Instituição alterou uso do Centro de Instruções Práticas, no Caju, porque área não é segura. Agentes reclamam da falta de informações e de lugar para ajustar armas de precisão
O Dia Online
A área que era utilizada para a prática de tiros e testes de armas e coletes à prova de balas, além de simulações e exercícios práticos, está fechada. Com isso, os portões estão trancados, há apenas um vigia, o mato toma conta do espaço e os agentes estão impedidos de treinar uma das funções mais básicas da profissão: fazer disparos.
A assessoria de comunicação da Polícia Civil alegou que trata-se de ‘ reorganização no CIP e que uma das mudanças foi a transferência do plantão, que era feito no local, semestrutura e segurança a policiais’. Segundo o órgão, os interessados podem ir à Acadepol a fim de agendar dia para treino.Agentes de delegacias especializadas, os que mais frequentam o estande de tiro do CIP, afirmam que não houve comunicação sobre mudanças e reclamam que estão sem treinamento. “Se não ajustarmos a pontaria do armamento, o tiro vai sair impreciso, principalmente armas de grosso calibre, como fuzis. Para cada distância tem ajuste específico”, declarou um policial, explicando como é feito o procedimento. O agente atira num alvo duas vezes no mesmo alvo para regular a mira.
A diretoria da Acadepol, órgão da Polícia Civil responsável pela administração do local, informou que a agenda foi estabelecida para ordenar treinamento das equipes que usam as instalações.
‘Burocracia para agendar treinamento’
Diretor jurídico do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio, Francisco Chao criticou a localização do Centro de Instrução Prática e a burocracia para agendar treinamento: “O delegado tem que pedir por ofício”. O Centro de Instrução Prática é rodeado pelas favelas do Complexo do Caju.
No dia 5 de setembro, um veículo da Acadepol que seguia para lá com alunos e professores foi atacado por bandidos. Um policial civil foi baleado. Uma menina de 6 anos e um aposentado foram atingidos por balas perdidas. A menina morreu.