quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Eleições 2014: Na TV, Dilma compara Marina a Collor e Jânio

A propaganda eleitoral petista subiu o tom e comparou a adversária do PSB aos ex-presidentes Jânio Quadros e Fernando Collor de Melo. O recado foi direto: "O Brasil elegeu dois salvadores da pátria. E a gente sabe como isso terminou". No programa, a campanha petista exibiu imagens de jornais estampando a renúncia de Jânio e o impeachment de Collor – no caso do último, que é aliado de Dilma, sem exibir seu rosto. (VEJA.com)


Imagem: Reprodução / VEJA.com

— A presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, atacou a candidata Marina Silva (PSB) dizendo que ela poderá fazer um governo igual ao do Collor. Bom, eu também acho execrável qualquer coisa que se pareça com o Collor. Mas, cadê o Collor? Hoje, ele é aliado da Dilma. Então, deixa eu ver se entendi: O Collor é um exemplo de coisa ruim e a Dilma usou o exemplo de coisa ruim pra dizer que a Marina é igual ao Collor. Aí, você vai procurar aonde está o Collor e descobre que o Collor está no "Colo" da Dilma, ou seja, faz parte do governo da presidente. Aí, você não entende mais nada! Afinal de contas Dilma, o Collor é um exemplo de coisa ruim ou não é?

Quando digo, aqui, que os políticos brasileiros são os grandes inimigos da sociedade, eu não estou exagerando não minha gente. Salvo raríssimas exceções, a classe política brasileira é a escória da sociedade. É impressionante o que eles são capazes de fazer em benefício do seu grupo, dos seus sócios ocultos, dos seus financiadores e por aí vai. Notem, não se trata de um ataque à democracia, às instituições e ao princípio da representação parlamentar, trata-se de uma verdade estatística. No Brasil inteiro temos exemplos assim.

As eleições não são a oportunidade de mudar a realidade do país. Não é depositando 100% das esperanças no voto que exercemos a cada 2 anos, que vamos alterar essa realidade no Brasil. O voto obrigatório no Brasil só serve para o cidadão eleger, não serve para interferir, mudar ou atender as demandas da sociedade. Isto porque, as máfias político-partidárias se apropriaram do processo político-eleitoral no país, fazendo das eleições apenas momentos para legitimarem a sua sobrevivência e a sua permanência no poder. O voto no Brasil só serve pra isso e mais nada.

Nós não temos alternativa à política como meio de equilibrar nossas relações e evitar que nos devoremos, porque é a política que faz com que a gente organize o caminho coletivo. Mas, nós temos alternativa à essa política praticada no Brasil. Nós não temos, também, alternativa aos políticos como sociedade e aos partidos dos quais afloram. Mas, nós temos alternativa a esses políticos e a esses partidos que temos aqui.
Partidos que foram transformados em máfias que disputam, única e exclusivamente, o controle do Estado. Não para transformá-lo, direcioná-lo e torná-lo num instrumento cada vez mais eficaz de atendimento ao cidadão, não. Mas, para ser o lugar do qual eles tiram a grana, a corrupção, a propina do empreiteiro, o jatinho da FAB pra implantar cabelo. A boca pra nomear o ministro amigo, o genro ladrão, a amante pelancuda e por aí vai.

A única forma de alterar essa realidade, no Brasil, não é depositando 100% das esperanças no voto que exercemos a cada 2 anos. Isto porque, as máfias político-partidárias se apropriaram do processo político-eleitoral no país, fazendo das eleições apenas momentos para legitimarem a sua sobrevivência e a sua permanência no poder. A única forma de alterarmos essa realidade, é com o crescimento, o adensamento e a radicalização do movimento popular nas ruas. Só ele os fará mudar. Notem, não se trata de um ataque à instituição, à democracia e ao princípio da representação parlamentar. Trata-se de um discurso aplicado à realidade brasileira.