sexta-feira, 16 de março de 2012

DITADURA? Após greve da PM no Rio, Sérgio Cabral transfere 13% dos policiais do Bope para outros batalhões



RIO - Em apenas 22 dias, o efetivo do Batalhão de Operações Especiais (Bope), tropa de elite da PM, emagreceu quase 13%. Na ressaca após a greve das polícias, pelo menos 51 caveiras — que passam por vários cursos de treinamento em ações de combate, tiro de precisão, escalada e resgate de reféns — foram transferidos. Vinte e dois deles, para batalhões comuns, no interior do estado. O Bope tem cerca de 400 homens, segundo o site da PM. As transferências de quatro subtenentes, 18 sargentos, 17 cabos e 12 soldados começaram a ser publicadas no Boletim Interno da corporação cinco dias após a manifestação feita por 5 mil PMs, policiais civis e bombeiros na Cinelândia,em 10 de fevereiro, iniciando a greve da polícia.

Na ocasião, o Bope foi chamado, pelo comando-geral da Polícia Militar, para reprimir a manifestação. Mas os policiais militares que estavam de plantão se negaram a cumprir a ordem.

— O Bope descumpriu a ordem porque não iria reprimir os colegas de farda. Agora, toda a equipe está sendo transferida, como forma de represália. Até o sargento mais antigo do Bope foi mandado embora — disse um PM, que preferiu não se identificar por medo de represálias.

As transferências foram publicadas em três boletins. Em 14 de fevereiro, 11 homens que estavam em serviço no dia da greve foram transferidos — nove deles para batalhões comuns e dois para UPPs. Dois dias depois, outros oito policiais militares deixaram a elite da corporação para trabalhar em batalhões comuns.

Transferência em massa

No boletim interno 43, de anteontem, o golpe foi ainda mais duro. Uma transferência em massa, com a publicação de 32 nomes, enviou parte da elite da corporação para unidades no interior do estado.

Ao todo, 11 policiais militares vão se deslocar 183 quilômetros para chegar ao 32 BPM (Macaé). Outros 11 homens farão um trajeto ainda maior: se afastarão 274 quilômetros da capital, para prestar serviço no 8 BPM (Campos dos Goytacazes).

Matéria originalmente publicada no Extra Online

Secretario de Turismo afirma que há migração de bandidos do Rio para Niterói por causa das UPPs. E aí, Sérgio Cabral?

Ronald Ázaro explana a verdade que o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, vinha tentando esconder desde o início da "pacificação" 


Matéria originalmente publicada no Globo Online

terça-feira, 13 de março de 2012

A FARSA DA PACIFICAÇÃO: O cobertor curto das UPPs


Coluna do jornal Metro

CARA DE PAU: Governo Sérgio Cabral ignora a fé pública do cidadão e diz que não há migração de bandidos para Niterói

— Então "governador", para onde foram os traficantes que fugiram das áreas pacificadas? Sumiram, viraram trabalhadores honestos. Por acaso, o senhor é o mágico Mister M? 

Imagem: Reprodução / O Dia Online

A FARSA DAS UPPs: Moradores de Niterói fazem protesto por causa da migração de bandidos do Rio. E aí, Sérgio Cabral?

Com o intuito de esconder a verdade, Organizações Globo realizam uma cobertura tendenciosa dos fatos a favor do Governo do Estado e se negam a relacionar a instalação das UPPs no Rio com o aumento da violência em municípios vizinhos



RIO - Com faixas, cartazes e ao som do hino nacional e canções de Gonzaguinha e Geraldo Vandré, cerca de mil moradores participaram, na manhã deste domingo, de um protesto pedindo por segurança em São Francisco, em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro.

O bairro que fica na região oceânica tem registrado aumento de assaltos e violência nos últimos meses - que seria resultado da migração de criminosos depois da instalação de Unidades de Polícia Pacificadora no Rio.


Adultos, idosos, muitos pais acompanhados dos filhos caminharam pelas ruas de forma pacífica. Eles traziam cartazes com frases de indignação como: "Exigimos ter de volta o direito de caminhar pelas ruas da cidade sem medo e insegurança"; "Os ladrões já estão 'de saco cheio' dos nossos pertences e nós também já estamos cansados de sermos roubados".

