segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Falta de máquinas de radioterapia deixa mais de 18 mil pacientes com câncer sem tratamento no estado

O resultado dessas tristes estatísticas é desumano. Atualmente, cerca de mil pessoas esperam tratamento no estado, segundo a subsecretária de Atenção à Saúde da SES, Mônica Almeida. O parque de tratamento do serviço público está sucateado. Os pacientes do SUS curam menos e têm mais complicações. O paciente volta ao sistema de saúde por complicações da radioterapia ou porque o câncer voltou. Um exemplo é o de próstata, que hoje é curável com radioterapia. Mas é necessário uma máquina moderna, com precisão. Em muitos lugares, a única máquina que faz para o SUS é de cobalto, equipamento antigo, sem precisão. Os pacientes ficam queimados e não são curados. (Extra Online)

— Esse é o retrato, sem retoques, da saúde pública no Brasil. Quando digo aqui que o Estado brasileiro é o maior inimigo da sociedade, não estou exagerando não minha gente. Vejam, essas pessoas não estão na fila para comprar brindes ou presentes, mas sim, à espera de tratamento, porque não há máquinas de radioterapia em número suficiente para atender a todos. Isso é uma falta de respeito e uma desumanidade com as pessoas.

Toda vez que o cidadão brasileiro demanda por algo que dependa do setor público, ele passa por um sufoco maior do que deveria passar. Maior do que passa o mesmo cidadão requerendo o mesmo serviço em países onde a sociedade é respeitada, onde o cidadão é respeitado. Não é verdade que nós temos que aceitar, como padrão inevitável, essa qualidade de quinta categoria que o Estado brasileiro impõe aos serviços que nos presta, isto é, quando nos presta.

O Estado brasileiro é rico, ele arrecada uma barbaridade de dinheiro em impostos. O gasto, a gestão e a manipulação do dinheiro público é esse que a gente vê no noticiário. É o Itamaraty gastando R$ 460 mil com flores. É a Roseana Sarney gastando milhões de reais com camarão e lagosta. É o Renan Calheiros pegando jatinho da FAB pra fazer implante de cabelo. É o Senado fazendo compra de passagens aéreas a preços muito acima do mercado. Enfim, pra todo lado que você olha tem malandragem e sacanagem. Agora, pergunto a você ilustre contribuinte, independentemente do seu setor de atividade, o seguinte: O Estado brasileiro está correspondendo, em serviços, a estas despesas e privilégios? Claro, que não! Nunca correspondeu! O Estado brasileiro é um lixo que funciona apenas em função dos seus próprios interesses e dos seus controladores, os políticos. Só serve pra isso.

É por isso que defendo o crescimento, o adensamento e a radicalização do movimento popular. É preciso fazer uma quebra na lógica e no ritmo com que as coisas acontecem no Brasil. E essa ruptura só vai acontecer se o povo for às ruas como foi em junho e julho de 2013. O movimento popular precisa radicalizar, sim. E o seu alvo tem que ser o Estado e seus agentes. Por isso, defendo a invasão da Câmara de Vereadores, da Assembléia Legislativa e do Congresso Nacional. Enfim, defendo a tentativa de invasão ordeira de qualquer palácio pelo movimento popular, porque entendo que isso é legítimo e faz parte do jogo democrático.