domingo, 26 de outubro de 2014

Eleições 2014: Saiba quais serão os desafios para o presidente que será eleito neste domingo

Domingo é dia de eleição. No primeiro turno, 28% dos eleitores resolveram não comparecer, anular ou votar em branco. Mas, para a grande maioria da população é dia de escolher o candidato que pode preencher as expectativas de um Brasil melhor. Aqueles que acham que nenhum dos dois preenchem essa possibilidade, e eu estou entre eles, simplesmente podem se dar ao conforto de não comparecerem às urnas, assim como eu não comparecerei também. Paga-se depois as multas etc e tal. É um ato político tão consciente quanto o de votar.

Imagem: Reprodução / O Globo

Vamos torcer para que o eleito possa cumprir, pelo menos, um pedacinho das promessas feitas ao longo dessa, interminável, campanha eleitoral, e que, acima de tudo, possa tratar de um assunto fundamental para o Brasil poder respirar melhor: É preciso fazer uma reforma política, pra valer, que coloque a classe política subordinada à sociedade brasileira.

No mundo inteiro, o voto não é apenas mais uma manifestação para renovar mandatos, manter ou tirar partidos do poder. O voto faz isso, mas também define várias políticas nacionais no próprio processo de eleição. Os uruguaios, por exemplo, vão fazer hoje o 1º turno da eleição presidencial. Mas, junto com o 1º turno, os eleitores uruguaios, aqui do lado, vão decidir se querem, no mesmo voto e na mesma urna, a redução da maioridade penal ou não.

Há vários temas aqui no Brasil que poderiam ser decididos no mesmo processo eleitoral, inclusive a redução da maioridade penal. Mas, não são decididos porque a classe política brasileira só quer saber do voto para efeito de renovação do seu poder e de sua permanência no controle do Estado.

Então, espero que a escolha feita neste domingo, por cada um de vocês, possa ser vitoriosa no sentido de fazer com que seu candidato cumpra, ao menos, uma pequena parte do paraíso que nos prometeu ao longo da campanha eleitoral. Fique certo de uma coisa eleitor, a partir de segunda-feira a sua vida não mudará, escolha quem quiser escolher, resulte no que resultar esta eleição, a sua vida continuará a mesma. O pais precisará de muitas outras coisas, providências e lideranças para colocar nos trilhos tudo que está fora deles. Temos muitos problemas urgentes para resolver e nós não vamos resolvê-los num prazo visível, com esta classe política e a legislação eleitoral que aí está, seja qual for o candidato escolhido.

A nossa vida não vai mudar a partir de segunda-feira! Vida que segue! Tenham um bom domingo eleitoral!

Presidente do Uruguai, José Mujica, chega de fusca para votar nas eleições que escolherão seu sucessor

Mujica voltou a surpreender ao chegar para votar em uma sessão eleitoral em Montevidéu com o seu fusca azul celeste. Os uruguaios vão às urnas neste domingo para eleger o sucessor do popular chefe de Estado. Os uruguaios já estão acostumados com o seu presidente...e seu carro. O fusca de “Pepe”, como é conhecido, é um clássico e uma dor de cabeça para os responsáveis ​​pela segurança. Cerca de 2,6 milhões de uruguaios estão habilitados a eleger presidente, 30 senadores e 99 deputados que integram o Parlamento, além de se pronunciar sobre um plebiscito para reduzir a 16 anos a maioridade penal. (O Globo)

Imagem: Reprodução / O Globo

— É possível ser uma liderança, ser um homem público e estar próximo do povo sem ser tratado como inimigo em potencial? Sim, mas não é o que os governantes brasileiros fazem na sua aversão à população. Os políticos brasileiros só querem saber do povo pra duas coisas: Pagar imposto e votar. Eles gostam muito de eleições, campanha política, oba-oba e entrevista chapa branca. Só querem saber de coquetel, só querem saber de ficar na sombra de seus privilégios, de suas mordomias e de seus carrões. A classe política brasileira é a escória da sociedade, salvo raríssimas exceções!!!

Eleições 2014: Brasileiros vão às urnas neste domingo escolher o presidente e 14 governadores

Domingo é dia de eleição. No primeiro turno, 28% dos eleitores resolveram não comparecer, anular ou votar em branco. Mas, para a grande maioria da população é dia de escolher o candidato que pode preencher as expectativas de um Brasil melhor. Aqueles que acham que nenhum dos dois preenchem essa possibilidade, e eu estou entre eles, simplesmente podem se dar ao conforto de não comparecerem às urnas, assim como eu não comparecerei também. Paga-se depois as multas etc e tal. É um ato político tão consciente quanto o de votar.