"Eu estou com mais de 900 assinaturas colhidas durante o protesto. Vamos pedir às autoridades a volta do policiamento ostensivo, das cabines policiais que foram todas desativadas e do policiamento comunitário", disse o professor Luiz Gonzaga Machado, 71, um dos participantes do ato.

O protesto foi promovido pelo grupo SOS São Francisco, que convocou os moradores pelo Facebook. A passeata começou por volta das 10h30 e terminou no início da tarde. O grupo do SOS São Francisco no Facebook conta com 2.794 membros. À tarde, os participantes postaram mensagens parabenizando a todos pelo "sucesso" do protesto.

Matéria originalmente publicada na Folha.com

domingo, 11 de março de 2012

CAOS NA SAÚDE: Faltam médicos nos postos, clínicas e hospitais do Rio de Janeiro. E aí, Eduardo Paes e Sérgio Cabral?


RIO - Marcar consulta e ser atendido por um médico nos postos de saúde e nas clínicas de família da rede municipal do Rio pode ser uma tarefa árdua. Nos postos, faltam profissionais especializados, como pediatras, ginecologistas e clínicos gerais. Nas clínicas de família, muitas vezes, os doentes encontram apenas enfermeiros. Além disso, são obrigados a esperar até um mês por uma única consulta e, mesmo já internados, precisam aguardar uma chance para chegar ao centro cirúrgico dos hospitais, como constatou O GLOBO nos últimos três dias.

Nas quatro principais emergências da rede - Souza Aguiar, Salgado Filho, Lourenço Jorge e Miguel Couto -, o déficit de médicos e de leitos preocupa, e quem precisa de vaga no CTI pode esperar de dois a dez dias, segundo osprofissionais de saúde desses hospitais. Além de moradores da cidade, o Rio recebe pacientes da Região Metropolitana. No Miguel Couto, na Gávea, segundo levantamento dos médicos, a maioria vem da Baixada Fluminense. Nos postos de saúde, estão pedindo comprovante de residência para marcar consultas.

A situação crítica já havia sido alertada semana passada pelo Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde (IDSUS), que classificou o Rio como a pior entre as principais cidades brasileiras, com nota 4,33.

Longas filas são rotina nos postos

Nesta terça-feira, na Clínica da Família Epitácio Soares dos Reis, na Pavuna, Zona Norte, não havia médicos. Segundo uma das recepcionistas, o único profissionalresponsável pelo atendimento dos pacientes agendados do dia estava “passando mal”. Resultado: quem tinha consulta marcada teve que voltar para casa. Para piorar, a demora para marcar uma visita ao clínico geral na unidade chega a um mês.

- Marcamos conforme a demanda. Pode ser que eu te cadastre hoje (terça-feira) e para esta e para a próxima semanas não tenha vaga. Pode ser que, em uma outra semana, já tenha vaga, entendeu? Não tem uma data certa - afirmou uma dasatendentes da clínica.

Também na Pavuna, o Posto de Saúde Doutor Nascimento Gurgel tinha nesta terça-feira uma longa fila para a pediatria. Pais e mães esperavam até quatro horas por alguma desistência.

- Não tenho plano de saúde, mas meus impostos estão em dia. O que eu ganho com isso? Absolutamente nada. Estou aqui desde as 7 horas e já são 11 horas. Estou com meu filho, vendo se alguém vai desistir da consulta - disse o mecânicoGenivaldo de Souza Silva, de 47 anos.

No Posto de Assistência Médica Carlos Alberto Nascimento, em Campo Grande, na Zona Oeste, só há um clínico geral, e consultas apenas às terças e às quintas-feiras com pré-agendamento. Caso parecido ocorre na pediatria.

- Não é brincadeira. A saúde está falida. Estou esperando há quase três horas para o meu filho ser atendido. Se ele precisar de um pediatra sem ser na segunda ou na terça, a gente não encontra - afirmou o motorista de ônibus Fábio Ferreira, de 39 anos.

A precariedade no atendimento nos postos de saúde leva os hospitais a enfrentar situações dramáticas.

- A falta de prevenção tem criado um exército de amputados no Rio. Os procedimentos podiam ser evitados se os diabéticos fossem tratados antes.Atualmente, eles já chegam com gangrena - conta um médico de uma emergência da cidade.

