domingo, 15 de março de 2015

Atos contra o governo Dilma mobilizaram 1,8 milhão de pessoas no país

O Brasil viveu mais um dia histórico com milhares de pessoas nas ruas. O país fez uma manifestação que se impôs pela coragem. O protesto foi pacífico porque a polícia foi pacífica, o Estado percebeu que não podia enfrentar porque pacífica ela sempre foi. A essência, a natureza, o propósito e o desejo dos manifestantes sempre foi esse. Pode ter havido um desequilíbrio aqui ou alí. Mas a essência e a espinha dorsal do que aconteceu, estava na paz com que transcorreu essa manifestação para exigir RESPEITO. Basicamente e essencialmente RESPEITO.

Imagem: Reprodução/O Globo

A manifestação foi um sentimento geral de se querer RESPEITO. Esse foi um movimento embrião de tudo que vivemos no Brasil. Essa demanda por RESPEITO e por mudança de postura dos governantes, fez com que o país mostrasse esse exemplo de mobilização de massa.

Pobre país este em que o povo não protesta, em que as multidões só se reúnem pra cantar em shows, pro futebol, pra rezar em eventos, pra reivindicar direitos específicos como a Marcha da Maconha etc e tal. De fato é uma vitória, mas é coisa de um segmento, de um grupo. Ainda que seja defensável, não é uma reivindicação geral, no sentido geral.

Mas, esse povo todo da bíblia, do futebol e das reivindicações de grupo foi pra rua. Eles perceberam que há um sentimento em comum que une todos como povo e como sociedade. O sentimento de dizer aos governantes, ao Estado e à máquina pública que nós não queremos mais essa relação, esse tratamento desrespeitoso e essa afronta com que nos tratam o tempo todo nos hospitais, nas escolas, na falta de segurança e na corrupção desenfreada. Bandeiras que foram colocadas no coração de todos os brasileiros. O país captou, sintetizou e expressou em um grito único.

Manifestação na esplanada dos ministérios de Brasília/O Globo

O que está se pedindo aqui não é a mudança de regime e nem a queda do governo. O que está se dizendo ao governante, ao político e ao agente público é que ele ATUE MAIS, RESPEITE MAIS, ROUBE MENOS, PRODUZA MAIS e GANHE MENOS no sentido de acumular riqueza. Como é que pode, figuras que passaram a vida inteira na área pública serem milionários. Tem político que acumulou um patrimônio impressionante "trabalhando" a vida inteira na área pública. Como é que pode? Então, o que está se pedindo nas ruas do Brasil é RESPEITO. O povo cansou de ser desrespeitado, cansou de ser afrontado, cansou de ser violentado pela conduta dos governantes, dos políticos e dos agentes públicos de uma maneira geral.

Enfim, essa manifestação de massa foi o ápice de uma sequência de pequenos protestos que começaram muito mais semelhante às manifestações realizadas pela juventude da Ditadura Militar, e que eram duramente reprimidas e criminalizadas pela imprensa. É notória a semelhança desse corte histórico. Vimos hoje, o que não víamos desde 2013, do ponto de vista do protesto de massa e de reação de massa. Hoje, em comparação com a Ditadura Militar, temos mais que um nome, um lema ou uma palavra de ordem. Temos um sentimento único, e esse sentimento é o RESPEITO. O recado das ruas aos políticos foi o seguinte: Parem de cuspir na nossa cara e achar que somos otários! Parem de pegar o nosso imposto e fazer o que bem estendem!

Se esses políticos canalhas perceberem que, esse negócio de votar a cada 4 anos para mantê-los lá na ROUBALHEIRA e na SACANAGEM, não engana mais a gente. Se eles perceberem que esse é um povo que se aproximou um pouco do chileno, do argentino, do espanhol e do francês, o negócio vai mudar. O povo na rua faz a realidade nua. Quando tivermos essa identidade de propósitos, vamos ocupar as ruas. Não o tempo todo e a vida inteira por qualquer coisa, porque nós precisamos que as cidades vivam e funcionem. O que muda a realidade é o povo roncando com bafo quente no cangote da CANALHADA POLÍTICA, da CANALHADA GOVERNAMENTAL. No cangote do Estado e de seus agentes, da repartição pública que não atende, que não respeita e atrasa. Da justiça que não funciona, das suas Excelências com suas togas e seus carros oficiais.

