segunda-feira, 11 de julho de 2016

Câmara de São José de Ubá aprova reajuste de até 72% para vereadores, secretários, prefeito e vice

Em meio a uma crise econômica nacional que assola o Estado do Rio de Janeiro, a Câmara de Vereadores do município de São José de Ubá aprovou, por unanimidade, no dia 30 de junho, um aumento salarial de até 72% para "Vossas Excelências" do poder executivo e legislativo. O salário do prefeito Gean Marcos (PMDB) sofreu um reajuste de 21%, de R$14 mil passou para R$18 mil. Já para o vice-prefeito José Cosme (PSD), o reajuste foi de 72%, de R$ 7 mil passou para R$ 12 mil. Os vereadores tiveram um aumento de 16%, de R$ 4.342,50 passarão a receber a bagatela de R$ 5.064,00. Os secretários também foram agraciados e passarão a receber um contracheque de R$ 4.970,00.

Imagem: Reprodução/Natividade FM

Podemos dizer que o salário de R$ 12 mil para o vice-prefeito de uma cidade pobre do noroeste fluminense, com pouco mais de 7 mil habitantes, é pouco? Olha, depende. Se você estiver num município muito próspero, com seus problemas resolvidos e a população entender que seus vice-prefeitos mereçam ganhar mais, que se dê mais de R$ 12 mil. Mas, o município de São José de Ubá não teve seus problemas de saúde, educação e transporte resolvidos. Então, por que os vereadores concederam ao vice-prefeito um aumento salarial de 72%? Por que reajustaram os salários do executivo e do legislativo? Por que? A população de São José de Ubá concorda com esse aumento desnecessário e abusivo da Câmara de Vereadores?

A classe política brasileira não é do Planeta Terra. Os políticos não são da espécie humana, eles são a escória da sociedade. É impressionante que num ambiente como o nosso, na situação em que nós estamos e na crise que nós vivemos, um município pobre do noroeste fluminense seja afrontado por uma atitude como essa. Poucas pessoas no Brasil procuram a política para realizar o sonho de servir ao público, de servir ao povo. Infelizmente, a maioria só está interessada em ter acesso à verbas públicas, altos salários, carros de luxo, poder, mordomias e privilégios.

Agora, pergunto a você o seguinte: Para que serve um Vereador? O que ele faz que não pode ser substituído por associações de moradores ou pelo próprio poder executivo? O que faz um vereador? O que faz? Para que servem as Câmaras de Vereadores?

Minha gente, as Câmaras de Vereadores são inutilidades públicas, são excrescências administrativas, são máquinas onerosas, perdulárias e criminosas. Estão espalhadas pelo país inteiro sugando dinheiro público e tramando crimes. Se percorrermos todas as Câmaras de Vereadores do Brasil vamos encontrar suspeitas, denúncias e investigações por condutas criminosas das "ilustres excelências". Talvez, das 5 mil câmaras existentes no país, apenas umas 100 escapem desse padrão imoral. O sistema político brasileiro é uma máquina de produzir inutilidade e corrupção dentro de si mesmo.

Esta é a lista de vereadores eleitos em outubro de 2012 no município de São José de Ubá-RJ

Os políticos gostam de dizer que a política no Brasil é composta por aquilo que seria a representação do povo brasileiro, mentira. É mentira, minha gente! Eles são muito piores que o povo brasileiro. Os políticos gostam de se defender dizendo que eles são assim porque o povo brasileiro joga papel na rua, estaciona em vaga de deficiente, paga cafezinho para o guarda de trânsito... Enfim, começam a esculhambar o povo para tentar situá-lo no mesmo patamar de indecência no qual estão todos eles. É mentira, não somos iguais a eles!

O povo brasileiro acorda às 5 horas da manhã para trabalhar todos os dias! O povo brasileiro trabalha na madrugada de segunda à sexta-feira! O povo brasileiro vive com salário mínimo, que de mínimo não tem nada, ele é inexistente, ele é humilhante. O povo brasileiro está desempregado! O povo brasileiro recebe uma educação pública de merda, uma saúde pública de merda. O povo brasileiro paga uma das maiores cargas tributárias do mundo. O povo brasileiro trabalha 5 meses por ano só para pagar impostos! Qual político trabalha 5 meses para o país ao longo dos 12? Nenhum!

Portanto, não é verdade que essa gente nos represente no que diz respeito as nossas semelhanças. Eles não são como nós! A política no Brasil não é a representação do povo brasileiro! Os políticos não nos representam! Normalmente, em países decentes, as escórias da sociedade estão nas cadeias. Mas, aqui não! No Brasil, elas estão nas casas legislativas, estão nos governos, estão nas administrações públicas. Essas figuras são parte do Estado brasileiro que, a meu ver, é o maior inimigo da sociedade.

quinta-feira, 24 de março de 2016

Operação Lava Jato completa 2 anos e garante devolução de R$ 2,9 bilhões

A investigação que começou em postos de gasolina de Londrina, no Paraná, chegou ao ápice na última semana, quando gravações telefônicas registraram conversas de Lula com a presidente Dilma Rousseff. É a Lava Jato, que completou dois anos na última quinta-feira e virou tema central no debate político. Os números mostram a dimensão da operação. Só de dinheiro recuperado, foram R$ 2,9 bilhões. Antes disso, a investigação com mais sucesso neste sentido conseguiu a cifra de R$ 70 milhões, no caso Banestado. (Extra Online)

Imagem: Reprodução/Extra Online

— A Operação Lava Jato da Polícia Federal é o maior patrimônio contemporâneo da sociedade brasileira. Ela é, até o momento, o primeiro e único advento histórico que mudou a forma das instituições enfrentarem a praga da corrupção no Brasil. Ela mudou o tratamento desigual concedido, por essas instituições, a poderosos e não poderosos. E que talvez possa produzir um novo patamar para que a sociedade brasileira se livre desse câncer que corrói a nossa economia e nossas relações sociais.

