terça-feira, 18 de outubro de 2011

DESCASO!!! Prefeito Eduardo Paes diz que não sabe quantos imóveis funcionam com alvarás provisórios

R7.com

RIO - A prefeitura do Rio de Janeiro não tem ainda um levantamento de quantos estabelecimentos comerciais funcionam com alvarás provisórios, de acordo com a Seop (Secretaria Especial de Ordem pública). Segundo a secretaria, o levantamento das permissões provisórias começou a ser feito nesta terça-feira (18), cinco dias após a explosão do restaurante Filé Carioca, no centro da cidade, “e pode levar semanas”, conforme informou a assessoria.


O prefeito Eduardo Paes (PMDB) mudou as regras para autorização de alvarás, por meio de decreto publicado no Diário Oficial do Município nesta terça-feira (18). O acidente deixou três mortos e 17 feridos, sendo três em estado grave. O restaurante funcionava comalvará provisório desde 2008, e foi renovado por cinco vezes.

O órgão disse ainda que é necessário fazer uma busca nas 19 IRLF (Inspetorias Regionais de Licenciamento e Fiscalização) para determinar quais são os estabelecimentos que estão nessas condições e, posteriormente, notificá-los.
Os donos de comércio que funcionarem com licença provisória terão até dez dias, após notificação, para conseguir aprovação do Corpo de Bombeiros, que vistoriam a segurança do estabelecimento.

A partir da publicação, todos os estabelecimentos que produzirem ou servirem comida precisarão de aprovação dos Bombeiros. Segundo a secretaria de ordem pública, apenas restaurantes com mais de 80 m2 precisavam do documento antes.

No entanto, não será fácil para os bombeiros iniciarem a fiscalização, como prometido pelo secretário de Defesa Civil, Sérgio Simões, que afirmou que já está em planejamento ações para intensificar a fiscalização nos comércios da cidade.
A corporação informou que ainda aguarda o envio da prefeitura de uma lista com o número de estabelecimentos que funcionam com alvarás provisórios para que possam iniciar as fiscalizações.

Ausência da Defesa Civil

Comerciantes que possuem lojas no prédio que explodiu na última quinta-feira (13) reclamam da ausência constante da Defesa Civil, que pode autorizar a entrada deles no edifício para a retirada de pertences.


Comerciantes que têm loja no prédio disseram que apenas um deles, que tinha uma loja de discos e CDs raros teve prejuízo estimado em R$ 600 mil.

A Defesa Civil informou na semana passada que continuaria no local da explosão até o fim dos trabalhos e que todos os comerciantes teriam a oportunidade de entrar no prédio aos poucos para a retirada dos pertences. Dezenas conseguiram recuperar alguns objetos após a explosão. O R7 tenta contato com órgão para que comente as reclamações citadas acima.

O edifício permanece interditado e a retirada de entulhos, prevista para acabar domingo (16), deve continuar até o fim da semana. As ruas que estavam interditadas há cinco dias foram liberadas às 6h30. Apenas a rua da Carioca, em frente ao restaurante, está com uma faixa de rolamento interditada. O tráfego flui sem problemas na região.

Matéria originalmente publicada no R7.com