Imagem: Reprodução / O Globo

Vamos torcer para que o eleito possa cumprir, pelo menos, um pedacinho das promessas feitas ao longo dessa, interminável, campanha eleitoral, e que, acima de tudo, possa tratar de um assunto fundamental para o Brasil poder respirar melhor: É preciso fazer uma reforma política, pra valer, que coloque a classe política subordinada à sociedade brasileira.

No mundo inteiro, o voto não é apenas mais uma manifestação para renovar mandatos, manter ou tirar partidos do poder. O voto faz isso, mas também define várias políticas nacionais no próprio processo de eleição. Os uruguaios, por exemplo, vão fazer hoje o 1º turno da eleição presidencial. Mas, junto com o 1º turno, os eleitores uruguaios, aqui do lado, vão decidir se querem, no mesmo voto e na mesma urna, a redução da maioridade penal ou não.

Há vários temas aqui no Brasil que poderiam ser decididos no mesmo processo eleitoral, inclusive a redução da maioridade penal. Mas, não são decididos porque a classe política brasileira só quer saber do voto para efeito de renovação do seu poder e de sua permanência no controle do Estado.

Então, espero que a escolha feita neste domingo, por cada um de vocês, possa ser vitoriosa no sentido de fazer com que seu candidato cumpra, ao menos, uma pequena parte do paraíso que nos prometeu ao longo da campanha eleitoral. Fique certo de uma coisa eleitor, a partir de segunda-feira a sua vida não mudará, escolha quem quiser escolher, resulte no que resultar esta eleição, a sua vida continuará a mesma. O pais precisará de muitas outras coisas, providências e lideranças para colocar nos trilhos tudo que está fora deles. Temos muitos problemas urgentes para resolver e nós não vamos resolvê-los num prazo visível, com esta classe política e a legislação eleitoral que aí está, seja qual for o candidato escolhido.

A nossa vida não vai mudar a partir de segunda-feira! Vida que segue! Tenham um bom domingo eleitoral!

'Virou uma campanha do "vote no menos pior'', diz presidente do TSE, Dias Toffoli, sobre o 2º turno

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro José Antonio Dias Toffoli, criticou o baixo nível das campanhas presidenciais no segundo turno das eleições. Segundo ele, Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) se empenharam mais em destruir o adversário do que em defender suas próprias ideias, quase sinalizando uma campanha do “vote no menos pior”. Essas brigas, na visão dele, estavam afetando a sociedade, acirrando comportamentos e atitudes parecidas com torcidas de futebol. “Se até aqueles que querem presidir a República estão num nível tão baixo, a pessoa se sente mais à vontade para agredir aquele que pensa diferente dela”, disse o presidente do TSE. A animosidade fez com que o TSE proibisse os ataques mútuos no horário eleitoral gratuito. (O Globo)

Imagem: Reprodução / O Globo

— Por que os políticos produzem, deliberadamente, essa confusão com seus atos, suas frases, seus comentários, suas acusações, seus apoios e seus recursos, de várias origens, que apresentam oficialmente ao TSE? Porque mais uma vez, a campanha eleitoral toma, como tem sido diariamente, o aspecto de que contrapõe figuras diferentes, quando na verdade, o que vemos é um festival de iguais. São diferentes na forma como tentam se apresentar ao eleitor, mas são absolutamente iguais na essência ética, na essência moral, na forma como manipulam o discurso, na forma como tentam dissimular as alianças que aceitam e os pactos que fazem. Porque afinal de contas, a cadeira que estão disputando não tem espaço para duas bundas, sejam elas, gordas ou magras.

Mais uma vez, estamos vivendo uma campanha eleitoral absolutamente igual, na sua essência e nos seus personagens, a tudo que já vimos e estamos vendo há séculos. Isto porque, vossas excelências são essencialmente iguais, querem as mesmas coisas e lutam pelos mesmos interesses. É isso que a gente vê o tempo todo, inutilmente, nos debates políticos e no horário eleitoral.

A classe política brasileira é a escória da sociedade. Salvo raríssimas exceções, podemos dizer que, a média da qualidade ética, moral e comportamental dos políticos brasileiros é muito inferior à média moral da sociedade brasileira. A política no Brasil é o sorvedor da escória nacional. Os candidatos aos cargos de presidente e governador são a expressão pura e acabada do que é o político brasileiro. Eles não são um ponto fora da curva, eles são a curva, estão alí para roubar, enriquecer e ficar nas tetas do Estado, usufruindo de suas mordomias e privilégios. Só servem pra isso.

