quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Rio convoca a população para ato em defesa dos royalites no dia 10 na Cinelândia
O Globo Online

Prédio da Prefeitura exibe faixa convocando a população em defesa dos royalties do petróleo
RIO - O Centro Administrativo do Rio, na Avenida Presidente Vargas, na Cidade Nova, amanheceu na manhã desta quinta-feira com uma faixa gigantesca, que cobre quase toda a fachada do prédio da prefeitura, convocando a população para a manifestação que será realizada dia 10, na Cinelândia, em defesa do Estado do Rio e contra as mudanças nas regras de distribuição dos royalties do petróleo. Na faixa, está escrito: "Contra a injustiça. Em defesa do Rio".

Organizada pelo governo do estado e pelas prefeituras, inclusive a do Rio, o ato promete reunir milhares de pessoas da capital e do interior contra o que o governador Sérgio Cabral chama de covardia contra o povo fluminense. Haverá concentração em frente à Igreja da Candelária, a partir das 15h, e depois, uma passeata pelas ruas do centro histórico do Rio.

Presidente da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), o prefeito de Macaé, Riverton Mussi, disse que todos os municípios do interior, sobretudo os produtores de petróleo e limítrofes, estão formando comissões para organizar grandes caravanas que vão invadir o Rio no dia 10.

O deputado federal Fernando Jordão (PMDB-RJ), relator da questão dos royalites na Comissão de Minas e Energia do Congresso Nacional, informou que toda a bancada fluminense estará presente, assim como os senadores. O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, organizou uma comissão Pró-royalties para decidir as estratégias para a mobilização do dia 10 no Rio.

- É uma manifestação em defesa do estado e o ato independe de partidos e opiniões. Esta é uma causa do Estado do Rio pautada na união de todos e contra a mudança de normas previstas na Constituição Federal - disse o presidente da Ompetro.

Riverton Mussi lembrou que o substitutivo do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), aprovado no Senado e que redivide todas as receitas da exploração do petróleo, incluindo aquelas nas áreas já licitadas, fará os municípios produtores passarem da fatia de 26,25% no bolo dos royalties para 17% em 2012, chegando gradativamente a 4% em 2020.