trás disso tudo vai levando o seu pecado à sombra.

Portanto, pra quem se apresenta como a Marina, de maneira muito categórica, numa alternativa à atual política praticada no Brasil, é fundamental que ela explique o conchavo do seu vice com os empresários da indústria farmacêutica. Afinal, ela é uma alternativa a essa política velha e a esses políticos que só sabem fazer acordos e conchavos. Devido a isso, é muito importante que se pergunte à Marina o seguinte: E o conchavo que fez o seu vice Beto Albuquerque no Senado?

Notem, o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), candidato à vice-presidente na chapa de Marina Silva, não liberou no Senado um produto de saúde pública. Ele não liberou a vacina contra o HPV, ele não liberou a penicilina que está em falta nos laboratórios e hospitais públicos, não, não, não. Ele não levou ao Senado uma proposta de interesse da saúde coletiva, não. A anfetamina é um produto comercial reprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que tem suas vantagens e desvantagens, as quais, ele não tinha que estar opinando. Vejam, é evidente que Beto Albuquerque (PSB-RS), vice na chapa de Marina Silva, está retribuindo algum tipo de apoio financeiro que recebeu.

Os políticos brasileiros são todos iguais no discurso e na prática. Não se muda mais o Estado brasileiro fazendo política dentro dele. Não tem como mudar essa relação que os políticos e os partidos mantêm com o Estado, esquece. Isso aí só muda se tivermos fenômenos crescentes, a partir de atos, como aqueles que vimos em junho de 2013. Quando a população brasileira resolver colocar esses políticos canalhas contra a parede, pra valer, aí as coisas vão mudar. Esperar que eles mudem através do processo político-eleitoral é ridículo, porque eles não estão nem aí pra fazer essa mudança. Esperar que, votar nessa canalhada política signifique investir na mudança dessa relação do Estado com a sociedade é ridículo. Sabe por quê? Não é isso que eles querem. O que eles querem é permanecer no poder através das eleições, porque é do aparato estatal que brotam, aos borbotões, os recursos públicos que servem para alimentar essas máfias político-partidárias.

Eleições 2014: Na TV, Dilma compara Marina a Collor e Jânio

A propaganda eleitoral petista subiu o tom e comparou a adversária do PSB aos ex-presidentes Jânio Quadros e Fernando Collor de Melo. O recado foi direto: "O Brasil elegeu dois salvadores da pátria. E a gente sabe como isso terminou". No programa, a campanha petista exibiu imagens de jornais estampando a renúncia de Jânio e o impeachment de Collor – no caso do último, que é aliado de Dilma, sem exibir seu rosto. (VEJA.com)


Imagem: Reprodução / VEJA.com

— A presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, atacou a candidata Marina Silva (PSB) dizendo que ela poderá fazer um governo igual ao do Collor. Bom, eu também acho execrável qualquer coisa que se pareça com o Collor. Mas, cadê o Collor? Hoje, ele é aliado da Dilma. Então, deixa eu ver se entendi: O Collor é um exemplo de coisa ruim e a Dilma usou o exemplo de coisa ruim pra dizer que a Marina é igual ao Collor. Aí, você vai procurar aonde está o Collor e descobre que o Collor está no "Colo" da Dilma, ou seja, faz parte do governo da presidente. Aí, você não entende mais nada! Afinal de contas Dilma, o Collor é um exemplo de coisa ruim ou não é?

Quando digo, aqui, que os políticos brasileiros são os grandes inimigos da sociedade, eu não estou exagerando não minha gente. Salvo raríssimas exceções, a classe política brasileira é a escória da sociedade. É impressionante o que eles são capazes de fazer em benefício do seu grupo, dos seus sócios ocultos, dos seus financiadores e por aí vai. Notem, não se trata de um ataque à democracia, às instituições e ao princípio da representação parlamentar, trata-se de uma verdade estatística. No Brasil inteiro temos exemplos assim.

As eleições não são a oportunidade de mudar a realidade do país. Não é depositando 100% das esperanças no voto que exercemos a cada 2 anos, que vamos alterar essa realidade no Brasil. O voto obrigatório no Brasil só serve para o cidadão eleger, não serve para interferir, mudar ou atender as demandas da sociedade. Isto porque, as máfias político-partidárias se apropriaram do processo político-eleitoral no país, fazendo das eleições apenas momentos para legitimarem a sua sobrevivência e a sua permanência no poder. O voto no Brasil só serve pra isso e mais nada.

Nós não temos alternativa à política como meio de equilibrar nossas relações e evitar que nos devoremos, porque é a política que faz com que a gente organize o caminho coletivo. Mas, nós temos alternativa à essa política praticada no Brasil. Nós não temos, também, alternativa aos políticos como sociedade e aos partidos dos quais afloram. Mas, nós temos alternativa a esses políticos e a esses partidos que temos aqui.
Partidos que foram transformados em máfias que disputam, única e exclusivamente, o controle do Estado. Não para transformá-lo, direcioná-lo e torná-lo num instrumento cada vez mais eficaz de atendimento ao cidadão, não. Mas, para ser o lugar do qual eles tiram a grana, a corrupção, a propina do empreiteiro, o jatinho da FAB pra implantar cabelo. A boca pra nomear o ministro amigo, o genro ladrão, a amante pelancuda e por aí vai.