Eduardo Paes decreta ponto facultativo nesta quinta-feira Santa no município do Rio

O decreto do prefeito, Eduardo Paes, foi publicado no Diário Oficial desta segunda-feira. (Extra Online)

Imagem: Reprodução/Extra Online

— Pergunto a você, ilustre contribuinte, o seguinte: Você está satisfeito com o serviço público no Brasil? Os servidores públicos estão correspondendo, em eficiência, às demandas da sociedade? Claro que não! Nunca corresponderam! Então, que história é essa de conceder dias de folga a servidores públicos em que todos os cidadãos, que sustentam essa máquina pública, estão trabalhando!

A troco de que servidores públicos no Brasil tem essa prerrogativa, esse direito, essa mordomia chamada ponto facultativo? Até hoje não consigo entender o que é isso! Você contribuinte, sabe o que é o ponto facultativo? Gostaria de saber também o seguinte: Quem decide isso? Baseado em que tipo de valor ou princípio se concede essa mordomia que o trabalhador comum não tem?

— Olha, isso é uma espécie de compensação pelos serviços prestados.
— Que serviços!?
— Olha, estou fazendo isso pelas horas extras não remuneradas.
— Que horas extras!?
— Olha, estou fazendo isso diante do ‘reconhecimento coletivo’ de que eles são, de fato, ‘grandes parceiros da sociedade’.
— Que reconhecimento coletivo é esse!?
— Olha, é porque eles ‘se mataram de trabalhar’.
— Ah, eles se mataram de trabalhar, é!?

Que história é essa de servidor público trabalhar menos do que o cidadão que lhe paga o salário e que depende do serviço público! Isso é um absurdo! A ausência dele faz falta! Repartição fechada cria problema pra gente! Onde já se viu fechar um posto de saúde, em pleno dia útil, por causa de um feriado no dia anterior! Diz pra mim o que é isso!

Depois os governantes ficam ofendidos porque alguns veículos de imprensa caem de pau em cima deles. A verdade é que esses políticos não têm vergonha na cara! Não vou culpar isoladamente o servidor que tira proveito dessa situação. A culpa é do prefeito Eduardo Paes que concedeu o ponto facultativo.

Se o servidor público tem 30 dias de férias como qualquer cidadão. Se ele goza de outros privilégios que trabalhadores comuns não gozam como: Estabilidade, indemissibilidade e aposentadoria integral com remuneração próxima a da ativa. Que porcaria é essa, na qual o servidor descansa mais do que um trabalhador comum descansa! É carga de trabalho a mais? Não é verdade. Servidores têm hora exata pra entrar e sair do trabalho. Aqui ou alí, você pode ter uma sobrecarga em determinado período, mas na média o expediente é tranquilo. E tem mais, se tiver uma oportunidade de chutar o balde, eles chutam mesmo. E não adianta ficar ofendido porque é uma verdade que a população conhece.

Portanto, não tem esse papo. Eu quero que o servidor trabalhe como eu trabalho! Eu quero que o servidor corresponda ao meu imposto! Eu quero que a repartição esteja funcionando quando precisar do servidor! E tem mais, que esteja com um sorriso no rosto! Nós merecemos isso!

Prefeito Eduardo Paes, já que o senhor controla a Câmara de Vereadores do município, revogue essa palhaçada de ponto facultativo. Pare com essa invenção maluca!!! Não preste esse desserviço à população!!!

The New York Times faz críticas à Rede Globo: "TV que ilude o Brasil"

A jornalista Vanessa Barbara apresentou uma dura crítica à Rede Globo em sua coluna no The New York Times. No artigo traduzido e veiculado no Brasil pelo UOL, a também colunista do Estadão e editora do site literário “A Hortaliça”, analisou um dia de programações da emissora e descreveu o ato de assistir ao canal como “se acostumar a chavões e fórmulas cansadas”. As críticas vão dos telejornais aos talk shows e novelas.


Veja o texto na íntegra:

No ano passado, a revista “The Economist” publicou um artigo sobre a Rede Globo, a maior emissora do Brasil. Ela relatou que “91 milhões de pessoas, pouco menos da metade da população, a assistem todo dia: o tipo de audiência que, nos Estados Unidos, só se tem uma vez por ano, e apenas para a emissora detentora dos direitos naquele ano de transmitir a partida do Super Bowl, a final do futebol americano”.

Esse número pode parecer exagerado, mas basta andar por uma quadra para que pareça conservador. Em todo lugar aonde vou há um televisor ligado, geralmente na Globo, e todo mundo a está assistindo hipnoticamente.

Sem causar surpresa, um estudo de 2011 apoiado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou que o percentual de lares com um aparelho de televisão em 2011 (96,9) era maior do que o percentual de lares com um refrigerador (95,8) e que 64% tinham mais de um televisor. Outros pesquisadores relataram que os brasileiros assistem em média quatro horas e 31 minutos de TV por dia útil, e quatro horas e 14 minutos nos fins de semana; 73% assistem TV todo dia e apenas 4% nunca assistem televisão regularmente (eu sou uma destes últimos).

