Segundo especialista, o crime está relacionado à falta de policiamento ostensivo
Em todo o estado do Rio, a alta do crime foi de 58,4% (de 77 para 122 casos). Na capital, o número também subiu de 46 registros para 70 (52,2%). Para o ex-secretário nacional de Segurança Pública, coronel PM José Vicente da Silva, o sequestro-relâmpago está relacionado à falta de policiamento ostensivo. “Além disso, um mapeamento cuidadoso, através das informações das vítimas, consegue identificar as quadrilhas, pois o comportamento delituoso é previsível, repetitivo”, avalia o especialista.
Os números do ISP revelam ainda que o maior número de registros de sequestros-relâmpago na Baixada são de duas delegacias de Duque de Caxias: a 59ª DP, que fica no Centro do município, e a 60ª DP, em Campos Elíseos. As duas unidades concentram 19 dos 32 casos registrados na Baixada em 2011.
Secretaria: policiamento é eficiente
A Secretaria de Segurança reconhece que o crime de sequestro-relâmpago teve um aumento percentual significativo. Porém ressalta que ‘a incidência desse crime ainda é quantitativamente pequena em relação ao estado como um todo’, diz a nota.
Para reduzir chances de ser vítima
O coronel José Vicente da Silva ressalta que o poder público não pode culpar as vítimas por desatenção ou de ter facilitado o crime. “Sequestro-relâmpago é falta de segurança pública”, sentencia o militar.
Para ele, é preciso observar veículos e pessoas estranhas nas redondezas. “Em caso de qualquer suspeita, a possível vítima não deve sair do local seguro, como a portaria do prédio, e ligar imediatamente para o telefone da polícia, o 190”, orienta o oficial.
José Vicente recomenda expressamente não reagir, caso a abordagem seja feita. “É fundamental manter a calma, pois os bandidos, em geral, estão nervosos. Não reagir é a regra básica; outra é tentar negociar para ser libertado logo. O sequestro-relâmpago põe a vida da vítima em perigo durante todo o tempo”, avaliou o coronel.