domingo, 27 de julho de 2014

Deputado Luiz Moura (PT-SP) deixa a pobreza e junta R$ 5,1 milhões em 5 anos

Imerso no tema da reunião da qual participou com suspeitos de integrar o PCC (Primeiro Comando da Capital), o deputado estadual Luiz Moura (PT), em cinco anos, saiu de uma situação de pobreza para ser dono de um patrimônio de R$ 5,1 milhões. Sobre as condenações judiciais que sofreu no Paraná e em Santa Catarina por roubo, ele sustentou que não pode ser punido por crimes pelos quais já foi reabilitado
embora tenha sido condenado a 12 anos de cadeia, e só tenha cumprido um ano e meio, e depois fugido, a Justiça lhe concedeu a reabilitação criminal. (UOL Notícias)

Imagem: Reprodução / UOL Notícias

— Os políticos são os grandes inimigos da sociedade, eles constituem uma quadrilha, numerosíssima, que se apropriou do Estado para ficar nas tetas deste mesmo Estado. Ano após ano, essas figuras públicas ficam roubando, enriquecendo, afrontando e fingindo que são sérios. Todos estão milionários. Passaram a vida no setor público e construíram fortunas impressionantes. No Brasil inteiro temos exemplos assim. É incrível o que os políticos são capazes de fazer em benefício do seu grupo, dos seus sócios ocultos, dos seus financiadores e  por aí vai.

O Estado brasileiro na visão dos políticos e dos partidos, aos quais estão filiados, não representa um instrumento para mudar a realidade e ajudar a sociedade a se organizar. Nunca foi. Para os partidos e para as máfias políticas, o Estado representa apenas um duto de dinheiro. Eles não querem o poder para alterar a realidade do país, o que eles querem, através das eleições, é permanecer no poder. Porque é do aparato estatal que brotam, aos milhões, os recursos públicos que servem para alimentar essas máfias. 

É só olhar o que mudou nas últimas 20 eleições no Brasil. O que mudou? Diminuiu a corrupção e a violência? Melhorou a educação e a saúde? O país viveu 10 anos de absoluta prosperidade na economia. O mundo viveu até 2008 uma década de abundância total. Em contrapartida, a população vive numa situação avassaladora de indigência e miséria. É só chover pra gente ver! É só entrar no hospital público pra gente ver! Cadê o médico? Cadê o remédio? Cadê a vaga na escola? Cadê o material escolar? É isso. O país não mudou como deveria ter mudado. Em 20,30 ou 40 anos melhoramos o quanto e o que? Está de bom tamanho? Claro, que não está! 

A classe política brasileira é a escória da sociedade. A política no Brasil é o sorvedor da escória nacional. Supondo que toda sociedade tivesse a média moral e ética dos políticos brasileiros, ainda sim, ela não enriquece na proporção e na velocidade que os políticos enriquecem. Ou seja, nem isso serve de consolo. Portanto, é uma mentira dizer que a classe política é a representação da média moral da sociedade brasileira. O brasileiro não é como os políticos são, eles são a escória do país.

A única forma de alterar essa realidade, no Brasil, não é depositando 100% das esperanças no voto que exercemos a cada 2 anos. Isto porque, as máfias político-partidárias se apropriaram do processo político-eleitoral no país, fazendo das eleições apenas momentos para legitimarem a sua sobrevivência e a sua permanência no poder. A única forma de alterarmos essa realidade, é com o crescimento, o adensamento e a radicalização do movimento popular nas ruas. Só ele os fará mudar. Notem, não se trata de um ataque à instituição, à democracia e ao princípio da representação parlamentar. Trata-se de um discurso aplicado à realidade brasileira. 

É preciso fazer uma quebra na lógica e no ritmo com que as coisas acontecem no Brasil. E essa ruptura só vai acontecer se o povo for às ruas como foi em junho e julho de 2013. O movimento popular precisa radicalizar, sim. E o seu alvo tem que ser o Estado e seus agentes. Por isso, defendo a invasão da Câmara de Vereadores, da Assembléia Legislativa e do Congresso Nacional. Enfim, defendo a tentativa de invasão ordeira de qualquer palácio pelo movimento popular, porque entendo que isso é legítimo e faz parte do jogo democrático.