sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Eduardo Cunha diz ter 'total' condição de presidir a Câmara mesmo se virar réu

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi denunciado pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot, por suspeita de de receber ao menos US$ 5 milhões em propinas referentes a dois contratos de afretamento de navios-sonda da Petrobrás em 2006 e 2007 pela diretoria Internacional da estatal - cota do PMDB no esquema. O peemedebista é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro. (ISTOÉ Independente)


— Quando nos deparamos com afirmações desta natureza, temos absoluta certeza de que estamos entregues ao que há de pior na sociedade brasileira. Nós estamos nas mãos de uma gente de quinta categoria. Salvo raríssimas exceções, a classe política brasileira é a escória da sociedade! Notem, no parlamento de um país sério, estes escândalos de corrupção já teriam determinado, há muito tempo, o afastamento do parlamentar de suas funções e, consequentemente, a renúncia de seu mandato. Mas, aqui no Brasil, a gente sabe como a coisa funciona. Quanto mais denúncias aparecem, mais o alvo das denúncias diz que está sendo vítima de um complô, de uma maquinação de inimigos, de conspiração da imprensa, de vazamento seletivo e tudo mais.

Então, na verdade, não acontece aqui o mesmo que acontece em muitos países sérios quando homens públicos se vêem diante de escândalos de corrupção. Em países onde o dinheiro público é respeitado, casos como este sucedem-se por parte das autoridades envolvidas pedidos de desculpas, atitudes de arrependimento e outras coisas mais. Aqui no Brasil, a sensação que a gente tem é que o cara vai se fortalecendo com as notícias adversas e afirmando, de maneira cada vez mais peremptória, que não renuncia, que não abre mão do mandato e que vai continuar conduzindo decisões vitais para o país, como por exemplo, o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. 

Como é que pode alguém nessa situação e com essa suspeição, conduzir processos importantes para o país. Não poderia, isso deveria ser delegado a um outro parlamentar que tenha ficha limpa no Congresso. Que aliás são poucos!