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As imagens foram obtidas pelo RJTV. Logo no início do corredor da maternidade, uma paciente coberta por um lençol dorme sentada sobre duas cadeiras. É a imagem da superlotação. Mais à frente, outras três pacientes estão em macas e em uma cama, no meio do corredor. Uma delas recebe soro. Abaixo da cama, há um recipiente com urina. Também no corredor, a mãe descansa com o bebê recém-nascido em um berço ao lado.
Na sala de espera, uma mulher grávida passa mal e é amparada pela acompanhante. Ela aguardava transferência para outro hospital. Por causa da longa espera, outra mulher grávida chega a dormir sentada.
A direção do hospital mandou uma nota informando “que todas as grávidas estão sendo atendidas mesmo no corredor. Apesar da superlotação, todas estão com suporte médico”.
A Secretaria municipal de Saúde disse que não há recusa de atendimento, por isso há caso de superlotação. No entanto, todos os pacientes são atendidos.
Caso antigo
As reclamações sobre superlotação na maternidade do Miguel Couto já são feitas há vários anos. Em julho de 2009, uma paciente perdeu o bebê depois de não conseguir internação no hospital. Manoela Costa estava grávida de sete meses e sentiu dores. Ela foi atendida por um médico que disse que não havia vagas na maternidade. O próprio médico anotou no braço da paciente o nome do hospital que ela deveria procurar e os números dos ônibus. Mas quando Manoela chegou na maternidade Fernando Magalhães, o bebê já estava morto. O médico foi demitido no ano passado.
No fim da manhã desta quinta-feira (21), a sala de espera estava ainda mais lotada e as mesmas mães ainda aguardavam atendimento. A grávida que passava mal continuava sentido fortes dores e ainda esperava por assistência medica.
Matéria originalmente publicada no G1.com