Pediatras e clínicos gerais são a principal carência da rede de saúde no Estado
R7.com
Hospital Municipal Souza Aguiar, carência de 1.700 médicos |
Para suprir a carência de profissionais, o governo estadual abriu um processo seletivo para contratação de 1.005 médicos, enquanto o município espera preencher 1.700 vagas por meio de concurso.
Para a presidente do Cremerj, Márcia Rosa Araújo, o principal problema são os baixos salários, que desestimulam os médicos.
- Um bom exemplo desta questão é a remuneração de R$ 1.500 para 20 horas semanais que está no edital da Prefeitura do Rio. Esse salário não atrai profissionais de qualidade. Além disso, desvaloriza um concurso e afronta as entidades médicas.
Na rede federal, a situação mais complicada está no Hospital Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, na zona oeste, que trabalha com apenas 50% dos anestesistas necessários. De acordo com o Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, a principal causa da falta de profissionais é a aposentadoria de médicos.
CPI à vista
A falta de profissionais de saúde nos hospitais da cidade levou o vereador Paulo Pinheiro (PSOL) a recolher assinaturas para a instauração de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). O documento, com 17 assinaturas, ainda não foi colocado em votação pela presidência da Câmara dos Vereadores. Apesar da carência de médicos, Pinheiro diz que a contratação por meio das Os (Organizações Sociais) não é a solução. As OS são fundações contratadas pelo Poder Executivo para gerir recursos da saúde. Outro problema é que os médicos contratados pelas fundações são muito inexperientes.