quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

DESCASO NA SAÚDE: Hospital Municipal Lourenço Jorge não tem cirurgiões

Emergência de hospital na Barra sem cirurgiões. Lourenço Jorge não teve especialistas nos 2 últimos fins de semana. E aí, Eduardo Paes? Dinheiro pra Copa e Olimpíadas não faltam, mas para a saúde do povo!!!

O Dia Online


RIO - O Hospital Municipal Lourenço Jorge, principal emergência da Barra da Tijuca, sofre com falta de cirurgiões. O DIA teve acesso ao livro de ocorrências do hospital que mostra que não houve nenhum cirurgião de plantão na madrugada do dia 17 para o 18. Na noite de Natal, apenas um deles trabalhou. Resolução do Conselho Regional de Medicina (Cremerj) aponta que a unidade precisaria de pelo menos quatro cirurgiões gerais por plantão.

O problema, no entanto, não se resume à cirurgia geral. O Cremerj prevê ainda 2 neurocirurgiões, 1 cirurgião de tórax e outro vascular para cada uma das 7 equipes do hospital. Porém, não há neurocirurgiões e nem especializados em tórax na unidade. Resta apenas 1 cirurgião vascular para todos os plantões.

O presidente do Sindicato dos Médicos, Jorge Darze, classificou a situação como absurda. “É inadmissível um hospital de grande porte próximo a lugares de grandes acidentes automobilísticos, com diversas vítimas de traumatismo craniano, não ter um neurocirurgião e chegar ao ponto de não ter sequer cirurgião geral em um plantão”, disse. Segundo o Corpo de Bombeiros, acidentes de trânsito na região já fizeram 591 vítimas apenas este ano.

Para o presidente da Comissão de Saúde da Câmara dos Vereadores, Carlos Eduardo (PSB), a falta de cirurgiões é fato grave. “Vou entrar em contato com o prefeito Eduardo Paes para cobrar explicações e para não faltar estes especialistas em plantões, como o Ano Novo, quando ocorrem graves acidentes”, garantiu.

Falta de clínico foi comunicada

O Samu, serviço responsável pelas ambulâncias, foi avisado da ausência de cirurgiões no plantão da madrugada dos dias 17 para 18 no Lourenço Jorge. O DIA teve acesso a documento enviado pela chefia do plantão ao Samu para que os pacientes com traumas fossem levados para outras unidades.

“Eles já sabiam que não iria ter médico e não fizeram nada. Em caso de lesão, tempo é fundamental e transferências podem agravar o quadro do paciente”, disse médico que estava no plantão sem cirurgião.

Matéria originalmente publicada no jornal O Dia Online