A única forma de alterar essa realidade, no Brasil, não é depositando 100% das esperanças no voto que exercemos a cada 2 anos. Isto porque, as máfias político-partidárias se apropriaram do processo político-eleitoral no país, fazendo das eleições apenas momentos para legitimarem a sua sobrevivência e a sua permanência no poder. A única forma de alterarmos essa realidade, é com o crescimento, o adensamento e a radicalização do movimento popular nas ruas. Só ele os fará mudar. Notem, não se trata de um ataque à instituição, à democracia e ao princípio da representação parlamentar. Trata-se de um discurso aplicado à realidade brasileira.

Eleições 2014: Dilma tem 37%, Marina, 33%, e Aécio, 15%, aponta pesquisa Ibope

As eleições não são a oportunidade de mudar a realidade do país. Não é depositando 100% das esperanças no voto que exercemos a cada 2 anos, que vamos alterar essa realidade no Brasil. O voto obrigatório no Brasil só serve para o cidadão eleger, não serve para interferir, mudar ou atender as demandas da sociedade. Isto porque, as máfias político-partidárias se apropriaram do processo político-eleitoral no país, fazendo das eleições apenas momentos para legitimarem a sua sobrevivência e a sua permanência no poder. O voto no Brasil só serve pra isso e mais nada.

Nas grandes democracias como França, Inglaterra e EUA a atitude de votar, além de ser facultativa, serve também para decidir incontáveis demandas sociais, simultaneamente, no mesmo processo eleitoral. Até na Venezuela do ditador Nicolás Maduro é assim. Aqui, o voto só serve para eleger os candidatos que, uma vez eleitos, se tornam intocáveis. Tornam-se uma casta na qual ninguém pode chegar perto, ninguém pode prender, ninguém pode tirar do poder etc e tal.

Nós não exercemos a cidadania no Brasil votando, somos apenas votantes, não participamos de nada que modifique, para melhor, o nosso cotidiano. Temos apenas o direito de exercer a nossa ‘votatania’. Essa incapacidade de interferir no processo, faz com que sejamos meros revalidadores desta política ineficiente, sem controle e sem vigilância. Os políticos só fazem o que querem e quando querem, eles não sofrem nenhum tipo de cobrança ou castigo quando erram. É preciso mudar a legislação política. É preciso diminuir o poder dos políticos e aumentar a capacidade efetiva de interferência do eleitor no mandato do parlamentar e nas casas legislativas. Enquanto não subordinarmos essa gente à vontade popular, nada vai mudar. O modelo político-eleitoral brasileiro não corresponde aos direitos e aos anseios do povo. As eleições, no Brasil, não mudam a realidade, apenas legitimam o atual processo corrupto da política brasileira.

É só olhar o que mudou nas últimas 20 eleições no Brasil. O que mudou? Diminuiu a corrupção e a violência? Melhorou a educação e a saúde? O país viveu 10 anos de absoluta prosperidade na economia. Agora, pergunto o seguinte: A realidade social da população brasileira melhorou na proporção, mínima, que deveria se houvesse esse desejo político? Claro, que não! Esses programas sociais do governo são migalhas da riqueza nacional. A população vive numa situação avassaladora de indigência e miséria. É só chover pra gente ver! É só entrar no hospital público pra gente ver! Cadê o médico? Cadê o remédio? Cadê a vaga na escola? Cadê o material escolar? É isso. O país não mudou como deveria ter mudado. Em 30 anos melhoramos o quanto e o que? Está de bom tamanho? Claro, que não está!

O Estado brasileiro na visão dos políticos e dos partidos, aos quais estão filiados, não representa um instrumento para ajudar a sociedade a se organizar e trilhar um caminho de prosperidade, nunca foi. Para os partidos e para as máfias políticas, o Estado brasileiro representa apenas um duto de dinheiro. Eles não querem o poder porque o poder permite alterar a realidade e conduzir o Estado numa direção diferente, não. Eles nunca quiseram isso. Pergunto a você o seguinte: Em que direção a canalhada política conduz o Estado brasileiro, independentemente, dos partidos que integrem? Em nenhuma. O jogo deles é a mera gestão do cotidiano. É a mesma porcaria.

Neste país, os partidos fingem ser sérios antes de chegar ao poder. Enquanto fazem parte da oposição, todos são politicamente corretos. Depois que chegam lá, se acumpliciam com aquelas práticas e com aqueles esquemas corruptos da máquina pública, pecando pela omissão ou pela parceria promíscua. Assim foi com o PT antes de ser governo, e assim será com todos os outros partidos, porque neste modelo político vigente é assim que a banda toca.

Os políticos fazem com o Estado brasileiro aquilo que fazem com as prostitutas que, eventualmente, levam em suas viagens oficiais camufladamente. O Estado serve pra eles como coito cotidiano. Os enriquece, enriquece seus sócios, seus parceiros, seus parentes, seus genros, seus filhos, suas amantes e por aí vai. Vossas Excelências querem, através das eleições, é permanecer no poder, só isso. Porque é do aparato estatal que brotam, aos milhões, os recursos públicos que servem para alimentar essas máfias que os deixam cada dia mais ricos, ousados e prepotentes.