Essa gente tem que sentir esse BAFO NO CANGOTE do povo mais vezes para aprender a nos respeitar. Espero que esse movimento conquiste isso.

Em ato pró-Dilma, equipe da TV Globo é hostilizada por manifestantes em São Paulo

Uma equipe da Globo foi hostilizada por manifestantes durante a realização do ato pró-Dilma Rousseff, em São Paulo. O vídeo foi publicado no YouTube e já contabiliza quase 10 mil visualizações. Sob os gritos de "O povo não é bobo, abaixa a Rede Globo", o repórter da emissora José Roberto Burnier caminha, constrangido, e se distancia do grupo. (Midiacon News)

Imagem: Reprodução/Midiacon News

— A imagem da Rede Globo é uma imagem antipatizada pela população. E não é porque a população é perversa, é inconsciente, é mal informada etc e tal. É uma bobagem a gente achar isso. A população tem a imagem da Rede Globo que foi construída pela própria Rede Globo, ao fazer coberturas jornalísticas tendenciosas a favor do governo e contra os interesses da população. É isso que acontece com uma emissora que mais apoia do que critica o Estado e seus governantes, não só em São Paulo, mas em todo país.

O representante da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, André Borges, defende a atitude dos manifestantes que hostilizaram e expulsaram a equipe da Globo: "Eles têm o direito a se manifestar contra a mídia. A mídia mente. Ela também precisa fazer uma autocrítica, a revolta é contra o sistema", afirmou. "Eles não podem agredir, mas podem expulsar, sim", acrescentou.

Atos contra o governo Dilma ocorrem em 22 estados; São Paulo reúne 1 milhão nas ruas

Corrupção, desvio de dinheiro público, descaso com o sofrimento da população, incompetência, inapetência, inoperância e falsas promessas. Se formos a vários estados e cidades do Brasil, vamos encontrar inúmeros exemplos que são o retrato perfeito deste quadro nacional. Isso vai desde a Baixada Fluminense do Rio ao Nordeste com toda a sua seca. Tudo é um retrato do Brasil porque tudo é a realidade brasileira. O que está se pedindo aqui não é a mudança de regime, o que a sociedade está pedindo para o governante, para o político e para o agente público, é que ele atue mais, respeite mais, roube menos, produza mais e ganhe menos, no sentido de acumular riqueza.

Imagem: Reprodução/ O Globo

Pergunto a você, ilustre contribuinte, o seguinte: Como é que pode, figuras que passaram a vida inteira na área pública serem milionários? Tem gente que acumulou um patrimônio impressionante "trabalhando" a vida inteira na área pública. Como é que pode? Então, o que está se pedindo nas ruas do Brasil é respeito. O povo está cansado de ser desrespeitado, afrontado e violentado pela conduta dos governantes, dos políticos e dos agentes públicos.

E não é só o governante e o político. É o agente público, é o cara da repartição, é o cara do balcão, é o cara do atendimento, é o cara da empresa pública que atende mau e transforma a vida do contribuinte num sofrimento sem fim. É esse varejo, é esse tipo de desrespeito que as pessoas não querem mais. É claro que você também não quer a grande escala do desrespeito como obras faraônicas, projetos superfaturados, Copas do Mundo, Cidades da Música e por aí vai. Essa manifestação de massa no país é por respeito, é um movimento por coisas básicas e primárias que o governo e os agentes públicos têm que conceder.