Entre eles, a Globo é ubíqua. Apesar de sua audiência estar em declínio há décadas, sua fatia ainda é de cerca de 34%. Sua concorrente mais próxima, a Record, tem 15%.

Assim, o que essa presença onipenetrante significa? Em um país onde a educação deixa a desejar (a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico classificou o Brasil recentemente em 60º lugar entre 76 países em desempenho médio nos testes internacionais de avaliação de estudantes), implica que um conjunto de valores e pontos de vista sociais é amplamente compartilhado. Além disso, por ser a maior empresa de mídia da América Latina, a Globo pode exercer influência considerável sobre nossa política.

Um exemplo: há dois anos, em um leve pedido de desculpas, o grupo Globo confessou ter apoiado a ditadura militar do Brasil entre 1964 e 1985. “À luz da História, contudo”, o grupo disse, “não há por que não reconhecer, hoje, explicitamente, que o apoio foi um erro, assim como equivocadas foram outras decisões editoriais do período que decorreram desse desacerto original”.

Com esses riscos em mente, e em nome do bom jornalismo, eu assisti a um dia inteiro de programação da Globo em uma terça-feira recente, para ver o que podia aprender sobre os valores e ideias que ela promove.

A primeira coisa que a maioria das pessoas assiste toda manhã é o noticiário local, depois o noticiário nacional. A partir desses, é possível inferir que não há nada mais importante na vida do que o clima e o trânsito. O fato de nossa presidente, Dilma Rousseff, enfrentar um sério risco de impeachment e que seu principal oponente político, Eduardo Cunha, o presidente da Câmara, está sendo investigado por receber propina, recebe menos tempo no ar do que os detalhes dos congestionamentos. Esses boletins são atualizados pelo menos seis vezes por dia, com os âncoras conversando amigavelmente, como tias velhas na hora do chá, sobre o calor ou a chuva.

A partir dos talk shows matinais e outros programas, eu aprendi que o segredo da vida é ser famoso, rico, vagamente religioso e “do bem”. Todo mundo no ar ama todo mundo e sorri o tempo todo. Histórias maravilhosas foram contadas de pessoas com deficiência que tiveram a força de vontade para serem bem-sucedidas em seus empregos. Especialistas e celebridades discutiam isso e outros assuntos com notável superficialidade.

Eu decidi pular os programas da tarde –a maioria reprises de novelas e filmes de Hollywood– e ir direto ao noticiário do horário nobre.

Há dez anos, um âncora da Globo, William Bonner, comparou o telespectador médio do noticiário “Jornal Nacional” a Homer Simpson –incapaz de entender notícias complexas. Pelo que vi, esse padrão ainda se aplica. Um segmento sobre a escassez de água em São Paulo, por exemplo, foi destacado por um repórter, presente no jardim zoológico local, que disse ironicamente “É possível ver a expressão preocupada do leão com a crise da água”.

Assistir à Globo significa se acostumar a chavões e fórmulas cansadas: muitos textos de notícias incluem pequenos trocadilhos no final ou uma futilidade dita por um transeunte. “Dunga disse que gosta de sorrir”, disse um repórter sobre o técnico da seleção brasileira. Com frequência, alguns poucos segundos são dedicados a notícias perturbadoras, como a revelação de que São Paulo manteria dados operacionais sobre a gestão de águas do Estado em segredo por 25 anos, enquanto minutos inteiros são gastos em assuntos como “o resgate de um homem que se afogava causa espanto e surpresa em uma pequena cidade”.

O restante da noite foi preenchido com novelas, a partir das quais se pode aprender que as mulheres sempre usam maquiagem pesada, brincos enormes, unhas esmaltadas, saias justas, salto alto e cabelo liso. (Com base nisso, acho que não sou uma mulher.) As personagens femininas são boas ou ruins, mas unanimemente magras. Elas lutam umas com as outras pelos homens. Seu propósito supremo na vida é vestir um vestido de noiva, dar à luz a um bebê loiro ou aparecer na televisão, ou todas as opções anteriores. Pessoas normais têm mordomos em suas casas, que são visitadas por encanadores atraentes que seduzem donas de casa entediadas.

Duas das três atuais novelas falam sobre favelas, mas há pouca semelhança com a realidade. Politicamente, elas têm uma inclinação conservadora. “A Regra do Jogo”, por exemplo, tem um personagem que, em um episódio, alega ser um advogado de direitos humanos que trabalha para a Anistia Internacional visando contrabandear para dentro dos presídios materiais para fabricação de bombas para os presos. A organização de defesa se queixou publicamente disso, acusando a Globo de tentar difamar os trabalhadores de direitos humanos por todo o Brasil.

Apesar do nível técnico elevado da produção, as novelas foram dolorosas de assistir, com suas altas doses de preconceito, melodrama, diálogo ruim e clichês.

Mas elas tiveram seu efeito. Ao final do dia, eu me senti menos preocupada com a crise da água ou com a possibilidade de outro golpe militar –assim como o leão apático e as mulheres vazias das novelas.

