segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Políticos que voltam às urnas têm patrimônio de R$ 11 milhões

Com R$ 1,8 milhão declarado, deputado Baleia Rossi (PMDB) é o mais rico dos candidatos. Em segundo lugar no ranking dos candidatos mais endinheirados de Ribeirão está o deputado federal Duarte Nogueira (PSDB). Postulante à reeleição na Câmara dos Deputados, o tucano tem R$ 1,6 milhão em bens. A relação de bens abrange casas em condomínios de luxo, apartamentos em importantes avenidas, fazendas, sítios, chácaras, carros, aplicações e dinheiro em agências bancárias. (Jornal A Cidade)

Imagem: Reprodução / Jornal A Cidade

— Os políticos são os grandes inimigos da sociedade, eles constituem uma quadrilha, numerosíssima, que se apropriou do Estado para enriquecer às custas deste mesmo Estado. Ano após ano, essas figuras públicas ficam roubando, enriquecendo, afrontando e fingindo que são sérios. Todos estão milionários. Passaram a vida no setor público e construíram fortunas impressionantes. No Brasil inteiro temos exemplos assim. É incrível o que os políticos são capazes de fazer em benefício do seu grupo, dos seus sócios ocultos e dos seus financiadores.

É claro que nós não temos alternativa à política como meio de equilibrar nossas relações, é ela que faz com que a gente organize o caminho coletivo. Nós não temos alternativa à política como meio, mas temos alternativa a essa política praticada no Brasil. Como sociedade, nós não temos, também, alternativa aos políticos e aos partidos dos quais afloram, mas temos alternativa a esses partidos que temos aqui. Partidos que foram transformados em máfias que disputam, única e exclusivamente, o controle do Estado, não para transformá-lo, direcioná-lo e torná-lo num instrumento cada vez mais eficaz de atendimento ao cidadão, não. Mas, para ser o lugar do qual eles tiram a grana, a corrupção, a propina do empreiteiro, o jatinho da FAB para implantar cabelo, a boca para nomear o genro ladrão, a amante pelancuda e por aí vai.

O Estado brasileiro na visão dos políticos e dos partidos, aos quais estão filiados, não representa um instrumento para ajudar a sociedade a se organizar e trilhar um caminho de prosperidade, nunca foi. Para os partidos e para as máfias políticas, o Estado brasileiro representa apenas um duto de dinheiro. Eles não querem o poder porque o poder permite alterar a realidade e conduzir o Estado numa direção diferente, não. Eles nunca quiseram isso. Pergunto a você, ilustre contribuinte, o seguinte: Em que direção a canalhada política conduz o Estado brasileiro, independentemente, dos partidos que integrem? Em nenhuma. O jogo deles é a mera gestão do cotidiano. É a mesma porcaria.

É só olhar o que mudou nas últimas 20 eleições no Brasil. O que mudou? Diminuiu a corrupção e a violência? Melhorou a educação e a saúde? O país viveu 10 anos de absoluta prosperidade na economia. O mundo viveu até 2008 uma década de abundância total. Em contrapartida, a população vive numa situação avassaladora de indigência e miséria. É só chover pra gente ver! É só entrar no hospital público pra gente ver! Cadê o médico? Cadê o remédio? Cadê a vaga na escola? Cadê o material escolar? É isso. O país não mudou como deveria ter mudado. Em 20,30 ou 40 anos melhoramos o quanto e o que? Está de bom tamanho? Claro, que não está! Olhe pra dentro do trem, do ônibus, do metrô, da barca e veja se você está sendo tratado com o mínimo de respeito que seu imposto deveria lhe dar? Claro, que não!

A única forma de alterar essa realidade, no Brasil, não é depositando 100% das esperanças no voto que exercemos a cada 2 anos. Isto porque, as máfias político-partidárias se apropriaram do processo político-eleitoral no país, fazendo das eleições apenas momentos para legitimarem a sua sobrevivência e a sua permanência no poder. A única forma de alterarmos essa realidade, é com o crescimento, o adensamento e a radicalização do movimento popular nas ruas. Só ele os fará mudar. Notem, não se trata de um ataque à instituição, à democracia e ao princípio da representação parlamentar. Trata-se de um discurso aplicado à realidade brasileira.

É preciso fazer uma quebra na lógica e no ritmo com que as coisas acontecem no Brasil. E essa ruptura só vai acontecer se o povo for às ruas como foi em junho e julho de 2013. O movimento popular precisa radicalizar, sim. E o seu alvo tem que ser o Estado e seus agentes. Por isso, defendo a invasão da Câmara de Vereadores, da Assembléia Legislativa e do Congresso Nacional. Enfim, defendo a tentativa de invasão ordeira de qualquer palácio pelo movimento popular, porque entendo que isso é legítimo e faz parte do jogo democrático.