Ah, mas a corrupção na Petrobras começou com o PT? Não. A Petrobras é a única estatal em que há corrupção? Não, isso acontece nas estatais do Brasil inteiro. A corrupção só existe no governo do PT? Não, essa roubalheira desenfreada acontece no governo do PMDB, do PDT, do PTB, do PSDB, do DEM,... todos são assim. Isso acontece em todos os partidos. O Estado brasileiro está tomado pela corrupção e na mão de quadrilhas partidárias. Os partidos políticos tomaram o Estado de assalto e nele nada se faz que não seja do interesse dos políticos e de seus partidos. Ladrões que só pensam em grana para o jogo político e para si próprios. As encomendas, as compras, os projetos,... tudo caminha em função desse tipo de interesse e desse tipo de jogo.

Estamos querendo que eles parem de nos enganar e nos respeitem. Não tem ninguém pregando um golpe de Estado ou a mudança do sistema político brasileiro. Não tem ninguém pregando sequer uma Reforma Constitucional. O que está se pedindo é o mínimo de respeito.

TV Globo retira canopla do microfone para evitar represálias a repórteres durante protestos

Depois de uma equipe, que fazia reportagens para o “Profissão Repórter”, ter sido impedida de filmar no local das manifestações em São Paulo, a emissora decidiu tomar uma atitude para evitar represálias contra seus repórteres. Principalmente nas entradas de repórteres ao vivo nos telejornais da Globo, os jornalistas usarão microfone sem canopla com a marca da emissora, para evitar que os manifestantes os agridam. (NaTelinha)

Imagem: Reprodução/NaTelinha

— A imagem da Rede Globo é uma imagem antipatizada pela população. E não é porque a população é perversa, é inconsciente, é mal informada etc e tal. É uma bobagem a gente achar isso. A população tem a imagem da Rede Globo que foi construída pela própria Rede Globo, ao fazer coberturas jornalísticas tendenciosas a favor do governo e contra os interesses da população. É isso que acontece com uma emissora que mais apoia do que critica o Estado e seus governantes, não só em São Paulo, mas em todo país.

O representante da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, André Borges, defende a atitude dos manifestantes, que quase agrediram a equipe da Globo: "Eles têm o direito a se manifestar contra a mídia. A mídia mente. Ela também precisa fazer uma autocrítica, a revolta é contra o sistema", afirmou. "Eles não podem agredir, mas podem expulsar, sim", acrescentou.

Verdade, a gente não vê por aqui

STF autoriza o ex-deputado do PT João Paulo Cunha a cumprir pena em regime aberto

Condenado a seis anos e quatro meses de prisão por peculato e corrupção passiva, o ex-deputado é o único do núcleo político do mensalão que ainda não havia recebido a progressão de regime. Desde o ano passado, o ex-ministro José Dirceu, o ex-deputado José Genoino e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares já cumprem pena em casa. (O Estado de S.Paulo)

Imagem: Reprodução/O Estado de S.Paulo

— Por mais que estejamos indignados com o resultado do julgamento do mensalão, ele, infelizmente, reflete uma malha jurídica, moral e ética em vigor no Brasil. A história do Supremo Tribunal Federal, salvo a passagem do ex-ministro Joaquim Barbosa, é uma história de omissões e cumplicidade com o poder, sempre foi. Nós somos este país, não adianta ficarmos com dor no estômago ao perceber isso. A decisão do STF é apenas a expressão do que está nas leis, e o que está nas leis reflete o que realmente somos como país. É uma tragédia horrorosa saber que somos um país onde quadrilhas políticas que se apossam do Estado e roubam em plena luz do dia, não são punidos exemplarmente. Cometem os maiores crimes contra a sociedade e não acontece nada.

Nas raras vezes em que conseguimos flagrá-los, processá-los e condená-los, ficamos impedidos de consumar as punições porque a malha jurídica está aí pra não punir ninguém. O poder judiciário está aí pra não castigar nenhum figurão do aparato político-partidário. Está aí pra não punir nenhum figurão que pertença à própria máquina do Estado brasileiro. 

Imagem: Reprodução/O Estado de S.Paulo

Mais do que ficarmos indignados e com ânsia de vômito, temos que tomar consciência de que essa realidade precisa mudar. Não adianta jogar pizzas na porta do STF achando que, se a decisão do Supremo fosse outra, alguma coisa iria mudar. Mas, não mudaria, sabe por quê? Porque a quantidade de recursos e privilégios que o núcleo político possui é imensa.