(Reprodução/Tradução: The New York Times)

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Pezão decreta ponto facultativo nesta quinta-feira Santa para servidores estaduais do Rio

O governador do Estado do Rio, Luiz Fernando Pezão, decretou que a Quinta-Feira Santa, dia 24, será ponto facultativo nas repartições públicas estaduais. (Extra Online)

Imagem: Reprodução/Extra Online

— Órgão público, seja ele municipal, estadual ou federal não precisa de folga para trabalhar melhor. Servidores têm hora exata pra entrar e sair do trabalho. E se tiver uma oportunidade de chutar o balde, eles chutam mesmo. E não adianta ficar ofendido porque é uma verdade que a população conhece. O que eu não entendo é como  o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), consegue manter essa tradição ordinária, anacrônica e absurda de dar ao servidor público uns dias de folga, nos quais todos estão trabalhando.

Quer dizer, o ponto facultativo só presta para o funcionário público. Ou seja, acaba sendo um feriado a mais pra ele, porque bancos, empresas, comércio, escritórios de advocacia e contabilidade trabalham normalmente. Então, que história é essa de não deixar o servidor público trabalhar? A ausência dele faz falta! Repartição fechada cria problema pra gente! Onde já se viu fechar posto de saúde, em pleno dia útil, por causa de um feriado no dia seguinte! Diz pra mim o que é isso!

Depois os governantes ficam ofendidos porque alguns veículos de imprensa caem de pau em cima deles. A verdade é que esses políticos não têm vergonha na cara! Não vou culpar isoladamente o servidor que tira proveito dessa situação. A culpa é do governador que concede o ponto facultativo.

Se o servidor público tem 30 dias de férias como qualquer cidadão. Se ele goza de outros privilégios que trabalhadores comuns não gozam como: Estabilidade, indemissibilidade e aposentadoria integral com remuneração próxima a da ativa. Então, que palhaçada é essa, na qual o servidor descansa mais do que um trabalhador comum descansa! É carga de trabalho a mais? Não é verdade. Aqui ou alí, você pode ter uma sobrecarga em determinado período, mas na média o expediente é tranquilo.

Portanto, não tem esse papo. Eu quero que você trabalhe como eu trabalho! Eu quero que você corresponda ao meu imposto! Eu quero que a repartição esteja funcionando quando precisar de você! E que esteja com um sorriso no rosto! Merecemos isso!

Governador Luiz Fernando Pezão, já que a senhor controla a Alerj, revogue essa palhaçada de ponto facultativo. Pare com essa idiotice!!!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Eduardo Cunha diz ter 'total' condição de presidir a Câmara mesmo se virar réu

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi denunciado pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot, por suspeita de de receber ao menos US$ 5 milhões em propinas referentes a dois contratos de afretamento de navios-sonda da Petrobrás em 2006 e 2007 pela diretoria Internacional da estatal - cota do PMDB no esquema. O peemedebista é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro. (ISTOÉ Independente)


— Quando nos deparamos com afirmações desta natureza, temos absoluta certeza de que estamos entregues ao que há de pior na sociedade brasileira. Nós estamos nas mãos de uma gente de quinta categoria. Salvo raríssimas exceções, a classe política brasileira é a escória da sociedade! Notem, no parlamento de um país sério, estes escândalos de corrupção já teriam determinado, há muito tempo, o afastamento do parlamentar de suas funções e, consequentemente, a renúncia de seu mandato. Mas, aqui no Brasil, a gente sabe como a coisa funciona. Quanto mais denúncias aparecem, mais o alvo das denúncias diz que está sendo vítima de um complô, de uma maquinação de inimigos, de conspiração da imprensa, de vazamento seletivo e tudo mais.

Então, na verdade, não acontece aqui o mesmo que acontece em muitos países sérios quando homens públicos se vêem diante de escândalos de corrupção. Em países onde o dinheiro público é respeitado, casos como este sucedem-se por parte das autoridades envolvidas pedidos de desculpas, atitudes de arrependimento e outras coisas mais. Aqui no Brasil, a sensação que a gente tem é que o cara vai se fortalecendo com as notícias adversas e afirmando, de maneira cada vez mais peremptória, que não renuncia, que não abre mão do mandato e que vai continuar conduzindo decisões vitais para o país, como por exemplo, o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. 

Como é que pode alguém nessa situação e com essa suspeição, conduzir processos importantes para o país. Não poderia, isso deveria ser delegado a um outro parlamentar que tenha ficha limpa no Congresso. Que aliás são poucos!

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Placas de sinalização para Olimpíadas 2016 custam R$ 27 mil cada uma

Você faz ideia de quanto custa cada placa de sinalização para pedestres? No Rio, o preço de cada uma se compara ao de um carro popular zerinho: R$ 27,4 mil. Até o fim do ano, serão espalhadas 500 delas pela cidade — ao todo, serão investidos R$ 13,7 milhões no projeto de instalação dessas placas, que ajudam a preparar a cidade para os turistas que vêm para os Jogos Olímpicos de 2016. (O Dia Online)


— Em qualquer cidade do mundo, onde o dinheiro do contribuinte é respeitado, isso seria um escândalo capaz de abalar qualquer prefeito ou secretário responsável pela área. Mas, aqui no Brasil, nós temos uma realidade muito peculiar em que a autoridade pública comete todo tipo de bandalheira com o dinheiro público e fica por isso mesmo. Não há nenhuma consequência jurídica ou financeira para as autoridades públicas em casos como este. Ou seja, fica o dito pelo não dito! Não acontece nada!  