É preciso fazer uma quebra na lógica e no ritmo com que as coisas acontecem no Brasil. E essa ruptura só vai acontecer se o povo for às ruas como foi em junho e julho de 2013. O movimento popular precisa radicalizar, sim. E o seu alvo tem que ser o Estado e seus agentes. Por isso, defendo a invasão da Câmara de Vereadores, da Assembléia Legislativa e do Congresso Nacional. Enfim, defendo a tentativa de invasão ordeira de qualquer palácio pelo movimento popular, porque entendo que isso é legítimo e faz parte do jogo democrático.

A única forma de alterarmos essa realidade, é com o crescimento, o adensamento e a radicalização do movimento popular nas ruas. Só ele os fará mudar. Notem, não se trata de um ataque à instituição, à democracia e ao princípio da representação parlamentar. Trata-se de um discurso aplicado à realidade brasileira.

Ao menos 70 empresas colaboraram com a ditadura militar no Brasil

Empresas brasileiras e estrangeiras colaboraram com os militares durante a ditadura. Petrobras, Ericson, Ford, Brastemp e Volkswagen, entre outras, podem ser responsabilizadas por crimes de lesa-humanidade, diz a Comissão da Verdade. Elas funcionavam como fonte de informações sobre sindicalistas e trabalhadores suspeitos de comandarem greves e fazerem parte de organizações de esquerda, comprovam documentos obtidos pelo Grupo de Trabalho “Ditadura e repressão aos trabalhadores e ao movimento sindical” da Comissão Nacional da Verdade. Além de mostrar nomes e endereços de trabalhadores suspeitos de confabular contra o regime, os documentos trazem os nomes do empresariado que monitorava seus funcionários a fim de colaborar com o sistema de censura e repressão nos últimos anos da ditadura civil militar no Brasil (1964-1985).


O documento "confidencial" de 18 de julho de 1983 do Ministério da Aeronáutica mostra a ata de uma reunião do chamado CECOSE (Centro Comunitário de Segurança) do Vale do Paraíba na qual as empresas Vibasa, Petrobras, Ericson, Telesp, Engesa, Confab, Ford, Embrape e Volkswagen traziam informações sobre demissões, greves e reuniões de sindicalistas no intervalo do expediente. "ENGESA - existe uma Comissão do Sindicato da Categoria que funciona no horário do almoço, visando à sindicalização daqueles que ainda não são sócios do mesmo", diz o documento da Engenheiros Especializados S/A (Engesa), empresa do ramo bélico fundada na década de 1960.

“A Volkswagen, pelo que mostra o documento, funcionava como uma espécie de órgão de inteligência nesse grupo", disse Sebastião Neto, secretário executivo do grupo de trabalho, ao lembrar que a empresa monitorou líderes sindicalistas como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Um outro documento, de 1981, localizado no Arquivo Público do Estado de São Paulo, revela uma lista de nomes de empregados suspeitos entregues ao Dops. Ao menos 67 empresas teriam passado, além dos nomes completos, o endereço de residência de cada um desses trabalhadores. Dentre as principais empresas que aparecem estão: Brastemp, Chrysler, Ford do Brasil S/A, Mercedez Benz do Brasil S/A, Termocânica, Volkswagen do Brasil S/A, Westinghouse LTDA, Rolls-Royce, Scania, Toyota e Toshiba.

“Tivemos no Brasil prisões seletivas com base nas informações que eram apresentadas pelas empresas”, observou a advogada Rosa Cardoso, integrante da Comissão Nacional da Verdade e coordenadora do GT que investiga as perseguições aos movimentos sindicais. “Cerca de 40% dos mortos e desaparecidos naquela época dizem respeito a trabalhadores”.

Segundo a advogada, apesar de não estarem envolvidas diretamente em casos de desaparecimento forçado, essas empresas podem ser responsabilizadas por crimes de lesa-humanidade. “Prisões arbitrárias, ilegais e em lugares de tortura também são atos considerados tortura pela legislação internacional", afirma. "E essas práticas foram generalizadas entre os trabalhadores, pois não havia sequer mandado de prisão contra eles”.

Para isso, a comissão pretende realizar uma audiência na qual serão colhidos depoimentos de representantes das empresas cujos nomes constam nos documentos da época. A CNV conta ainda com o auxílio da pesquisadora argentina Victoria Basualdo, professora titular de História Econômica Argentina da Universidade de Ciências Sociais e Empresariais de Buenos Aires, que orientará os trabalhos do grupo de trabalho à luz do que ocorreu na Argentina. "As ditaduras não só deixaram um legado de repressão e terror, mas também transformaram as relações econômicas e sociais da nossa sociedade”, diz Basualdo.

(Reprodução Carta Capital)

Clube Militar critica e desmente editorial d'O Globo

Por meio da nota oficial intitulada "Nossa Opinião - Equívoco, uma ova!",  publicada no site da instituição, os militares não só desmentiram, como também, repudiaram o editorial mea culpa "Apoio ao golpe de 64 foi um erro", divulgado pelas Organizações Globo, no qual afirma que parceria com militares não passou de um equívoco: “Declarar agora que se tratou de um 'equívoco' é mentira deslavada”, diz entidade que reúne oficiais da ativa e ex-militares.