O que se decidiu no STF livra a cara das figuras políticas do crime como José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares e João Paulo Cunha. As figuras políticas próximas ao ex-presidente Lula foram os grandes favorecidos pela decisão do STF. Mas, essa decisão não livrou da cadeia outros condenados como Marcos Valério e Kátia Rabelo, que pegaram penas de 29 a 40 anos. Essas penas, muito maiores, não atingiram o núcleo político do mensalão. Logo, quem quebrou a cara foram as figuras que não pertenciam ao núcleo político. Todos os políticos envolvidos no mensalão pegaram penas muito menores do que os operadores financeiros do mensalão.

Portanto, o mensalão conseguiu produzir a seguinte sentença moral: As grandes figuras e líderes políticos que roubaram, prevaricaram, omitiram e atuaram como quadrilheiros, estão livres do processo. Já os operadores financeiros que não possuíam nenhum vínculo com o Estado, foram condenados a 40 anos de prisão. O que o STF decidiu foi mais uma manifestação do Estado brasileiro preservando a si mesmo. Aquilo que diz respeito aos seus membros e aos seus entes, ele protege com zelo de mãe. Aqueles que não são seus membros estão aí pra pagar imposto, estão aí pra sofrer as penas que a lei sabe impor com severidade àqueles que não têm recursos, que não têm vínculos políticos e que não integram o aparato do Estado.

Repórter da TV Globo é hostilizada em Copacabana

As imagens publicadas no YouTube e clicadas quase 700 mil vezes, mostram o momento em que a repórter da TV Globo, Bette Lucchese, é ofendida por pessoas na rua depois de se irritar com a equipe que a acompanhava. Pedestres gritaram: “Vai embora!” e “Nunca fica do lado do povo!”, entre outras frases agressivas. (Veja SP)

Imagem: Reprodução / Veja SP

— A imagem da Rede Globo é uma imagem antipatizada pela população. E não é porque a população é perversa, é inconsciente, é mal informada etc e tal. É uma bobagem acharmos isso. A população tem a imagem da Rede Globo que foi construída pela própria Rede Globo, ao fazer coberturas jornalísticas tendenciosas a favor do governo e contra os interesses da população. É isso que acontece com uma emissora que mais apoia do que critica o Estado e seus governantes, não só no Rio de Janeiro, mas em todo país.

O representante da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, André Borges, defendeu a atitude das pessoas que hostilizaram a repórter da Globo. "Eles têm o direito a se manifestar contra a mídia. A mídia mente. Ela também precisa fazer uma autocrítica, a revolta é contra o sistema", afirmou. "Eles não podem agredir, mas podem hostilizar, sim", acrescentou.

Assista ao vídeo feito pelo jornal "A Nova Democracia."

O que mudaria com um eventual impeachment de Dilma Rousseff?

Nada. Absolutamente nada. Essa história de impeachment da Dilma, além de ser uma violência constitucional, não está caracterizada a pré-condição que justificaria o processo de impeachment contra qualquer presidente da República. Pode vir a estar amanhã, porque pode aparecer um elemento que produza essa característica. E aí, FORA DILMA!!!

Imagem: Reprodução/UOL Notícias

Agora, fazer manifestações no Congresso e nas ruas pedindo impeachment da Dilma, na minha maneira de ver, é golpismo claro e objetivo. Notem, estou pouco me lixando pra Dilma. Mas, supondo que amanhã ou semana que vem apareça um elemento característico que justifique a abertura de um processo de impeachment da presidente. Sabe quem vai entrar no lugar dela? Michel Temer (PMDB). Rárara!!! 

