domingo, 10 de agosto de 2014

Grávida de nove meses perde o bebê após percorrer quatro hospitais da rede pública de saúde

Com sangramento e a bolsa rompida, Ysabela dos Santos Moraes pediu socorro nos hospitais Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari; Moacyr do Carmo, em Duque de Caxias; da Mulher, em São Cristóvão; e Estadual Adão Pereira Nunes, em Saracuruna. Em todas as unidades, ela foi atendida como se tivesse infecção urinária, diz o pai da criança. (Extra)

Imagem: Reprodução / Extra Online

— É ou não é um Estado vândalo? É ou não é um Estado que mata? Esse é um caso emblemático do que é o Estado brasileiro no trato e na relação com a sociedade. É preciso que se entenda o seguinte: Tem que haver uma reação da população à essa forma dos políticos lhe darem conosco, os pagadores de impostos e tomadores de serviços públicos.

A única forma de alterar essa realidade, no Brasil, não é depositando 100% das esperanças no voto que exercemos a cada 2 anos. Isto porque, as máfias político-partidárias se apropriaram do processo político-eleitoral no país, fazendo das eleições apenas momentos para legitimarem a sua sobrevivência e a sua permanência no poder. A única forma de alterarmos essa realidade, é com o crescimento, o adensamento e a radicalização do movimento popular nas ruas. Só ele os fará mudar. Notem, não se trata de um ataque à instituição, à democracia e ao princípio da representação parlamentar. Trata-se de um discurso aplicado à realidade brasileira.

A pressão sobre os governantes tem que aumentar, não tem que diminuir ou ser esvaziada. Não é possível que seja essa a lição correta a assimilar de tudo que aconteceu nas manifestações de junho de 2013. Para isso, é preciso isolar quem tem a violência como único método na ação política e, ao mesmo tempo, estimular a população para que aumente a pressão sobre os governantes. Esses vagabundos só vão mudar de baixo de muita pressão nas ruas. Só o movimento popular os fará mudar.

Se após as manifestações de junho de 2013, essa corja política pouco fez, imagine sem as manifestações. Essa gente parece não entender outra linguagem que não seja a radicalização do processo. Notem, não há uma mobilização popular articulada para sacanear ou denegrir o serviço público. As pessoas só querem RESPEITO, e isso, é o que mais está AUSENTE na relação do Estado brasileiro com o cidadão.