Nota oficial do Clube Militar - Clique aqui e leia na íntegra

Segundo o Clube Militar, o apoio incondicional do jornal O Globo ao golpe de 64, foi uma decisão política adotada por Roberto Marinho, e não um equívoco, como querem mostrar no editorial: “... o apoio ao Movimento de 64 ocorreu antes, durante e por muito tempo depois da deposição de Jango; em segundo lugar, não se trata de posição equivocada “da redação”, mas de posicionamento político firmemente defendido por seu proprietário, diretor e redator chefe, Roberto Marinho, como comprovam as edições da época”.

Os militares dizem ainda na nota oficial que, a parceria entre o jornal e o regime repressor durou duas décadas: “... não foi, também, como fica insinuado, uma posição passageira revista depois de curto período de engano, pois dez anos depois da revolução, na edição de 31 de março de 1974, em editorial de primeira página, o jornal publica derramados elogios ao Movimento; e em 7 de abril de 1984, vinte anos passados, Roberto Marinho publicou editorial assinado, na primeira página, intitulado “Julgamento da Revolução”, cuja leitura não deixa dúvida sobre a adesão e firme participação do jornal nos acontecimentos de 1964 e nas décadas seguintes.”


Leia abaixo um trecho da nota oficial do Clube Militar



NOSSA OPINIÃO - EQUÍVOCO, UMA OVA!

Numa mudança de posição drástica, o jornal O Globo acaba de denunciar seu apoio histórico à Revolução de 1964. Alega, como justificativa para renegar sua posição de décadas, que se tratou de um “equívoco redacional”.

Muitos puderam ler o que foi publicado na década de 60 pelo jornalão, e por certo ficaram surpresos pelo apoio irrestrito e entusiasta que o mesmo prestou à derrubada do governo Goulart e aos governos dos militares. Nisso, aliás, era acompanhado pela grande maioria da população e dos órgãos de imprensa.

Pressionado pelo poder político e econômico do governo, sob a constante ameaça do “controle social da mídia” – no jargão politicamente correto que encobre as diversas tentativas petistas de censurar a imprensa – o periódico sucumbiu e renega, hoje, o que defendeu ardorosamente ontem.

Alega, assim, que sua posição naqueles dias difíceis foi resultado de um equívoco da redação, talvez desorientada pela rapidez dos acontecimentos e pela variedade de versões que corriam sobre a situação do país.

Dupla mentira: em primeiro lugar, o apoio ao Movimento de 64 ocorreu antes, durante e por muito tempo depois da deposição de Jango; em segundo lugar, não se trata de posição equivocada “da redação”, mas de posicionamento político firmemente defendido por seu proprietário, diretor e redator chefe, Roberto Marinho, como comprovam as edições da época; não foi, também, como fica insinuado, uma posição passageira revista depois de curto período de engano, pois dez anos depois da revolução, na edição de 31 de março de 1974, em editorial de primeira página, o jornal publica derramados elogios ao Movimento; e em 7 de abril de 1984, vinte anos passados, Roberto Marinho publicou editorial assinado, na primeira página, intitulado “Julgamento da Revolução”, cuja leitura não deixa dúvida sobre a adesão e firme participação do jornal nos acontecimentos de 1964 e nas décadas seguintes.

Declarar agora que se tratou de um “equívoco da redação” é mentira deslavada.

Equívoco, uma ova! Trata-se de revisionismo, adesismo e covardia do último grande jornal carioca.

Nossos pêsames aos leitores.

(Reprodução: Clube Militar)

50 anos depois, O GLOBO reconhece que apoiou o golpe de 64 e a ditadura militar

Desde as manifestações de junho, um coro voltou às ruas: “A verdade é dura, a Globo apoiou a ditadura”. De fato, trata-se de uma verdade. O GLOBO, de fato, à época, concordou com a intervenção dos militares e reconhece que, à luz da História, o apoio se constituiu um equívoco. (O Globo)

 Imagem: Reprodução / O Globo

— Finalmente, O Globo admite ter dado apoio incondicional aos 21 anos de governo repressor no Brasil. Antes tarde do que nunca. Tenho duas observações a fazer sobre isso. Primeira, é ridículo esse reconhecimento meio século depois de algo que todo mundo já sabia. Ninguém tinha dúvida, nem mesmo o mais ignorante dos brasileiros que, O Globo foi um importante suporte das teses da ditadura militar brasileira na mídia.

O que talvez precisa ser dito, é que toda grande imprensa apoiou o golpe militar. Não foi só O Globo. No entanto, o que precisa ser discutido, em relação ao papel do Globo, é o quanto ele tirou de vantagem dessa relação. Mas, isso apenas indicaria uma habilidade maior das Organizações Globo de negociar com os militares, em comparação aos outros empresários do setor. Roberto Marinho foi muito mais visionário na exploração dessas alianças políticas na ditadura e na longevidade desse apoio. Talvez, O Globo tenha sido o último, dos grandes jornais, a desembarcar do apoio à ditadura militar.

                               Jornal apoiou a chegada dos militares ao poder (Imagem: Arquivo O Globo)

Então, esse reconhecimento 50 anos depois, soa meio caricato e ridículo. É como se a Alemanha só reconhecesse agora as atrocidades que cometeu na Segunda Guerra Mundial. Meio século depois, me desculpe. Eu já sabia!!!

