quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Eleições 2014: Aécio Neves acusa Marina de plagiar programa de FH sobre direitos humanos

O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, acusou a candidata do PSB, Marina Silva, de copiar trecho do Plano Nacional de Direitos Humanos do governo de Fernando Henrique Cardoso, de 2002, para usar no programa de governo dela. "Me surpreendi ao perceber que o capítulo dos Direitos Humanos do programa de governo da candidata Marina é uma cópia fiel do PNDH feito no governo Fernando Henrique. Não se teve o cuidado sequer de alterar palavras", disse Aécio, que, já havia acusado Marina de plagiar pontos do programa na área econômica. (O Globo)

Imagem: Reprodução / O Globo

— E pra não ficar só na Dilma e na Marina, vou falar do Aécio Neves. O candidato do PSDB disse uma pérola surrealista sensacional, ele acusou a candidata Marina Silva (PSB) de plagiar o programa social do partido dele. Ora, deixa eu ver se entendi Aécio: Se você faz um programa social de governo e acha que isso é o melhor que o país merece e pode receber, porque você vai implementar quando for presidente. Qual é o problema de copiarem algo de bom que você fez?

Aécio, deixa eu ver se entendi melhor: Você fez algo que acha sensacional para o país, mas se alguém fizer igual, você fica zangado, xinga, ofende e diz que plagiou etc e tal. Agora, diz pra mim se isso não é um bando de espertalhões! Diz pra mim se os políticos brasileiros não são os inimigos da sociedade.

As eleições não são a oportunidade de mudar a realidade do país. Não é depositando 100% das esperanças no voto que exercemos a cada 2 anos, que vamos alterar essa realidade no Brasil. O voto obrigatório no Brasil só serve para o cidadão eleger, não serve para interferir, mudar ou atender as demandas da sociedade. Isto porque, as máfias político-partidárias se apropriaram do processo político-eleitoral no país, fazendo das eleições apenas momentos para legitimarem a sua sobrevivência e a sua permanência no poder. O voto no Brasil só serve pra isso e mais nada.

Esperar que eles mudem através do processo político-eleitoral é ridículo, porque eles não estão nem aí pra fazer essa mudança. Esperar que, votar nessa canalhada política signifique investir na mudança dessa relação do Estado com a sociedade é ridículo. Sabe por quê? Não é isso que eles querem. O que eles querem é permanecer no poder através das eleições, porque é do aparato estatal que brotam, aos borbotões, os recursos públicos que servem para alimentar essas máfias político-partidárias.

Nós não temos alternativa à política como meio de equilibrar nossas relações e evitar que nos devoremos, porque é a política que faz com que a gente organize o caminho coletivo. Mas, nós temos alternativa à essa política praticada no Brasil. Nós não temos, também, alternativa aos políticos como sociedade e aos partidos dos quais afloram. Mas, nós temos alternativa a esses políticos e a esses partidos que temos aqui.

Partidos que foram transformados em máfias que disputam, única e exclusivamente, o controle do Estado. Não para transformá-lo, direcioná-lo e torná-lo num instrumento cada vez mais eficaz de atendimento ao cidadão, não. Mas, para ser o lugar do qual eles tiram a grana, a corrupção, a propina do empreiteiro, o jatinho da FAB pra implantar cabelo. A boca pra nomear o ministro amigo, o genro ladrão, a amante pelancuda e por aí vai.

A única forma de alterar essa realidade, no Brasil, não é depositando 100% das esperanças no voto que exercemos a cada 2 anos. Isto porque, as máfias político-partidárias se apropriaram do processo político-eleitoral no país, fazendo das eleições apenas momentos para legitimarem a sua sobrevivência e a sua permanência no poder. A única forma de alterarmos essa realidade, é com o crescimento, o adensamento e a radicalização do movimento popular nas ruas. Só ele os fará mudar. Notem, não se trata de um ataque à instituição, à democracia e ao princípio da representação parlamentar. Trata-se de um discurso aplicado à realidade brasileira.