Ah, então tira o Michel Temer! Sabe quem entra? Eduardo Cunha (PMDB). Ah, então tira o Eduardo Cunha! Sabe quem entra? Renan Calheiros (PMDB). Ah, então faz outra eleição! Sabe quem entra? Aécio Neves (PSDB). Ah, então faz outra eleição! Sabe quem entra? Cesar Maia (DEM). Faz outra eleição! Sabe quem entra? Sarney! Faz outra eleição! Sabe quem entra? Jader Barbalho! Faz outra eleição! Sabe quem entra? Sérgio Cabral. Faz outra eleição! Sabe quem entra? Geraldo Alckmin! Faz outra! Entra Eduardo Paes! Faz outra eleição! Sabe quem entra? Pezão! Faz outra eleição! Sabe quem entra? Fernando Haddad! Faz outra eleição! Sabe quem entra? Cid Gomes! Faz outra eleição! Sabe quem entra? Garotinho!

Portanto, não é uma questão de dizer que o político "A" é melhor que o político "B". Não é uma questão de dizer que o partido "X" é pior que o partido "Y", não. A classe política que tomou posse do Estado brasileiro é a escória da sociedade. A média da qualidade ética, moral e comportamental dos políticos brasileiros é muito inferior à média moral da sociedade brasileira. A política no Brasil é o sorvedor da escória nacional. Esses vereadores de São Paulo são a expressão pura e acabada do que é o político brasileiro. Eles não são um ponto fora da curva, eles são a curva, estão alí para roubar, enriquecer e ficar nas tetas do Estado, usufruindo de suas mordomias e privilégios. Só servem pra isso.

Supondo que toda sociedade tivesse a média moral e ética dos políticos brasileiros, ainda sim, ela não enriquece na proporção e na velocidade que os políticos enriquecem. Ou seja, nem isso serve de consolo. Portanto, é uma mentira dizer que a classe política é a representação da média moral da sociedade brasileira. O brasileiro não é como os políticos são, eles são a escória do país. Salvo raríssimas exceções!!!

Talvez, dentro dos presídios você encontre uma média de valores morais superior à media de valores morais predominante na política brasileira. Basta acompanhar o noticiário que você vai ver, é impressionante o que os políticos são capazes de fazer em benefício do seu grupo, dos seus sócios e dos seus financiadores. Todos estão milionários. Passaram a vida no setor público e construíram fortunas. E mais, diria até que, quanto mais pobre é a região, mais rápido as fortunas se formam. Mas o pior disso tudo é que a gente convive com isso como se fosse algo normal.

Repórter da TV Globo é hostilizado em Londres por brasileiros durante manifestação

Aconteceu em Londres, Inglaterra, uma manifestação de brasileiros apoiando os protestos que estão parando o Brasil. Na ocasião, uma equipe da Globo foi hostilizada. Segundo informações que estão sendo divulgadas nas redes sociais, cerca de mil pessoas vaiaram a reportagem da emissora até ela ir embora do local, com palavras de ordem do tipo: “O povo não é bobo, abaixo à Rede Globo” e "Globo sai daqui, não queremos você aqui". Porém, nenhuma depredação ou xingamento à equipe foram feitos. A Globo tem sido a mais hostilizada por manifestantes, que acusam o canal de fazer uma cobertura tendenciosa sobre os manifestos, além de não apoiarem “a causa”. (NaTelinha)

Imagem: Reprodução/NaTelinha

— Em apoio às manifestações no Brasil, centenas de brasileiros que vivem na Inglaterra impediram o correspondente internacional da emissora, Marcos Losekann, de cobrir os protestos. O representante da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, André Borges, defende a atitude dos manifestantes. "Eles têm o direito a se manifestar contra a mídia. A mídia mente sobre as manifestações. Ela também precisa fazer uma autocrítica, a revolta é contra o sistema", afirmou. "Eles não podem agredir, mas podem hostilizar e expulsar, sim", acrescentou.

Assista ao vídeo abaixo

A imagem da Rede Globo é uma imagem antipatizada pela população. E não é porque a população é perversa, é inconsciente, é mal informada etc e tal. A população tem a imagem da Rede Globo que foi construída pela própria Rede Globo, ao fazer coberturas jornalísticas tendenciosas a favor do governo e contra os interesses da população. É isso que acontece com uma emissora que mais apóia do que critica o Estado e seus governantes em todo país.

