terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Rodízio em São Paulo pode chegar a 5 dias sem água por semana

A população brasileira ainda não dimensionou o tamanho do problema que isso pode representar em nossas vidas pela eventual falta de água. Escolas terão aulas suspensas, indústrias terão a produção interrompida, desemprego e por aí vai. O ser humano já viveu sem luz e energia elétrica, mas nenhuma espécie conseguiu sobreviver sem água. Claro que nós não viveremos um quadro que nos cerceará água para a sobrevivência, mas para o nosso modelo de vida sim. A Sabesp, empresa pública que cuida do fornecimento de água da maior região metropolitana do país, informou que o racionamento acontecerá da seguinte forma: Cinco dias sem água por semana.

Imagem: Reprodução / Folha de S.Paulo

A primeira providência é perguntar ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) se ele e sua família vão tomar banho todos os dias. Duvido que o governador, representante da casta do processo, se privará do seu banho diário. O fato é que, os políticos brasileiros nunca se preocuparam com o problema da falta de água em momento nenhum. Sempre contaram com designo divino de que, a cada verão, choveria o suficiente nos lugares certos para repor as perdas do inverno e da estiagem nos reservatórios. Por causa disso, hoje não há reservatórios conectados e, muito menos, bacias hidrográficas conectadas. Um país que se orgulha de ser o maior reservatório de água doce do mundo, está vivendo a possibilidade de ficar cinco dias sem água por semana na maior cidade do país. Cinco das dez maiores regiões metropolitanas do Brasil estão neste mesmo quadro.

Os governantes brasileiros não deram a exata dimensão do potencial de convulsões sociais que o problema da falta de água pode causar, caso venha a se tornar o que parece que vai se tornar. A imagem acima publicada no jornal Folha de S.Paulo, mostra o governador Geraldo Alckmin (PSDB) sorrindo com o boné da Sabesp comemorando sei lá o que. Está rindo de que Excelência? Está com a Síndrome da Hiena? 

Supondo que Deus continue cuidando do que tem que cuidar, como a miséria e a fome na África, o flagelo humano e religioso do Oriente Médio etc e tal. Aqui, continuará sendo obrigação dos governantes resolver o problema. Água tem e muita, o que não tem é captação e conexão do sistema. Está sobrando água no Sul e em outra regiões do país. Então, podemos dizer que, a falta de água no Brasil é um problema climático agravado pela incompetência e pela irresponsabilidade dos governantes que comandam o Estado brasileiro. Ou seja, um bando de ordinários e vagabundos que cuidam de si, depois dos seus e quando sobra eventualmente algum tempo e paciência cuidam da sociedade, cuidam do cidadão.