Supondo que toda sociedade tivesse a média moral e ética dos políticos brasileiros, ainda sim, ela não enriquece na proporção e na velocidade que os políticos enriquecem. Ou seja, nem isso serve de consolo. Portanto, é uma mentira dizer que a classe política é a representação da média moral da sociedade brasileira. O brasileiro não é como os políticos são, eles são a escória do país.

Talvez, dentro dos presídios você encontre uma média de valores morais superior à media de valores morais predominante na política brasileira. Basta acompanhar o noticiário que você vai ver, é impressionante o que os políticos são capazes de fazer em benefício do seu grupo, dos seus sócios e dos seus financiadores. Todos estão milionários. Passaram a vida no setor público e construíram fortunas. E mais, diria até que, quanto mais pobre é a região, mais rápido as fortunas se formam. Mas o pior disso tudo é que a gente convive com isso como se fosse algo normal.

Eleições 2014: Crivella tem 55% dos votos válidos e Pezão 45%, mostra pesquisa do Instituto Gerp

Não me agrada, nem um pouco, essa linha de ação política baseada em religiões. É notório que a atuação política dos evangélicos é muito mais incisiva, ostensiva e efetiva do que as lideranças católicas. Estas, ficam mais no plano da gestão institucional e política da igreja. Há muita discussão política que passa pela igreja católica, mas os porta-vozes que se apresentam para essas discussões são entidades da própria igreja ou à ela ligadas como a CNBB, as pastorais etc e tal.

Imagem: Reprodução / R7

Já os evangélicos, organizam-se  partidariamente, politicamente e eleitoralmente. Fazem bancadas e atuam como parlamentares organizados em função de suas convicções religiosas. Querem ocupar parcelas objetivas da máquina pública, querem nomear ministros, querem eleger governadores, prefeitos e não querem fazer por uma questão meramente política, mas sim, por uma questão religiosa e de princípios religiosos. Notem, a minha discussão aqui como interlocutor é debater, analisar e chamar a atenção dos entes políticos, públicos e governamentais. Afinal de contas, são eles que interferem na nossa vida e no nosso cotidiano.

Vejam, ninguém está impondo que as igrejas evangélicas se politizem e elejam vereadores, deputados, senadores, governadores, prefeitos e presidentes. Ninguém está dizendo que elas sejam obrigadas a fazer isso, muito pelo contrário, elas que estão tentando conquistar este espaço. Mas, se escolheram ser entes políticos, a imprensa os tratará como entes públicos quando atuarem como entes políticos. Notem, não critico os evangélicos, critico a bancada evangélica. Reparem que, não existe uma bancada católica, tem lá um ou outro deputado mais ligado à igreja católica. Mas, não se vê uma ação orgânica como instituição religiosa e política ao mesmo tempo.

A força política, eleitoral e partidária das igrejas protestantes é legítima e inquestionável. Sou crítico da ideologização do Estado e um defensor ferrenho do Estado laico. Não quero religião se metendo na minha vida. Não quero religião se metendo com saúde, educação, segurança, transporte e políticas públicas de saneamento, porque isso não passa por religião. Por isso, critico qualquer religião, seja ela muçulmana, judaica, cristã, budista e por aí vai. Não quero nem saber, não quero religião metida com o Estado porque acho péssimo. Mas, os evangélicos não pensam dessa maneira, pelo contrário, eles têm um projeto de tomada de poder através da via democrática, que é legítimo, mas que me oponho a ele como me oporia se fosse qualquer outro tipo de orientação religiosa com esse propósito.

Tenho medo de misturar religião com política, principalmente quando a máquina pública do Estado está em suas mãos. Por isso, sou contra esse negócio de bancada evangélica, católica, judia,... porque incorpora-se à discussão política elementos da fé e da crença que não são materiais, mas sim, de convicções religiosas. Aí, começam a fazer política e administrar países determinando regimes comportamentais de acordo com visões do absolutismo religioso. Por exemplo, se o Deus e a fé de um regime religioso determinam que a maneira correta de viver é "X", esse regime não vai permitir que outras pessoas vivam de forma diferente de "X". Assim acontece no Irã, na Arábia Saudita e em vários países árabes. Portanto, esse negócio da religião contra e a favor faz mal à política.