A segunda observação a ser feita, está em saber se O Globo apoiou mais do que toda grande imprensa. E mais, avaliar em quanto tempo durou esse apoio à ditadura e quanto lucrou cada veículo de comunicação. A Folha de São Paulo apoiou muito a repressão e a tortura. Segundo o relato de vários perseguidos políticos, a Folha ajudava a financiar a Oban (Operação Bandeirante), um dos braços mais truculentos da repressão política no Brasil durante a ditadura. Mas, enfim, toda a grande imprensa apoiou o golpe militar e a ditadura, assim como parte da sociedade civil brasileira.

Agora, o mais importante é saber o seguinte: Nos momentos em que foi preciso denunciar o regime, o veículo A, B ou C denunciou? Se posicionou criticamente? Independentemente? - Essa, é a análise que deveria ser feita. A questão é: Quando O Globo desembarcou desse apoio incondicional? 

Essa história de dizer que o apoio ao golpe de 64 foi um equívoco da redação, não cola. O Globo apoiou e lucrou por muito tempo, sim, com a ditadura. Sem dúvida, foi quem mais ganhou empresarialmente com isso. Esse é um fato histórico. Pare de dizer que foi culpa da redação!!! Coitada da redação!!!


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Eleições 2014: William Bonner e sua versão Joaquim Barbosa do subúrbio

Aquela Globo fundada à sombra dos lucrativos negócios do doutor Roberto Marinho pretende salvar o mundo falando em ética e decência? O jornalismo da Globo pretende salvar o mundo. No mínimo, isso. Lembra aquele hirsuto matutino paulistano que, em seus editoriais trovejantes, bombardeia as lideranças mundiais com torpedos pedagógicos de como administrar o gênero humano. O Jornal Nacional e seus subprodutos enveredaram por aí, em esgares de caricatura, dirigido por um Ali Kamel que prenuncia, já no nome, sua vocação messiânica de fanático fundamentalista.

Imagem: Reprodução / Carta Capital

Quando a gente vê o subchefe William Bonner se investir da fachada carrancuda de apóstolo da ética e da decência, na simulação risível de um joaquim barbosismo de subúrbio, não cabe levar a sério, nem estranhar, nem rebater – apenas gargalhar. É uma piada a atitude de Bonner e de sua parceira de bancada, coitadinha. Aquela Globo fundada à sombra dos lucrativos negócios do doutor Roberto Marinho falando em ética e decência... me esperem aí que vou lá fora gargalhar.

O mais divertido é que, além de redimir a humanidade dos pecados alheios (por exemplo, do PT e dos “mensaleiros”), a Globo, via Jornal Nacional, estufa o peito na pretensão desmedida de, em “sabatinas” de 15 minutos, iluminar corações e mentes de milhões e milhões de eleitores. É como se aquele interrogatório, em geral chatíssimo, trouxesse o toque de uma revelação sobrenatural, quem sabe do Espírito Santo em pessoa, ali reencarnado pelo âncora escanhoadinho.

A título de preservar uma isenção que nunca teve, uma imparcialidade para lá de farisaica, o Jornal Nacional distribuiu caneladas grosseiras e insultos generalizados. Ao tentar contaminar o horário, hum, nobre com a ambiência de ódio que por aí germina, em prol da pauta eleitoral que tentou ocultar, o jornalismo da Globo deixa cair a máscara da grande pantomima que encena.

(Reprodução: Carta Capital)

Após 60 anos na política, José Sarney anuncia aposentadoria

Seu primeiro cargo eletivo foi em 1955, como deputado federal. Depois foi governador do Maranhão e senador pelo Estado por três vezes consecutivas antes de chegar à Presidência da República, no lugar de Tancredo Neves, em 1985. Após o fim do mandato, ele voltou ao Senado: elegeu-se pelo Amapá nas eleições de 1990, 1998 e 2006. O parlamentar presidiu o Senado por quatro vezes. A última delas, entre 2011 e 2013. A passagem de Sarney pelo cargo foi marcada pelo escândalo dos atos secretos, quando a imprensa revelou a existência de nomeações e concessões de benefícios irregulares, que nunca foram tornadas públicas pelos órgãos oficiais do Senado. (VEJA.com)

Imagem: Reprodução / VEJA.com

— A forma com que o fato foi abordado por alguns veículos de imprensa, sinaliza uma reverência lamentável a essa figura que, pra mim, é o retrato mais perfeito e acabado do político brasileiro. Um homem que passou, segundo ele próprio, 60 anos na vida pública, que só fez atividades públicas, portanto, só esteve ligado ao setor público. Nele se criou, nele viveu e nele fez carreira. Um homem que, no setor público, empregou todos os seus parentes, amigos, correligionários, aliados etc e tal. O quase falecido José Sarney, assim como muitos políticos no Brasil, está milionário. Com um patrimônio impressionante, ele e seus filhos são donos de uma parte do país, o Maranhão.

Contrariando a tese Mujica de fazer política, Sarney e 99% dos políticos brasileiros conseguiram enriquecer na política. O pior é que isso não produz nenhuma contradição suficiente para bani-los da vida pública, antes que eles, por conta própria, decidam fazer isso aos '180 anos' de idade, como Sarney está fazendo agora.
Cercado de reverências à sua carreira política que foi, nada mais nada menos do que, o adesismo mais escancarado a tudo que pudesse estar no poder, Sarney foi um aliado fiel da ditadura militar no seu período mais obscuro, mais pavoroso e mais truculento. Sempre esteve ao lado dos ditadores fazendo, docemente, o papel que o governo opressor bem entendeu. Hoje, ele é um grande aliado do PT. Só transitou pelos corredores do adesismo do poder, do governo e da máquina pública para fazer de sua carreira o que fez de seu patrimônio.