Prefeito Eduardo Paes, o senhor precisa designar alguém para dar explicações aceitáveis com relação a esse escândalo com o dinheiro do contribuinte. Essa história está muito mal contada! E como tudo no Brasil que está mal contado, envolvendo dinheiro público, tem sacanagem por trás, alguém precisa explicar o que está acontecendo prefeito! Alguém que explique o seguinte: Como é possível gastar R$ 27.000,00 por uma placa de informação turística? Sabendo como o dinheiro público é tratado no Brasil, não é possível que o senhor não sinta-se desconfortável com essa história! Imagine o seguinte prefeito: Quantos problemas o senhor poderia resolver com R$ 13,7 milhões?  

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Eduardo Paes decreta ponto facultativo nos dias 5, 8 e 10 de fevereiro no Rio de Janeiro

Órgão público, seja ele municipal ou estadual, não precisa de folga para trabalhar melhor. Servidores têm hora exata pra entrar e sair do trabalho. E se tiver uma oportunidade de chutar o balde, eles chutam mesmo. E não adianta ficar ofendido porque é uma verdade que a população conhece. O que eu não entendo é como o prefeito Eduardo Paes consegue manter essa tradição ordinária, anacrônica e absurda de dar ao servidor público dias de folga, nos quais todos estão trabalhando.

Imagem: Reprodução/Extra Online

Depois os governantes ficam ofendidos quando são criticados por alguns veículos de imprensa. A verdade é que esses políticos não têm vergonha na cara! Não vou culpar isoladamente o servidor que tira proveito dessa situação. A culpa é do prefeito Eduardo Paes que concede o ponto facultativo!!!

A troco de que servidores públicos no Brasil tem essa prerrogativa, esse direito, essa mordomia chamada ponto facultativo? Até hoje não consigo entender o que é isso! Você contribuinte, sabe o que é o ponto facultativo? Gostaria de saber também o seguinte: Quem decide isso? Baseado em que tipo de valor ou princípio se concede essa mordomia que o trabalhador comum não tem?

— Olha, isso é uma espécie de compensação pelos serviços prestados.
— Que serviços!?
— Olha, estou fazendo isso pelas horas extras não remuneradas.
— Que horas extras!?
— Olha, estou fazendo isso diante do ‘reconhecimento coletivo’ de que eles são, de fato, ‘grandes parceiros da sociedade’.
— Que reconhecimento coletivo é esse!?
— Olha, é porque eles ‘se mataram de trabalhar’.
— Ah, eles se mataram de trabalhar, é!?

Pergunto a você, ilustre contribuinte, o seguinte: Você está satisfeito com o serviço público no Brasil? Os servidores públicos estão correspondendo, em eficiência, às demandas da sociedade? Claro que não! Nunca corresponderam! Então, que história é essa de conceder dias de folga a servidores públicos em que todos os cidadãos, que sustentam essa máquina pública, estão trabalhando!

Que história é essa de servidor público trabalhar menos do que o cidadão que lhe paga o salário e que depende do serviço público! Isso é um absurdo! A ausência dele faz falta! Repartição fechada cria problema pra gente! Onde já se viu fechar um posto de saúde, em pleno dia útil, por causa de um feriado no dia anterior! Diz pra mim o que é isso!

Se o servidor público tem 30 dias de férias como qualquer cidadão. Se ele goza de outros privilégios que trabalhadores comuns não gozam como: Estabilidade, indemissibilidade e aposentadoria integral com remuneração próxima a da ativa. Que porcaria é essa, na qual o servidor descansa mais do que um trabalhador comum descansa! É carga de trabalho a mais? Não é verdade. Aqui ou alí, você pode ter uma sobrecarga em determinado período, mas na média o expediente é tranquilo.

Portanto, não tem esse papo. Eu quero que o servidor trabalhe como eu trabalho! Eu quero que o servidor corresponda ao meu imposto! Eu quero que a repartição esteja funcionando quando precisar do servidor! E tem mais, que esteja com um sorriso no rosto! Nós merecemos isso!

Prefeito Eduardo Paes, já que o senhor controla a casa legislativa do município, revogue essa palhaçada de ponto facultativo. Pare com essa invenção maluca!!! Não preste esse desserviço à população do Rio de Janeiro!!!

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Por falta de deputados, Congresso adia mais uma vez votação do ajuste fiscal

A sessão que analisaria os vetos da presidente Dilma Rousseff a projetos da chamada "pauta-bomba", que aumentam gastos públicos, foi encerrada por falta de quórum para votação entre os deputados. É a segunda vez nesta semana que a Câmara não dá quórum para a análise dos vetos, que podem ameaçar o ajuste fiscal. Uma semana após a reforma ministerial ampliar o espaço do PMDB, maior partido da base aliada, no ministério da presidente Dilma. O PMDB cresceu de seis para sete pastas, e os ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia foram dados a deputados do partido. O vice-líder do governo na Câmara, deputado Sílvio Costa (PSC-PE), afirmou que a base do governo faz "chantagem", buscando a nomeação de cargos e a liberação de emendas parlamentares ao Orçamento. (UOL Notícias)


— O Congresso Nacional está tomado por "milícias". Iguais às milicias que dominam várias comunidades pelo país cobrando pedágio para andar na rua, impondo regras, controlando a distribuição de produtos e serviços, extorquindo comerciantes, invadindo casas de moradores... Ou seja, são milícias! Muitas delas formadas policiais e ex-policiais, bombeiros e ex-bombeiros, agentes penitenciários etc e tal. As milícias surgem com a intensão e o discurso de se opor ao tráfico de drogas, mas acabam se transformando em opressores, do mesmo nível da bandidagem, contra a população.

