terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

PT chega aos 35 anos como o partido brasileiro mais corrupto de todos os tempos

O ex-gerente de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco, afirmou à Justiça, em acordo de delação premiada, que o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, recebeu de 150 milhões a 200 milhões de dólares em propina de 2003 a 2013, por meio de desvios e fraudes em contratos com a Petrobras. As revelações de Barusco, ex-braço-direito de Renato Duque, que comandava a Diretoria de Serviços por indicação do ex-ministro da Casa Civil e mensaleiro condenado José Dirceu, colocam mais uma vez o caixa do PT no centro do escândalo do petrolão e devem respingar diretamente nas campanhas políticas do partido, incluindo a da própria presidente Dilma Rousseff. (VEJA.com)

Imagem: Reprodução / Revista Veja

— Mais um escândalo na imprensa mostra que a corrupção no Brasil não tem partido. Ela é de direita, de esquerda, de cima, de baixo, de magro, de gordo, de jovem, de velho, de branco, de preto, de roxo, de amarelo e por aí vai. A bandalheira, a canalhice e a roubalheira no país não é problema de um único partido, mas sim de todas as legendas partidárias. Temos escândalos de roubalheira em todas as legendas partidárias. Não precisamos voltar muito tempo atrás. Não é preciso voltar à era Sarney ou à ditadura, não. Mais recentemente, vamos encontrar escândalo do DEM, do PP, do PR, do PMDB (esse então está em todos), do PSDB, do PT, do PTB etc e tal.

Não podemos ficar individualizando o protagonismo da corrupção nacional. O protagonista desta corrupção no momento, sem sombra de dúvida, é o PT. E a peça em cartaz é a Petrobras. Mas, ao tirar esta peça em cartaz, vamos encontrar outros escândalos do PT. Depois, ao tirar o PT da peça, vamos encontrar outros partidos envolvidos em outros escândalos.

Portanto, isso mostra que a corrupção no Brasil é uma questão estrutural, é algo que está impregnado no Estado brasileiro e que contamina todos que fazem parte dele. Estado esse, que é propriedade exclusiva das máfias partidárias. Verdadeiras quadrilhas que se revezam no poder, legitimadas por eleições que só existem pra dar-lhes acesso à jugular do Estado brasileiro.

O Estado brasileiro na visão dos políticos e dos partidos, aos quais estão filiados, não representa um instrumento para ajudar a sociedade a se organizar e trilhar um caminho de prosperidade, nunca foi. Para os partidos e para as máfias políticas, o Estado brasileiro representa apenas um duto de dinheiro. Eles não querem o poder porque o poder permite alterar a realidade e conduzir o Estado numa direção diferente, não. Eles nunca quiseram isso. Pergunto a você, ilustre contribuinte, o seguinte: Em que direção a canalhada política conduz o Estado brasileiro, independentemente, dos partidos que integrem? Em nenhuma. O jogo deles é a mera gestão do cotidiano. É a mesma porcaria.

Nós não temos alternativa à política como sociedade, mas temos alternativa a esta política que fazem no Brasil. Não temos alternativa aos políticos e aos partidos, mas temos alternativa ao que os políticos e os partidos se transformaram no Brasil. Pra isso, claro, precisamos pensar utopicamente. É preciso que a legislação política seja modificada para que eles percam poder e imunidades. É preciso fazer com que o poder da sociedade se torne mais efetivo nas casas legislativas, criando mecanismos que permitam ao cidadão intervir diretamente em seus mandatos. Mecanismos que permitam aos eleitores retirarem do poder políticos corruptos, incompetentes e vagabundos. "Esse aí nos enganou, não presta, rua!!!"

Vários países têm legislações que permitem esse tipo de depuração do processo político-partidário das casas parlamentares. Aqui no Brasil isso não existe, aqui os políticos e os partidos são cidadelas blindadas ao poder da população e do próprio voto. O voto aqui só serve para elegê-los. No mundo inteiro as eleições servem, também, para que as sociedades decidam incontáveis demandas sociais, simultaneamente, no mesmo processo eleitoral. Aqui, só serve para eleger os candidatos que, uma vez eleitos, se tornam intocáveis. Tornam-se uma casta na qual ninguém pode chegar perto, ninguém pode prender, ninguém pode tirar do poder etc e tal.

A única forma de alterarmos essa realidade, é com o crescimento, o adensamento e a radicalização do movimento popular nas ruas. Só ele os fará mudar. Notem, não se trata de um ataque à instituição, à democracia e ao princípio da representação parlamentar. Trata-se de um discurso aplicado à realidade brasileira.

É preciso fazer uma quebra na lógica e no ritmo com que as coisas acontecem no Brasil. E essa ruptura só vai acontecer se o povo for às ruas como foi em junho de 2013. O movimento popular precisa radicalizar, sim. E o seu alvo tem que ser o Estado e seus agentes. Por isso, defendo a invasão da Câmara de Vereadores, da Assembléia Legislativa e do Congresso Nacional. Enfim, defendo a tentativa de invasão ordeira de qualquer palácio pelo movimento popular, porque entendo que isso é legítimo e faz parte do jogo democrático.

Se conseguirmos construir um país, onde vagabundo que rouba dinheiro público pegue 40 anos de cadeia, nós vamos mudar a realidade do Brasil em pouco tempo.

Tomara que isso aconteça! Quem sabe nossos filhos viverão num país melhor!