Não há na percepção pública, e muito menos na mídia política do Brasil, nenhum questionamento de incompatibilidade entre o crescimento patrimonial dos políticos brasileiros e seus cargos públicos que, em tese, não propiciam o enriquecimento. Não estou falando do Sarney porque ele é um ponto fora da curva, não. José Sarney é, sem sombra de dúvidas, o ponto mais exemplar dessa curva imoral. Se vocês forem procurar em seus Estados e Municípios, irão constatar a impressionante evolução patrimonial dos governadores, prefeitos, vereadores e deputados de suas cidades. Vejam como evoluiu o patrimônio dessa gente e de seus familiares. Todos progridem patrimonialmente, e muito. Alguns têm apartamentos que o salário de um político jamais poderia comprar, por mais que ele "trabalhasse" mil anos. Aí, quando decidem deixar a vida pública aos '180 anos' de idade, são reverenciados pela mídia política e pela classe política.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Eleições 2014: Urnas biométricas serão usadas por 15% do eleitorado brasileiro

As eleições não são a oportunidade de mudar a realidade do país. Não é depositando 100% das esperanças no voto que exercemos a cada 2 anos, que vamos alterar essa realidade no Brasil. O voto obrigatório no Brasil só serve para o cidadão eleger, não serve para interferir, mudar ou atender as demandas da sociedade. Isto porque, as máfias político-partidárias se apropriaram do processo político-eleitoral no país, fazendo das eleições apenas momentos para legitimarem a sua sobrevivência e a sua permanência no poder. O voto no Brasil só serve pra isso e mais nada. 

Imagem: Reprodução / Agência Brasil

Nas grandes democracias como França, Inglaterra e EUA a atitude de votar, além de ser facultativa, serve também para decidir incontáveis demandas sociais, simultaneamente, no mesmo processo eleitoral. Até na Venezuela do ditador Nicolás Maduro é assim. Aqui, o voto só serve para eleger os candidatos que, uma vez eleitos, se tornam intocáveis. Tornam-se uma casta na qual ninguém pode chegar perto, ninguém pode prender, ninguém pode tirar do poder etc e tal. 

Nós não exercemos a cidadania no Brasil votando, somos apenas votantes, não participamos de nada que modifique, para melhor, o nosso cotidiano. Temos apenas o direito de exercer a nossa ‘votatania’. Essa incapacidade de interferir no processo, faz com que sejamos meros revalidadores desta política ineficiente, sem controle e sem vigilância. Os políticos só fazem o que querem e quando querem, eles não sofrem nenhum tipo de cobrança ou castigo quando erram. É preciso mudar a legislação política. É preciso diminuir o poder dos políticos e aumentar a capacidade efetiva de interferência do eleitor no mandato do parlamentar e nas casas legislativas. Enquanto não subordinarmos essa gente à vontade popular, nada vai mudar. O modelo político-eleitoral brasileiro não corresponde aos direitos e aos anseios do povo. As eleições, no Brasil, não mudam a realidade, apenas legitimam o atual processo corrupto da política brasileira.

É só olhar o que mudou nas últimas 20 eleições no Brasil. O que mudou? Diminuiu a corrupção e a violência? Melhorou a educação e a saúde? O país viveu 10 anos de absoluta prosperidade na economia. Agora, pergunto o seguinte: A realidade social da população brasileira melhorou na proporção, mínima, que deveria se houvesse esse desejo político? Claro, que não! Esses programas sociais do governo são migalhas da riqueza nacional. A população vive numa situação avassaladora de indigência e miséria. É só chover pra gente ver! É só entrar no hospital público pra gente ver! Cadê o médico? Cadê o remédio? Cadê a vaga na escola? Cadê o material escolar? É isso. O país não mudou como deveria ter mudado. Em 30 anos melhoramos o quanto e o que? Está de bom tamanho? Claro, que não está!

O Estado brasileiro na visão dos políticos e dos partidos, aos quais estão filiados, não representa um instrumento para ajudar a sociedade a se organizar e trilhar um caminho de prosperidade, nunca foi. Para os partidos e para as máfias políticas, o Estado brasileiro representa apenas um duto de dinheiro. Eles não querem o poder porque o poder permite alterar a realidade e conduzir o Estado numa direção diferente, não. Eles nunca quiseram isso. Pergunto a você o seguinte: Em que direção a canalhada política conduz o Estado brasileiro, independentemente, dos partidos que integrem? Em nenhuma. O jogo deles é a mera gestão do cotidiano. É a mesma porcaria.

Neste país, os partidos fingem ser sérios antes de chegar ao poder. Enquanto fazem parte da oposição, todos são politicamente corretos. Depois que chegam lá, se acumpliciam com aquelas práticas e com aqueles esquemas corruptos da máquina pública, pecando pela omissão ou pela parceria promíscua. Assim foi com o PT antes de ser governo, e assim será com todos os outros partidos, porque neste modelo político vigente é assim que a banda toca.