Recentemente, houve uma reforma ministerial na qual foi decidido pelos partidos governistas a distribuição, acintosa e vergonhosa, de cargos públicos para tentar compor uma base dentro Congresso Nacional. Mas o que vemos a despeito de terem dado aos partidos uma boa parte dos cargos públicos do país, são grupos de parlamentares - "milícias" - querendo extorquir mais, tirar mais do governo e da máquina pública.

Vejam, não é mais uma ação partidária! Não tem uma questão ideológica! Não tem uma questão programática! Não tem uma questão operacional, não! É só "milícia" querendo tomar mais e mais parcelas do poder no governo, adiando votações fundamentais para o país no grito.

Atual Congresso brasileiro deveria ser dissolvido, diz sociólogo espanhol

O sociólogo espanhol Manuel Castells, 71, diz que o atual Congresso brasileiro não tem como se reformar. Ele defende sua dissolução para dar lugar a uma assembleia constituinte. "O grande problema do Brasil não é econômico, mas político", afirma. "Se não for alterado o sistema político, a esperança de mudança representada pelo movimento se converterá em raiva coletiva e cinismo individual."


Castells é um dos mais reconhecidos estudiosos de movimentos em rede e de seus efeitos na política. Ele esteve no Brasil no mês passado, coincidentemente durante os protestos. Contou a experiência em artigo publicado no sábado pelo jornal "La Vanguardia", de Barcelona --no texto, o sociólogo escreve que forças policiais do Distrito Federal e do Ministério da Justiça mataram manifestantes, o que não aconteceu.

Em entrevista à Folha por e-mail, Castells diz que "o Brasil chegou a um ponto não sustentável na deterioração ecológica e urbana".

Folha - A que o sr. atribui as manifestações das últimas semanas no Brasil?
Manuel Castells
- Eu não interpreto os movimentos, e sim observo o que os movimentos dizem sobre suas motivações. Começou contra o aumento das tarifas, e depois a tarifa zero, porque a mobilidade é um direito universal. A isso se somam as demandas sobre educação e saúde, bens essenciais para a vida das pessoas e que não são são atendidos nem pelo mercado nem pelo Estado, na proporção do crescimento econômico que tem tido o Brasil. Eles dizem "não são os centavos, são nossos direitos". Ou seja, os jovens sentem que as instituições e os políticos não respeitam seus direitos nem oferecem canais de participação. Por isso têm que sair à rua, e a presidenta Dilma Roussef está de acordo. Além disso, a corrupção política é um insulto à dignidade cidadã.

O sr. acredita que as manifestações poderiam ter acontecido se não existissem as redes sociais?
Não. As redes sociais são o espaço público no qual, no nosso tipo de sociedade, a sociedade rede, se formam os movimentos sociais, para a partir dali ocupar o espaço público urbano e penetrar depois no espaço público institucional. Mas isso não quer dizer que são as redes que causam o movimento. O movimento é uma revolta contra a injustiça e a humilhação cotidiana que sofrem muitos jovens. Mas as redes são a plataforma indispensável para que eles se encontrem, debatam, coordenem-se e expressem-se fora do sistema político e das formas tradicionais, hoje em dia burocratizadas.

Faz tempo que as redes sociais têm força no Brasil. Por que demorou tanto em acontecer algo como agora?
Exatamente porque a causa não são as redes, mas sim a indignação contra as condições de vida das pessoas imposta por um crescimento econômico e urbano especulativo e sem controle. O Brasil chegou a um ponto não sustentável na deterioração ecológica e urbana, assim como os níveis de corrupção e arrogância da classe política.

Como o sr. compara o que passou no Brasil com os processos da Primavera Árabe, dos indignados espanhóis, do Cinco Estrelas na Itália e com o que acontece agora na Turquia?
Em todos os casos, os movimentos são espontâneos, sem líderes, sem ideologia comum. Surgem da indignação e da defesa da dignidade. São gestados nas redes sociais, se expressam no espaço urbano e recusam as formas de governo que não consideram democráticas. São essencialmente movimentos contra a corrupção da classe política e por uma nova forma de representação. E surgem na ditadura e na democracia, em períodos de crescimento e em períodos de crise econômico, e em diferentes contextos culturais. Ou seja, o contexto é diferente, mas os movimentos se parecem porque têm a forma dos movimentos sociais na era da internet.

O Executivo e o Legislativo brasileiros estão reagindo às manifestações. Como vê essa relação entre as redes e a vida institucional? Como isso vai acontecer a partir de agora?
A presidenta Dilma Rousseff reagiu como democrata. Escutou as ruas e tratou de atuar imediatamente, investindo no transporte, na educação e na saúde e propondo uma reforma política por plebiscito para superar o bloqueio da classe política brasileira que em sua maior parte é corrupta, não só pelo dinheiro, mas também pelo poder, porque acreditam que o poder é dela e não dos cidadãos.
O grande problema do Brasil não é econômico, mas político. Os partidos políticos brasileiros representam a si mesmos e se fecham a qualquer reforma real que limite seus privilégios. Esse é o ponto chave. Se não for alterado o sistema político, a esperança de mudança hoje representada pelo movimento se converterá em raiva coletiva e cinismo individual.
O Congresso atual não pode se autorreformar. Deveria ser dissolvido para que se inicie um processo constituinte de reforma da democracia. O Brasil poderia ser um exemplo para o mundo. A presidenta, líderes como Marina Silva e talvez o presidente Lula e o presidente [Fernando Henrique] Cardoso poderiam liderar a mudança com sua autoridade moral. Mas muitos políticos profissionais deveriam se aposentar e montar empresas para criar empregos com o dinheiro que ganharam na política.

