sábado, 24 de março de 2012

24 HORAS: Governo Sérgio Cabral oficializa o "bico Jack Bauer" para 300 policiais militares

Em vez de pagar um salário digno aos PMs, governador do Rio obriga o servidor a trabalhar 24 horas sem direito a folga se quiser ganhar um pouco mais.


RIO - A partir de abril, 300 policiais militares passarão a trabalhar, no horário de folga, na SuperVia, concessionária que administra a malha ferroivária do Rio, através do Programa Estadual de Integração da Segurança (Proeis). Os PMs vão atuar em 700 turnos mensais. O policial inserido no programa pode ganhar até R$ 2.100 a mais, caso trabalhe os 12 turnos de oito horas mensais permitidos. Convênios com o Metrô Rio, Cedae, Inea (Instituto Estadual do Ambiente), Light e prefeitura de Macaé também serão implantados.

Atualmente, 1.220 PMs trabalham na segurança da prefeitura do Rio de Janeiro e mais 494 atuam na prefeitura de Queimados, na baixada Fluminense. O policial que entra para o Proeis trabalha em seus dias de folga, com direitos garantidos e carga horária que não compromete o trabalho no batalhão onde é lotado.

Para o gestor do Proeis, coronel Odair de Almeida Lopes Júnior, a inclusão de policiais em ações de ordem pública, por exemplo, é um meio eficaz de redução da criminalidade e de aumento da sensação de segurança.– O PM de folga estará em uma atividade legal e com uma gratificação melhor do que em serviços não autorizados. A população verá um policial fardado e equipado pela corporação para atuar ali – explicou.


Policial deve atender a requisitos para ingressar no programa

Para integrar o Proeis, o PM tem que ter sido submetido e aprovado, para o respectivo período, no TAM (Teste de Avaliação Médica) e no TAF (Teste de Aptidão Física), conforme as normas em vigor na corporação. Ele também deve ter concluído o curso de formação ou aperfeiçoamento exigível para o exercício das funções relacionadas aos seus círculos hierárquicos; estar lotado e emefetivo exercício na PM; se for praça, ter, no mínimo, a chancela de "bom comportamento" em sua ficha; não estar respondendo a processos ou sindicâncias administrativas e estar na condição de “apto categoria A”.