quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Eleições 2014: Roubos no Rio de Janeiro aumentam 40% em um ano

O número saltou de 8.667 para 12.090. O cálculo inclui roubos a transeuntes, de aparelho celular, roubos no interior de coletivos e de transportes alternativos. Das 33 regiões administrativas do município, 5 tiveram aumento significativo. Em Inhaúma, dobrou. Saltou de 155 para 340. Houve aumento também em Realengo, Irajá, Penha e Ramos. (G1)

Imagem: Reprodução / G1

— Os políticos brasileiros são os grandes inimigos da sociedade, eles têm sonegado à população segurança, saúde, educação, saneamento, habitação e tantos outros itens que, no final das contas, produzem sofrimento, dor e muita morte. Notem, não procuro criticar, especificamente, um político que controle aquele órgão ou aquela área de poder. O que estou criticando, única e exclusivamente, é a ausência ou a má qualidade do serviço público prestado.

Não se trata apenas de não dar serviços na qualidade que deveria dar. Trata-se, também, da capacidade do Estado de sangrar a sociedade, pelo excesso de impostos cobrados, para sustentar suas mordomias, seus privilégios e prestar um serviço de quinta categoria à população. Vejam, não sou contra o Estado. Acho fundamental que se tenha um Estado forte, presente, dono de tudo e que cuide de tudo melhor do que qualquer outro gestor privado, porque ele é nosso representante e nos pertence. Seria ótimo que o Estado tivesse em suas mãos todas as escolas, os hospitais, as estradas, os transportes, a segurança, as refinarias, a exploração do petróleo etc e tal. Em tese, seria tudo mais barato, mais ágil e mais eficaz pra nós.

Mas você sabe porque isso não acontece? Porque tudo que vai pra mão do Estado passa a ser só dele. Deixa de ser algo da sociedade e se torna algo do esquema dele. Ou seja, vira moeda de troca no esquema do deputado, do vereador, do senador, do prefeito, do governador e do(a) presidente. É do aparato estatal que brotam, aos milhões, os recursos públicos que servem para alimentar essas máfias. No Brasil inteiro temos exemplos assim.

O Estado brasileiro na visão dos políticos e dos partidos, aos quais estão filiados, não representa um instrumento para ajudar a sociedade a se organizar e trilhar um caminho de prosperidade, nunca foi. Para os partidos e para as máfias políticas, o Estado brasileiro representa apenas um duto de dinheiro. Eles não querem o poder porque o poder permite alterar a realidade e conduzir o Estado numa direção diferente, não. Eles nunca quiseram isso. Pergunto a você, ilustre contribuinte, o seguinte: Em que direção a canalhada política conduz o Estado brasileiro, independentemente, dos partidos que integrem? Em nenhuma. Eles querem apenas permanecer no poder através das eleições. O jogo deles é a mera gestão do cotidiano. É a mesma porcaria.

É só olhar o que mudou nas últimas 20 eleições no Brasil. O que mudou? Diminuiu a corrupção e a violência? Melhorou a educação e a saúde? O país viveu 10 anos de absoluta prosperidade na economia. O mundo viveu até 2008 uma década de abundância total. Em contrapartida, a população vive numa situação avassaladora de indigência e miséria. É só chover pra gente ver! É só entrar no hospital público pra gente ver! Cadê o médico? Cadê o remédio? Cadê a vaga na escola? Cadê o material escolar? É isso. O país não mudou como deveria ter mudado. Em 20,30 ou 40 anos melhoramos o quanto e o que? Está de bom tamanho? Claro, que não está! Olhe pra dentro do trem, do ônibus, do metrô e da barca em que você se encontra. O contribuinte está sendo tratado com o respeito, mínimo, que seu imposto deveria comprar? Claro, que não!

A única forma de alterar essa realidade, no Brasil, não é depositando 100% das esperanças no voto que exercemos a cada 2 anos. Isto porque, as máfias político-partidárias se apropriaram do processo político-eleitoral no país, fazendo das eleições apenas momentos para legitimarem a sua sobrevivência e a sua permanência no poder. A única forma de alterarmos essa realidade, é com o crescimento, o adensamento e a radicalização do movimento popular nas ruas. Só ele os fará mudar. Notem, não se trata de um ataque à instituição, à democracia e ao princípio da representação parlamentar. Trata-se de um discurso aplicado à realidade brasileira.

É preciso fazer uma quebra na lógica e no ritmo com que as coisas acontecem no Brasil. E essa ruptura só vai acontecer se o povo for às ruas como foi em junho e julho de 2013. A pressão sobre os governantes tem que aumentar, não tem que diminuir ou ser esvaziada. Para isso, é preciso isolar quem tem a violência como único método na ação política e, ao mesmo tempo, estimular a população para que aumente a pressão sobre os políticos. O movimento popular precisa radicalizar, sim. E o seu alvo tem que ser o Estado e seus agentes. Por isso, defendo a invasão da Câmara de Vereadores, da Assembléia Legislativa e do Congresso Nacional. Enfim, defendo a tentativa de invasão ordeira de qualquer palácio pelo movimento popular, porque entendo que isso é legítimo e faz parte do jogo democrático.