— Não vou contra ninguém — avisa Maia. — Minha prioridade é a agenda do povo. Não sou ator. Tenho dificuldades na TV, mas acompanhei muitos encontros como esse na vida. Sei como é — numa referência à carreira do pai, o ex-prefeito Cesar Maia.
Freixo, que não tem um marqueteiro, diz que se prepara para a estreia na TV com reuniões de classe e que ainda não sabe sequer que roupa vestirá.
— Ontem estive com assistentes sociais. Hoje, com defensores públicos. Não vai ter essa história de todos contra Paes. Não comigo! Vou lá para mostrar que sou o único diferente.
Júlio Uchôa, coordenador de mídia de Leite, segue a mesma linha:
— Nosso objetivo é espalhar a informação de que Otavio, que tem 20 anos de cargos eletivos, está candidato, é uma opção. Ele vai pedir que o povo pesquise, consulte, antes de escolher.
Paulo Serna, da campanha de Aspásia, promete que ela não atacará ninguém na Band. A ideia é seguir o modelo que, em 2008, quase deu o Governo do Rio a Fernando Gabeira (PV).
— Não há uma cumplicidade entre os quatro candidatos. Vimos isso no debate do Clube de Engenharia. Na Band, Aspásia falará de sustentabilidade.
O deputado federal Pedro Paulo, da campanha de Paes, nega que o prefeito prepare uma estratégia de defesa.
— Ele vai falar do que fez. A população não gosta de ataques pessoais.
O cientista político Antônio Reis, da PUC-Rio, lembra que esse será o primeiro debate em que a segurança pública não aparecerá como prioridade.
— Certamente os candidatos falarão de UPA e do alinhamento entre as esferas municipal, estadual e federal. A violência não deve vir como um dos temas mais fortes.