quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

CARNAVAL 2012: Taxistas cobram por corridas "no tiro" (fora do taxímetro) no Santos Dumont

             

Coluna do jornal O Dia

CARNAVAL 2012: Terrorista italiano Cesare Battisti cai no samba, enquanto cabo Daciolo continua preso

Coluna do jornal O Globo

CARNAVAL 2012: Obras no setor 10 da Sapucaí não ficam prontas e Eduardo Paes prejudica o povo

Extra Online

RIO - Quem tinha ingresso para assistir ao desfile do Grupo de Acesso, neste sábado, nas frisas do Setor 10 foi barrado. Segundo informavam os funcionários, nessa parte do Sambódromo, a frisa não ficou pronta e as pessoas eram encaminhadas à arquibancada do setor ou orientadas a procurarem o posto da Liesa, no Setor 11, para fazer a reclamação.

A família da advogada Dulce Costa, de 62 anos, no entanto, preferiu ir embora. Apesar de terem ingressos para a frisa do Setor 10, um presente de um amigo que trabalha na Prefeitura do Rio, ela e mais três pessoas foram barradas.

-- É um desrespeito com o público. Vim de Jacarepaguá para torcer pelo Império Serrano e não vou conseguir ver minha escola. Não vou para a arquibancada, que já deve estar lotada e não vim para cá para passar sufoco -- disse ela, que carregava uma bolsa com água de coco e frutas.

Afilhada de Dulce, a estudante Maria Carolina Chaves, de 20 anos, veio de Curitiba para assistir ao desfile na Supucaí pela primeira vez. Ela conta que o grupo saiu de casa às 17h30 e chegou ao Sambódromo às 19h30.

-- É uma frustração muito grande. Um desrespeito não só com o público, mas também com as escolas de samba.

Matéria originalmente publicada no Extra Online

CARNAVAL 2012: Bloco Carmelitas leva 20 mil às ruas contra Sérgio Cabral


RIO - "São Cabral que nos governa, trazei o nosso bonde de volta. Sua culpa é máxima, nunca mais sucateie o nosso bonde". Esta é a oração para "São Sérgio Cabral", governador do Rio de Janeiro, que marcou o desfile do bloco Carmelitas, no primeiro dia oficial do Carnaval de rua da capital fluminense, no bairro de Santa Tereza, região do centro.

O bloco, que desfila pelas ruas do tradicional bairro artístico do Rio há 22 anos, sempre engajado nas causas dos moradores, desta vez elegeu a falta do bondinho para empolgar de forma bem irônica os cerca de 20 mil seguidores, segundo estimativa da Polícia Militar, que se espremeram pelas estreitas ruas debaixo de muito calor.

Além do santinho distribuído entre os foliões com a oração para "São Cabral", o Carmelitas também colocou em seu samba-enredo as mazelas do transporte público no bairro, desde o acidente em agosto do ano passado, quando um dos bondes descarrilhou deixando seis mortos e mais de 50 feridos. Desde então, os bondinhos, passeio turístico obrigatório para quem vem ao Rio, deixaram de circular.

O samba "Grito de Alerta" cantou versos como: "Não pode ser sucateado e nem maltratado, o bonde agoniza nos trilhos pedindo ajuda para sobreviver". "É um manifesto que só justifica uma reinvindicação do bairro. O nosso bonde desapareceu, ele é mais do que um meio de transporte, ele é um patrimônio cultural nosso", explicou o presidente do Carmelitas, Alvanísio Damasceno.

Coube também uma homenagem ao motorneiro Nelson Silva, falecido no descarrilamento. Todos os integrantes da bateria vestiram camisetas com o escrito: "Valeu, Seu Nelson". No samba, os puxadores cantavam para a multidão: "Vem, Seu Nelson, leva meu bonde nesse Carnaval. O Seu Cabral perdeu a linha, foi parar em Portugal".

"Era quase que nossa obrigação homenagear o Seu Nelson, alguém que dedicou sua vida a este bairro e infelizmente veio a falecer", completou o coordenador do bloco, Marco Aurélio Gonçalves. Apesar de toda as reinvindicações, claro que também teve espaço para a folia.

Breve histórico
Em agosto do ano passado, um dos bondinhos, em péssimo estado de conservação, como a perícia constatou posteriormente, descarrilhou na rua Almirante Alexandrino, no sentido dos Arcos da Lapa, no centro do Rio de Janeiro. No acidente, seis pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas.

Desde então, os bondes, tombados pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), foram retirados de circulação, o sistema de controle de passageiros, revisto e toda reforma orçada em cerca de R$ 70 milhões. Não há previsão para a retomada dos bondes. Desde então, linhas de ônibus têm atendido os moradores, sem o mesmo charme e rapidez de antes.

Matéria originalmente publicada no Terra Notícias

ÓTIMO: Rede Globo perde 20% da audiência para Rede Record na transmissão do Carnaval 2012