Os políticos fazem com o Estado brasileiro aquilo que fazem com as prostitutas que, eventualmente, levam em suas viagens oficiais camufladamente. O Estado serve pra eles como coito cotidiano. Os enriquece, enriquece seus sócios, seus parceiros, seus parentes, seus genros, seus filhos, suas amantes e por aí vai. Vossas Excelências querem, através das eleições, é permanecer no poder, só isso. Porque é do aparato estatal que brotam, aos milhões, os recursos públicos que servem para alimentar essas máfias que os deixam cada dia mais ricos, ousados e prepotentes.

É preciso fazer uma quebra na lógica e no ritmo com que as coisas acontecem no Brasil. E essa ruptura só vai acontecer se o povo for às ruas como foi em junho e julho de 2013. O movimento popular precisa radicalizar, sim. E o seu alvo tem que ser o Estado e seus agentes. Por isso, defendo a invasão da Câmara de Vereadores, da Assembléia Legislativa e do Congresso Nacional. Enfim, defendo a tentativa de invasão ordeira de qualquer palácio pelo movimento popular, porque entendo que isso é legítimo e faz parte do jogo democrático.

A única forma de alterarmos essa realidade, é com o crescimento, o adensamento e a radicalização do movimento popular nas ruas. Só ele os fará mudar. Notem, não se trata de um ataque à instituição, à democracia e ao princípio da representação parlamentar. Trata-se de um discurso aplicado à realidade brasileira.

Mais de 2 mil candidatos têm declarações milionárias, e dois, ‘bilionárias’

Candidatos que declararam possuir algum bem nestas eleições, 2.063 têm patrimônio de mais de um milhão, e dois informaram bens que somam bilhões, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Marcelo Almeida (PMDB) é o candidato mais rico do país, com base em sua declaração de R$ 740,5 milhões. (G1)

Imagem: Reprodução / G1

— Supondo que toda sociedade brasileira tivesse a média moral e ética dos políticos brasileiros, ainda sim, ela não enriquece na proporção e na velocidade que os políticos enriquecem. Portanto, nem isso serve como consolo. Pergunto a você ilustre contribuinte o seguinte: Quantos políticos ficaram pobres na política?
Nenhum, todos estão ricos e milionários. Passam a vida no setor público, apenas no setor público, e constituem fortunas impressionantes. No Brasil inteiro temos exemplos assim. É incrível o que eles são capazes de fazer em benefício do seu grupo, dos seus financiadores, dos seus sócios ocultos e por aí vai.

O Estado brasileiro na visão dos políticos e dos partidos, aos quais estão filiados, não representa um instrumento para ajudar a sociedade a se organizar e trilhar um caminho de prosperidade, nunca foi. Para os partidos e para as máfias políticas, o Estado brasileiro representa apenas um duto de dinheiro. Eles não querem o poder porque o poder permite alterar a realidade e conduzir o Estado numa direção diferente, não. Eles nunca quiseram isso. Pergunto a você, ilustre contribuinte, o seguinte: Em que direção a canalhada política conduz o Estado brasileiro, independentemente, dos partidos que integrem? Em nenhuma. O jogo deles é a mera gestão do cotidiano. É a mesma porcaria.

Os políticos fazem com o Estado brasileiro aquilo que fazem com as prostitutas que, eventualmente, levam em suas viagens oficiais camufladamente. Para eles, o Estado serve como coito cotidiano. Os enriquece, enriquece seus sócios, seus parceiros, seus parentes, seus genros, seus filhos, suas amantes e por aí vai. Não se muda mais o Estado brasileiro por dentro, fazendo política dentro dele. Não tem como mudar esse Estado através da relação que os políticos e os partidos têm com ele, esquece.

É só olhar o que mudou nas últimas 20 eleições no Brasil. O que mudou? Diminuiu a corrupção e a violência? Melhorou a educação e a saúde? O país viveu 10 anos de absoluta prosperidade na economia. O mundo viveu até 2008 uma década de abundância total. Em contrapartida, a população vive numa situação avassaladora de indigência e miséria. É só chover pra gente ver! É só entrar no hospital público pra gente ver! Cadê o médico? Cadê o remédio? Cadê a vaga na escola? Cadê o material escolar? É isso. O país não mudou como deveria ter mudado. Em 20,30 ou 40 anos melhoramos o quanto e o que? Está de bom tamanho? Claro, que não está! Olhe pra dentro do trem, do ônibus, do metrô, da barca e veja se você está sendo tratado com o mínimo de respeito que seu imposto deveria lhe dar? Claro, que não!

Isso aí só muda se tivermos fenômenos crescentes, a partir de atos, como aqueles que vimos em junho de 2013. A única forma de alterar essa realidade, no Brasil, não é depositando 100% das esperanças no voto que exercemos a cada 2 anos. Isto porque, as máfias político-partidárias se apropriaram do processo político-eleitoral no país, fazendo das eleições apenas momentos para legitimarem a sua sobrevivência e a sua permanência no poder. A única forma de alterarmos essa realidade, é com o crescimento, o adensamento e a radicalização do movimento popular nas ruas. Só ele os fará mudar.

Esperar que os políticos mudem através do processo político-eleitoral é ridículo, porque eles não estão nem aí pra fazer essa mudança. Esperar que votando nessa canalhada política é investir na mudança dessa relação do Estado com a sociedade é patético. Sabe por quê? Não é isso que eles querem. O que eles querem é permanecer no poder através das eleições, porque é do aparato estatal que brotam, aos borbotões, os recursos públicos para alimentar essas máfias. Notem, não se trata de um ataque à instituição, à democracia e ao princípio da representação parlamentar. Trata-se de um discurso aplicado à realidade brasileira.