Hora do voto: imprima sua cola eletrônica e tire suas dúvidas na reta final

Há muito tempo, considero o voto obrigatório uma violência e uma imposição absurda à sociedade por parte das quadrilhas partidárias no Brasil. Nos tratam como se fossemos incapazes de dizer o que nos interessa. Notem, países com democracias mais consolidadas, com estruturas públicas mais sérias, mais probas e menos corruptas do que a nossa, não têm voto obrigatório e, nem por isso, suas democracias se fragilizaram. Aqui, há essa palhaçada de impor a mais de 140 milhões de eleitores a obrigação de dizer que apoiamos e escolhemos entre A,B ou C. Quando, na verdade, muitos não querem nem A, nem B, nem C e nem nada.

Imagem: Reprodução / O Globo

Mas, se você tem um candidato e estiver convencido de que essa escolha lhe dá esperanças de um futuro melhor pra sua cidade, pro seu Estado e pro seu país, vote. Vote no seu candidato com convicção e com fé. Espero que suas expectativas sejam correspondidas. Se as suas expectativas forem correspondidas, isto significa que errei no meu ceticismo, no meu pessimismo e na minha falta de esperanças com relação à classe política brasileira. Tomara que eu esteja errado e daqui a 4 anos reconheça esse equívoco.

Porque quando olho pra trás, não vejo razões pra me arrepender dessa convicção que alimento há muito tempo em mim. Persistirei na ideia de não votar, de não participar do processo, de incentivar o voto nulo e a ausência do eleitor. Persistirei também na contestação aos partidos, aos políticos e à legislação eleitoral. Desta maneira, quero exercer a minha ação política de repúdio a tudo isso que está aí.

Agora, quem assim não entende e quem assim não pensa, que tenha um grande dia neste domingo e que possa votar com fé, com esperança, com crença, com convicção, com ideologia ou como tem que achar que tem que ser. Mas, que seja feliz na sua escolha. 

O mais importante disso tudo, independentemente, da minha opinião e da minha atitude, é que estamos vivendo numa democracia construída por nós. Não foi presente de nenhum político ou partido. Nós, a sociedade brasileira, construímos esse regime e esses direitos que temos hoje, de poder dizer o que pensamos e de poder fazer o que fazemos. Essa democracia tem na eleição e no voto a sua melhor expressão. 

Então, que o domingo seja uma comemoração desse privilégio de poder viver num país com liberdade. Apesar da classe política não estar à altura dessa beleza democrática, a eleição geral mostra que somos uma democracia sólida, vigorosa e saudável. E é isso que nós temos que preservar acima de tudo. Tenham um bom domingo eleitoral.

Eleições 2014: Dilma sobe em palanque com Crivella e Garotinho e depois faz carreata com Pezão e Paes

No Rio, a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) sobe em palanque com Marcelo Crivella (PRB) e Anthony Garotinho (PR) pela manhã, e à tarde vai passear em carro de campanha ao lado de Luiz Fernando Pezão (PMDB) e Eduardo Paes (PMDB). Dá pra entender? Alguém me explique como é que é isso!!! — Ah, mas a política é assim mesmo! — diz um eleitor desavisado. E o que mais é assim mesmo na vida? Conta pra mim! Em que outra área da atividade humana você se permite ser alho e bugalho ao mesmo tempo? Gordo e magro? Alto e baixo? Esquerda e direita? Em quantas outras áreas da atividade humana a ética, a moral, a coerência e os bons costumes são jogados fora, sob o argumento de que "isso é da política"? Em quantas? Diz pra mim!

Imagem: Reprodução / Jornal Extra

Esse argumento de que "isso é da política" é mentiroso! A política não é assim! Pode ser da política feita aqui por eles. Por esses partidos que são verdadeiras quadrilhas, máfias partidárias que só querem o poder e estão pouco se importando se isso é certo ou errado, se ético ou antiético, se é moral ou amoral. Porque é lícito imaginar numa democracia a existência da esquerda e da direita, da situação e da oposição, um lado e outro. O fato é que não tem outro lado, não há oposição na política do Rio de Janeiro.

A classe política brasileira é a escória da sociedade. Salvo raríssimas exceções, vossas excelências são essencialmente iguais, querem as mesmas coisas e lutam pelos mesmos interesses. São diferentes na forma como tentam se apresentar ao eleitor, mas são absolutamente iguais na essência ética, na essência moral, na forma como manipulam o discurso, na forma como tentam dissimular as alianças que aceitam e os pactos que fazem. Porque, afinal de contas, a cadeira que estão disputando não tem espaço para duas bundas, sejam elas, gordas ou magras.