sexta-feira, 10 de maio de 2013

Comunidade Cerro-Corá é ocupada para instalação da 33ª UPP

Segundo o secretário de segurança, José Mariano Beltrame, a nova unidade será implantada em até 30 dias. Com isso, formou-se o chamado cinturão de segurança voltado para as áreas que vão sediar a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. Levando assim insegurança para a zona oeste e baixada fluminense que ficam fora da cobertura das UPPs. É claro e notório que houve migração de bandidos com a instalação das UPPs nas comunidades dominadas pelo tráfico. Um exemplo disso foi Niterói, em que o próprio Beltrame, depois de muito negar, não só admitiu como também providenciou reforço policial para a cidade vizinha.

Imagem: Reprodução / Jornal O Globo

É preciso utilizar a inteligência para melhorar a politica de segurança pública em todo estado e não só em algumas regiões. Porque não vai dar pra colocar uma UPP em cada comunidade do Rio. A criminalidade e a violência são assuntos que a política de segurança pública ainda deixa muito a desejar.

O modelo das UPPs encontrou um modus operandi para lidar com algumas áreas problemáticas. Ele não resolve o problema, mas resolve a chamada ocupação territorial. Com isso, dará ao estado a possibilidade de transitar por essas áreas que antes não podia. Só isso já melhora consideravelmente a possibilidade da comunidade de ter acesso a serviços e emergências que antes não tinha.

É bobagem imaginar que as UPPs vão acabar com o comércio e o tráfico de drogas. É bobagem imaginar que as UPPs vão acabar com os bandidos e traficantes, porque eles não são tão poucos assim, nem tão facilmente derrotados assim. Mas é para acabar com o avanço territorial da criminalidade. E isso já é um avanço muito importante.

Essa escolha seletiva das UPPs é compreensível porque os crimes cometidos nessas áreas, repercutem de forma negativa no exterior, com prejuízos muito grandes para o interesse coletivo da cidade. Então, eu concordo e compreendo que se faça essa seleção territorial para que esses crimes bárbaros contra turistas não aconteçam, preservando assim a cidade como um todo.

Portanto, não é a UPP do Cerro-Corá que está impedindo que o cidadão da Zona Oeste ou da Baixada do Rio tenha segurança. O Cerro-Corá também precisa ter UPP. Não podemos permitir que turistas dentro de uma van, a caminho do Cristo Redentor, sejam assaltados. Não é a UPP do Cerro-Corá que faz com que você tenha bandidos a mais em Niterói ou na Baixada. O que permite  que esses bandidos lá estejam, é a política de segurança pública que se omite em relação a essas outras áreas, se mostrando incapaz de enfrentar o problema.