Eleições 2014: Roubos no Rio de Janeiro aumentam 40% em um ano

O número saltou de 8.667 para 12.090. O cálculo inclui roubos a transeuntes, de aparelho celular, roubos no interior de coletivos e de transportes alternativos. Das 33 regiões administrativas do município, 5 tiveram aumento significativo. Em Inhaúma, dobrou. Saltou de 155 para 340. Houve aumento também em Realengo, Irajá, Penha e Ramos. (G1)

Imagem: Reprodução / G1

— Os políticos brasileiros são os grandes inimigos da sociedade, eles têm sonegado à população segurança, saúde, educação, saneamento, habitação e tantos outros itens que, no final das contas, produzem sofrimento, dor e muita morte. Notem, não procuro criticar, especificamente, um político que controle aquele órgão ou aquela área de poder. O que estou criticando, única e exclusivamente, é a ausência ou a má qualidade do serviço público prestado.

Não se trata apenas de não dar serviços na qualidade que deveria dar. Trata-se, também, da capacidade do Estado de sangrar a sociedade, pelo excesso de impostos cobrados, para sustentar suas mordomias, seus privilégios e prestar um serviço de quinta categoria à população. Vejam, não sou contra o Estado. Acho fundamental que se tenha um Estado forte, presente, dono de tudo e que cuide de tudo melhor do que qualquer outro gestor privado, porque ele é nosso representante e nos pertence. Seria ótimo que o Estado tivesse em suas mãos todas as escolas, os hospitais, as estradas, os transportes, a segurança, as refinarias, a exploração do petróleo etc e tal. Em tese, seria tudo mais barato, mais ágil e mais eficaz pra nós.

Mas você sabe porque isso não acontece? Porque tudo que vai pra mão do Estado passa a ser só dele. Deixa de ser algo da sociedade e se torna algo do esquema dele. Ou seja, vira moeda de troca no esquema do deputado, do vereador, do senador, do prefeito, do governador e do(a) presidente. É do aparato estatal que brotam, aos milhões, os recursos públicos que servem para alimentar essas máfias. No Brasil inteiro temos exemplos assim.

O Estado brasileiro na visão dos políticos e dos partidos, aos quais estão filiados, não representa um instrumento para ajudar a sociedade a se organizar e trilhar um caminho de prosperidade, nunca foi. Para os partidos e para as máfias políticas, o Estado brasileiro representa apenas um duto de dinheiro. Eles não querem o poder porque o poder permite alterar a realidade e conduzir o Estado numa direção diferente, não. Eles nunca quiseram isso. Pergunto a você, ilustre contribuinte, o seguinte: Em que direção a canalhada política conduz o Estado brasileiro, independentemente, dos partidos que integrem? Em nenhuma. Eles querem apenas permanecer no poder através das eleições. O jogo deles é a mera gestão do cotidiano. É a mesma porcaria.

É só olhar o que mudou nas últimas 20 eleições no Brasil. O que mudou? Diminuiu a corrupção e a violência? Melhorou a educação e a saúde? O país viveu 10 anos de absoluta prosperidade na economia. O mundo viveu até 2008 uma década de abundância total. Em contrapartida, a população vive numa situação avassaladora de indigência e miséria. É só chover pra gente ver! É só entrar no hospital público pra gente ver! Cadê o médico? Cadê o remédio? Cadê a vaga na escola? Cadê o material escolar? É isso. O país não mudou como deveria ter mudado. Em 20,30 ou 40 anos melhoramos o quanto e o que? Está de bom tamanho? Claro, que não está! Olhe pra dentro do trem, do ônibus, do metrô e da barca em que você se encontra. O contribuinte está sendo tratado com o respeito, mínimo, que seu imposto deveria comprar? Claro, que não!

A única forma de alterar essa realidade, no Brasil, não é depositando 100% das esperanças no voto que exercemos a cada 2 anos. Isto porque, as máfias político-partidárias se apropriaram do processo político-eleitoral no país, fazendo das eleições apenas momentos para legitimarem a sua sobrevivência e a sua permanência no poder. A única forma de alterarmos essa realidade, é com o crescimento, o adensamento e a radicalização do movimento popular nas ruas. Só ele os fará mudar. Notem, não se trata de um ataque à instituição, à democracia e ao princípio da representação parlamentar. Trata-se de um discurso aplicado à realidade brasileira.

É preciso fazer uma quebra na lógica e no ritmo com que as coisas acontecem no Brasil. E essa ruptura só vai acontecer se o povo for às ruas como foi em junho e julho de 2013. A pressão sobre os governantes tem que aumentar, não tem que diminuir ou ser esvaziada. Para isso, é preciso isolar quem tem a violência como único método na ação política e, ao mesmo tempo, estimular a população para que aumente a pressão sobre os políticos. O movimento popular precisa radicalizar, sim. E o seu alvo tem que ser o Estado e seus agentes. Por isso, defendo a invasão da Câmara de Vereadores, da Assembléia Legislativa e do Congresso Nacional. Enfim, defendo a tentativa de invasão ordeira de qualquer palácio pelo movimento popular, porque entendo que isso é legítimo e faz parte do jogo democrático.