terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

ÁGUA: Estiagem do Sudeste pode estar relacionada à atividade solar

O período de estiagem que aflige a região Sudeste do Brasil podem estar relacionado a ciclos solares. É o que diz o pesquisador Hilton Silveira Pinto, coordenador do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura da Universidade de Campinas. (Revista Época)

Imagem: Reprodução / Revista Época

— De fato, a escassez de chuvas em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e em outras regiões do país é muito grave. O Rio Paraíba do Sul, o mais importante da região sudeste, está com apenas 2% de sua vazão. Umas das nascentes do Rio São Francisco já secou. 

O problema pode até ser nacional, mas a falta de água na torneira da sua casa não tem nada a ver com isso. Não tem nada a ver com o aumento da temperatura planetária, não tem nada a ver com a devastação desenfreada da Amazônia. A falta de água tem a ver com a irresponsabilidade dos nossos governantes que, durante décadas, não fizeram investimentos de prevenção e regulação do fornecimento de água para a população de seus Estados em caso de escassez de chuvas.

Vejam que, apesar da escassez de chuvas no país, o índice pluviométrico do Estado de São Paulo é de 1.400 milímetros por ano. Na Arábia Saudita, o índice pluviométrico é de 80 milímetros por ano e lá não está faltando água. O índice pluviométrico do Egito é de 30 milímetros por ano e não há nenhum registro de desabastecimento de água no Cairo.

Então, a falta de água no Brasil é um problema climático agravado pela incompetência e pela irresponsabilidade dos governantes que comandam o Estado brasileiro. Ou seja, um bando de ordinários e vagabundos que cuidam de si, depois dos seus e quando sobra eventualmente algum tempo e paciência cuidam da sociedade, cuidam do cidadão.