quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Concursos públicos oferecem 2.993 vagas com salários até R$ 28,9 mil

Todas as notícias e as respectivas críticas deste blog têm o mesmo DNA. Qual é esse DNA? Os maus modos do servidor público. Mais graves uns, menos graves outros. Comportamentais uns, criminosos outros e por aí vai. Não estou procurando criticar, especificamente, um político que controle aquele órgão ou aquela área de poder. O que estou criticando, única e exclusivamente, é a ausência ou a má qualidade do serviço público prestado. É a violência do Estado brasileiro de se julgar dono de mim, do meu imposto, do meu tempo, da minha paciência e do meu destino. E isso nos coloca diante de uma constatação inevitável que irrita muitos defensores do Estado brasileiro e dos seus privilégios: Nós somos uma coisa e o Estado brasileiro é outra. O Estado e sua estrutura humana são nossos inimigos.

Imagem: Reprodução/Terra Notícias
— Ah, mas eu sou um bom servidor público!
— Não me refiro a um caso isolado. É claro que temos incontáveis exemplos de dedicação e vocação ao serviço público. Mas, não é esse o comportamento predominante na educação, na saúde, na segurança, na gestão da burocracia, na Receita Federal e por aí vai.

O fato é que, toda vez que o cidadão brasileiro demanda por algo que dependa do setor público, ele vai passar por um sufoco maior do que deveria passar. Maior do que passa o mesmo cidadão requerendo o mesmo serviço em países onde a sociedade é respeitada, onde o cidadão é respeitado. Não é verdade que nós temos que aceitar, como padrão inevitável, essa qualidade de quinta categoria que o Estado brasileiro impõe aos serviços que nos presta, isto é, quando nos presta. Em qualquer setor da administração pública você vai encontrar uma barbaridade. E mais, não é só no alto escalão não, isso é assim em toda a sua estrutura. O corpo funcional do setor público está profundamente impregnado de desvios de conduta, inapetência e aversão ao serviço público.

E aí, ficam abrindo concursos para os quais se inscrevem milhares de interessados, uma legião de brasileiros que só se prepara pra isso. Será que todos eles foram tocados pela vocação do serviço público? Ou estão procurando a boquinha da estabilidade, da imobilidade e da impunibilidade? Vão querer me convencer que há uma enxurrada de vocações públicas aflorando a cada concurso. É isso? Não, claro que não! É porque sabem que, se entrarem para o Estado brasileiro vão fazer parte da casta do país. Entrar no aparato estatal é, praticamente, ganhar na loteria.

Agora, pergunto a você ilustre contribuinte, independentemente do seu setor de atividade, o seguinte: Os servidores públicos estão correspondendo, em serviços, aos salários que recebem? Claro, que não! Nunca corresponderam! O Estado brasileiro é um lixo que funciona apenas em função dos seus próprios interesses e dos seus controladores, os políticos. Só serve pra isso.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Metade do país acha que 'bandido bom é bandido morto', diz Datafolha

A constatação aparece em pesquisa encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, ONG que reúne especialistas em violência urbana do país. O levantamento foi realizado no final de julho e fará parte do 9º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que será divulgado nesta semana. O instituto ouviu 1.307 pessoas em 84 cidades com mais de 100 mil habitantes. Para a pergunta se bandido bom é bandido morto, 50% disseram concordar, 45% discordaram e o restante não soube responder ou não concorda nem discorda. Como a margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, há empate técnico, e a pesquisa indica a sociedade dividida. (Folha de S.Paulo)


— Não é um bom traço pra sociedade ter uma polícia que mais mata no mundo e uma posição que endossa esse tipo de conduta. Isso é um salvo conduto para que a matança policial continue no Brasil. Vejam, a sociedade está dizendo que matar bandidos é melhor do que mantê-los presos. Agora, o grande culpado disso é o Estado brasileiro. Notem, se restirarmos o Estado da sua obrigação de mediador, de fornecedor de melhorias sociais, de segurança pública equilibrada,... Se deixarmos que a sociedade brasileira resolva por contra própria suas mazelas do dia a dia, o que vai dar é linchamento mesmo. O que vai dar é execução sumária mesmo!

Para evitar que isso aconteça, o Estado tem que estar presente entre um e outro para dizer o que pode e o que não pode ser feito. Mas, infelizmente, nós não temos Estado. O Estado brasileiro só serve para arrecadar dinheiro e ser alvo de disputa de poder entre as máfias político-partidárias. Sé serve pra isso!!!

Polícia brasileira é a que mais mata no mundo, diz Anistia Internacional

A força policial brasileira é a que mais mata no mundo, segundo relatório da organização Anistia Internacional. Em 2012, foram 56 mil homicídios no Brasil. Em 2014, 15,6% dos homicídios forem feitos por policiais. De acordo com o relatório da Anistia Internacional, os policiais atiram em pessoas que já se renderam, que já estão feridas e sem uma advertência que permitisse que o suspeito se entregue. O levantamento se concentrou na Zona Norte do Rio de Janeiro, que inclui a Favela de Acari.


Entre as vítimas da violência policial no Rio, entre 2010 e 2013, 99,5% eram homens. Quase 80% das vítimas eram negras e três em cada quatro, 75%, tinham idades entre 15 e 29 anos.

A Anistia Internacional acompanhou 220 investigações sobre mortes causadas por policiais desde 2011. Em quatro anos, em apenas um caso, o policial chegou a ser formalmente acusado pela Justiça. Em 2015, desses 220 casos, 183 investigações ainda não tinham sido concluídas.

Reprodução: Jornal do Brasil