Distorção dos fatos, a gente vê por aqui

Entenda como funciona um processo de impeachment

O processo de impeachment nunca foi plenamente aplicado no Brasil. Mesmo no caso de Fernando Collor, o que houve foi uma renúncia ainda em meio ao processo, em 1992. Por isso, o procedimento legal é pouco conhecido do eleitorado. Se Dilma fosse cassada, o vice-presidente, Michel Temer, herdaria o cargo. Se ele também perdesse o mandato, o presidente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha, assumiria o posto de forma interina até que o novo presidente fosse eleito - em 90 dias, nas urnas, se oimpeachment acontecer até 31 de dezembro de 2016; em 30 dias, por eleição indireta do Congresso, caso a cassação ocorra na segunda metade do mandato. (VEJA.com)

Imagem: Reprodução/VEJA.com

Veja abaixo os passos do processo de impeachment:

1- A caracterização do crime: São crime de responsabilidade os atos do presidente da República que atentem contra a Constituição - que lista especificamente oito itens. No caso de Dilma, os itens V e VI parecem mais significativos. Eles tratam, respectivamente, da probidade na administração e do respeito à lei. O pedido de impeachment pode ser apresentado ao Congresso por qualquer cidadão brasileiro.

2 - A admissão do pedido: É aqui que a maior parte dos pedidos acaba arquivada. Foram mais de 10 desde 2011. Se cumprir os requisitos mínimos (como a apresentação de provas e a listagem de testemunhas), o requerimento vai ser analisado por uma composição composta por integrantes de todas as bancadas da Câmara. Em até dez dias, a comissão precisa emitir um parecer favorável ou contrário à continuidade do processo. Abre-se prazo de 20 dias para o presidente se defender. Para prosseguir, o pedido precisa ser colocado em votação pelo presidente da Câmara e aceito por dois terços ou mais dos deputados (342 de 513). Caso o presidente da República seja acusado de um crime comum, o Supremo Tribunal Federal se encarregará de julgá-lo. Se a acusação for de crime de responsabilidade, o julgamento será feito pelo Senado. O presidente fica automaticamente afastado do cargo quando o processo for iniciado em uma dessas duas esferas. O prazo do afastamento é de seis meses.

Assista ao vídeo abaixo
Vídeo: Reprodução/YouTube - Estadão

3 - A hora decisiva: No caso de crime de responsabilidade, o presidente é julgado no plenário do Senado. A sessão se assemelha a um julgamento comum, com o direito à defesa do réu, a palavra da comissão acusadora e a possibilidade de depoimento de testemunhas. É preciso que dois terços dos senadores (54 de 81) votem pelo impeachment para que o mandato do presidente seja cassado. Também depende deles o tempo de inelegibilidade que será aplicado como punição (até o limite de cinco anos).

4 - Cumpra-se: Se absolvido, o presidente reassume automaticamente o cargo. Se condenado, ele será imediatamente destituído, mesmo antes da publicação da decisão no Diário Oficial.

5 - Novo presidente: Em caso de impeachment, o vice-presidente é empossado. Se ele também tiver sido cassado, o presidente da Câmara assume o cargo interinamente. Caso a vacância ocorra nos dois primeiros anos do mandato, o Congresso convocará uma nova eleição direta em noventa dias. Se oimpeachment do presidente e do vice acontecer na segunda metade do mandato, o Congresso elegerá o novo presidente em um prazo de trinta dias.

6 - A opção extra: Há ainda outra possibilidade legal além do impeachment, essa restrita à Justiça Eleitoral: se o TSE comprovar, por exemplo, que Dilma praticou abuso do poder econômico ou empregou a máquina pública para se eleger em 2014, ela e Temer perderiam o cargo e - apenas nesse caso - Aécio Neves, que ficou em segundo lugar no pleito do ano passado, seria empossado presidente, com Aloysio Nunes Ferreira na vice. É uma situação semelhante à que aconteceu, por exemplo, em 2009 no governo do Maranhão: Jackson Lago (PDT) foi punido pela Justiça e passou o posto à segunda colocada, Roseana Sarney (PMDB).

(Texto: Reprodução/VEJA.com)