Médica do Souza Aguiar, L.M. diz que atualmente os pacientes não conseguem um acompanhamento médico:

- Antes, as pessoas se consultavam nos postos. Desde que o Programa Saúde da Família foi ampliado, os postos vêm perdendo profissionais. Então, a mãe que ia procurar atendimento no posto para o filho agora vai ao hospital, onde acaba sendo redirecionada para os postos e acaba sem acesso à saúde.

Matéria originalmente publicada no Globo Online

CARA DE PAU: "Irritado" com ranking do SUS, prefeito Eduardo Paes chama Ministro da Saúde de incompetente

Terra Notícias

RIO - O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), se mostrou bastante irritado com o ministro da Saúde, José Padilha, e com o resultado do Índice de Desempenho do SUS (Idsus), lançado nesta quinta pela pasta. Na saída do evento comemorativo dos 447 anos do Rio de Janeiro, no Largo da Carioca, região central da capital fluminense, o prefeito falou sobre o desempenho da cidade, que recebeu a nota de 4,35 (em um índice de 0 a 10), ficando com o pior índice entre as capitais. "Os dados que o Ministério da saúde soltou hoje são dados mentirosos. Ele (Padilha) não tinha o que fazer e, pra mim, não tá investindo nada em saúde, aí ficam soltando pesquisinhas. Pelo menos que faça uma pesquisa bem feita, é o conselho que dou pra ele", disse Paes.

O prefeito alegou que o levantamento não levou em consideração os dados do município no ano de 2011. "O ministro está há um ano e dois meses no cargo e o que ele consegue produzir é uma pesquisa que só leva em consideração dados até 2010. Deveria levar em consideração também 2011. É inaceitável", disse o prefeito, que não poupou as palavras para falar do ministro da Saúde. "Então o ministro não levar em consideração os dados de 2011 é o que? É incompetência para apurar números", disse.

Quando questionado se essa não seria uma manobra por se tratar de um ano eleitoral, o prefeito disse que ainda considera o governo federal um aliado. "Até onde eu sei, o governo federal é supostamente o meu aliado, mas não vou fazer política. O ministro foi de uma irresponsabilidade assustadora", completou.


Matéria originalmente publicada no Terra Notícias

ELEIÇÕES 2012: Saúde no Rio de Janeiro é a PIOR do Brasil, revela Ministério da Saúde. E aí, Eduardo Paes?



BRASÍLIA - O sistema público de saúde no Rio de Janeiro foi mal na avaliação feita pelo Ministério da Saúde. Entre as principais cidades do país, o Rio teve a pior nota, 4,33, no Índice de Desempenho do Sistema Único do Saúde (IDSUS). O índice foi divulgado na tarde desta quinta-feira pelo ministério e foi calculado a partir de dados que vão de 2008 a 2010. Já entre os estados, o Rio teve a terceira pior avaliação do país: nota 4,58. Outras cidades do estado também aparecem entre as com mais baixo desempenho: São Gonçalo (4,18), Niterói (4,24), NovaIguaçu (4,41) e Duque de Caxias (4,57). Todas estão abaixo da média do Brasil, que tirou nota 5,47 no IDSUS. Em todo o país, apenas 347 municípios ou 6,42% conseguiram nota acima de 7, sendo que 345 estão no Sul e Sudeste. Mas juntos eles reúnem apenas 1,9% da população brasileira. Em todo o país, 1150 cidades (20,7% dos municípios brasileiros), onde vivem 51,7 milhões de pessoas (ou 27,1% da população brasileira), obtiveram nota abaixo de 5.

O IDSUS mede o acesso e a qualidade dos serviços da rede pública em todos os municípios, regiões, estados e país. A nota varia de 0 a 10 e é calculada a partir de 24 indicadores, levando em conta desde a atenção básica até os procedimentos de alta complexidade. Eles são comparados a parâmetros considerados ótimos e, a partir disso, a nota é calculada. Desses indicadores, 14 avaliam o acesso, como por exemplo a proporção de mães que fizeram sete ou mais consultas de pré-natal. Outros 10 medem a efetividade, ou seja, a qualidade do serviço prestado. Um exemplo é a proporção de cura de casos novos de tuberculose. Alguns indicadores mais difíceis de serem medidos, como o tempo de espera por atendimento, não foram considerados.

Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a avaliação é necessária para o aperfeiçoamento do SUS.

