O Brasil com as suas carências e deficiências, tem uma imprensa com carências e deficiências, tem um judiciário com carências e deficiências. Enfim, tem várias instituições, várias representações da própria sociedade cuja qualidade oscila mais ou menos no nível que oscila a qualidade da sociedade brasileira. No caso da política, a sua qualidade está muito abaixo da qualidade do povo brasileiro. É disparado o pior segmento de todos que nós temos organizados no país.
A saúde no Brasil é uma bomba, mas ela é melhor que a política brasileira. A educação pública brasileira é uma bomba, mas ela é melhor que a política brasileira. O judiciário é uma bomba, é lento, é injusto, é amarrado e tem muita corrupção. Mesmo com tudo isso, ele ainda é melhor que a política brasileira. O pior do Brasil está na política brasileira.
Há exceções? Sim, há exceções. Aí, você vai lá e pega como algo menos pior Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Mas eles não mudam a realidade da política brasileira, nenhum deles mudam. Quando chegam ao poder, se acumpliciam com aqueles negócios, com aquelas figuras, com aquelas práticas e tal. Ou pecam por omissão ou pecam pela parceria e pela sociedade entre eles. No Congresso, as exceções são minorias que servem apenas para legitimar os atos da maioria corrupta e preservar a imagem da instituição pública.
O fato é o seguinte, enquanto eles não tiverem a coragem de virar a mesa em Brasília pra dizer aos políticos corruptos que: Acabou!!! Chega!!! Não vai mudar nada. E aí, pra mim, são todos iguais.