segunda-feira, 1 de outubro de 2012

ELEIÇÕES 2012: Hospital Municipal Lourenço Jorge pede socorro

Esse é o padrão da saúde pública na cidade do Rio de Janeiro. Ausência de médicos, descaso e desrespeito. E aí, Eduardo Paes? Se fosse a sua mãe, tente se imaginar no lugar da família desta senhora. Acho que se o senhor fosse obrigado a utilizar os hospitais municipais, com certeza, a coisa seria diferente.


Uma idosa de 82 anos foi mais uma vítima do descaso com a saúde pública no Rio de Janeiro. Debilitada, com câncer terminal na garganta e necessitando sonda para se alimentar, buscou ajuda no hospital municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, na noite de domingo.

A sonda, ligada ao tubo digestivo, soltou-se e ela ficou impedida de se alimentar. Desesperada, a família foi surpreendida com a informação de que não havia clínico geral para atendê-la.


A ausência de médicos, já corriqueira, não foi o motivo maior da revolta da família. Em uma unidade pública de saúde, a orientação dada foi de "arrume um médico", como se ela ali não estivesse em busca de um.

Não bastasse isto, recomendaram um comprimido de dipirona e que retornasse à sua casa, em Jacarepaguá, pois "ia melhorar".

Sem outra alternativa - ela está entre os 74% da população sem plano de saúde, como constatou o IBGE, em 2008 - a senhora voltou para casa e permaneceu sem ter como se alimentar até a noite de ontem, quando voltaria a um outro hospital na expectativa de encontrar um clínico geral de serviço.

A constatação é óbvia: tão debilitada como a senhora que tem apenas 30 Kg, está a saúde no Rio, principalmente, a saúde pública.

Jornal do Brasil - Coluna Informe JB