- A cultura da avaliação não tem que ser um temor, mas um fator constitutivo do Sistema Único de Saúde. O SUS não pode temer ser avaliado nem que essa avaliação seja transparente para o conjunto da população - disse ele, para depois concluir: - Não estamos fazendo avaliação da gestão estadual ou municipal. É uma avaliação que tem que ser vista e assumida pelas três esferas de governo.

Enquanto a cidade do Rio ocupa a última posição, no extremo oposto está Vitória. O ministério dividiu os municípios em seis grupos de acordo com o porte da cidade e os serviços que presta via SUS. A capital do Espírito Santo foi a campeã do grupo 1, em que o Rio ficou em último lugar. Com nota acima de 8, há somente seis cidades (0,1% do total). No grupo 2, há Barueri-SP (nota 8,22). No grupo 3,Rosana-SP (nota 8,18). E no grupo 5, Arco-Íris-SP (8,38), Pinhal-RS (8,22), Paulo Bento-RS ( 8,14) e Cássia dos Coqueiros-SP (nota 8,13).

Matéria originalmente publicada no Globo Online

A FARSA DAS UPPs: Migração de bandidos leva onda de violência também para Cabo Frio. E aí, Sérgio Cabral?

Que política de segurança pública é essa José Mariano Beltrame? Um programa que visa a transferência de bandidos de um lugar para o outro ao invés de prendê-los! Jornalismo online da Vênus Prateada (Rede Globo) quer melhorar a imagem da emissora perante a opinião pública após coberturas tendenciosas a favor do Governo do Estado



RIO - Não é só Niterói que vive um clima de medo crescente nos últimos meses. Nem uma vitrine com vidro semiblindado na joalheria Lapidare, na Rua Major Belegard, no Centro de Cabo Frio, evitou que dois assaltantes atacassem a loja pela oitava vez desde a sua inauguração. Só este ano, o crime ocorreu duas vezes seguidas: em 14 de fevereiro e no dia 1 deste mês. As marcas dos 11 tiros ainda estão na vitrine e na memória da dona da joalheria, Ester Magalhães, que tem a loja há 12 anos. Como se não bastasse o trauma, a comerciante ainda sofre o assédio de pessoas oferecendo segurança privada nos dias após os roubos.


— Eu não vou ceder. Prefiro fechar a loja, caso a segurança pública não dê conta de dar proteção para mim e meus clientes. Eu pago meus impostos e tenho direito a segurança — disse Ester, que espalhou cartazes anunciando uma liquidação na loja e pretende fazer obras para depois decidir o destino do estabelecimento.

O caso é uma amostra da violência que tem assustado quem vive na cidade. A onda de assaltos e homicídios em Cabo Frio não aparece tão claramente nas estatísticas do Instituto de Segurança Pública (ISP), mas moradores apavorados relatam casos. Segundo o ISP, o número de roubos a estabelecimentos comerciais aumentou de quatro, em janeiro de 2011, para sete no mesmo período deste ano. Já o de assaltos a residências cresceu de zero para cinco no mesmo período.

Temendo represálias, jornalismo da Globo faz média com a opinião pública atacando governador Sérgio Cabral

— Após ser expulsa de Copacabana pelo povo durante manifestação grevista, Organizações Globo tentam disfarçar conivência com o governo do Estado divulgando notícias negativas. Emissora quer melhorar sua imagem depois de escancarados episódios de cumplicidade política.


RIO - Sem planejamento adequado e dados de inteligência suficientes, a operação das polícias Civil e Militar para sufocar o tráfico e atacar o aumento da violência em Niterói chegou na sexta-feira ao segundo dia sem a prisão dos criminosos suspeitos de estarem por trás dos assaltos violentos que assolam o município nos últimos meses. A megaoperação, que teve mais de 400 homens com apoio de helicópteros e cães farejadores, foi realizada em 14 favelas da cidade. Mas, se era para surpreender os bandidos, fracassou: a ação vazou na véspera — um jornal local chegou a anunciar a investida.

"Na terça-feira decidimos fazer uma megaoperação na cidade. Na quarta-feira, organizamos as incursões e na quinta-feira executamos", — disse o coronel Wolney Dias, comandante 12º BPM (Niterói).

Equipe da Rede Globo é expulsa durante manifestação de policiais e bombeiros em Copacabana