Em ambiente promíscuo, parlamentar cheio de afeto e erros de português tenta tranquilizar Cabral com uma singela mensagem de SMS. Este é o Brasil CARINHOSO!!!
“A relação com o PMDB vai azedar na CPI, mas não se preocupe, você é nosso e nós somos teu”, dizia Vaccarezza, um dos principais articuladores da base governista na CPI.
Em nota divulgada nesta sexta-feira 18, o deputado nega, no entanto, a existência de “blindagens” nos trabalhos da CPMI e diz que qualquer pessoa relacionada com a organização criminosa de Cachoeira será investigada.
Segundo ele, o texto da mensagem refletiu uma “preocupação pessoal com tensionamentos pontuais entre o PT e o PMDB”. “Meu objetivo era deixar claro ao governador Sérgio Cabral que, apesar das discordâncias pontuais, a boa relação entre nossos partidos deve ser mantida.”
O deputado diz que Cabral não foi citado em nenhuma gravação dos inquéritos da Polícia Federal, mas destaca o envolvimento do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), com o bicheiro. “Pesam suspeitas fortes [contra Perillo] de que havia uma cota de funcionários do seu governo indicados pela organização criminosa.”
A convocação de Cabral era defendida por parte dos parlamentares da comissão, devido a sua relação com Fernando Cavendish, presidente licenciado do Conselho de Administração da empreiteira Delta, empresa que aparece nas investigações da Polícia Federal sobre Carlinhos Cachoeira.
Na quinta-feira 17, a CPMI optou por não votar as convocações de Perillo, Cabral e de Agnelo Queiroz (PT-DF), governador do Distrito Federal, envolvidos com a quadrilha do bicheiro. Os requerimentos podem voltar à pauta em 5 de junho, na próxima reunião administrativa.