(Reprodução: Folha de S.Paulo)

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Ibope: 2 em cada 3 eleitores não votariam nos seis virtuais candidatos à Presidência da República

A rejeição demonstra que uma parte cada vez maior do eleitorado duvida da eficiência do sistema político. Não crê que ele vá produzir uma solução para os problemas que se perpetuam. É mais do mesmo. O ódio é geral e irrestrito. Lula enfrenta hoje 55% de eleitores que dizem não votar nele de jeito nenhum, a maior taxa entre os políticos pesquisados pelo Ibope. Mas seus potenciais adversários não estão lá muito melhor. Todos oscilam entre 47% e 54% de rejeição. Como resultado, há muito ódio compartilhado. (Estadão)

— As eleições não são a oportunidade de mudar a realidade do país. Não é depositando 100% das esperanças no voto que exercemos a cada 2 anos, que vamos alterar essa realidade no Brasil. O voto obrigatório no Brasil só serve para o cidadão eleger, não serve para interferir, mudar ou atender as demandas da sociedade. Isto porque, as máfias político-partidárias se apropriaram do processo político-eleitoral no país, fazendo das eleições apenas momentos para legitimarem a sua sobrevivência e a sua permanência no poder. O voto no Brasil só serve pra isso e mais nada. 

Nas grandes democracias como França, Inglaterra e EUA a atitude de votar, além de ser facultativa, serve também para decidir incontáveis demandas sociais, simultaneamente, no mesmo processo eleitoral. Até na Venezuela do ditador Nicolás Maduro é assim. Aqui, o voto só serve para eleger os candidatos que, uma vez eleitos, se tornam intocáveis. Tornam-se uma casta na qual ninguém pode chegar perto, ninguém pode prender, ninguém pode tirar do poder etc e tal.

É claro que nós não temos alternativa à política como meio de equilibrar nossas relações e evitar que nos devoremos, porque é a política que faz com que a gente organize o caminho coletivo. Mas, nós temos alternativa à essa política praticada no Brasil. Nós não temos, também, alternativa aos políticos como sociedade e aos partidos dos quais afloram. Mas, nós temos alternativa a esses políticos e a esses partidos que temos aqui. Partidos que foram transformados em máfias que disputam, única e exclusivamente, o controle do Estado. Não para transformá-lo, direcioná-lo e torná-lo num instrumento cada vez mais eficaz de atendimento ao cidadão, não. Mas, para ser o lugar do qual eles tiram a grana, a corrupção, a propina do empreiteiro, o jatinho da FAB pra implantar cabelo. A boca pra nomear o ministro amigo, o genro ladrão, a amante pelancuda e por aí vai.

Nós não temos alternativa à política como sociedade, mas temos alternativa a esta política que fazem no Brasil. Não temos alternativa aos políticos e aos partidos, mas temos alternativa ao que os políticos e os partidos se transformaram no Brasil. Pra isso, claro, precisamos pensar utopicamente. É preciso que a legislação política seja modificada para que eles percam poder e imunidades, fazendo com que o poder da sociedade se torne mais efetivo nas casas legislativas, criando mecanismos que permitam ao cidadão intervir diretamente em seus mandatos. Mecanismos que permitam aos eleitores retirarem do poder políticos corruptos, incompetentes e vagabundos. "Esse aí nos enganou, não presta, rua!!!"

Vários países têm legislações que permitem esse tipo de depuração do processo político-partidário das casas parlamentares. Aqui no Brasil isso não existe, aqui os políticos e os partidos são cidadelas blindadas ao poder da população e do próprio voto. O voto aqui só serve para elegê-los.

Nós não exercemos a cidadania no Brasil votando, somos apenas votantes, não participamos de nada que modifique, para melhor, o nosso cotidiano. Temos apenas o direito de exercer a nossa ‘votatania’. Essa incapacidade de interferir no processo, faz com que sejamos meros revalidadores desta política ineficiente, sem controle e sem vigilância. Os políticos só fazem o que querem e quando querem, eles não sofrem nenhum tipo de cobrança ou condenação quando erram.

É preciso mudar a legislação política. É preciso diminuir o poder dos políticos e aumentar a capacidade efetiva de interferência do eleitor no mandato do parlamentar e nas casas legislativas. Enquanto não subordinarmos essa gente à vontade popular, nada vai mudar. O modelo político-eleitoral brasileiro não corresponde aos direitos e aos anseios do povo. As eleições, no Brasil, não mudam a realidade, apenas legitimam o atual processo corrupto da política brasileira.

É só olhar o que mudou nas últimas 20 eleições no Brasil. O que mudou? Diminuiu a corrupção e a violência? Melhorou a educação e a saúde? O país viveu 10 anos de absoluta prosperidade na economia. Agora, pergunto o seguinte: A realidade social da população brasileira melhorou na proporção, mínima, que deveria se houvesse esse desejo político? Claro, que não! Esses programas sociais do governo são migalhas da riqueza nacional. A população vive numa situação avassaladora de indigência e miséria. É só chover pra gente ver! É só entrar no hospital público pra gente ver! Cadê o médico? Cadê o remédio? Cadê a vaga na escola? Cadê o material escolar? É isso. O país não mudou como deveria ter mudado. Em 30 anos melhoramos o quanto e o que? Está de bom tamanho? Claro, que não está!

O Estado brasileiro na visão dos políticos e dos partidos, aos quais estão filiados, não representa um instrumento para ajudar a sociedade a se organizar e trilhar um caminho de prosperidade, nunca foi. Para os partidos e para as máfias políticas, o Estado brasileiro representa apenas um duto de dinheiro. Eles não querem o poder porque o poder permite alterar a realidade e conduzir o Estado numa direção diferente, não. Eles nunca quiseram isso. Pergunto a você o seguinte: Em que direção a canalhada política conduz o Estado brasileiro, independentemente, dos partidos que integrem? Em nenhuma. O jogo deles é a mera gestão do cotidiano. É a mesma porcaria.

Neste país, os partidos fingem ser sérios antes de chegar ao poder. Enquanto fazem parte da oposição, todos são politicamente corretos. Depois que chegam lá, se acumpliciam com aquelas práticas e com aqueles esquemas corruptos da máquina pública, pecando pela omissão ou pela parceria promíscua. Assim foi com o PT antes de ser governo, e assim será com todos os outros partidos, porque neste modelo político vigente é assim que a banda toca.

Os políticos fazem com o Estado brasileiro aquilo que fazem com as prostitutas que, eventualmente, levam em suas viagens oficiais camufladamente. O Estado serve pra eles como coito cotidiano. Os enriquece, enriquece seus sócios, seus parceiros, seus parentes, seus genros, seus filhos, suas amantes e por aí vai. Vossas Excelências querem, através das eleições, é permanecer no poder, só isso. Porque é do aparato estatal que brotam, aos milhões, os recursos públicos que servem para alimentar essas máfias que os deixam cada dia mais ricos, ousados e prepotentes.

É preciso fazer uma quebra na lógica e no ritmo com que as coisas acontecem no Brasil. E essa ruptura só vai acontecer se o povo for às ruas como foi em junho e julho de 2013. O movimento popular precisa radicalizar, sim. E o seu alvo tem que ser o Estado e seus agentes. Por isso, defendo a invasão da Câmara de Vereadores, da Assembléia Legislativa e do Congresso Nacional. Enfim, defendo a tentativa de invasão ordeira de qualquer palácio pelo movimento popular, porque entendo que isso é legítimo e faz parte do jogo democrático.

A única forma de alterarmos essa realidade, é com o crescimento, o adensamento e a radicalização do movimento popular nas ruas. Só ele os fará mudar. Notem, não se trata de um ataque à instituição, à democracia e ao princípio da representação parlamentar. Trata-se de um discurso aplicado à realidade brasileira.Leia Mais:http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,odios-multiplos,1789690
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sexta-feira, 16 de outubro de 2015

CCJ da Câmara dos Deputados aprova projeto que pune quem falar mal de políticos na internet

A proposta muda o Marco Civil da Internet e o Código Penal, beneficiando principalmente os políticos envolvidos em escândalos. O projeto cria o direito de remover da internet qualquer conteúdo que associe o nome da pessoa a um crime do qual ela tenha sido absolvida ou a qualquer fato, com ou sem julgamento, que ela considere prejudicial a sua honra. Num exemplo bem simples, todo processo de impeachment sofrido pelo ex-presidente Fernando Collor poderia sumir da rede de computadores, caso assim ele pedisse. "Na União Europeia, o direito ao esquecimento não se aplica à pessoa pública. É um projeto preocupante, um grave retrocesso. Ele ameaça a narrativa histórica e a liberdade de expressão", critica Alessandro Molon (Rede). (Extra Online)


— A classe política brasileira é a escória da sociedade. Salvo raríssimas exceções, a média da qualidade ética, moral e comportamental dos políticos brasileiros é muito inferior à média moral da sociedade brasileira. A política no Brasil é o sorvedor da escória nacional. Os deputados da Câmara são a expressão pura e acabada do que é o político brasileiro. Eles não são um ponto fora da curva, eles são a curva, estão alí para roubar, enriquecer e ficar nas tetas do Estado, usufruindo de suas mordomias e privilégios. Só servem pra isso!!!

Supondo que toda sociedade tivesse a média moral e ética dos políticos brasileiros, ainda sim, ela não enriquece na proporção e na velocidade que os políticos enriquecem. Ou seja, nem isso serve de consolo. Portanto, é uma mentira dizer que a classe política é a representação da média moral da sociedade brasileira. O brasileiro não é como os políticos são, eles são a escória do país.

Talvez, dentro dos presídios você encontre uma média de valores morais superior à media de valores morais predominante na política brasileira. Basta acompanhar o noticiário que você vai ver. É impressionante o que os políticos são capazes de fazer em benefício do seu grupo, dos seus sócios e dos seus financiadores. Todos estão milionários. Passaram a vida no setor público e construíram fortunas. Mas o pior disso tudo é que a gente convive com isso como se fosse algo normal.

Não querem ser criticados? Roubem menos, façam mais, respeitem mais!!!


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